25 de maio de 2011

COMO FOI JESUS BATIZADO?

Alguma vez você já pensou que poderia tomar um banho e sair limpo por dentro e por fora? Então nós temos uma grande notícia para você … você pode! Deus tem um plano que pode lavar completamente todos os seus pecados, absurdo? Não mesmo! Cristo diz: “Fomos sepultados com ele pelo batismo”(Romanos 6:4). Quando você aceita a Cristo, a velha vida morre e, o Senhor promete esquecer todos os nossos pecados! Não só isso, Ele pode ajudá-lo a superar qualquer hábito pecaminoso em sua vida. Você sabia que a cruz é mencionada 28 vezes na Bíblia, mas o batismo é mencionado 97 vezes? Deve ser muito importante, então, e não admira, que ele signifique uma nova vida, deixando o pecaminoso e assombroso passado enterrado e esquecido para sempre. Leia os fatos surpreendentes da Bíblia sobre este assunto incrível … você nunca mais será o mesmo!
1. O batismo é realmente essencial?
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:16).
R: Sim, é verdade! Como poderia qualquer linguagem ou palavras tornar isso mais claro?
2. O ladrão na cruz não foi batizado, porque razão devo eu ser?
“Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Salmo 103:14).
R: Tampouco o ladrão devolveu o que ele tinha roubado, como o Senhor ordena especificamente em Ezequiel 33:15. Deus nos considera responsáveis por aquilo que podemos fazer, mas Ele também reconhece as limitações da nossa humanidade. Deus não exige algo que seja físicamente impossível. Pudesse o ladrão ter descido da cruz, ele imediatamente teria sido batizado. Este é o único exemplo na Bíblia de uma excepção a esta regra. Deus queria ter certeza de que ninguém seria presunçoso em recusar o batismo.
3. Existem muitas formas de Batismo. Não será qualquer uma delas aceitável, desde que a pessoa seja sincera e honesta acerca do ritual?
“um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Efésios 4:5).
R: Não! Há apenas um verdadeiro batismo. Todos os demais chamados batismo, são falsificações do verdadeiro.
Nota: O Plano enganoso do diabo acerca do batismo afirma: “Faça a sua escolha, o método do batismo não importa. O Espírito é o que conta”. Mas a Bíblia diz: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Efésios 4:5). Ele também diz: “Ouve, peço-te, a voz do Senhor” (Jeremias 38:20).
4. Como foi Jesus batizado?
“Jesus … foi batizado por João no Jordão. E, logo que saiu da água, viu os céus abertos” (Marcos 1:9, 10).
Resposta: Por imersão! Observe que após o batismo, Ele “saíu da água”. Jesus foi batizado “no Jordão”, e não nas margens do Rio, como muitos acreditam. João procurava sempre um lugar para batizar onde “havia… muitas águas”(João 3:23), que tivessem uma profundidade suficiente. A Bíblia ordena seguir o exemplo de Jesus (1 Pedro 2:21). Qualquer batismo que não seja por imersão viola este mandamento. A palavra “batismo” vem da palavra grega “baptizo”. E significa “mergulhar sob, ou submergir ou imergir”. Há oito diferentes palavras gregas no Novo Testamento usadas para descrever a aplicação de líquidos. Mas entre estas várias palavras – que significam “aspergir”, “derramar” ou “submergir” – somente aquela que quer dizer especificamente “mergulhar” (baptizo) é usada para descrever o batismo.
5. Mudaram os discípulos a forma do batismo?
“e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe” (Atos 8:38-39).
R: Não! Note que Filipe, um líder na igreja primitiva, batizou o tesoureiro da Etiópia por imersão precisamente como João batizou a Jesus. E o apóstolo Paulo advertiu que qualquer que ensinar ao contrário do que Jesus ensinou deve ser “amaldiçoado” (Gálatas 1:8). Nenhuma pessoa - não importa quão piedosa seja – está autorizada a mudar as palavras e mandamentos de Deus.
6. Uma vez que Jesus e os discípulos batizavam por imersão, quem introduziu essas outras formas de batismo que existem hoje?
“Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15:9).
R: Homens extraviados introduziram outras formas de batismo em contradição direta à Palavra de Deus. Jesus disse: “E vós, por que transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” “por causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus” (Mateus 15:3-6). A adoração que segue o ensino humano é “vã”. Basta pensar nisso! A sagrada ordenança do batismo foi mudada e feita de pouca importância durante a perigosa viagem da verdade através dos séculos. Não admira que a Bíblia nos exorte a “batalhar pela fé que uma vez foi entregue aos santos” (Judas 3).
7. O que deve fazer uma pessoa para se preparar para o batismo?
Resposta:
A. Deve ter conhecimento dos requerimentos de Deus. “ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os…ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28:19, 20).
B. Deve acreditar na verdade da Palavra de Deus. “Aquele que crer e for batizado será salvo” (Marcos 16:16).
C. Deve arrepender-se, abandonar os seus pecados, e experimentar a conversão. “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados” (Atos 2:38). “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (Atos 3:19).
8. Qual é o significado do batismo?
“Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado” (Romanos 6:4-6).
R: Ele representa o crente seguir a Cristo na Sua morte, sepultamento e ressurreição. O simbolismo é perfeito e cheio de profundo significado. No batismo os olhos estão fechados, as mãos são dobradas, e a respiração fica suspensa como na morte. Em seguida, vem o enterro na água e a ressurreição do sepulcro líquido para uma nova vida em Cristo. Quando levantado da água, os olhos se abrem e o candidato começa a respirar novamente e se reúne com os amigos – uma imagem completa da ressurreição. A grande diferença entre o cristianismo e qualquer outra religião é simplesmente a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Nestes três atos é feito possível tudo o que Deus deseja fazer por nós. Para manter esses três atos vitais vivos nas mentes dos cristãos até o fim dos tempos, o Senhor instituiu o batismo por imersão como um memorial. Não há simbolismo da morte, sepultamento e ressurreição nas outras formas de batismo. Unicamente o batismo por imersão preenche o significado de Romanos 6:4-6.
9. Uma pessoa não deve ser batizada até que esteja certa de que nunca irá tropeçar e cair?
“Porque, se há prontidão de vontade, é aceitável segundo o que alguém tem, e não segundo o que não tem” (2 Coríntios 8:12).
R: Isso é como dizer que um bebê nunca deve tentar caminhar até ter a certeza de que ele nunca irá tropeçar e cair. Um cristão é um “bebê” recém-nascido em Cristo. É por isso que a experiência da conversão é chamada de “o novo nascimento.” O feio e pecaminoso passado não existe mais para um filho de Deus. O passado pecaminoso de uma pessoa é perdoado e esquecido por Deus na conversão. E o batismo simboliza o sepultamento da antiga vida. Começamos a vida cristã como bebês, ao invés de adultos, e Deus nos julga sobre nossa atitude e direção da nossa vida, em vez de alguns escorregões e quedas que podemos ter como cristãos imaturos.
10. Porque razão o batismo é uma questão urgente para um pecador convertido?
“E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor” (Atos 22:16).
R: O batismo é um testemunho público de que o pecador arrependido, foi perdoado e purificado por Jesus (1 João 1:9) e que o seu passado pecaminoso ficou para trás. Não há provas incriminatórias contra uma pessoa após sua conversão. Os homens e mulheres de hoje lutam para livrarem-se de uma pesada carga de culpa e pecado. Esta contaminação e esta carga é tão devastadora para o ser humano, que a pessoa afetada fará qualquer coisa a fim de experimentar a segurança do perdão e da purificação. Muitos têm sido arrastados para o divã do psiquiatra, onde seres humanos sinceramente tentam ajudar outros seres humanos. Mas a verdadeira ajuda é encontrada em Cristo, que diz a todos que se aproximam dele, “Quero; sê limpo” (Mateus 8:3). Ele não apenas limpa, mas Ele crucifica a velha natureza do pecado dentro de você. O sepultamento na água do batismo simboliza o enterro do horrível cadáver da velha vida pecaminosa. O rito do batismo é de extrema importância, porque representa publicamente as provisões mais estupendas do Evangelho que já foram fornecidas para a humanidade.
11. Quanto tempo demora para se preparar para o Batismo?
R: Isso depende da pessoa. Alguns compreendem as coisas um pouco mais rapidamente do que os outros. Mas na maioria dos casos, a preparação pode ser feita em um curto espaço de tempo. Aqui estão alguns exemplos da Bíblia:
A. O tesoureiro etíope (Atos 8:26-39) – Foi batizado no mesmo dia que ouviu a verdade.
B. O carcereiro de Filipos e sua família (Atos 16:23-34) – Batizados na mesma noite em que ouviram a verdade.
C. Saulo de Tarso (Atos 9:1-18) - Batizado três dias depois que Jesus falou com ele na estrada para Damasco.
D. Cornélio (Atos 10:1-48) - Batizado no mesmo dia em que ele ouviu a verdade.
Na conversão, Deus:
1. Perdoa e esquece o nosso passado.
2. Milagrosamente nos transforma em novos seres espirituais.
3. Adota-nos como seus próprios filhos e filhas.
Certamente nenhuma pessoa verdadeiramente convertida gostaria de adiar o batismo, o qual presta uma homenagem pública a Jesus por operar todos esses milagres.
12. Como Deus se sente sobre o batismo de uma pessoa convertida?
R: Ele disse no batismo de Seu Filho, ”Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17). Assim Deus se agrada quando uma pessoa é batizada por imersão em harmonia com o Seu comando. Aqueles que amam o Senhor irão sempre se esforçar para agradar a Deus (1 João 3:22, 1 Tessalonicenses 4:1). Está Deus satisfeito com o seu batismo?
13. Pode uma pessoa verdadeiramente experienciar o batismo sem se tornar um membro da igreja de Deus?
R: Resposta: Não! Deus define claramente isso. Observe os passos:
A. Todos são chamados em um corpo. ”Vós sois chamados em um corpo” (Colossenses 3:15).
B. A igreja é o corpo. ”Ele é a cabeça do corpo, da igreja” (Colossenses 1:18).
C. Entramos neste corpo através do batismo. ”Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo” (1 Coríntios 12:13).
D. As pessoas convertidas à Deus são adicionadas à igreja. ”E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos” (Atos 2:47).
14. Observe quatro coisas que o batismo não faz:
Primeiro: O Baptismo em si não muda o coração do homem; é um símbolo da mudança que têm ocorrido. Um homem pode ser batizado sem fé, sem arrependimento, e sem um coração novo. Ele até pode ser submergido na água seguindo o exemplo de Jesus, mas sairá dela um pecador molhado, ao invés de um pecador limpo – sem fé, sem arrependimento e sem um novo coração. O batismo não pode fazer uma nova pessoa. Nem pode mudar ou regenerar qualquer um. É o poder transformador do Espírito Santo que muda o coração na conversão. Deve-se nascer do Espírito, assim como nascer da água.
Segundo: O batismo não significa necessariamente fazer uma pessoa se sentir melhor. Não significa necessariamente mudar os seus sentimentos. Algumas pessoas ficam desapontadas porque não se sentem diferentes depois do batismo. A salvação não é uma questão de sentimento, mas de fé e obediência.
Terceiro: O batismo não remove tentações. Mas Jesus é o ajudante de cada crente. Ele diz: ”Eu nunca te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5). Nenhuma tentação virá sem uma maneira de escapar. Esta é a promessa da Escritura (1 Coríntios 10:13).
Quarto: O batismo não garante a salvação. Não é um rito mágico. A salvação vêm somente como um dom de Jesus Cristo, quando alguém experimenta o novo nascimento. O batismo é um símbolo da verdadeira conversão, e a menos que a conversão preceda o batismo, a cerimônia não faz sentido.
15. Jesus pede que você seja batizado(a) como um símbolo de que os seus pecados foram lavados. Você gostaria de fazer planos para receber em breve esta sagrada ordenança?
R:_______

24 de maio de 2011

SEPULTAMENTO OU CREMAÇÃO?

Um dos membros mais velhos da nossa família disse que, quando morrer, gostaria de ser cremado em vez de sepultado. O pedido gerou uma grande discussão entre nós. Todos somos cristãos. Tem a Bíblia alguma orientação sobre este assunto tão delicado?
Os adventistas do sétimo dia nunca tomaram uma posição sobre cremação, porque a nossa compreensão bíblica acerca da morte e ressurreição faz com que o assunto perca a sua importância (veja Job 19:27; Daniel 12:2; Lucas 24:39). Contrários à ideia de uma dicotomia entre corpo e alma, afirmamos que o ser humano tem uma existência física tanto antes da morte como na ressurreição. O Deus que nos criou no princípio é igualmente capaz de nos recriar das cinzas da incineração, ou do pó que resulta do lento processo da decomposição. Todas as substâncias orgânicas retornam aos seus elementos básicos. A única diferença é sobre quanto tempo isso leva.
Na verdade, não defendemos a ideia de que na ressurreição o novo ser será composto das mesmas células e átomos que antes lhe formavam o corpo. As células morrem e os átomos se dispersam, e a restauração de uma pessoa não consiste apenas na reunião e reestruturação dos átomos, mas na expressão do poder criativo de Deus, não importando quais átomos estejam envolvidos (Salmo 104:29-30). Sabemos que cada ser vivo é um conduto por onde novos átomos entram enquanto que os velhos se dispersam, de modo que, numa escala maior, em 10 anos cada pessoa será composta por átomos inteiramente diferentes.
A pessoa que morre permanece na mente de Deus e, por meio de Seu poder criador, Ele haverá de restaurar-lhe a vida segundo a Sua vontade, num novo corpo isento dos efeitos dos pecado (I Coríntios 15:52). Na ressurreição, o Criador não depende de elementos previamente existentes.
Alguns dentre nós têm usado Amós 2:1 para se opor à prática da cremação. O profeta afirma que Deus Se irou contra Moabe “porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal” (ARA). O principal problema de interpretação nesse texto é a frase “até os reduzir a cal”, que reflete com precisão o texto hebraico. O substantivo sid não significa “cinzas” mas “cal”. A cal era usada para rebocar paredes e pedras. Alguns têm sugerido que, nesse caso em particular, os ossos foram queimados ou calcinados para se obter cal. Seja como for, não há dúvida de que Moabe é reprovado por causa do seu desprezo para com os restos mortais humanos. Portanto, o profeta está a referir-se a um ato de ódio e vingança que resultou no desrespeito para com a dignidade humana. Isso não é o que chamaríamos de cremação.
Cremação, propriamente dita, pode ser um ato de piedade. Em I Samuel 31:11-13 lemos como os israelitas tomaram o corpo de Saul e os seus filhos “do muro de Bete-Seã e os levaram para Jabes, onde os queimaram” (NVI). Esse não foi um ato de vingança, mas uma maneira adequada de pôr fim à humilhação de um corpo humano, nesse caso, o do primeiro rei de Israel.
Para alguns cristãos, a questão do sepultamento em lugar da cremação é muito importante. Eles notam que a cremação é adotada em países como Índia e China, cuja cultura predominante não é cristã. Na verdade, esses países superpopulosos já enfrentaram há muito tempo o dilema de poucas terras férteis e a necessidade de cemitérios, introduziram na sua religião a noção da cremação, compreendida em termos de uma espécie de purificação pelo poder do fogo. Do ponto de vista científico, esse método oferece vantagens relacionadas com a prevenção de infecções. É fato que na tradição judaica os mortos eram consistentemente sepultados, costume esse que foi incluído nos cânones católicos e assim perpetuados na comunidade cristã. Mas, quando analisado à luz de nossa compreensão acerca de como Deus age, a cremação não representaria nenhum problema.
Hoje em dia, cerca de 50% das pessoas que morrem nos Estados Unidos são cremadas, principalmente por causa dos altos custos envolvidos num sepultamento. A cremação, em geral, não custa mais de 10% do valor de um sepultamento. Em relação a esse assunto, os adventistas permitem que os seus membros sigam a consciência, e pelas razões acima citadas será difícil adotarmos uma posição oficial a esse respeito.
George W Reid (Th D. pelo South-western Baptist Theological Seminary) atuou por 20 anos como diretor do Biblical Research Institute da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

18 de maio de 2011

SE ALGUÉM NÃO TROPEÇA NO FALAR, É PERFEITO


Provérbios 12:19
O lábio veraz permanece para sempre, mas a língua mentirosa, apenas um momento.
Irmãos, nesta lição trataremos de um assunto de extrema importância, que é o nosso falar (as palavras, a língua), que na lição anterior foi citada brevemente, porém iremos mais afundo, pois ele faz parte do nosso dia a dia. No livro de Tiago, vemos claramente a importância deste assunto, como está escrito:
Tiago 3:2
Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.
Nota: Note que neste versículo acima é reconhecido que temos limitações, pois tropeçamos em muitas coisas, mas se alguém controla a sua boca se torna varão perfeito capaz de refrear também o corpo. Sabemos que Perfeito só JESUS CRISTO, mas que, como imitadores DELE, podemos e devemos buscar a santificação, paz, domínio próprio, mansidão, amor, entre outras características cristãs. Nossas palavras são muito importantes, pois além haver poder nelas, daremos conta de todas elas a DEUS no dia do juízo. Como está escrito:
Mateus 12:36
Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;
Mateus 12:37
Porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.
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Tiago 3:3
Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro.
Tiago 3:4
Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro.
Tiago 3:5
Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!
Nota: Nestes versículos acima, vemos três exemplos onde pequenas partes integrantes de um corpo (animal, objeto ou ser humano) comandam a trajetória dos mesmos. O cavalo apesar de forte e veloz é domado pelo freio que é colacado na boca, o navio apesar de tão grande é guiado pelo pequeno leme e nós pela língua, pois muitas vezes não a controlamos e passamos por diversas situações adversas como brigas, intrigas, doenças, entre outros malefícios. Como está escrito:
Tiago 3:6
Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.
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Tiago 3:7
Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano;
Tiago 3:8
A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.
Tiago 3:9
Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Nota: Nós dominamos todos os animais presentes na terra como já se sabe, porém um pequeno órgão do nosso corpo, ninguém (exceto JESUS) conseguiu, consegue ou conseguirá dominá-lo, como está escrito, é um mal incontido, pois muitas vezes oramos, confessamos nossos pecados a DEUS, falamos da PALAVRA as pessoas, porém, também amaldiçoamos, falamos coisas que não deveríamos e uma palavra depois de proferida nunca mais volta, por isso devemos buscar ante a DEUS o domínio próprio , como está escrito:
Gálatas 5:22
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
Gálatas 5:23
Mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
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Tiago 3:10
De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim.
Nota: Da nossa boca, pode-se sair benção ou maldição e a escolha é unicamente nossa, pois todas as nossas ações, pensamentos e palavras passam primeiramente pelo nosso cérebro, onde, do simples mover do braço, uma difícil escolha ou a uma palavra falada, antes executamos nossas escolhas através do raciocínio. As escolhas dependem unicamente de nós mesmos, pois até mesmo DEUS nos respeita e nos dá o livre-arbítrio. Existe uma frase que diz o seguinte: Vigie os seus pensamentos, pois eles se tornarão suas palavras, vigie as suas palavras, pois elas se tornarão seus atos, vigie os seus atos, pois eles se tornarão seus hábitos, vigie os seus hábitos, pois eles se tornarão o seu caráter, vigie o seu caráter, ele será o seu destino.
O SENHOR JESUS nos admoesta a vigiar e orar para escaparmos de tudo que tem de suceder, como está escrito:
Lucas 21:36
Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.
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Tiago 3:11
Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?
Tiago 3:12
Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.
Nota: Como cristãos genuínos devemos assumir o compromisso de servir em verdade e em espírito a CRISTO, pois como estamos bebendo da fonte que é CRISTO, antes devemos praticar todos os preciosos ensinamentos e produzir o bom fruto, pois o que produzir mal fruto ou proferir amargura certamente não terá parte com DEUS.
Colossenses 3:8
Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.
Colossenses 3:17
E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
Nota: Devemos retirar toda a linguagem obscena, maledicência e tudo o que não presta do nosso ser e colocar em nossos pensamentos, palavras, atitudes e ações tudo o que for bom fazendo sempre em nome de JESUS dando graças a DEUS PAI.
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Lucas 6:45
O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.
Nota: Neste versículo, o SENHOR JESUS nos diz que a boca fala do que está cheio o coração, logo, nossas palavras são resultado do que guardamos no coração, das coisas que damos importância, que nos alimenta, por isso, devemos sempre vigiar nossas palavras, pois elas revelam o que existe em nossos corações. Mas o coração é enganoso, como está escrito:
Jeremias 17:9
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Nota: Muitas vezes falamos o que não queríamos e o que não devíamos, por não liberarmos perdão, deixando o coração cheio de mágoas e ressentimentos, que por sua vez é enganoso e acaba liberando palavras desnecessárias e até indecentes. Devemos refrear a língua para não enganar a nós mesmos, pois que não refreia a própria língua, engana a si mesmo, como está escrito:
Tiago 1:26
Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.
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Mateus 15:11
Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.
Mateus 15:18
Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem.
Nota: JESUS CRISTO nos diz que não é o que comemos ou bebemos que pode nos contaminar mas sim o que falamos porque nossas palavras tem poder e que as palavras estão ligadas ao coração (que é a sede dos sentimentos), logo nosso estado de espírito está ligado ao nosso coração que por sua vez é provedor das nossas palavras e por ele podemos tanto adoecer como obter cura. Todos já provamos momentos de alegria onde o corpo funciona perfeitamente e também momentos de tristeza onde ficamos mais propensos a doenças (uns com mais outros com menos intensidade), pois o sistema imunológico fica fraco, causando uma infinidade de doenças, que na verdade são problemas espirituais (onde o coração se abateu e contaminou o corpo), como está escrito em:
Salmos 31:10
Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem.
Provérbios 17:22
O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.
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Mateus 5:37
Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.
Nota: JESUS CRISTO nos diz que nossa palavra deve ser: sim, sim; não, não e o que passar disto é do maligno, ou seja, o verdadeiro cristão tem que ter palavra, tem que ser íntegro e sempre que formos falar, tomar decisões, fechar negócios, fazer escolhas deve ser sim ou não ou é ou não é, pois não podemos duvidar em nada do que fazemos, pois com nossos novos ensinamentos através da PALAVRA DE DEUS somos direcionados as coisas dELE. Não pode haver dúvidas no que fazemos, pois tudo que provém de dúvida é pecado, como está escrito:
Romanos 14:23
Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.
Antes façamos tudo com boa índole, integridade, caráter, justiça, retidão, amor e em nada duvidando, sempre com fé e para DEUS. Como está escrito:
Romanos 14:22
A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova.
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Salmos 1:1
Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Nota: Não devemos ter parte com os ímpios (pecadores) e nem participar de nada que possa nos contaminar, porém, é necessário que fique bem claro que não devemos seguir os conselhos ou modelos dos ímpios, não participar de suas atividades e nem concordar com seus caminhos e escolhas mas, como cristãos devemos ser exemplo, dar testemunho de vida e pregar as boas novas (anunciar o reino de DEUS) através de nosso SENHOR JESUS CRISTO. Pois tudo o que ouvimos, assistimos, lemos, e observamos é registrado pelo nosso cérebro e quanto mais damos lugar a coisas vãs, corremos o risco de nos desviarmos da vontade de DEUS em nossas vidas, pois as más companhias contaminam a qualquer um, como está escrito:
1 Coríntios 15:33
Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
1 Coríntios 5:6
Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?
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1 Coríntios 5:7
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.
1 Coríntios 5:8
Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.
Nota: Antes sejamos a nova massa, sem nenhum fermento (nada impuro) mas a massa limpa da sinceridade, verdade, justiça, como também CRISTO o foi, para que nos tornemos íntegros, sinceros, irrepreensíveis com o caráter dELE no meio dessa geração pervertida e corrupta, na qual resplandecemos como luz, como está escrito:
Filipenses 2:15
Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.
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Nota: As palavras são muito importantes, pois como vimos, elas tem poder, revelam nosso ser, podem abençoar ou amaldiçoar, ficam registradas perante DEUS onde seremos julgados por elas, entre outros, e que devemos buscar ante a DEUS o domínio próprio através da leitura e prática da PALAVRA DE DEUS que é o alimento do espírito. E para concluir, segue abaixo, algumas das poderosas e preciosas palavras do SENHOR JESUS CRISTO, como está escrito:
João 12:47
Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.
João 12:48
Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.
João 15:7
Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
Mateus 24:35
Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.

13 de maio de 2011

O TESTEMUNHO PROTESTANTE E CATÓLICO SOBRE OS 10 MANDAMENTOS.

A cristandade, em qualquer de seus ramos, nunca teve em seu conceito o Decálogo como uma norma inadequada para nossa época, condicionado apenas aos tempos em que foi formulado, e vigorado somente para os judeus como uma espécie de “rascunho” da lei divina superior do Novo testamento, inspirada em princípios de amor fraternal, sendo agora a “lei de Cristo”, supostamente diferente da “lei de Deus” veterotestamentária.
A seguir veremos que a posição oficial das mais variadas denominações cristãs é que a universal e eterna lei de Deus é sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta cristã. Fato esse reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes confissões. Isso sim é o que sempre constituiu o pensamento geral de toda a cristandade!
—  Assembléia de Deus:
O Pr. Carlo Johansson, famoso teólogo assembleiano, responde da seguinte maneira:
“A lei é a vontade de Deus, no Decálogo.” — Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke afirma isto:
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias… a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça. (…)
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Em “Prosperidade Pela Obediência”, p. 10, 14–17.
Por sua vez, o Pr. Myer Pearlman, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, assim se expressou:
“Os mandamentos representam e expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos.” — Em “Através da Bíblia”, p. 27.
Conforme foi visto acima, estes pastores pentecostais da Assembléia de Deus têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. E o conselho bíblico é que se deve obedecer aos pastores que falam a palavra de Deus. E esses líderes assembleianos estão apenas defendendo o ensinamento bíblico sobre a Lei de Deus, os Dez Mandamentos.
— Igreja Presbiteriana:
No “Catecismo Maior”, que é onde encontramos as instruções essenciais para um crente presbiteriano, na resposta à pergunta 93, lemos:
“A Lei Moral é a declaração da vontade de Deus, feita ao gênero humano, dirigindo e obrigando todas as pessoas à conformidade e obediência pessoal, perfeita e perpétua a ela — nos apetites e disposições do homem inteiro, alma e corpo, e no cumprimento de todos aqueles deveres de santidade e retidão que se devem a Deus e ao homem, prometendo vida pela obediência e ameaçando com a morte a violação dela.” — P. 93.
E a resposta à pergunta 98 diz:
“A Lei Moral acha-se resumidamente compreendida nos Dez Mandamentos, que foram dados pela voz de Deus no monte Sinai e por Ele escritos em duas tábuas de pedra, e estão registrados no capítulo vigésimo de Êxodo.” — P. 95. Grifos acrescentados.
O célebre João Calvino disse:
“Nós não devemos imaginar que a vinda de Cristo nos libertou da autoridade da lei, pois é a regra eterna de uma vida devota e santa, e deve, portanto, ser tão imutável como a justiça de Deus, a qual abraçou, é consistente e uniforme” (João Calvino, Commentary on the Harmony of the Gospels, Vol. 1, p. 277).
→ Igreja batista:
Quem vai nos responder a essa primeira pergunta é o príncipe dos pregadores batistas, Carlos H. Spurgeon, afirma o seguinte em seus “Sermons”:
“A Lei de Deus é uma lei divina, santa, celestial, perfeita. Aqueles que acham defeito na lei, ou que a depreciam em grau mínimo, não compreendem o seu desígnio e não têm uma idéia correta da própria lei. Paulo diz que ‘a lei é santa, mas eu sou carnal; vendido sob o pecado’. Em tudo quanto dizemos concernente à justificação pela fé, nunca intencionamos diminuir o conceito que nossos ouvintes têm da lei, pois a lei é uma das obras de Deus mais sublimes. Não há nenhum mandamento a mais; não há nem um a menos; mas ela é tão incomparável que sua perfeição é uma prova de sua divindade. Nenhum legislador humano poderia ter trazido a existência uma lei semelhante à que encontramos no Decálogo.” — Vol. 2, sermão 18, p. 280. Grifos acrescentados.
“Se alguém me diz: ‘Eis que em substituição aos Dez Mandamentos recebemos dois, que são muito mais fáceis,’ responder-lhe-ei que essa versão da lei não é de maneira alguma mais fácil. Uma tal observação implica falta de meditação e experiência. Esses dois preceitos abrangem os dez, em seu mais amplo sentido, não podendo ser considerados exclusão de um jota ou til dos mesmos. Quaisquer dificuldades existentes nos mandamentos são igualmente encontradas nos dois, que lhes são a súmula e substância. Se amais a Deus de todo o vosso coração, torna-se-vos preciso observar a primeira parte (os primeiros quatros mandamentos); e se amais o próximo como a vós mesmos, precisais observar a segunda (os outros seis mandamentos).” — Em “The Perpetuity of the Law of God”, p. 5.
Disse o tão aclamado Martin Luther king:
“Pergunto-me excessivamente como veio ser imputado a mim que eu deveria rejeitar a lei dos 10 mandamentos…Pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei?…Aquele que revoga a lei deve, necessariamente, revogar o pecado também”. (Martin Luther, Luther’s Works (trans., Weimer ed.), Vol. 50, pp. 470-471; originally printed in his Spiritual Antichrist, pp. 71, 72.)
Diz também o famoso escritor, evangelista internacional e líder religioso Billy Graham, que citando Wesley sobre os Dez Mandamentos, diz:
“A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. (…) Os dez mandamentos… são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não mudou. As pessoas é que têm mudado. (…) A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus.” — Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 108–109.
“Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial.” — Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191.
O Rev. Andrew Fuller, eminente ministro batista, conhecido como o “Franklin da teologia”, diz o seguinte:
“Se a doutrina da expiação nos leva a alimentar idéias falsas com relação à Lei de Deus, ou a negar-lhe autoridade preceituaria, podemos estar certos de que ela não é a doutrina escriturística da reconciliação. A expiação relacionava-se com a justiça e esta com a lei ou a revelada vontade do Soberano, a qual fora violada; e a própria finalidade de expiação é restaurar a honra da lei. Se a lei, que foi transgredida, fosse injusta, em vez de ser providenciada uma expiação para o seu quebrantamento, deveria ela ter sido revogada, e o Legislador levado sobre Si a vergonha de havê-la ordenado. (…) É fácil notar, por conseguinte, que na proporção em que a lei é minimizada, e o evangelho é solapado, tanto a graça como a expiação são tornadas inúteis. É o uso abusivo da lei, ou o torná-la um meio de vida, em oposição ao evangelho — para o que ela jamais foi dada a uma criatura caída — o que as Escrituras Sagradas desaprovam; e não a lei como revelada vontade de Deus, o imutável padrão entre o direito de Deus, o imutável padrão entre o direito e o erro. Deste ponto de vista foi que os apóstolos nela se deleitaram; e se somos cristãos deleitar-nos-emos nela também, e não nos oporemos a estar sob ela como uma norma de dever; pois nenhum homem se opõe a ser governado pelas leis de que gosta.” — Em “Atonement of Christ”. Ver “Works of Andrew Fuller”, p. 160–161.
Podemos transcrever aqui nada mais nada menos que o próprio manual das Igrejas Batistas, o “New Hampshire Confession of Faith”, sistematizado por Edward T. Hiscox, onde não há nenhum ensinamento da abolição ou mesmo da alteração da Lei de Deus nesta positiva declaração:
“Cremos que as Escrituras ensinam que a Lei de Deus é a norma eterna e imutável de Seu governo moral (Rom. 3:31; Mat. 5:17; Luc. 16:17; Rom. 3:20; 4:15); que essa lei é santa, justa e boa (Rom. 7:12; 7:7, 14, 22; Gál. 3:21; Sal. 119); e que a incapacidade, que as Escrituras atribuem aos homens caídos, de cumprirem seus preceitos, resulta inteiramente de seu amor ao pecado (Rom. 8:7, 8); livrá-los disso e restaurá-los por meio de um Mediador a uma sincera obediência à santa lei, é o grande propósito do evangelho e dos meios de graça relacionados com o estabelecimento da igreja visível (Rom. 8:2–4).” — Art. 12, p. 63–64. Também é encontrado no “Manual das Igrejas Batistas”, por William Carey Taylor, ed. 4 (1949), p. 178, art. 12. Citado em O.C.S. Wallace, “What Baptist Believe”, p. 79. Grifos acrescentados.
Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Batista têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Precisaríamos de mais alguma informação depois desta, dada pelo MANUAL DAS IGREJAS BATISTAS, que regulamenta todas as praxes da denominação? Creio que não!
— Igreja Luterana:
Martinho Lutero, o grande pai da Reforma e fundador da Igreja Luterana, declara o seguinte no “Prefácio à Epístola aos Romanos” sobre o verbete “Lei”:
“A lei é espiritual’. Que significa isso? Se a lei fosse carnal, ela poderia ser satisfeita com obras. Sendo, porém, espiritual, ninguém a satisfaz, a não ser que venha do coração o que fazes. Mas ninguém proporciona semelhante coração, senão o Espírito de Deus, que é Quem iguala a pessoa à lei, de sorte a receber de coração a disposição para a lei, agora tudo fazendo, não por temor ou obrigação, mas de coração livre, espontaneamente. (…) uma coisa é realizar as obras da lei e outra coisa muito distinta, cumprir a lei. (…) Como se pode preparar para o bem através de obras quem não faz uma boa obra livre de indisposição e má vontade no coração? Como haverá de agradar a Deus a obra que provém de um coração indisposto e desobediente?
“Entretanto, cumprir a lei significa realizar sua obra com vontade e amor, levar uma vida reta e conforme a vontade de Deus livremente sem a coação da lei, como se não houvesse lei ou punição. Semelhante disposição partindo do livre amor é o Espírito Santo quem a dá ao coração (…)
“Daí sucede que somente a fé torna justificado e cumpre a lei; pois ela traz o Espírito proveniente do mérito de Cristo, e o Espírito cria um coração disposto e livre, como o exige a lei; assim, portanto, as boas obras se originam da própria fé. Isto é o que ele quer dizer no capítulo 3:21, depois de ter repudiado as obras da lei, dando a impressão de que quisesse suprimi-la mediante a fé: Não (diz ele), nós afirmamos a lei através da fé, isto é, nós a cumprimos mediante a fé.” — Grifos acrescentados. Uma outra tradução desse documentopode ser encontrado no seguinte web site: http://solascriptura-tt.org/Diversos/Romanos-Prefacio PorLutero.htm (acessado a 28/12/2007).
“Aquele que destrói a doutrina da Lei, destrói ao mesmo tempo, a ordem política e social. Se você ejetar a lei da igreja, não haverá mais nenhum pecado a ser reconhecido como tal no mundo. (Martinho Lutero, citado em M. Michelet ‘s Life of Luther (Hazlitt’s trans.), 2 ª ed., Vol. 4, p. 315.)
Diz o Catecismo de Heidelberg (1563) na parte sobre os 10 mandamentos:
“92. Que diz a lei do SENHOR?
“R. Deus falou todas estas palavras (Êxodo 20:1–17; Deuteronômio 5:6–2: [a seguir é mostrado todos os Dez Mandamentos segundo a Bíblia]).
“93. Como se dividem estes Dez Mandamentos?
“R. Em duas partes. A primeira nos ensina, em quatro mandamentos, como devemos viver diante de Deus; a segunda nos ensina, em seis mandamentos, as nossas obrigações para com nosso próximo.” — Grifos acrescentados.
A “Confissão de Fé Helvética” declara o seguinte a respeito “Da Lei de Deus”:
“A lei é completa e perfeita. Cremos que toda a vontade de Deus e todos os preceitos necessários a cada esfera da vida são nesta lei ensinados com toda a plenitude. De outro modo o Senhor não nos teria proibido de adicionar-lhe ou de subtrair-lhe qualquer coisa; nem nos teria mandado andar num caminho reto diante desta Lei, sem dela nos declinarmos para a direita ou para a esquerda (Deut 4.2; 12.32, 5.32, cf. Num 20–17 e Deut 2.27).”
— Igreja Anglicana:
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumpri-las ” (Mateus 5:17)…A lei ritual ou cerimonial, entregue por Moisés para os filhos de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças que eram relacionadas aos antigos sacrifícios e serviços do templo, nosso Senhor, de fato, veio destruir, dissolver e abolir completamente. Para isto, foram testemunhas todos os Apóstolos; não apenas Barnabé e Paulo, que veementemente opuseram-se contra todos que ensinaram que os cristãos deveriam ‘manter a lei de Moisés’ (Atos 15:5) ‘Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés’; não apenas Pedro, que denominou o insistir nisso, na observância da lei ritual, ‘por Deus à prova’, e ‘colocar um jugo no pescoço dos discípulos, que nem nossos anciãos’, diz ele, ‘nem nós, somos capazes de suportar’, mas todos os Apóstolos, presbíteros, e irmãos, estando reunidos em um só acordo (Atos 15:22)¸ declararam que ordenar a eles que mantenham esta lei, era ‘subverter suas almas’; e que ‘pareceu bem ao Espírito Santo’ e para eles, não impor tal fardo sobre eles. (Atos 15:28). Essas ‘ordenanças escritas’ nosso Senhor destruiu, jogou fora, e pregou em Sua cruz.
Mas a lei moral, contida nos Dez Mandamentos, – e reforçada pelos profetas, Ele não tirou fora. Não era o objetivo de Sua vinda, ab-rogar alguma parte dela. Esta é uma lei que nunca poderá ser quebrada; que resiste, como uma testemunha fiel nos céus. A lei moral se situa, em uma fundação completamente diferente da lei cerimonial ou ritual, que foi apenas designada para uma restrição temporária, em cima da desobediência e obstinação das pessoas; considerando que isto foi no começo do mundo, não sendo ‘escrita em tábuas’, mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando eles vieram das mãos do Criador. E, não obstante, as letras, uma vez escritas pelo dedo de Deus, estejam agora, em grande parte, desfiguradas pelo pecado; ainda assim, elas não podem ser apagadas, enquanto nós tivermos alguma consciência de bem e mal. Cada parte dessa lei deve permanecer em vigor, sobre toda a humanidade, e em todas as épocas; não dependendo de tempo ou lugar; ou quaisquer outras circunstâncias, sujeitas a mudanças; mas sobre a natureza de Deus e a natureza do homem, e a relação imutável para com um e outro”. (John Wesley, No the Sermon on the Mount, Discourse 6, Sermons on Several Occasions (1810), pp. 75-76.)
→ Igreja Metodista:
O bispo metodista Mateus Simpson apresentou em Yale, no ano 1878, uma série de preleções sob o título “Pregação”, a qual foi publicada mais tarde por “Eton and Mains”. Em sua quarta preleção, diz ele:
“A Lei de Deus… deve ser apresentada claramente. Nossas congregações devem ser reunidas como que em torno do Monte Sinai, enquanto de seu topo é ouvida a voz de Deus a pronunciar aqueles mandamentos que são inalteráveis e eternos. (…) Há muitos pregadores que gostam de insistir sobre o evangelho apenas… mas às vezes vão além disso e verberam contra a pregação da lei — insinuam que ela pertence a uma época passada… Tal evangelho pode erigir uma bela estrutura; mas seu fundamento está sobre a areia. Nenhum verdadeiro edifício pode ser construído sem que seus fundamentos sejam cavados profundamente pelo arrependimento para com Deus… A lei sem o evangelho é sombria e desesperadora; o evangelho sem a lei é ineficiente e destituído de poder; aquela conduz a escravidão, este ao antinomianismo. Combinados, porém, os dois produzem ‘a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida’.” — P. 128–129. Grifos acrescentados.
— Igreja Congregacional:
Quem nos responde é a “Lição da Escola Dominical” da UIECB (União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil) de 15/08/1971, que ensina:
“A transmissão da Lei no Monte Sinai constitui-se em um dos acontecimentos mais destacados, e mais universal. (…) Como as rochas… da montanha em que foram transmitidos, estes preceitos formam a base imóvel da vida moral de homens e de nações, o fundamento duradouro de toda civilização digna e firme.” Dwight Lyman Moody, também conhecido como D.L. Moody, evangelista e editor americano que fundou a Igreja Moody, a Escola Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts (agora chamada Escola Northfield Mount Hermon), o Instituto Bíblico Moody e a Moody Press, escreveu:
“Agora os homens podem cavilar como desejarem a respeito de outras partes da Bíblia, mas não encontrei jamais um homem honesto que encontrasse falta nos Dez Mandamentos. Os infiéis podem mofar o do Legislador e rejeitar Aquele que nos livrou da maldição da lei, mas não podem deixar de admitir que os mandamentos são corretos. (…) são para todas as nações, e permanecerão os mandamentos de Deus através de todos os séculos. Devem-se fazer as pessoas entenderem que os Dez Mandamentos ainda são obrigatórios, e que há uma penalidade ligada à sua violação.”
“Os mandamentos de Deus, dados a Moisés no monte, em Horebe, são tão obrigatórios hoje como o foram desde a sua proclamação aos ouvidos do povo. Os judeus diziam que a lei não foi dada na Palestina (a que pertencia a Israel), mas no deserto, porque a lei era para todas as nações.”
“Jesus jamais condenou a lei e os profetas, mas reprovou aqueles que não Lhe obedeciam. O fato de Ele haver dado novos mandamentos, não indica que abolisse os antigos. A interpretação deles por Cristo tornou-os ainda mais impressivos.” … [ver Mateus 5:17-19]. (Dwight L. Moody, Weighed and Wanting, pp. 11, 16, 15.)
→ Igreja Católica Romana:
O Pe. Fernando Bastos de Ávila, SJ, é quem fica responsável por esta resposta. Vejamos o que diz:
“DECÁLOGO. Do grego ‘deka’ dez ‘logos’ razão, sentença. É o conjunto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus que, segundo a tradição bíblica, foram comunicados por Jeová a Moisés, no Monte Sinai, insculpidos em pedra, que os israelitas conservaram na Arca da Aliança. Ele é a explicitação mais essencial à lei natural. (…) o Decálogo é a síntese mais perfeita de toda a experiência moral e religiosa da humanidade. É o código mais simples e mais fundamental sobre o qual, em última análise, repousam todas as legislações que regulam o comportamento humano.” — Em “Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo”, p. 170. Muitas pessoas pensam que o Decálogo foi dado apenas ao povo de Israel, lá no Monte Sinai, e que não serve mais para o povo de Deus, na atualidade. O que podemos pensar disso? Quem vai responder isso é o famoso “Dicionário Enciclopédico da Bíblia”, organizado pelo Dr. A. Van Den Born, e publicado pela “Editora Vozes Ltda”. (católica). Ele diz:
“O dom da lei de Deus, porém, e particularmente o do Decálogo não era destinado apenas para o Israel segundo a carne, mas também para o ‘novo Israel’, que é a Igreja de Cristo. Por isso o Decálogo é várias vezes citado no Novo Testamento por Jesus e pelos apóstolos.” — Coluna 363. Grifos acrescentados.
A contribuição do erudito Pe. Júlio Maria:
“Deus escreveu os mandamentos em duas pedras como no-lo indica a Bíblia. (…) Na primeira pedra estavam escritos os mandamentos que indicam os nossos deveres para com Deus… e na segunda, estavam escritos os nossos deveres para com os homens. (…) Os mandamentos da lei de Deus encontram-se no Êxodo e no Deuteronômio (5:6-21).” — Em “Ataques Protestantes”, p. 86 e 95.
Muito esclarecedor este texto acima!
—> Deus escreveu em tábuas de pedra, os Dez Mandamentos;
—> a primeira tábua tem os deveres do homem para com Deus; isto é, o “amar a Deus sobre todas as coisas”;
—> a segunda tábua tem os deveres do homem para com o homem; isto é, “amar o próximo como a si mesmo”;
—> e os Dez Mandamentos se encontram, nas Sagradas Escrituras, nos livros de Êxodo (cap. 20) e de Deuteronómio (cap. 5).
Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Católica têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Muito diferente de alguns católicos leigos, mal-informados de seu próprio credo.
— Outras denominações:
Joseph Fielding Smith, o grande profeta e fundador da “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” (mais conhecidos como Mórmons), declara em seus escritos:
“Há aqueles que gostariam de destruir o Decálogo, ou os Dez Mandamentos… Tais mandamentos não foram ab-rogados, nem anulados e estão em vigor hoje da mesma forma como estiveram quando pronunciados em meio aos trovões no Monte Sinai, embora não sejam observados.” — Em “The Heed to Yourselves”, p. 133. Grifos acrescentados.
Alexander Campbell, o fundador de uma denominação chamada “Igreja de Cristo” (conhecida como “Discípulos de Cristo” no Brasil), declarou o seguinte num debate com Purcell:
“As dez palavras de Deus… não apenas no Velho Testamento, mas em toda a revelação, são as mais enfaticamente consideradas como a sinopse da religião e moralidade.” — Em “Debate on the Roman Catholic Religion”, p. 214. Grifos acrescentados.
O dicionário da Bíblia de Smith declara:
“Ainda que o Decálogo seja influenciado pelo Novo Testamento, não o é no sentido de revogação ou extinção. Ele é exaltado, enaltecido, glorificado aí, mas ele próprio mantém a sua autoridade e supremacia.” — Ed. de 1863, vol 3, p. 1071.
Na revista trimestral “Mensagem da Cruz”, da “Editora Betânia”, o Pastor George R. Foster escreve:
“Vejamos o testemunho do Apóstolo Paulo: ‘Eu morri para a lei, a fim de viver para Deus.Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.’ Gl. 2:19,20
“Primeiro, ele disse: ‘Eu morri para a lei.’ Com isso ele não quis dizer que a lei tinha morrido para ele mas que ele tinha deixado de observar as leis cerimoniais e que tinha deixado de confiar na Lei como fonte de salvação ou poder espiritual.
“A lei de Deus não é anulada pelo evangelho: é cumprida e transcendida por ele. É bom lembrar que Jesus não veio revogar a Lei e, sim, cumpri-la (Mateus 5:17). Habitando em nós Jesus continuará cumprindo a Lei por nosso intermédio, natural e automaticamente. A Lei continua sendo nossa orientação moral, mas a grande finalidade dela é levar-nos a Cristo e à salvação.” — Edição outubro-dezembro de 1986, em artigo intitulado “Viva o Evangelho de Cristo!”, p. 6–7.
Por Marllington Klabin Will

7 de maio de 2011

A PRIMEIRA RESSURREIÇÃO

O próprio Senhor Jesus estabelece a distinção entre as ressurreições, como está manifesto através de Suas palavras: Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação (S. João 5:28-29).

A primeira ressurreição, denominada a ressurreição da vida, é também chamada, pelo Senhor, de ressurreição dos justos, como está escrito: Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar, mas recompensado te será na ressurreição dos justos (Lucas 14:13-14).

Nessa ocasião é que os que foram declarados justos pela fé em Cristo receberão a coroa da vida, o seu galardão, o prêmio da vida eterna. Ressuscitarão, não com o corpo com que desceram ao túmulo; se a ele desceram marcados pelo sofrimento provocado pela doença ou pela tortura, dele sairão com o corpo

A RESSURREIÇÃO ESPECIAL

Do exame do contexto bíblico podemos concluir, sem nenhuma dúvida, que os mortos tornarão à vida em três ocasiões diferentes. Haverá duas grandes ressurreições, em que os justos e os ímpios, distintamente, ressuscitarão. Estas duas ressurreições são separadas, uma da outra, por um período de mil anos. A primeira é a chamada ressurreição dos justos, onde reviverão todos os que receberão a vida eterna, a salvação. A segunda, em que sairão dos túmulos os que rejeitaram o sacrifício de Jesus e o plano de Deus, será a ressurreição da condenação. Os impenitentes voltarão à vida para receberem o juízo de condenação, a segunda morte ou morte eterna num lago de fogo. Desta morte não mais haverá ressurreição. Esta é a morte definitiva.

Finalmente, não há dúvida de que haverá uma terceira ressurreição, especial, em que voltarão à vida, simultaneamente e pouco antes da vinda de Jesus, um grupo especial de pessoas. De um lado, para a honra, pessoas que foram fiéis até à morte na defesa dos princípios do Senhor. De outro lado, para a vergonha eterna, pessoas que se destacaram como as mais acérrimas inimigas da verdade. Estas pessoas que

A SEGUNDA RESSURREIÇÃO - Parte I

Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Estas palavras são conclusivas na afirmação de que há duas ressurreições e que existe entre elas um intervalo de mil anos e, mais, que os que reviveram na primeira são bem-aventurados e não receberão o dano da segunda morte, o que não acontecerá com os que voltarem à vida na segunda ressurreição. Ao referir-se o apóstolo aos outros mortos , que não reviveram, ele está conclusivamente referindo-se aos que não tiveram parte na primeira ressurreição. É o que se depreende, ainda, do texto seguinte: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: o que vencer não receberá o dano da segunda morte (Apocalipse 2:11).

O que é a segunda morte e quem a receberá? Eis a resposta: Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte (Apocalipse 21:8).

Por ocasião da volta de Jesus, Satanás será aprisionado por uma cadeia de circunstâncias na Terra desolada. Nenhum ser vivo restará. Portanto ele terá mil anos para refletir sobre as consequências de seus crimes e rebelião contra Deus e todo o mal que praticou. Está escrito: E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos (Apocalipse 20:1-2).

Este é exatamente o período que separa as duas ressurreições. Na volta de Jesus não restou um único ser vivo na Terra. Os que não foram transformados e seguiram com Cristo foram mortos pelo esplendor da Sua vinda, porque Sua presença é um fogo consumidor (Hebreus 12:29). Os detalhes deste faustoso acontecimento estão no Capítulo X desta série, intitulado A Volta de Jesus próxima Uma Realidade, ou uma Fábula? .

Eis a sequência do texto mencionado: E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo (verso 3). Ora, o abismo referido é a Terra sem forma e vazia, como antes de ser criada nela a vida. E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo... (Génesis 1:2). Esta é, portanto, a condição da Terra, onde Satanás irá passar os mil anos referidos.

Quando o texto anterior menciona o fato de que os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram, ele logicamente afirma que após este período eles reviverão, na ressurreição da condenação. Então, cumprir-se-á o que está escrito: E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão (Apocalipse 20:7). E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno (grego hades = sepultura) deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo; esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (versos 13 a 15).

Resumindo, portanto, podemos afirmar que na primeira ressurreição estarão todos os que herdarão o reino de Deus e que serão levados por Jesus, na Sua vinda, para o lugar onde está a Nova Jerusalém, no planeta de onde Deus governa o Universo. Nesse lugar passarão mil anos, antes de voltarem à Terra, que será restaurada à sua beleza e pureza de quando foi criada e que será o lar de todos os homens, conforme o propósito original de Deus.

Na segunda ressurreição tornarão à vida os que, tendo recusado a oportunidade da salvação pelos méritos de Jesus, serão destruídos juntamente com Satanás e todos os seus anjos no lago de fogo, o que será a segunda morte, a morte eterna. A este respeito, está escrito: E o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre (Apocalipse 20:10).

A Segunda Ressurreição - Parte II

O último conceito expresso no item anterior certamente não se compatibiliza com o tema estudado, da natureza mortal do homem. Se a alma é mortal, como se explica o texto citado, onde se diz que os que forem condenados serão atormentados para todo o sempre nas chamas de um lago de fogo, chamas estas que nada mais seriam do que a doutrina do inferno, um lugar de sofrimentos atrozes e que jamais terão fim?

É este pensamento cristão? Está ele de acordo com o contexto das Sagradas Escrituras e, principalmente, de acordo com o caráter de Deus e os Seus princípios de justiça? Como e quando foi ele criado, por quem e para que fim? Para que este tema seja devidamente compreendido é necessário que se busquem as suas origens e que se estude a maneira como foram elas inseridas nas Sagradas Escrituras.

Como surgiu a ideia da condenação eterna e onde ela se manifestou pela primeira vez? É necessário que se saiba que ela remonta às mais antigas das civilizações, fazendo parte dos cultos babilónicos, persas e egípcios, entre outros. Juntamente com o inferno, que seria o lugar definitivo de condenação das pessoas após a morte, surgiu na antiga Pérsia o dogma de um lugar em que as pessoas ficariam temporariamente

DOUTRINA DA REENCARNAÇÃO: Conclusão

Hoje, as doutrinas da reencarnação e da imortalidade da alma são pregadas em todo o mundo e por todas as formas. A literatura, o cinema, os jornais e a televisão, através de reportagens sensacionalistas e de novelas populares têm bombardeado as consciências de inumeráveis multidões com estes ensinamentos anticristãos. Também através dos púlpitos da maioria das igrejas, as benditas doutrinas da volta de Jesus e da ressurreição têm sido relegadas a um plano secundário e, mesmo, esquecidas, para dar lugar às doutrinas do castigo e da salvação logo após a morte, sem levar em conta o juízo final, o julgamento por que todos terão de passar.

Ora, se as pessoas imediatamente entram de posse da vida eterna e da salvação, logo após a morte, que
necessidade haveria de ressurreição? Se já foram recebidas no Céu, no Paraíso de Deus, por que razão Jesus haveria de voltar a este mundo? Da mesma forma, se as pessoas imediatamente após a morte entram na eterna condenação por que razão haveriam de retornar à vida se já estariam vivendo em outra monstruosa e terrível dimensão? O sacrifício de Jesus seria desnecessário se a alma fosse eterna e não pudesse morrer.

Tornam-se confusas e irreconciliáveis as verdades expressas através da Palavra de Deus. A perfeita harmonia nela existente dá lugar a contradições e perguntas irrespondíveis. As verdades de Deus são transformadas em mentira e as pessoas caem no abismo da incredulidade e da dúvida.

Multidões caminham para o abismo, como indefesos cordeiros caminham para o matadouro. A falsa segurança existente nos falsos ensinamentos das religiões populares cega-lhes as consciências e não as deixa ver o terrível risco que correm, embaladas pelas palavras sedutoras que têm inspiração no inimigo de suas almas. Esta é a razão que faz assombroso o descaso e a indiferença das pessoas para com o assunto que diz respeito a sua própria vida eterna, a sua salvação.

A igreja de Roma é responsável em grande medida pela grande apostasia mundial que torna estéreis os sentimentos e vãs as esperanças. Foi ela que deu guarida às doutrinas pagãs que mencionamos.

As cerimónias fúnebres que seus sacerdotes patrocinam bem dão a dimensão do seu distanciamento de Deus e de Suas verdades. Ao aspergir os cadáveres com água benta e recomendá-los a Deus, não levam em conta a justiça divina e a responsabilidade que têm diante do Altíssimo pelas pessoas que desviaram da verdade e da vida. As orações intercessoras que dirigem pretendem convencer a Deus, como se de alguma forma pudessem alterar o destino definitivo selado pela morte.

Missas são rezadas, cerimónias e orações oferecidas pelas almas de mortos e mesmo petições a elas como se pudessem realizar alguma coisa em favor dos vivos. As antigas indulgências que eram, no passado, compradas por dinheiro, hoje ainda são oferecidas através de rezas de missas e terços. A cerimónia da missa do sétimo dia tornou-se tradicional, quase que uma obrigação até mesmo social. Elas nada podem fazer pelo morto! Aquilo que se pode fazer por alguém deve ser feito em vida; a morte cerra todas as oportunidades e o destino de cada um.

Ao induzir as pessoas a crer na possibilidade de alteração do destino dos mortos pela ação dos vivos, aquela igreja nada mais faz do que cumprir os desígnios de Satanás na sua obra de engano e desvio das almas do caminho da verdade e da salvação. Mas esta obra de engano vive seus últimos dias. Aquela igreja, representada na Bíblia Sagrada por uma grande prostituta (Apocalipse 17:1-18), colherá em breve tudo que semeou. Está escrito: Não vos enganeis: Deus não Se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também colherá (Gálatas 6:7). O que semeia a mentira colherá a corrupção, a morte; mas o que semeia a verdade colherá a vida eterna (verso 8).

Mas a igreja de Roma não é a única responsável pelo erro. Ela é, conforme a Bíblia Sagrada, a mãe das prostituições (Apocalipse 17:5). Existem as suas filhas , que dela herdaram o erro e, em dimensões variadas, o ensinam. As Escrituras chamam a estas de falso profeta , porque a palavra profeta, no contexto invocado, significa ensinador . Falso profeta é, em realidade, falso ensinador, o que ensina o erro e as verdades desvirtuadas. Por esta razão é que Deus lança o Seu apelo aos filhos que, sinceramente, mas por ignorância, acatam e mesmo defendem estes erros.

Chegará o dia, e ele está próximo, em que ecoará por todo o mundo o clamor de Deus e o Seu convite e advertência para estes: Saí dela povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas (Apocalipse 18:4).

Não há nada mais triste e lamentável do que o falso consolo que é dado às pessoas que perdem, pela morte, algum ente querido. É bastante comum ouvir-se nos velórios e sepultamentos as frases que procuram consolar amigos e familiares, dizendo: Deus o levou ou, Ele está com Deus ou, ainda, Ele está melhor do que nós, está feliz e por nós vai olhar e outras semelhantes.

Deve-se dar aos que perderam as pessoas amadas, o verdadeiro consolo que vem da Palavra de Deus, da verdade! A elas deve ser dito que os seus mortos nada sentem, nem têm consciência de coisa alguma, mas repousam o sono do qual serão despertados pela ressurreição. A elas deve ser lembrada a esperança do reencontro aqui mesmo na Terra, e o preparo que devem fazer para a vida, aprendendo e ensinando as lições de amor que brotam da Palavra de Deus, do verdadeiro Cristianismo.

A ressurreição é a mensagem de Deus que deve consolar aos que perderam os seus entes queridos. Segundo a Palavra de Deus há esperança no derradeiro fim, que acreditamos se dará ainda nesta geração.

Eis a mensagem que Deus enviou, com séculos de antecedência, de consolo às mães que perderam os seus filhinhos na matança que Herodes promoveu, ao tentar matar a Jesus, ainda criancinha: Assim diz o Senhor: uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem. Assim diz o Senhor: reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo (sepultura). E há esperança no derradeiro fim para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os teus termos (Jeremias 31:15-17).

A mensagem de esperança do Senhor é de consolo e não de intimidação. Aquele que deu a Sua vida preciosa não Se alegra com o sofrimento de Seus filhos. Quando sobrevém alguma provação a alguém, isto é para o seu próprio bem, porque Deus repreende e castiga aos que Ele ama, como está escrito: Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem (Provérbios 3:12). Esta repreensão é uma bênção e não uma maldição: Bem aventurado é o homem a quem Tu repreendes, ó Senhor, e a quem ensinas a Tua Lei (Salmo 94:12).

Note-se mais o propósito de Deus ao corrigir ao filho a quem Ele ama: Filho Meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por Ele for repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? (Hebreus 12:5-8).

Os pensamentos de Deus para com os homens, são os de um Pai que ama os Seus filhos: Pois Eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais (Jeremias 29:11). Porque o Senhor não rejeitará para sempre. Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das Suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens (Lamentações 3:31-33).

Disse Jesus, numa ocasião em que procurava mostrar o caráter de Deus e a relação que existe entre o carinho e atenção paternal entre os homens e o que o Pai Celestial tem por Seus filhos: Qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (S. Lucas 11:11 e 13).

E os pensamentos e propósitos do Pai Celestial são infinitamente melhores para os Seus filhos do que os dos pais aqui da Terra. Eis o que diz a Bíblia Sagrada: Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos (Isaías 55:6-9).

O desejo de Deus é o de que todos vivam, pois até ao ímpio Ele ama e dele tem misericórdia. A sua destruição final é para o seu próprio bem. Eis o que diz o Senhor: Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva... (Ezequiel 33:11).

Portanto, concluímos afirmando certamente que não podem existir muitas verdades, mas somente uma. Semelhantemente não podem existir muitos caminhos que levam à salvação, mas apenas um. Não existe nada mais perigoso do que o pensamento popular de que todos os caminhos levam a Deus. Igualmente perigoso é o pensamento de que toda religião é boa, porque só ensina o bem. Além de ensinar o bem a religião deve ensinar a verdade.

Finalmente, não existem muitas fontes de vida, mas apenas uma. Todos estes pensamentos confluem para a pessoa de Jesus Cristo. Somente nEle existe tudo. Ele é não somente a Fonte da Vida, mas também o Caminho da vida, bem como a Verdade. Foi Ele mesmo Quem disse: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim (S. João 14:6).

Muitos, infelizmente, têm-se aliado ao inimigo da verdade, buscando na invocação aos mortos o seu caminho. Estes receberão apenas a orientação de demônios. Está escrito: Porquanto dizeis: fizemos pacto com a morte, e com o inferno (seol = sepultura) fizemos aliança; quando passar o flagelo trasbordante, não chegará a nós; porque fizemos da mentira o nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos (Isaías 28:15). A mentira e a falsidade não são refúgio seguro e certamente ruirão no tempo certo.

Ao serem os ímpios destruídos não mais haverá nem lembrança deles. Um pai não se lembrará mais de um filho que pereceu, para não sofrer a saudade e muito menos haverá um lugar medonho de tormento interminável que lembrasse o pecado e o mal. Diz o profeta, ao contemplar a concretização do plano de Deus, ao ser vencida a morte: E ouvi a toda criatura que está no Céu e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre (Apocalipse 5:13).

Se existisse um lugar de sofrimento onde ele ficaria, então? E as pessoas que lá estivessem cantariam louvores e ações de graças a Deus e ao Cordeiro? Não! Realmente este lugar somente existe na mente enganadora de Satanás e nas daqueles que persistirem em acatar os seus ensinos e sugestões. Tudo o que a Palavra de Deus afirma que existirão no futuro são bênçãos e não maldições: E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas já passaram (Apocalipse 21:4). Mas, como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam (I Coríntios 2:9).

Os que amam a Deus devem pregar as Suas verdades e afastar-se do erro, como está escrito: Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá o tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si instruidores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade voltando às fábulas (II Timóteo 4:1-4).

Faz alguns anos, e o mundo inteiro levantou-se, indignado, pela ação de cinco jovens, ricos e irresponsáveis que se divertiam pela madrugada, na cidade de Brasília. Após uma noite de curtição , antes de irem para casa, decidiram-se a fazer uma última brincadeira, uma brincadeira macabra. Resolveram atear fogo em alguém que supunham ser um mendigo. Mais do que um mendigo, aquela pessoa era um pobre índio que chegara tarde à pensão em que se hospedara, encontrando as portas fechadas. Não podendo prever o seu trágico destino, resolveu deitar-se numa estação metro, naquela que seria a sua última noite.

Movidos pela excitação os cinco jovens um deles menor jogaram combustível no corpo do índio e atearam-lhe fogo. Durante alguns breves minutos, que ao índio devem ter parecido uma eternidade, o seu corpo virou uma tocha humana.

Depois de uma agonia atroz, dores lancinantes e inimagináveis, aquele pobre ser humano veio a falecer, sendo a sua morte uma forma misericordiosa de terminar com o seu sofrimento. O mundo inteiro, repetimos, levantou-se não sem razão indignado contra este ato de barbárie e violência. Mas, aproveitando este tão infeliz episódio, bem que poderíamos aproveitá-lo para um instante de reflexão, no que diz respeito ao destino final dos homens ímpios, que não hão de herdar a salvação, a vida eterna.

Se considerarmos, num pensamento mórbido e inadequado, apenas para comparação, que aquele ser humano era apenas um índio, um índio pobre e que para aqueles rapazes que apenas queriam se divertir era apenas um estranho, e não o conheciam, ainda assim a nossa indignação permanece. Por mais impessoal que fosse a relação entre eles, por mais insignificante que fosse a vítima, tais razões não podem diminuir a dimensão do ato e nem a justa indignação que provocou.

Se esta indignação atingiu no mundo todo tal dimensão, o que não dizer da indignação de todo o Universo com relação a um tema intimamente relacionado com o dos jovens e do índio, em Brasília? O que desejamos, com todo o respeito para com este assunto sagrado, é estabelecer uma relação com o ato daqueles rapazes, e o ato de Deus, na condenação daqueles que não vão herdar a vida eterna.

A Bíblia Sagrada afirma categoricamente e disto temos a mais absoluta convicção, que Deus é amor. Está escrito: Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor (I João 4:8). Se a natureza humana se insurge e se revolta contra alguns rapazes irresponsáveis que ateiam fogo num estranho, que agoniza por uns breves minutos, o que não dizer de um pai que tivesse a coragem de praticar tal ato, não contra um desconhecido, mas contra um filho a quem professa amar? E se ao invés de queimá-lo por alguns minutos, apenas, ele o deixasse a queimar por toda a eternidade, perdido na mais absoluta e total desesperança? Qual filho em sã consciência poderia amar um pai assim? Ao invés de amor, teria ele infinito medo e pavor desse pai.

Como dizer que Deus é amor e imaginar que Ele pudesse ser capaz de cometer tal atrocidade com um filho que ama com terno amor? A doutrina do inferno eterno é a mais absurda e diabólica e a mais ofensiva de todas as doutrinas ao caráter de Deus. Ela retrata isto sim, o caráter maligno de Satanás, ao invés de revelar o caráter misericordioso de um Deus que foi capaz de dar a Sua vida por Seus filhos.

Prezado leitor, perdoe-me pela pergunta, mas como você imagina que é o caráter de Deus? Melhor ou pior do que o seu? Você seria capaz de criar um inferno e nele jogar um filho, um irmão ou sua mãe? Acredito sinceramente que você não seria capaz dessa maldade. Eu também não seria capaz disso. Acredito, também, que você não se julga, como eu, melhor do que o Pai Celestial, infinitamente bom, sábio e justo. Será que Ele criaria, então, esse lugar de inspiração satânica?

Que Ele possa abençoar-lhe abundantemente e a você Se revelar na Sua infinita sabedoria, inspirando-lhe toda a Sua verdade. Amém. Caso você tenha gostado deste trabalho ou, se de alguma forma o mesmo lhe trouxe algum esclarecimento e foi de alguma utilidade para você, divulgue-o, por favor. Passe-o para frente, imprima cópias do mesmo, reproduza-o. Você pode ajudar, tão-somente indicando-o a outros, para o receberem gratuitamente ou acessarem o site www: oterceiroanjo.com.br, ou da forma que melhor lhe convier para que o mesmo possa ser mais rapidamente divulgado.

Lembre-se do que diz a Palavra do Senhor: Assim será a Palavra que sair da Minha boca: ela não voltará para Mim vazia (Isaías 55:11). Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos (Salmo 126:54). Porque Eu velo sobre a Minha Palavra para a cumprir (Jeremias 1:12). E o Espírito e a Esposa dizem: vem. E quem tem sede venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida (Apocalipse 22:17).

Não existe neste trabalho nenhum propósito de obter qualquer tipo de vantagem ou benefício de natureza material. As pessoas que dele participam são pessoas simples, e que acreditam nas palavras de Jesus, ao ensinar: De graça recebestes, de graça dai (S. Mateus 10:8) e têm como prioridade na vida a ordem do Mestre: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura (S. Marcos 16:15).

Move a cada um que dele participa a máxima bíblica que não deixa dúvidas: Se este trabalho for de homens, se desfará. Mas, se for de Deus, certamente prosperará (Atos 5:38-39).

Nosso objetivo maior é que ele contribua para advertir as pessoas e ajude a preparar o caminho para o breve advento de nosso Senhor Jesus Cristo e venha a redundar para glória do Deus Altíssimo.