21 de maio de 2014

COMO SERÁ VER O ROSTO DE CRISTO?

1. Que privilégios terão, finalmente, os filhos de Deus?
Rª: "E verão o Seu rosto." Apoc. 22:4.
Nota: Esta é uma expressão que realça um relacionamento muito próximo e confiança mútua.

2. Que perfeições do conhecimento de Deus possuirão eles?
"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face: agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido." I Cor. 13:12.
Nota: “espelho” os espelhos antigos eram feitos de metal polido (Êxodo 38:8). A imagem se reflectia era horrível e turba. O nosso conhecimento da verdade eterna agora é muito limitado e confuso por comparação com a que será no céu. A nossa visão está nublada por hábitos erróneos de vida, de modo que as coisas espirituais só se percebem de forma confusa.

3. A quem serão eles semelhantes?
"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos." I S. João 3:2.

4. De que males serão os santos livres para sempre?
"E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais 'morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apoc. 21:4.

5. Até que ponto passarão as dores e tristezas do mundo anterior?
"Porque eis que Eu crio céus novos e nova Terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão." Isa. 65:17.
Nota: Isto não quer dizer que não se possam lembrar, mas, como diz outra versão, "não sobem ao coração," ou não se desejam mais.

6. Quem habitará com os remidos?
"Com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus." Apoc. 21:3.

7. Que significará habitar na presença de Deus?

A NOVA JERUSALÉM: "E luz de candeia não mais luzirá em ti." Apoc. 18:23.

"Na Tua presença há abundância de alegrias; à Tua mão direita há delícias perpetuamente." Sal. 16:11.

8. Que pacíficas condições dominarão na Terra renovada?
"Não fará mal nem dano algum em todo o monte da Minha santidade, porque a Terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar." Isa. 11:9.

9. Como volverão a Sião os remidos do Senhor?
"E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião com júbilo: e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças: gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido." Isa. 35:10.

10. Quão duradouras serão suas alegrias?
"Pois como os dias da árvore são os dias de Meu povo, e os Meus escolhidos gozarão por longo tempo das obras das suas mãos." Isa. 65:22. (Trad. Brasileira).

11. Por quanto tempo possuirão eles o futuro reino?
"Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade." Dan. 7:18.

12. Por quanto tempo reinarão?
 "E reinarão para todo o sempre." Apoc. 22:5.
Já imaginou? Isto não quer dizer uns sobre os outros, nem sobre outros mundos. É uma figura de linguagem para descrever a felicidade eterna dos redimidos. Não estão mais sob a mão opressora de um poder perseguidor, mas sim, gozarão da liberdade e da abundancia dos reis.
Oh, ver e estar com Jesus, poder olhar O Seu lindo rosto? Não quero mais nada e você?
José Carlos Costa, pastor

14 de maio de 2014

A Finalidade da Lei (Rm 9:30–10:4)

A Lei é como um espelho, mostra que está
sujo, mas não limpa. Só a graça pelo sangue
de Jesus.
Romanos 10:4: "O fim da lei é Cristo". Muitos dos que foram condicionados a pensar negativamente sobre a lei interpretam automaticamente o texto da seguinte forma: "Cristo tornou a lei obsoleta". No entanto, essa interpretação contradiz as muitas referências no livro de Romanos e em outras partes do Novo Testamento que falam sobre a contínua relevância da lei.

Leia Romanos 9:30–10:4. De que modo a salvação é pela fé e não pela lei?
Assim como acontece com o restante da epístola aos Romanos, o propósito de Paulo nesses versos era demonstrar a verdadeira fonte da justiça. A lei é um indicador de justiça, mas é impotente para tornar justas as pessoas. Por isso, Paulo retratou um paradoxo: as nações (gentios), que nem sequer se esforçavam pela justiça, a obtiveram, enquanto Israel, que se esforçava para observar a justa lei, não a obteve. Paulo não estava excluindo os judeus da justiça, nem estava a dizer que todos os não judeus eram justos. Ele estava simplesmente a realçar que a lei não traz justiça a um pecador, seja judeu ou gentio.

Muitos judeus eram sinceros no desejo de justiça, mas a sua busca foi em vão (Rm 10:2). Eles eram zelosos em servir a Deus, mas queriam fazer isso do seu jeito. Eles tinham tomado um objeto da revelação de Deus (a lei) e confundido com a fonte da sua salvação. Por mais que a lei seja boa, não é boa o suficiente para salvar alguém. Na verdade, em lugar de tornar justa uma pessoa, a lei destaca a pecaminosidade dessa pessoa. Ela aumenta a necessidade de justiça. Por isso, Paulo descreveu Cristo como o "fim" da lei. Ele não é o "fim" no sentido de acabar com a lei, mas no sentido de ser a "finalidade" da lei, Aquele para quem a lei aponta. A lei conduz o pecador a Cristo quando aquele se arrepende e olha para o Salvador em busca de salvação. A lei lembra a todos os cristãos de que Cristo é a nossa justiça (Rm 10:4).


As pessoas que encaram a lei seriamente estão sempre em perigo de cair no legalismo e de procurar "estabelecer a sua própria" justiça (Rm 10:3). À medida que procuramos obedecer à lei de Deus, como evitar cair nessa armadilha subtil?

A LEI como Tutor (Gl 3:19-24)

Em harmonia com o livro de Romanos, Paulo tem o cuidado de estipular em Gálatas que o objetivo da lei é definir o pecado e não justificar as pessoas (Gl 3:19, 21).

1. Leia Gálatas 3:23, 24. Que imagens Paulo usou para descrever o propósito da lei? Qual é o significado dessas imagens?
Nota: Vamos fixar a nossa atenção no verso 24:  "De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados."
"aio", quer dizer a Lei, ou seja, todo o sistema legal composto por estatutos morais, cerimoniais e civis.
"Aio" Gr. paidagõgós, "tutor", o "guardião dos meninos". Literalmente, "condutor de meninos", mas não "mestre ou professor" (didáskalos). O paidagõgós era nas famílias gregas um supervisor dos meninos/masculinos e era o acompanhante enquanto fossem menores. os acompanhavam-nos à escola, protegiam dos perigos, impediam que se portassem mal, e tinham direito a discipliná-los. Nas obras de arte grega o paidagõgós, geralmente são representados com uma vara na mão. Se tivesse suficiente instrução, também os podia ajudar na preparação das suas lições.
a função do pedagõgós é uma ilustração adequada da "Lei" serviu como guardião, supervisionou e defendeu o povo escolhido nos seus dias no Antigo Testamento, e à semelhança do paidagõgós teve a seu cargo a preparação moral.

Ver de forma mais extensa a explicação a seguir:
Dependendo da tradução, a lei é identificada no verso 24 como "aio", "professor", "capataz", "tutor" e "guardião", entre outras designações. O termo grego se refere a um escravo empregado por um indivíduo rico para ser o disciplinador de seu filho. A responsabilidade do tutor era garantir que o filho aprendesse a autodisciplina. Embora fosse um escravo, o tutor recebia a autoridade para fazer o que fosse necessário para manter o filho dentro das normas, mesmo que isso significasse castigo físico. Quando o filho chegasse à idade adulta, o tutor não mais tinha autoridade sobre ele.

2. À luz da explicação do papel do tutor, qual é o propósito da lei para alguém que recebeu a salvação em Cristo?

Embora o tutor não tivesse autoridade sobre o filho adulto, esperava-se que as lições que o filho tinha aprendido o habilitassem a tomar decisões maduras. Da mesma forma, ainda que o cristão não esteja sob o poder de condenação da lei, como alguém que alcançou a maturidade, ele deve governar as suas ações de acordo com os princípios da lei.

Além de seu papel como tutor, a lei também funcionava como guardião que protegia o crente até que "viesse a fé" (Gl 3:23). Aqui, novamente, vemos que Cristo é o "fim", o objetivo, ou finalidade, da lei. Paulo apresentou esse ponto explicitamente, quando disse que a lei nos conduziu a Cristo, "a fim de que fôssemos justificados por fé" (v. 24).

Leia atentamente Gálatas 3:21. Quais palavras deveriam acabar com a ideia de que pode­mos ser salvos pela obediência à lei? Por que isso é uma notícia tão boa? Comente com a classe.

Estudo adicional
"A lei nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a fugir para Ele em busca de perdão e paz mediante o exercício do arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. [...]


"A lei dos Dez Mandamentos não deve ser considerada tanto do lado proibitivo, como do lado da misericórdia. Suas proibições são a segura garantia de felicidade na obediência. Recebida em Cristo, ela realiza em nós a purificação do caráter que nos trará alegria através dos séculos da eternidade. Para os obedientes ela é um muro de proteção. Contemplamos nela a bondade de Deus que, revelando aos homens os imutáveis princípios da justiça, procura resguardá-los dos males que resultam da transgressão" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 234, 235).