11 de novembro de 2011

A VERDADEIRA RELIGIÃO

O Cristianismo é um princípio de vida de origem divina. Ele é, num sentido geral, a continuação do que conhecemos como Judaísmo, isto é, a síntese dos ensinamentos ministrados aos hebreus, enviados através dos patriarcas e profetas. A única diferença é o cerimonial típico dos sacrifícios, praticados pelos judeus e que tiveram cumprimento no sacrifício de Jesus, para o qual aqueles sacrifícios apontavam. Vindo o verdadeiro sacrifício do qual aqueles eram sombra, não se faziam mais necessários aqueles ritos simbólicos, como os holocaustos,festas cerimoniais e a circuncisão, entre outros.

O Cristianismo sintetiza os ensinamentos de Jesus Cristo, de amor a Deus e ao próximo. Pelo Seu sacrifício, a humanidade seria restabelecida, novamente, a ligação com Deus, rompida pelo pecado, no Éden. Este é o verdadeiro sentido da palavra “religião”. Ela significa “religação”. Portanto, a verdadeira religião não é uma instituição ou denominação religiosa, mas uma pessoa: Jesus Cristo. Ele é a verdadeira religião e o único caminho por meio do qual o homem pode ser restabelecido à comunhão e ao favor do Pai.

Este caminho foi claramente definido por Jesus, ao dirigir-se a Natanael, um dos Seus discípulos, no início do Seu ministério em favor dos homens. Disse Ele, referindo-se a Si próprio: “Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho de Deus”(S. João 1:51). Esta mística ligação com o céu já havia anteriormente sido manifestada através da Palavra de Deus, muitos séculos antes, quando Jacó, fugindo da ira de seu irmão Esaú, teve um sonho da parte de Deus: “E sonhou: e eis uma escada era posta na Terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Génesis 28:12).

Jesus é, portanto, a escada ou a ponte para o céu. Ele é, repetimos a única ligação possível da humanidade, com Deus. Ele é, segundo as Sagradas Escrituras, o único caminho e o único Intercessor entre Deus e o homem. Ele próprio, a Palavra Viva de Deus, afirmou, de maneira clara, incisiva e de molde a não deixar nenhuma dúvida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (S.João 14:6).

Esta verdade é tão importante que foi enfatizada pelo apóstolo Paulo, quando já no seu tempo alguns tentavam transtornar o Evangelho Eterno, inquietando os primeiros cristãos: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro Evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gálatas 1:7 e 8).

A Palavra de Deus escrita, a Bíblia Sagrada, a única fonte de fé para o Cristão é contundentemente clara na afirmação de que existe somente um intercessor entre Deus e o homem: Jesus Cristo. Está escrito: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Timóteo 2:5). É Ele aquela ponte entre Deus e a humanidade, antes mencionada.

Existe, porém, na Terra, um poder, o qual se arroga esta condição e procura substituir e usurpar a prerrogativa que somente Jesus pode ter. Ele é designado por si próprio e pela instituição que comanda como “a suprema ponte”, ou Sumo Pontífice, título que herdou do antigo paganismo romano, com que eram anteriormente designados os seus imperadores. Estes, apresentavam-se como deus na Terra.

Portanto, somente através de Jesus o homem novamente pode ter direito à vida eterna, vencido o poder da morte, à qual todo ser humano estava subjugado. O retorno à vida, pela ressurreição, ficou assegurado pelo Criador, com a oferta representada pelo sacrifício da cruz.

O próprio Senhor Jesus afirmou, categoricamente: “Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e da sepultura”. “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá”. “E Eu o ressuscitarei no último dia”
(Apocalipse 1:17-18; S. João 11:25 e 6:44).

O mesmo Jesus afirma claramente: “Quem ouve a Minha Palavra, e crê n´Aquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Ele diz, ainda: “os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da
condenação” (S. João 5:24-25 e 28-29).

Esta é a essência do Cristianismo. Unicamente pela fé em Jesus Cristo e pela aceitação do Seu sacrifício é que o homem tem o direito à vida eterna. Não existe mais nada, nenhuma coisa, nenhum homem, nenhum outro nome que possa substituir ou contribuir com o que Deus estabeleceu para a nossa salvação. Pedro, falando de Jesus, a pedra que foi posta por cabeça de esquina, como fundamento da Igreja, afirmou: “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4:12).

E Paulo ensina: “Todos estão debaixo do pecado, não há um justo, nem um sequer. Não há quem faça o bem, não há nem um só. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Atos 4:11-12; Romanos 3:9-10, 12 e 23). O mesmo apóstolo, inspirado pelo Espírito de Deus, completa: “Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça; pela redenção que há em Cristo Jesus”. “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo”. “Porque o
salário (ou conseqüência) do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por (através de) Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 3:24, 5:1 e 6:23).

Esta, repetimos, é a essência do Cristianismo. Todo ensino, filosofia ou doutrina contrária a estes princípios, que visem modificá-los, alterá-los ou mesmo aperfeiçoá-los, tem origem no inimigo de Deus e de Jesus Cristo e podem ser rotulados, sem nenhuma dúvida, de anticristianismo.

A maior prova de que a fé de alguém é genuína é a revolução que acontece em sua vida, ao conhecer a Jesus e aceitar o Seu sacrifício. Quando alguém abraça a Jesus Cristo – a verdadeira religião – pela fé, é transformado. Um poder superior modifica os seus hábitos, pensamentos e ambições. É este poder santificador – a influência do Espírito Santo – que modela o caráter à semelhança docaráter do Mestre, a Quem desejará imitar.

Então, o que era impossível, passa a ser uma realidade em sua vida: vencer as tentações, desejar naturalmente fazer o bem até mesmo para quem lhe faz o mal, afastar-se do erro, amar os inimigos, pagar todo mal com o bem e outras coisas que ao homem natural é impossível fazer. Estará vivendo aqui mesmo na Terra, os princípios do reino de Deus, do qual se tornou um cidadão. Estará praticando a lei do amor e da caridade, habilitado para o céu. Por gratidão e amor a Deus praticará a obediência voluntária a todos os Seus princípios e mandamentos. A graça está em seu coração, a salvação o alcançou. Este é o Cristianismo verdadeiro, a religação com Deus.