Qual é a condição do homem na morte?...
Em realidade, estas questões relacionadas com o estado do
homem na morte têm suscitado um grande ponto de interrogação na mente de muitas
pessoas. . . Mas também a Bíblia responde claramente a estas indagações da
mente humana.
I – A EXPERIÊNCIA DE LÁZARO
A – O Contexto Histórico
a) São João 11
apresenta a descrição do maior milagre que Cristo operou durante o Seu
ministério terrestre – a ressurreição de Lázaro.
b) Betânia era uma
pequena aldeia que distava cerca de 3 quilómetros de Jerusalém, no outro lado
do monte das Oliveiras, no caminho que ia de Jerusalém a Jericó.
c) Certa ocasião
Jesus recebeu a notícia de que o Seu amigo Lázaro de Betânia estava enfermo;
porém Ele "ainda Se demorou dois dias no lugar onde estava" (v. 6).
d) E foi neste
contexto que Cristo esclareceu a natureza do estado do homem na morte: 11 Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o
nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
12 Disseram, pois, os
seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.
13 Mas Jesus dizia
isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono.
14 Então Jesus
disse-lhes claramente: Lázaro está morto;- João 11:11 e 14
B – O Sono da Morte
a) Cristo declarou
que a morte é como um sono.
b) As principais
características de quem dorme são:
2º) E não ter noção de tempo.
c) E a mesma coisa
ocorre também com os que morrem – eles estão num estado de inconsciência e não
têm noção de tempo.
d) Em realidade, o
cap. 11 de João não relata nada que Lázaro tenha dito a respeito dos 4 dias que
ele esteve morto (vs. 17 e 19), porque ele não tinha nada a dizer!...
C – A Parábola do Rico e Lázaro
a) Há aqueles que
querem ver na parábola do Rico e Lázaro uma evidência da imortalidade da alma,
o que é totalmente infundado.
b) Se tomássemos esse
relato, que encontramos em Lucas 16: 19-31, literalmente, então teríamos de
admitir que o Céu e o inferno se encontram bastante próximos para permitir uma
conversação entre os habitantes de ambos os lugares; e se dissermos que a pessoa
ao morrer se transforma num ser espiritual, então teremos de admitir também que
ele teria membros, como o descreve esta parábola ("olhos",
"dedo" e "língua" – versos 23 e 24). Isto seria uma total
incoerência!
c) É por esse motivo
que o Dr. George Eldon Ladd, uma das maiores autoridades sobre o Novo
Testamento declara que "provavelmente a história do rico e Lázaro (Luc.
16), como também a história do mordomo injusto, no mesmo capítulo (Luc.
16:1-9), fosse uma parábola de uso corrente no pensamento judaico e não
tencione ensinar coisa alguma acerca do estado dos mortos." (O Novo
Dicionário da Bíblia, Ed. Vida Nova, vol. I, p. 512).
d) E o próprio relato
da parábola declara que a maneira como alguém que morreu pode comunicar-se com
os vivos, é se ele ressuscitar (verso 31), e acrescenta: "Eles têm Moisés
e os profetas; ouçam-nos" (verso 29). Consideraremos, portanto, o que
"Moisés e os profetas" têm a nos dizer sobre o estado do homem após a
morte.
II – IMORTALIDADE CONDICIONAL
A – O Homem Antes da Queda
a) O homem foi criado
originalmente dotado de imortalidade condicional, e a condição era a obediência
à vontade divina: 16 E ordenou o SENHOR
Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
17 Mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela
comeres, certamente morrerás. Gén. 2:16 e 17
b) Este ponto é
confirmado em 1 Tim. 6:16, ao declarar que Deus é o único que possui imortalidade",
isto é, imortalidade inerente em Si mesmo.
B – O Homem Após a Queda
a) Ao pecar, Adão
perdeu o direito e a capacidade de viver eternamente: 12 Portanto, como por um homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens
por isso que todos pecaram. Rom. 5:12
b) Em Gén. 2:7 nos é
dito que o homem ao ser criado por Deus "passou a ser alma vivente",
e não a ter uma alma. E como o homem "é" uma alma, e não
"tem" uma alma, essa alma também está sujeita à morte.
c) É por isso que
Ezeq. 18:4 diz: "a alma que pecar, essa morrerá." Por conseguinte,
assim como o corpo é mortal, também o é a alma.
d) Na verdade, a
teoria de que a alma é imortal originou-se com o diabo, ao tentar seduzir a
mulher – de um lado estava a afirmativa divina: se "dela comeres,
certamente morrerás" (Gén. 2:17) e do outro, a mentira satânica: "é
certo que não morrereis" (Gén. 3:4).
C – Vida Eterna em
Cristo
a) Ao pecar, o homem
tornou-Se mortal, porém em Cristo ele pode reaver a imortalidade: – João 3: 16;
1 João 5:11 e 12
b) É por ocasião da
conversão que o ser humano passa a ter direito à vida eterna outra vez: – João
5:24; João 11:25 e 26
c) O direito à vida
eterna é assegurado nesta vida, porém a vida eterna em si só será concedida
àqueles que crerem, quando Cristo voltar em Glória: 1 Cor. 15:21-23
d) Em I Cor.
15:16-18, o apóstolo São Paulo declara que "se os mortos não ressuscitam.
. . os que dormiram em Cristo pereceram." "Se durante quatro mil anos
os justos tivessem á sua morte ido diretamente para o Céu, como poderia S.
Paulo ter dito que se não há ressurreição 'os que dormiram em Cristo estão perdidos'?
Não seria necessário ressurreição." (O Grande Conflito, pp. 546 e 547).
III – O ESTADO DO HOMEM
NA MORTE
A – O Sono da Morte
a) Porém enquanto
Jesus não vem, os mortos "dormem no pó da terra" (Dan. 12: 2).
b) E, biblicamente,
este sono da morte é descrito como sendo um estado de total inconsciência: Ecl.
9:5 Sal. 6:5; Sal. 115:17.
c) Ao o homem morrer
sai-lhe o seu espírito (Ecl. 12:7), porém esse espírito não tem raciocínio nem
consciência própria: – Sal. 146:4
d) O espírito que sai
do homem ao morrer é o mesmo que entrou no homem ao Deus criá-lo, e que a
Bíblia chama de "o fôlego de vida" (Gén. 2: 7).
e) Assim como a luz
cessa quando é desligada a chave de luz, interrompendo o fluxo da corrente eléctrica;
também a vida consciente cessa ao o fôlego de vida deixar de fluir.. .
B – Os Enganos Satânicos
a) Porém neste ponto
surge uma indagação: Se a pessoa ao morrer permanece num estado de total
inconsciência, o que significam as aparições de mortos, que ocorrem
especialmente nas sessões espíritas?
b) Na verdade, a
satânica declaração de Gén. 3:4 de que o homem não morre, tem encontrado eco
durante toda história da humanidade. E para fazer com que maior número de
pessoas creiam nessa mentira, o diabo procura personificar pessoas que já
morreram, e para tal, se necessário for, ele é capaz até de se transformar em
anjo de luz (II Cor. 11:14).
c) Biblicamente,
porém, todas as aparições de pessoas mortas, e que não foram ressuscitadas de
maneira corpórea pela atuação do poder divino direto, são estratagemas de
Satanás.
d) Um exemplo
clássico disto encontramos em I Sam. 28, onde o rei Saul, após ter sido
rejeitado pelo Senhor (verso 6), Procurou uma mulher que era médium (verso 7),
para que esta lhe fizesse vir o profeta Samuel, que já havia morrido (1 Sam.
25:1).
e) A Bíblia porém
condena radicalmente esta prática diabólica : - Isa. 8:19 e 20; Êxodo 22:18
f) A Bíblia também
não suporta a ideia da reencarnação; pois em Heb. 9:27 nos é dito que "aos
homens está ordenado morrerem uma Só vez e, depois disto, o juízo."
CONCLUSÃO
Na verdade, a Bíblia no seu todo estabelece a doutrina de
que o homem, após a morte, permanece na sepultura num estado de total
inconsciência, aguardando a ressurreição final, e o que disso passar é doutrina
de homens.
E o apóstolo São Paulo adverte: – Gál. 1:8
Todos os seres humanos estão sujeitos à morte; porém,
aceitando a Cristo pela fé, podemos hoje mesmo assegurar o direito à vida
eterna...
Aceitemos hoje a oferta divina de vida eterna!