17 de dezembro de 2012

Sábado, o Selo de Deus

Há poucas coisas mais difíceis do que ser cristão num país cristão como a Europa secularizada. O Brasil, apesar das aparências e  segungo sondagens recentes, é um país de maioria católica, mais de 90%, enquanto os outros 10% se dividem entre dezenas de religiões, principalmente religiões protestantes.

Era então de se esperar, que sendo o Brasil (para não falar na Europa) um país predominantemente cristão, os seus habitantes defendessem e propagassem os ensinos do cristianismo. A religião católica, bem como a maioria dos protestantes possuem a crença em comum de que a Bíblia, com um todo, foi inspirada por Deus para que o homem pudesse conhecê-lo, saber de onde veio, para onde vai e como deve agir. Discussões doutrinárias a parte, é de se esperar que os cristãos creiam no mínimo, em Cristo e na criação do homem pelas mãos de Deus. Era de se esperar que todo o cristão fosse Criacionista, pois é isto que Bíblia e as religiões cristãs ensinam.
Mas o que se vê é outra realidade.
Apesar de haver missa na posse dos governantes, cultos e bençãos na inauguração de edificios e obras, ensino religiosos na escola, nós e nossos filhos somos constantemente bombardeados por afirmações de que o homem veio do macaco, de um dinossauro ou de uma bactéria desenvolvida no mar primordial. Nada contra os Evolucionistas defenderem suas teses. Acho isto justo em um país democrático como o Brasil. O que eu não acho justo em um país democrático e “cristão” como o Brasil, é o tratamento que o Evolucionismo tem como fato líquido e certo, enquanto o Criacionismo é ensinado em nossas escolas como se fosse uma lenda. Vale lembrar que nenhuma das duas “teorias” possuem hoje qualquer prova conclusiva de sua veracidade. Em verdade, elas são muito parecidas no que concerne a provas e a necessidade de fé para se crer nelas.
Veja estes três pontos que devem ser ressaltados:
1. A teoria da evolução também carece de provas científicas, uma vez que as poucas existentes não passam de mera especulação. Para os cientistas, cada pedaço de maxilar encontrado se torna a descoberta de uma nova fase de evolução do homem. Só que anos depois esta “nova” fase tem que ser revista e repensada pois com o surgimento de novas provas que contradizem as primeiras, há a necessidade de “ajeitar” a teoria às novas descobertas. Há dezenas de especulações de como surgiram as primeiras bactérias, todas elas fantasiosas e sem nenhuma prova confirmatória.
No cristianismo porém, todas as provas que surgem, seja sobre o dilúvio ou sobre fatos mencionados na bíblia, são comprovatórias de uma teoria firme e consistente.
2. A teoria da evolução também necessita de um boa dose de fé, tal qual a criacionista. Sem fé não há como preencher as lacunas deixadas pelos “ditos” ancestrais do homem. Não há como organizar crânios iguais com datas de carbono-14 diferentes.
Sem fé, o evolucionismo não é nada. Sem fé o criacionismo também não é nada.
Sem fé, nada do que você leu ou ainda lerá sobre a Bíblia, não terá qualquer validade.
Se você é Cristão, vale lembrar que você o é pela fé, uma vez que não existe nenhuma prova científica da existência de Deus e de Jesus como seu filho.
Em outras palavras, ou você crê na Bíblia como um todo, ou não crê em nada. Ou tem fé em Deus, ou passa a não acreditar em nada mesmo.
3. A teoria da evolução é contra nosso Deus como o Deus Criador de todas as coisas. É contra a queda de Adão pela tentação de Satanás. E, consequentemente, é contra a necessidade de um Salvador para o homem. Afinal, se ele não pecou no Éden, para que precisa ser redimido pelo sangue de Cristo?
E, se não há necessidade de ser redimido, pelo sangue de Jesus, tudo o que há na Bíblia, não tem qualquer validade, desde os sacrifícios dos Judeus confiando no Messias, até as histórias de Pedro, Paulo e João.
É interessante notar que um dos ensinos bíblicos mais combatidos, neste século, foi justamente o criacionismo.
Por que?
Preste atenção neste dois pontos:
1- Dentro e fora da igreja, Satanás tem obtido grande sucesso, transformando a história da criação, contada por Moisés, em “contos da carochinha”.
2- Na Lei de Deus o único realmente polêmico é o quarto mandamento, o Sábado.
Destruindo a Lei de Deus, através do descrédito de um só dos seus mandamentos, o inimigo das almas, cria uma brecha na perfeição do caráter de Deus. Com a destruição do quarto mandamento, Sátanas destroí a principal lembrança que o homem tem de Deus como soberano, criador e mantenedor de todas as coisas.
Para você entender esta afirmação há necessidade de se abrir um parenteses e comentar o título deste capítulo.
Sábado, o selo de Deus
Na antigüidade, para se autenticar um documento ou Lei, era necessário que o governante utilizasse um selo, ou anel de selar, e, com ele, legitimasse ser aquela a sua vontade. Isto aconteceu em diversos episódios bíblicos como:
- Quando Jezabel escreveu cartas, em nome do rei Acabe, ela selou-as com seu selo. I Reis 21:8
- Quando o rei Assuero editou a Lei para morte dos Judeus, ele a selou também com seu sinete. Ester 8:8
- Também nas ruínas de Babilônia, foram encontrados tijolos com o nome do seu construtor, Nabucodonosor.
Enfim, em qualquer documento importante havia a prova de sua autenticidade e legitimidade. No sinete ou selo, deveria sempre haver três coisas:
1. O nome do governante.
2. O seu cargo, ou título.
3. Sua area de domínio ou país.
Nos dez mandamentos de Deus, somente em um deles há estas identificações por completo, veja só:
“Lembra-te do dia do Sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nele nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus a terra, o mar e tudo o que neles há, e, no sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de Sábado e o santificou”. Êxodo 20: 8-11
Note que este mandamento traz as três coisas necessárias em um selo, ou sinete:
1. O nome do governante: SENHOR-JEOVÁ, Aquele que existe por si mesmo.
2. Seu cargo: CRIADOR DO UNIVERSO, Ele Fez.
3. O seu domínio: O CÉUS, A TERRA E TUDO O QUE NELES HÁ.
Não nos admira ser este o mandamento, juntamente com o criacionismo que ele sustenta, o mais combatido neste último século.
Destruindo o crédito na criação como a Bíblia nos conta, se destroí também a necessidade de guardar o quarto mandamento, pois como já vimos, a guarda do Sábado começou na criação. Não que ele seja o mais importante, pois sabemos que todos os dez têm igual valor. A sua importância vem justamente do fato de ser ele o ponto de diferença entre os que crêem em um Deus Criador e daqueles que crêem ser o homem fruto de um acaso intergalático.
No século passado, a teoria da evolução (descendente do pensamento Grego) tomou um grande impulso pelas teorias de Charles Darwin. Para a mesma época, Deus providenciou uma advertência ao mundo, através de uma profecia, a fim de lembrar o homem quem ele é e de onde veio:
“Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e a fonte das águas.” Apocalipse 14.7 (profecia referente ao tempo do fim.)
Notem que isto não acontece por acaso. Isto já foi predito há muito tempo atrás por Daniel e pelo apóstolo João.
Veja só:
“ e proferirá palavras contra os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a Lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo” Daniel 7:25 Sobre o anti-cristo.
“ e irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com o restante da sua decendência, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Apoc. 12:17 Sobre a perseguição do anti-cristo aos santos.
É neste final dos tempos, quando é chegada a hora do Seu juízo, que Satanás procurará levar o homem, através de erros muito subtís, a negar a autoridade de Deus sobre a terra e sobre aqueles que nela habitam.
Não caia você também neste engano!
Peter P. Goldschmidt

12 de dezembro de 2012

Jesus, o “Unigénito Filho de Deus” – Gerado ou Eterno?


A palavra “unigénito” (monogenês), quando aplicada a Cristo, destaca a Sua singularidade – Ele é o único através do qual podemos obter vida eterna.
As Escrituras falam de Jesus como sendo eterno (João 1:1; Heb. 1:8,10-12, etc). No entanto, deparamo-nos com passagens onde Jesus é chamado “unigénito” (por exemplo, João 3:16), palavra que vem do latim ”unigenitus” cujo significado é “único gerado por seus pais, filho único”.1 Mas, se Jesus é eterno, como pode ter sido “gerado”?
 
As línguas bíblicas são de muito auxílio para uma boa interpretação dos textos bíblicos. Nesse sentido, um estudo do significado da palavra grega monogenês nos ajuda a compreender melhor a Pessoa do Filho em Sua relação com o Pai e a humanidade.
A palavra grega monogenês é composta de duas outras: monos, que significa “único” “só” “sozinho” “sem igual”2 e genos, cujo significado é “espécie” “género” “classe”3 Sua melhor tradução seria, então, “único” “único de sua espécie” “único de seu gênero”4.
A palavra monogenês tem sua correspondente na palavra hebraica yachíd, cuja tradução é “único” “precioso” como era o caso de Isaque (Gén. 22:2,12,16). Ele era “único”, no sentido de ser o único filho da promessa, e não no sentido de ser o único filho gerado por Abraão.5 Talvez a melhor tradução da palavra [monogenês] seja ”único” no sentido de “sem igual”.6
“Monogenês, único! É achado como título cristológico somente em João. Monogenês emprega-se para destacar Jesus de modo sem igual, acima de todos os seres terrestres e celestiais.”7 Jerónimo empregou “unigenitus” na Vulgata, para combater a especulação ariana de que Jesus teria sido feito pelo Pai. Ao dizer que Jesus era “unigenitus” (“único gerado”), queria dizer que o Filho procede do Pai e que tem a mesma natureza divina do Pai, mas não foi feito 8, como é o caso das demais criaturas. “Jesus como monogenês é Aquele que pode dizer ‘Eu e o Pai somos um’” (João 10:30).9
Monogenês – [...] se traduz corretamente como “único” “único de seu género” [...] Monogenês se refere à posição (único em seu género). [...] Assim também com respeito aos cinco textos de João que se referem a Cristo, a tradução deveria ser uma das seguintes: “único” “precioso” “exclusivo” “incomparável” “o único de sua classe”; porém não “unigénito” que se originou com os primeiros pais da Igreja Católica e entrou nas primeiras traduções da Bíblia devido à influência da Vulgata Latina, texto oficial da Bíblia para a Igreja Católica. Refletindo com exatidão o grego, vários manuscritos redigidos em latim antigo, anteriores à Vulgata, dizem ”único” e não “unigénito”10
O vocábulo monogenês aparece nove vezes no Novo Testamento11, três vezes no Evangelho de Lucas, cinco no Evangelho de João e uma vez no livro de Hebreus.
No Evangelho de Lucas, monogenês não tem conotação teológica ou cristológica, mas se refere a filhos únicos de seus pais: o filho único de uma viúva de Naim (Lc 7:12), a filha única de Jairo (8:42), e o filho único de certo homem que rogou a Jesus que expulsasse o demónio que possuía o seu filho (9:38).
Já em Hebreus (11:17) o vocábulo monogenês é empregue para se referir a Isaque – filho único de Abraão e Sara (pois esse patriarca tinha outros filhos: Ismael, da sua escrava Hagar, cf. Gn 16:15; mais seis filhos, da sua esposa Quetura, cf. Gén 25:1, 2; além de outros filhos, de várias concubinas, cf. Gn 25:6). Pode-se também aplicar o termo monogenês a Isaque no sentido de que ele era o único filho da promessa.12
João é o único que aplica o termo monogenês como título cristológico, e o faz em todas as cinco vezes onde o termo aparece nos seus escritos (4 vezes no seu Evangelho e 1 vez em 1 João 4:9). João faz uso desse vocábulo para enfatizar a natureza ímpar, sem igual, de Jesus Cristo. Analisemos, mais detidamente, as passagens joaninas onde ele emprega o vocábulo monogenês:
João 1:14: “E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigénito do Pai.” Nesse texto, aparecem dois títulos dados ao Filho: Ele é o Verbo [logos] ou a Palavra divina, o Criador, Aquele que ”estava com Deus” quando tudo foi criado, e “era Deus” (João 1:1-3). Além de Criador, Ele é também o Filho único de Deus, único na Sua espécie, pois é Deus pleno e homem pleno. Ele é o homem Jesus Cristo, mas também é “Emanuel” – “Deus conosco” (Mt 1:23). “Quando João fala do Filho de Deus, ele tem como primeira ideia de que o homem Jesus Cristo não é exclusivamente homem, mas também o exaltado e pré-existente Senhor.”13 Assim, tendo em vista a argumentação no início deste artigo quanto ao significado de monogenês, poderia se traduzir esse termo como ”único”: “E vimos a Sua glória, glória como do [Filho] único do Pai.”
 
João 1:18: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigénito, que está no seio do Pai, é quem O revelou.” A expressão “Deus unigénito” (seria mais bem traduzida para “Deus único”) aparece em alguns manuscritos.14 Outros, no entanto, em vez de ”Deus único” trazem “o Filho único”15 Aqueles manuscritos que trazem ”Deus único” contribuem com uma afirmação adicional quanto à divindade do Verbo.16 Os que apresentam a expressão “o Filho único” destacam o relacionamento de Jesus com o Pai. ”Como Filho único Jesus está em íntima comunhão com Deus. Não há outro com o qual Deus possa ter semelhante relacionamento. Ele compartilha cada coisa com o Seu Filho. Por essa razão, Jesus pode revelar Deus, não por ouvir dizer, mas por causa da Sua incomparável proximidade de relacionamento com Ele [o Pai] .”17
João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito, para que todo o que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Essa passagem pode ser considerada o resumo do Evangelho, e até da Bíblia. Como vimos, “unigénito” deveria ter sido traduzido por ”único” O emprego de monogenês, neste verso, segue a ideia joanina de enfatizar a forma particular de comunhão que o Filho tem com o Pai, como nenhum outro ser a tem. Cristo não é Filho de Deus por Seu nascimento natural (Encarnação), pois o Seu relacionamento com o Pai antecede a esse acontecimento. Tal relacionamento é eterno. Assim, o fato de Deus dar o Seu único Filho realça a profundidade do Seu amor pela humanidade.18 Ele deu o que de mais precioso poderia ser dado.
 
João 3:18: “Quem n´Ele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus.” Mais uma passagem de João, onde ele enfatiza a natureza ímpar de Jesus como o Filho de Deus.19 Só pode haver salvação se houver a aceitação do Filho único de Deus, “o qual, devido à Sua natureza sem par, é o único salvador dos homens.”20 Essa passagem de João ecoa as palavras de Pedro: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).
 
1 João 4:9: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o Seu Filho unigénito ao mundo, para vivermos por meio d´Ele.” Mais uma vez o vocábulo monogenês é empregado por João para destacar a natureza sem igual de Jesus Cristo, sem qualquer ênfase na ideia de geração. “Ele é o único Salvador e Mediador. O Filho de Deus é declarado unigénito, ‘termo que fala sobre ’relacionamento’ e não sobre origem.. Tal relacionamento é eterno.”21
Em conclusão ao estudo da palavra monogenês no Novo Testamento, pode-se ver que, nas passagens referentes a Cristo, ela é empregada pelo apóstolo João para destacar Sua singularidade, Jesus é o Único que é Deus pleno e homem pleno, o Único através do qual podemos obter vida eterna, o Único que tem poder absoluto sobre a morte, pois a venceu, ao ressurgir dos mortos pela vida que havia em Si mesmo (Jo 10:17 e 18; 11:25).
Referências:
1. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, p. 2020.
 2. BARTELS, K. H, in: COENEN, L. & BROWN, C. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 2. São Paulo: Vida Nova, 2000, p. 2564.
 3. NICHOL, F. D, ed. Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 5. Boise: Publicaciones lnteramerianas, 1987, p. 880.
 4. Angel Manuel Rodriguez chama a atenção para o fato de genos estar relacionado ao verbo ginomai (nascer, ser feito, tornar-se), e assim o vocábulo monogenès poderia também significar “único gerado”. Contudo, afirma ainda Rodriguez, que “há evidência linguística indicando que no tempo do Novo testamento a ideia de derivação ou nascimento estava separada do substantivo verbal genos”. Assim, seria melhor não dar demasiada ênfase na etimologia de monogenês, mas na maneira como os autores o empregam. (R0DRÍGUEZ, M. A. “Christ as Monogenês: Proper Translation and Theological Significance”, Reflections – A BRI Newsletter, January, 2007, p. 6).
 5. WRIGHT, J, in: COENEN, L. & BROWN, Dicionário lntemacional de Teologia do Movo Testamento, v. 2, op. cit, p. 565.
 6. Ibid.
 7. BARTELS, K, in: Ibid, p. 25 65.
 8. Quisesse um escritor bíblico dizer que Jesus foi “gerado” no sentido de”ter sido feito” ou “concebido “pelo Pai teria empregado monogênnetos e não monogenês (cf. MOULTON e MILLIGAN, citado por APOLINÁRIO, P. As Testemunhas de Jeová e sua Interpretação da Bíblia,4. ed. São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1986, p. 147).
 9. Ibid, p. 2566.
 10. NICH0L, F.D., ed. Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia,v.5. Boise: Publicaciones Interamericanas, 1987, p. 880.
 11. As citações são da Versão Almeida Revista e Atualizada no Brasil, edição de 1993.
 12. WRIGHT, J., in: COENEN, L & BR0WN, Dicionário Internacional  do Novo Testamento, v. 2, op. cit, p. 565.
 13. KITTEL, G., Theological Dictionary of the New Testament, v. 4. Grand Rapids: Eerdmans Printing Company, 2006, p. 741.
 14.
 15.
 16. WRIGHT, J, in: COENEN, L. & BROWN, C. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 2, op. cit, p. 570.
 17. KITTEL, G., ed. Theologial Dictionary of the New Testament, v. 4, op. cit., p. 740.
 18. CHAMPLIN, R.N.O Novo Testamento lnterpretado, v. 2. São Paulo: Candeia, 1995, p. 312.
 19. Ibid, p. 313.
 20. Ibid.
 21.lbid,v.6,p.278.
Texto de autoria de Ozeas C. Moura,Th . D.

O NOVO NASCIMENTO

 

 “A figura do novo nascimento, empregue por Jesus, não deixava de ser familiar a Nicodemos. Os conversos do paganismo à fé de Israel eram muitas vezes comparados a crianças recém-nascidas. Portanto, devia ter percebido que as palavras de Cristo não se destinavam a ser tomadas em sentido literal. Em virtude do seu nascimento como israelita, entretanto, considerava-se seguro de um lugar no reino de Deus. Achava não precisar de nenhuma mudança. Daí a sua surpresa ante as palavras do Salvador. Ficou irritado por sua íntima aplicação a si próprio. O orgulho do fariseu lutava contra o sincero desejo do pesquisador da verdade. Admirava-se de que Jesus lhe falasse da maneira por que falou, não respeitando sua posição de príncipe em Israel.” Desejado de Todas as Nações, p. 171
“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” João 3:3
Este novo nascimento, ao qual o SENHOR JESUS se refere é o nascimento Espiritual, ou seja, antes de alguém ter feito a declaração com palavras aceitando JESUS como Salvador e Senhor a pessoa está morta espiritualmente pois o pecado o condena à morte mas quando se aceita JESUS recebe-se vida espiritual, a este processo a Bílbia refere como “nascer de novo”, como acabasse de nascer (espiritualmente), no entanto, o crente é ainda uma criança e precisa de se alimentar para crescer e tornar-se um adulto. Para este crescimento, é necessário alimentar-se espiritualmente com a Palavra de DEUS e praticar todos os ensinamentos para se tornar seguidor de Jesus.
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“Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.” Lucas 6:47
“É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.” Lucas 6:48

“Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” Lucas 6:49

Nestes três versículos, Jesus mostra a importância da escuta (pela palavra de DEUS) e praticar os ensinamentos, pois, o que pratica permanece firme na Rocha que é JESUS CRISTO e o que não alicerçou a sua casa em CRISTO, caiu em grande ruína espiritual.
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“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” Efésios 6:12
Neste texto, o apóstolo Paulo mostra claramente que a luta agora como filhos de DEUS é uma luta espiritual contra as potestades (diabo + anjos rebeldes ou demónios) e esses seres malígnos tentarão de todas as maneiras derrubar os filhos de DEUS, porém quem nasceu em CRISTO o malígno não pode derrubar, mas nunca deixará de o fazer, ele o tentará de todas as formar possíveis e inimagináveis, para te derrubar através do pecado. O diabo vem somente para matar, roubar e destruir.
“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10
Mas quem permanece em CRISTO renova-se a cada dia e mantem-se de pé, pois está firme na ROCHA.
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“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” João 16:33
No mundo as aflições, tribulações e tentações são constantes, ninguém está livre de pecar. Há um Amigo sempre pronto a dar a mão para que o crente se levante e prossiga a viagem. O crente dá sinal de querer levantar-se ao sentir o toque do Espítio Santo e arrepender-se do pecado.
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” 1 João 5:4
Como aumentar a fé? A fé vem pelo ouvir, o ouvir a Palavra de DEUS, seja lendo a Bíblia ou escutando uma pregação, por isso há que buscar cada vez mais a Palavra de DEUS para fortalecimento.
“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” Romanos 10:17
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Pode fazer-se uma analogia sobre a vida aqui na terra com uma guerra, onde JESUS CRISTO é o General, o crente é um soldados, o mundo é o campo de batalha e o diabo e os demónios são os oponentes. Para entrar no campo de batalha é necessário treino e vestir toda a armadura. O treino está na leitura da Bíblia em busca de Deus através de Jesus Cristo. Outro elemento importante na preparação para a luta é a oração e a prática dos principios do Céu. A Bíblia fala sobre essa armadura e até já nos deu, mas é necessário examinar as Escrituras Sagradas para tomarmos posse dela.
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.” Efésios 6:10

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo.” Efésios 6:11
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” Efésios 6:13
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A armadura é esta:
“Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça.” Efésios 6:14
“Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz.” Efésios 6:15
“Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.” Efésios 6:16

“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” Efésios 6:17

“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.” Efésios 6:18
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A VERDADE é o cinturão, a JUSTIÇA é a couraça, a PREGAÇÃO DO EVANGELHO DA PAZ são os sapatos, a FÉ é o escudo, a SALVAÇÃO é o capacete e a PALAVRA DE DEUS é a espada que o ESPÍRITO SANTO nos dá para orarmos e vigiarmos em todo o tempo com toda a PERSEVERANÇA pedindo sempre a DEUS com SÚPLICAS por todos os irmãos na fé e por aqueles que ainda não conhecem a DEUS , fazendo sempre guiados pelo ESPÍRITO SANTO .
“Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.” 1 Timóteo 6:12

Não perca tempo, aliste-se no exército mais que vencedor, o exército de JESUS CRISTO, vista toda a armadura de DEUS e combata o bom combate com perseverança e Fé.
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Hoje vimos:
Porque temos que nascer de novo (vida espiritual);
A importância de ouvir e praticar a Palarva de DEUS;
Quem é o nosso oponente (diabo e demónios) e qual é a nossa luta (espiritual);
Que no mundo passaremos por aflições, porém JESUS venceu o mundo e a nossa fé nos levará a vencer com ELE;
Que estamos numa guerra espiritual e temos que vestir a armadura de DEUS;
Que JESUS CRISTO é a base de toda a nossa Fé.
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1 Coríntios 13:13
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.

10 de dezembro de 2012

COMPREENDENDO A VONTADE DE DEUS


Já se deparou com uma decisão muito importante a ser tomada e imaginou como entender a vontade de Deus? Qual a diferença entre o impulso humano para fazer alfo e a convicção divina de que deve fazê-lo? É possível distinguir a sua própria vontade de Deus em alguma situação? Este estudo bíblico mostrará princípios bíblicos que oferecem respostas para essas perguntas. Aprenderemos como discernir a voz de Deus e a compreender os Seus planos para a nossa vida.
1.        Leia a experiência de Jesus no Getsémani em Mateus 26:36-42
Texto bíblico: 36  Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsémani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
37  E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38  Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.
39  E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40  E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?
41  Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
42  E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
2.        Compare este texto com atitude de Jesus em João 8:29
Texto bíblico: João 8:29  E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
Comentário pessoal: Jesus desejava fazer a vontade do Pai, mesmo que esta conflituasse com a Sua vontade. o Salvador estava comprometido a agradar a Deus em todas as circunstâncias da vida. Se quisermos muito que as coisas sejam da nossa maneira, Deus permitirá que assim seja. Mas não experimentaremos a alegria de conhecer a vontade de Deus. Para compreender a Sua vontade, devemos submeter a nossa opinião pessoal e as coisas que desejamos, e seguir na direcção que Ele indicar, fazendo tudo o que Ele pedir.
3.        Leia João 14:26 (cf. 16:13 e 2 Timóteo 3:16). Que dois guias divinos nos ajudarão a tomar decisões?
Texto bíblico: João 14:26  Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Comentário pessoal: Deus não nos deixou sozinhos no processo de tomar decisões. Ele nos deu o testemunho do Seu Espírito Santo e o testemunho da Sua Palavra. Quando buscamos a vontade de deus com o desejo de Lhe agradar, o Espírito Santo nos guiará. o Espírito Santo, muitas vezes, nos guia por meio da Palavra de Deus, a Bíblia; de fato, o Espírito nunca nos leva a fazer nada que seja contrário à Palavra de Deus. Embora a Bíblia não aborde directamente o nosso problema específico, oferece-nos princípios que nos ajudam no processo de tomar decisões. Quando nos deparamos com uma decisão, o Espírito Santo nos ajudará a discernir os princípios bíblicos em resposta às nossas orações que impactará as nossas decisões.
4.        Que promessas tranquilizadoras e de esperança Deus nos dá em Tiago 1:5 (cf. 1 João 5:14,15) em relação ao processo de tomada de decisões?
Texto bíblico: Tiago 1:5  E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
Comentário pessoal: Quando buscamos compreender a vontade de Deus em oração, Ele promete nos dar sabedoria. em oração, reconhecemos a nossa total dependência de Deus.
5.        Quando não temos a certeza do caminho no qual Deus nos está a guiar, como muitas vezes Deus nos guia? Leia Provérbios 15:22 (cf. 23:2).
Texto bíblico: Provérbios 15: 22  Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam. (não esqueça que deve conferir com a sua Bíblia).
Comentário pessoal: Muitas vezes Deus nos guia a amigos bons e cristãos para nos dar conselhos sábios. às vezes precisamos de uma perspectiva ou visão mais amplas, que podem ser oferecidas por um amigo, pastor, professor ou confidente.
6.        Para tomarmos decisões sábias, devemos observar como Deus está guiando e atentarmos para as portas abertas pela Sua providência. Leia Provérbios 23:26 e compare os princípios ali encontrados com os da experiência do apóstolo Paulo ao pregar o evangelho em 2 Coríntios 2:12:14.
Texto bíblico: 12  Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se-me uma porta no SENHOR,
13  Não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedónia.
14  E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.
Comentário pessoal: Como soube Paulo o modo como Deus queria que ele agisse? ao observarmos cuidadosamente a direcção de Deus, também poderemos vê-Lo abrindo e fechando portas. isso nos ajudará a discernir a Sua vontade.
7.        Que princípios de João 12:35 você descobre ao conhecer a vontade de Deus? Quão importante é obedecer ao desejo de caminhar na luz que Ele nos oferece hoje, para que saibamos para onde Ele nos levará no futuro?
Texto bíblico: João 12: 35  Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
Comentário pessoal: A fidelidade em “caminhar na luz” que Deus nos dá hoje é uma das melhores maneiras de assegurar-nos que compreenderemos a Sua vontade no futuro. Se falharmos em viver de acordo com a luz que Ele tem nos dado hoje, podemos ficar confusos quanto a discernir os Seus caminhos e acabamos “caminhado nas trevas”.
Ao nos comprometermos a fazer tudo o que Deus pedir em nossa vida e desejarmos agradar-Lhe em todas as coisas – podemos confiar que Ele nos guiará. ele não nos deixa sozinhos no processo de tomar decisões. o Espírito Santo nos dará  uma convicção profunda e saberemos em que direcção seguir. Ele prometeu nos guiar e podemos confiar em Sua Palavra (Sl. 32:8; Is. 58:11).
Mark Finley
preparado por José Carlos Costa
GALERIA DE ESTUDOS BÍBLICOS

9 de dezembro de 2012

Dez Perguntas Para Resposta Ou Séria Reflexão dos Que Crêem na Imortalidade da Alma

1º - Por que Jesus diz a Seus seguidores que iria subir para lhes “preparar moradas”, mas a ênfase que dá quanto à ocupação das mesmas é o momento do reencontro com eles quando retornasse para os receber, e não quando morressem e suas almas fossem para o céu para as irem ocupando (João 14:1-3)?

2º - Por que Cristo e Paulo acentuam que os mortos ressuscitarão ao ouvirem a voz do arcanjo e a trombeta divina, sendo “despertados” do sono da morte (Mateus 24:30; 1 Tessalonicenses 4:16), quando suas almas supostamente vêm do céu, inferno, purgatório para reincorporarem, estando já bem despertas?
3º - Por que Jesus, quando confortava as irmãs do falecido Lázaro, além de empregar a metáfora do sono-”Nosso amigo Lázaro está dormindo. . .”-não lhes indicou que o falecido estava na glória celestial, mas referiu-lhes a esperança da ressurreição (João 11:17-27)?
4º - Quando Cristo ressuscitou a Lázaro, após estar o seu amigo morto por quatro dias, tirou-o do céu, do inferno ou do purgatório? Se foi do céu fez-lhe uma maldade trazendo-o de volta para sofrer nesta Terra. Se foi do inferno (pouco provável, pois ele era um seguidor do Mestre), concedeu-lhe uma segunda oportunidade de salvação, o que é antibíblico.
5º - Onde é dito que o lago de fogo, que acontece sobre a Terra (Apocalipse 20: 9, 14, 15) se transfere para alguma outra parte do universo e ali continua queimando, quando o contexto imediato diz que logo em seguida à segunda morte o profeta viu “novo céu e nova terra . . . e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1)?
6º - Por que Paulo, ao discutir específica e detalhadamente em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e, especialmente, no capítulo 15 de 1 Coríntios, como será o reencontro final de todos os salvos com o Salvador em parte alguma fala de almas vindas do céu, ou seja de onde for, para reincorporarem?
7º - Paulo diz ainda aos tessalonicenses que não deviam lamentar pelos seus amados falecidos que “dormiam”, encerrando com a recomendação: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (vs. 18). Ele não diz que já desfrutavam as bênçãos celestiais, e sim que estavam “dormindo” e seriam despertados. Por que a consolação deriva da promessa da ressurreição, e não de que as almas de seus entes queridos já estivessem no céu?
8º - Paulo diz claramente que sem a ressurreição dos mortos-confirmada e garantida pela do próprio Cristo-”os que dormiram em Cristo pereceram” (1 Coríntios 15:16 a 18). Por que pereceram, já que deviam estar garantidos com suas almas no céu?
9º - Mais adiante no mesmo capítulo Paulo confirma o que disse nos vs. 16 a 18, acentuando que arriscou morrer lutando com feras, dando a entender que se morresse estaria também perdido (vs. 32). Ao comentar, “comamos, bebamos que amanhã morreremos”, não estaria claramente indicando que sem a realidade da ressurreição, não há esperança alguma de vida eterna?
10º - Por que Jó fala de sua esperança em ver o seu Redentor “na minha carne”, quando Ele finalmente “se levantará sobre a Terra”, e não que iria vê-lo quando sua alma fosse para o céu (Jó 19:25)?
Autor: Prof. Azenilto G. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, Ala., EUA
 

8 de dezembro de 2012

A oração de uma criança

Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz. Isa. 43:18 e 19.

Frank Deford ficou devastado pela morte da sua filha Alexandra. A fibrose cística ceifara a sua vida aos 8 anos de idade. Vários meses depois do enterro, o assunto de uma possível adoção veio à tona. Talvez os Deford pudessem adotar outra menina. Chris, o filho, achou que aquela era uma boa ideia. Mas Frank estava relutante. Certamente dar um lar a uma criança necessitada era uma boa coisa, mas Frank nem podia pensar em trazer uma estranha para ocupar o lugar de Alexandra. Não parecia justo. Ninguém nunca poderia substituí-la naquela casa.
Mas uma noite, a esposa de Frank fez uma observação: “Sabe, se quiséssemos ter um bebé, é pouco provável que o pudéssemos conseguir aqui nos Estados Unidos. Ele teria que vir de algum país distante.”
Sim, Frank entendia isto. Então a sua esposa perguntou: “Lembra-se da oração de Alexandra?” Sim, Frank se lembrava. A sua filha  orava frequentemente: “Deus, por favor, cuida do nosso país, e traga algumas pessoas necessitadas para o nosso país.”
Lágrimas brotaram dos olhos de Frank. Agora ele entendeu. Uma criança adotada não iria substituir Alexandra, mas seria a resposta para a oração dela. Em poucos meses, os Deford, com muita alegria, receberam no seu lar uma preciosa menina vinda das Filipinas. Agora, eles podiam seguir em frente e reconstruir a vida.
Podemos ficar presos na dor do passado, ou partir para novos começos. Novos começos não ignoram nem apagam o passado, mas nos levam para além da dor devastadora. O passado é um professor, mas não é nosso senhor. Alguém disse, com muita propriedade: “Você nunca poderá correr para frente olhando para trás.”
A cada manhã, Deus nos convida para um novo começo. Frank Deford e a sua esposa começaram de novo. A sua filha adotiva não substituiu Alexandra, mas trouxe-lhes uma nova alegria. Eles descobriram que as misericórdias de Deus “não têm fim”, e que elas “renovam-se cada manhã”.
Podemos descobrir este Deus de novos começos na nossa vida também. Podemos libertar-nos dos nossos erros passados. Podemos começar outra vez. Que hoje seja o seu dia de um novo começo.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.

6 de dezembro de 2012

A CONSUMAÇÃO DO MISTÉRIO DE DEUS

"QUE os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus.” (I Coríntios 4: 1)
Nota: “mistérios de Deus.” (gr. mustérion, Rom. 11:25; 1 Cor. 2:7). Os planos de Deus para restaurar a harmonia do homem com a Divindade, no passado só foram entendidos indistintamente, mas agora, foram revelados mediante Jesus Cristo (Ef. 3:9-11; Col. 1:25-27). Os obreiros de Cristo têm a missão de apresentar com clareza as sublimes verdades do Evangelho do Evangelho a todos os homens (Mat. 28:19-20; Mar. 16:15); devem trabalhar para que se satisfaçam as necessidades de cada alma que esteja em busca da salvação. Esta responsabilidade repousa sobre cada crente fiel em Jesus.
Neste estudo sobre “A Consumação do Mistério de Deus”, vamos abordar o tema da perspertiva escatológica. Cremos que muitos dos nossos leitores apreciarão esta abordagem e esperamos a unção do Espírito Santo para este estudo.
1.      No seguimento da descrição da sexta (http://estudoprofecias.blogspot.pt/2012/10/apocalipse-uma-teologia-dos-selos-e-das.html ) trombeta, que viu João?
Rª: “E VI outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo.” Apoc. 10:1.
2.      Que tinha o anjo na mão?
Rª: “E tinha na sua mão um livrinho.” Apoc. 10:2
Nota: O livro de Daniel, que devia ser “selado” ou fechado, até ao tempo do fim, é sem dúvida aqui mencionado. Ver Daniel 12:4 e 9. Todos os fiéis do fim do tempo devem apresentar esta poderosa mensagem de salvação aos homens da Terra. Quer creiam quer não, eles devem saber que este é o Evangelho a ser proclamado no Alto Clamor.
3.      Que solene anúncio fez esse anjo?
Rª: “E o anjo que vi… levantou a sua mão ao céu, e jurou por Aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, … que não haveria mais demora.” Apoc. 10:5 e 6.
Nota: Levanta-te povo do Senhor e pregue a mensagem de Apocalipse 14:8-11. Não tempo literal nem tempo de prova, mas tempo profético. O período dos 2.300 dias, que terminou em 1844, deve ser o aqui referido. Nenhum outro período profético da Bíblia vai além desse. Que esperas?
4.      Nos dias da voz do sétimo anjo, que disse o anjo deveria ser cumprido?
Rª: “Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.” Apoc. 10:7.
Nota: O segredo ou mistério de Deus é o evangelho. Efés. 3:1-6; Gal. 1:11 e 12. O evangelho, então, deverá ser consumado quando soar a sétima trombeta.
5.      Que foi dito a João que fizesse com o livrinho?
Rª: “Vai e toma o livrinho aberto na mão do anjo … Toma-o e come-o.” Apoc. 10:8 e 9.
6.      Qual deveria ser o resultado de comer o livrinho?
Rª: “E ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.” Apoc. 10:9, últ. parte.
7.      Que diz o apóstolo de sua experiência neste assunto?
Rª: “E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.”
Nota: De modo frisante é aqui predita a experiência dos que proclamaram a mensagem de advento e da hora do juízo de 1843-44. Jubilosos na esperança de que Cristo viesse então, como os primeiros discípulos em relação ao Seu primeiro advento (Lucas 24:21; Atos 1:6,7), foram amargamente desapontados, e acharam que havia ainda uma obra a ser por eles feita, como aconteceu com os primitivos discípulos depois da crucifixão, ressurreição e ascensão de Cristo.
8.      Que palavras do anjo a João mostram que tanto o tempo literal como o de prova deveria continuar por algum tempo ainda, e que Deus tinha ainda outra mensagem pra o mundo?
Rª: “E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.” Apoc. 10:11.
Nota: A mensagem de Apocalipse10:11 é a mesma de Apoc. 14:6 e 7; e a mensagem posterior de Apoc. 14:8-12 vem em resposta à ordem; “Importa que profetizes outra vez”,” de Apoc. 10:11. Todas elas, porém, são mensagens dos últimos dias, e indicam que o fim de todas as coisas está próximo.
Estamos nós prontos? Derrame o Espirito Santo sobre os seus mensageiros. Amem.
José Carlos Costa, pastor
 

2 de dezembro de 2012

A SABEDORIA É A COISA PRINCIPAL


Este Sábado à saída da igreja estive a falar com um jovem amigo. Sabendo que ele tem dedicado os últimos anos aos estudos universitários, disse: “Então, soube que tu és catedrático.” Resposta pronta e inteligente: “Não sou, mas para lá caminho.” E acrescentou algo de surpreendente, tinha feito um doutoramento numa das áreas da biologia, era investigador, professor e fazia parte do júri dos que fazem doutoramento. “Sabe eu discuto com Deus”, surpreendido questionei “discutes com Deus?” Cita o seguinte versículo: "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” (Tiago 1: 5) “Essa é minha discussão com Deus, peço-Lhe sabedoria e faço a minha parte e tudo tem sido muito fácil. E mais, continuo a estudar, estou no terceiro ano de medicina.” Que sabedoria a deste jovem! Sendo sábio reconhece que Deus é a Fonte da Sabedoria.
Foi na base desta conversa que nasceu este estudo da Bíblia, faço votos que gostem e se enriqueçam com a Palavra de Deus.
1.      Por que nos exorta a Bíblia a adquirir sabedoria?
Rª: “A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.” Prov. 4:7.
Nota: A sabedoria implica a capacidade de ajuizar sabiamente e tratar com sagacidade. É conhecimento, com capacidade para fazer uso dele. Alguém pode ter conhecimento abundante, e ao mesmo tempo possuir pouca sabedoria.
2.      Quanto valor tem a sabedoria?
Rª: “Mais preciosa é do que os rubi, e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela.” Prov. 3:15.
3.      Que bênçãos se seguem à aquisição da sabedoria?
Rª: “Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará. Dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.” Prov. 4:8,9.
4.      Quem concede a sabedoria?
Rª: “O Senhor dá a sabedoria.” Prov. 2:6.
Nota: Aquele jovem (da igreja adventista do sétimo dia do Porto) tem razão em “discutir” com Deus “O Senhor dá a sabedoria.”
5.      Ao tornar-se rei, que pediu Salomão que o Senhor lhe desse?
Rª: “Dá-me pois agora sabedoria e conhecimento.” 2ª Crónicas 1:10.
6.      Como atendeu o Senhor a esse pedido?
Rª: “E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, que Salomão pedisse esta coisa.” 1ª Reis 3:10 ver 1ª Reis 3:11-13.
7.      Qual é o principio da sabedoria?
Rª: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que Lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.” Salmo 111:10.
Nota: Na verdade este jovem que mencionei, nunca alterou o seu comportamento, foi sempre uma pessoa disponível para as actividades da igreja e no tratamento com todos sejam estes jovens ou menos jovens. Ele tem “o temor do Senhor”.
8.      Que efeito exerce a verdadeira sabedoria na aparência pessoal?
Rª: “A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto.” Ecl. 8:1.
9.      Em que sentido disse Cristo que os filhos deste mundo sobrepujam aos filhos da luz?
Rª: “Porque os filhos deste século são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz.” Lucas 16:8.
Nota: Isto é, mostram mais prudência, mas astúcia e mais inteligência no tocante a seus negócios, do que os cristãos quanto ao que concerne ao reino de Deus. “Mostram mais perícia, estudam mais planos, experimentam mais meios, para angariarem recursos para si próprios, do que o fazem os filhos da luz para promover os interesses do reino de Deus.” Dr. Alberto Barnes.
10.  Em que disse o apóstolo quere que fôssemos sábios, e em que fôssemos símplices?
Rª: “Quero que sejais sábios no bem, mas símplices no mal.” Rom. 16:19.
11.  Quantas espécies de sabedoria há?
Rª: “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, …Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória.” 1ª Cor. 2:6,7.
12.               Como é considerada por Deus a sabedoria mundana?
Rª: “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus.” 1ª Cor. 3:19
13.               Que carácter tem a sabedoria que provém de Deus?
Rª: “Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.” Tiago 3:17.
14.               Que sabedoria podem fornecer as Escrituras?
Rª: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” 1ª Tim. 3:15.
Nota: “O verdadeiro sábio não discute nem se defende. Fala ou escuta, afirma ou procura penetrar o sentido das coisas.” Keyserling
Deus o abençoe com a sabedoria do Alto. Amem.

José Carlos Costa, pastor

29 de novembro de 2012

A RELAÇÃO DA FÉ COM A GRAÇA


A Bíblia diz como o homem pode ser salvo, que evidentemente não é em função do seu próprio esforço ou boas obras, mas sim em função do esforço e graça de Cristo, quando colocamos a nossa fé n´Ele, descansando na sua obra consumada na cruz do Calvário.
1.      Porque razão necessitamos de verdadeira graça e fé?
Rª: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23
 
2.  O homem condenado à morte encontra um “dom gratuito” para alcançar a vida. Qual?
 Rª: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2:8)
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2:8)
 
3.Será que percebemos que a fé é o nosso ponto de ligação com a graça de Deus?
Rª: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6)
Nota: Se pensarmos dentro do paradigma de que a união da nossa busca a Deus com a graça de Deus (a graça de Deus conosco – 1Co.10:15) é o que torna o homem vencedor contra o pecado, poderíamos pensar da seguinte maneira: Como é que alguém pode buscar a Deus em jejum, oração, louvor e leitura bíblica e mesmo assim ser derrotado na luta contra o pecado por não estar coberto com a graça de Deus?
Por outras palavras, como é que pode uma pessoa (A) estar buscar a Deus em todos estes aspectos, mas não vencer o pecado porque a graça de Deus não está sobre ela; enquanto uma outra pessoa (B) busca a Deus da mesma maneira que a outra e  a graça de Deus, por sua vez, está sobre ele e por isso ele não cai quando é tentado? Será que Deus é injusto em derramar mais da graça sobre uma pessoa do que sobre a outra, deixando esta pessoa (A) entregue ao pecado, enquanto com a outra pessoa (B) Ele decide intervir e libertá-la pela Sua graça? Objectivamente não. Deus não faz acepção de pessoas.
4. Neste caso tem o homem um papel a desempenhar? Se sim, qual?
Rª: “Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no Senhor nosso Deus iniquidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno” (2 Crónicas 19:7)
“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” (Romanos 2:11)
“E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34)
 
5. Então, recebe o resultado das suas próprias escolhas?
Rª: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas” (Colossenses 3:25)
“E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas” (Efésios 6:9)
Nota: Se em Deus não há acepção de pessoas, então Ele não pode entregar uma pessoa ao pecado que busca a Deus tanto quando a outra pessoa que Ele supostamente “ajuda a mais” para que esta outra não caia em tentação. Então, se isso não vem de preconceitos da parte de Deus, certamente deve vir de nós mesmos.
 
6. Onde é que essa pessoa (A) falha em não receber mais da graça de Deus para vencer o pecado na vida dela, se ela busca a Deus o mesmo tanto da outra pessoa (B) que consegue vencer as tentações com a graça de Deus?
Nota: Simplesmente porque a graça de Deus não é um “fator mágico” que vem automaticamente através da busca a Deus, mas sim algo que tem que vir acompanhado da busca a Deus, mas com um fator aditivo chamado fé. A fé é o ponto de ligação entre nós e a graça de Deus. Nós somos salvos pela graça de Deus, por meio da fé. Isso revela que a fé é um ponto intermediário que nos une à graça. Uma pessoa pode até buscar bastante a Deus, mas ser desprovida de fé. Neste caso, ela pode até se esforçar ao máximo neste propósito, mas, se não tiver a fé, toda essa busca será em vão, já que é a fé verdadeira que nos liga a Cristo.
7. O que é a verdadeira fé?
Rª: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Pois foi por meio dela que os antigos receberam bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê” (Hebreus 11:1-3)
Nota: O que significa que a fé é uma profunda convicção interior em alguma coisa. No caso em que estamos a tratar, significa uma profunda convicção de que Deus derrama a Sua graça por meio de Cristo para nos libertar do pecado. Essa é a fé que nós precisamos para nos ligar à graça. Não é um “passe de mágica”, porque por “mágica” não se entende nenhum tipo de certeza, nenhum tipo de convicção. A fé, porém, vai muito além de simples “mágica” e vai para além do campo da razão, para aquilo que chamamos sobrenatural.
 A fé é certeza, é convicção, é a prova até mesmo daquilo que nós não conseguimos ver agora. É pela fé que nós cremos na existência dos mundos [material e espiritual] que nos rodeiam. É por meio da fé que nós somos salvos, pela fé que os antigos receberam bom testemunho e pela fé que nós seremos justificados em Cristo. Portanto, o que nos liga a essa graça não é um passe de mágica, mas sim essa fé genuína. Por mais que as obras sejam realmente muito importantes e fundamentais (sem as obras, a fé é morta – Tg.2:26), é pela fé que a graça vem sobre nós. As obras – na vida do verdadeiro crente – são o resultado da fé.
8. Pode a fé ser desprovida de obras?
Rª: A fé não pode ser desprovida de obras, porque sem obras a nossa fé não passa de uma “fé” inútil (Tg.2:20), demoníaca (Tg.2:19) e que está morta (Tg.2:26). Portanto, a fé verdadeira é acompanhada de obras que revelam o nosso arrependimento e o nosso crescimento e maturidade espiritual, e por meio dessa fé a graça de Deus é derramada nos nossos corações mediante o Espírito Santo que Ele nos concedeu. Assim, nós vemos que não existe um fator prático cristão que atua interdependente dos outros; ao contrário, é tudo como um “puzzle” em que todas as peças devem estar perfeitamente ligadas e unidas para que tudo se encaixe harmoniosamente.
 
9. Sendo a fé, graça e obras uma perfeita obra de Deus. Que atitude deve tomar o crente?
Rª “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e está assentado à direita do trono de Deus” (Hebreus 12:1,2)
Conclusão: “estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas”. A metáfora do verso 1 comparar o cristão com um atleta que faz os últimos preparativos para competir num estádio da antiguidade, enquanto os espectadores observam sentados. O atleta, que tem o propósito de ganhar a corrida, contempla por um momento os assistentes. As “testemunhas” são aqui os incontáveis heróis da fé que são mencionados em Hebreus 11, cada um deles e apesar das desvantagens que tiveram que enfrentar, terminaram a sua corrida no gozo do Senhor. A fidelidade deles e perseverança lhes proporcionaram a vitória na corrida da vida. O atleta cristão que, conhece pela Palavra esses fiéis de todos os séculos, os olhos deles como que estão sobre os crentes. Eles venceram porque fixaram os seus olhos em Jesus Cristo, o cristão de hoje, só vencerá (verso 2) obtendo fé e graça para vencer cada dificuldade e tudo suportar até ao fim.
É perigoso afastar os olhos de Jesus seja em que momento for, tal como aconteceu com Pedro quando tentou caminhar sobre as agitadas ondas do mar da Galileia (Mat. 14:24-32). Manter “os olhos em Jesus”, é manter uma relação continua com Aquele que é a Fonte de todo o poder, com Aquele que pode fortalecer-nos para que resistamos e triunfemos. Amem.
José Carlos Costa, pastor