13 de maio de 2011

O TESTEMUNHO PROTESTANTE E CATÓLICO SOBRE OS 10 MANDAMENTOS.

A cristandade, em qualquer de seus ramos, nunca teve em seu conceito o Decálogo como uma norma inadequada para nossa época, condicionado apenas aos tempos em que foi formulado, e vigorado somente para os judeus como uma espécie de “rascunho” da lei divina superior do Novo testamento, inspirada em princípios de amor fraternal, sendo agora a “lei de Cristo”, supostamente diferente da “lei de Deus” veterotestamentária.
A seguir veremos que a posição oficial das mais variadas denominações cristãs é que a universal e eterna lei de Deus é sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta cristã. Fato esse reconhecido por doutíssimas autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes confissões. Isso sim é o que sempre constituiu o pensamento geral de toda a cristandade!
—  Assembléia de Deus:
O Pr. Carlo Johansson, famoso teólogo assembleiano, responde da seguinte maneira:
“A lei é a vontade de Deus, no Decálogo.” — Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke afirma isto:
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias… a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça. (…)
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Em “Prosperidade Pela Obediência”, p. 10, 14–17.
Por sua vez, o Pr. Myer Pearlman, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, assim se expressou:
“Os mandamentos representam e expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos.” — Em “Através da Bíblia”, p. 27.
Conforme foi visto acima, estes pastores pentecostais da Assembléia de Deus têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. E o conselho bíblico é que se deve obedecer aos pastores que falam a palavra de Deus. E esses líderes assembleianos estão apenas defendendo o ensinamento bíblico sobre a Lei de Deus, os Dez Mandamentos.
— Igreja Presbiteriana:
No “Catecismo Maior”, que é onde encontramos as instruções essenciais para um crente presbiteriano, na resposta à pergunta 93, lemos:
“A Lei Moral é a declaração da vontade de Deus, feita ao gênero humano, dirigindo e obrigando todas as pessoas à conformidade e obediência pessoal, perfeita e perpétua a ela — nos apetites e disposições do homem inteiro, alma e corpo, e no cumprimento de todos aqueles deveres de santidade e retidão que se devem a Deus e ao homem, prometendo vida pela obediência e ameaçando com a morte a violação dela.” — P. 93.
E a resposta à pergunta 98 diz:
“A Lei Moral acha-se resumidamente compreendida nos Dez Mandamentos, que foram dados pela voz de Deus no monte Sinai e por Ele escritos em duas tábuas de pedra, e estão registrados no capítulo vigésimo de Êxodo.” — P. 95. Grifos acrescentados.
O célebre João Calvino disse:
“Nós não devemos imaginar que a vinda de Cristo nos libertou da autoridade da lei, pois é a regra eterna de uma vida devota e santa, e deve, portanto, ser tão imutável como a justiça de Deus, a qual abraçou, é consistente e uniforme” (João Calvino, Commentary on the Harmony of the Gospels, Vol. 1, p. 277).
→ Igreja batista:
Quem vai nos responder a essa primeira pergunta é o príncipe dos pregadores batistas, Carlos H. Spurgeon, afirma o seguinte em seus “Sermons”:
“A Lei de Deus é uma lei divina, santa, celestial, perfeita. Aqueles que acham defeito na lei, ou que a depreciam em grau mínimo, não compreendem o seu desígnio e não têm uma idéia correta da própria lei. Paulo diz que ‘a lei é santa, mas eu sou carnal; vendido sob o pecado’. Em tudo quanto dizemos concernente à justificação pela fé, nunca intencionamos diminuir o conceito que nossos ouvintes têm da lei, pois a lei é uma das obras de Deus mais sublimes. Não há nenhum mandamento a mais; não há nem um a menos; mas ela é tão incomparável que sua perfeição é uma prova de sua divindade. Nenhum legislador humano poderia ter trazido a existência uma lei semelhante à que encontramos no Decálogo.” — Vol. 2, sermão 18, p. 280. Grifos acrescentados.
“Se alguém me diz: ‘Eis que em substituição aos Dez Mandamentos recebemos dois, que são muito mais fáceis,’ responder-lhe-ei que essa versão da lei não é de maneira alguma mais fácil. Uma tal observação implica falta de meditação e experiência. Esses dois preceitos abrangem os dez, em seu mais amplo sentido, não podendo ser considerados exclusão de um jota ou til dos mesmos. Quaisquer dificuldades existentes nos mandamentos são igualmente encontradas nos dois, que lhes são a súmula e substância. Se amais a Deus de todo o vosso coração, torna-se-vos preciso observar a primeira parte (os primeiros quatros mandamentos); e se amais o próximo como a vós mesmos, precisais observar a segunda (os outros seis mandamentos).” — Em “The Perpetuity of the Law of God”, p. 5.
Disse o tão aclamado Martin Luther king:
“Pergunto-me excessivamente como veio ser imputado a mim que eu deveria rejeitar a lei dos 10 mandamentos…Pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei?…Aquele que revoga a lei deve, necessariamente, revogar o pecado também”. (Martin Luther, Luther’s Works (trans., Weimer ed.), Vol. 50, pp. 470-471; originally printed in his Spiritual Antichrist, pp. 71, 72.)
Diz também o famoso escritor, evangelista internacional e líder religioso Billy Graham, que citando Wesley sobre os Dez Mandamentos, diz:
“A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. (…) Os dez mandamentos… são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não mudou. As pessoas é que têm mudado. (…) A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus.” — Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 108–109.
“Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial.” — Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191.
O Rev. Andrew Fuller, eminente ministro batista, conhecido como o “Franklin da teologia”, diz o seguinte:
“Se a doutrina da expiação nos leva a alimentar idéias falsas com relação à Lei de Deus, ou a negar-lhe autoridade preceituaria, podemos estar certos de que ela não é a doutrina escriturística da reconciliação. A expiação relacionava-se com a justiça e esta com a lei ou a revelada vontade do Soberano, a qual fora violada; e a própria finalidade de expiação é restaurar a honra da lei. Se a lei, que foi transgredida, fosse injusta, em vez de ser providenciada uma expiação para o seu quebrantamento, deveria ela ter sido revogada, e o Legislador levado sobre Si a vergonha de havê-la ordenado. (…) É fácil notar, por conseguinte, que na proporção em que a lei é minimizada, e o evangelho é solapado, tanto a graça como a expiação são tornadas inúteis. É o uso abusivo da lei, ou o torná-la um meio de vida, em oposição ao evangelho — para o que ela jamais foi dada a uma criatura caída — o que as Escrituras Sagradas desaprovam; e não a lei como revelada vontade de Deus, o imutável padrão entre o direito de Deus, o imutável padrão entre o direito e o erro. Deste ponto de vista foi que os apóstolos nela se deleitaram; e se somos cristãos deleitar-nos-emos nela também, e não nos oporemos a estar sob ela como uma norma de dever; pois nenhum homem se opõe a ser governado pelas leis de que gosta.” — Em “Atonement of Christ”. Ver “Works of Andrew Fuller”, p. 160–161.
Podemos transcrever aqui nada mais nada menos que o próprio manual das Igrejas Batistas, o “New Hampshire Confession of Faith”, sistematizado por Edward T. Hiscox, onde não há nenhum ensinamento da abolição ou mesmo da alteração da Lei de Deus nesta positiva declaração:
“Cremos que as Escrituras ensinam que a Lei de Deus é a norma eterna e imutável de Seu governo moral (Rom. 3:31; Mat. 5:17; Luc. 16:17; Rom. 3:20; 4:15); que essa lei é santa, justa e boa (Rom. 7:12; 7:7, 14, 22; Gál. 3:21; Sal. 119); e que a incapacidade, que as Escrituras atribuem aos homens caídos, de cumprirem seus preceitos, resulta inteiramente de seu amor ao pecado (Rom. 8:7, 8); livrá-los disso e restaurá-los por meio de um Mediador a uma sincera obediência à santa lei, é o grande propósito do evangelho e dos meios de graça relacionados com o estabelecimento da igreja visível (Rom. 8:2–4).” — Art. 12, p. 63–64. Também é encontrado no “Manual das Igrejas Batistas”, por William Carey Taylor, ed. 4 (1949), p. 178, art. 12. Citado em O.C.S. Wallace, “What Baptist Believe”, p. 79. Grifos acrescentados.
Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Batista têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Precisaríamos de mais alguma informação depois desta, dada pelo MANUAL DAS IGREJAS BATISTAS, que regulamenta todas as praxes da denominação? Creio que não!
— Igreja Luterana:
Martinho Lutero, o grande pai da Reforma e fundador da Igreja Luterana, declara o seguinte no “Prefácio à Epístola aos Romanos” sobre o verbete “Lei”:
“A lei é espiritual’. Que significa isso? Se a lei fosse carnal, ela poderia ser satisfeita com obras. Sendo, porém, espiritual, ninguém a satisfaz, a não ser que venha do coração o que fazes. Mas ninguém proporciona semelhante coração, senão o Espírito de Deus, que é Quem iguala a pessoa à lei, de sorte a receber de coração a disposição para a lei, agora tudo fazendo, não por temor ou obrigação, mas de coração livre, espontaneamente. (…) uma coisa é realizar as obras da lei e outra coisa muito distinta, cumprir a lei. (…) Como se pode preparar para o bem através de obras quem não faz uma boa obra livre de indisposição e má vontade no coração? Como haverá de agradar a Deus a obra que provém de um coração indisposto e desobediente?
“Entretanto, cumprir a lei significa realizar sua obra com vontade e amor, levar uma vida reta e conforme a vontade de Deus livremente sem a coação da lei, como se não houvesse lei ou punição. Semelhante disposição partindo do livre amor é o Espírito Santo quem a dá ao coração (…)
“Daí sucede que somente a fé torna justificado e cumpre a lei; pois ela traz o Espírito proveniente do mérito de Cristo, e o Espírito cria um coração disposto e livre, como o exige a lei; assim, portanto, as boas obras se originam da própria fé. Isto é o que ele quer dizer no capítulo 3:21, depois de ter repudiado as obras da lei, dando a impressão de que quisesse suprimi-la mediante a fé: Não (diz ele), nós afirmamos a lei através da fé, isto é, nós a cumprimos mediante a fé.” — Grifos acrescentados. Uma outra tradução desse documentopode ser encontrado no seguinte web site: http://solascriptura-tt.org/Diversos/Romanos-Prefacio PorLutero.htm (acessado a 28/12/2007).
“Aquele que destrói a doutrina da Lei, destrói ao mesmo tempo, a ordem política e social. Se você ejetar a lei da igreja, não haverá mais nenhum pecado a ser reconhecido como tal no mundo. (Martinho Lutero, citado em M. Michelet ‘s Life of Luther (Hazlitt’s trans.), 2 ª ed., Vol. 4, p. 315.)
Diz o Catecismo de Heidelberg (1563) na parte sobre os 10 mandamentos:
“92. Que diz a lei do SENHOR?
“R. Deus falou todas estas palavras (Êxodo 20:1–17; Deuteronômio 5:6–2: [a seguir é mostrado todos os Dez Mandamentos segundo a Bíblia]).
“93. Como se dividem estes Dez Mandamentos?
“R. Em duas partes. A primeira nos ensina, em quatro mandamentos, como devemos viver diante de Deus; a segunda nos ensina, em seis mandamentos, as nossas obrigações para com nosso próximo.” — Grifos acrescentados.
A “Confissão de Fé Helvética” declara o seguinte a respeito “Da Lei de Deus”:
“A lei é completa e perfeita. Cremos que toda a vontade de Deus e todos os preceitos necessários a cada esfera da vida são nesta lei ensinados com toda a plenitude. De outro modo o Senhor não nos teria proibido de adicionar-lhe ou de subtrair-lhe qualquer coisa; nem nos teria mandado andar num caminho reto diante desta Lei, sem dela nos declinarmos para a direita ou para a esquerda (Deut 4.2; 12.32, 5.32, cf. Num 20–17 e Deut 2.27).”
— Igreja Anglicana:
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumpri-las ” (Mateus 5:17)…A lei ritual ou cerimonial, entregue por Moisés para os filhos de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças que eram relacionadas aos antigos sacrifícios e serviços do templo, nosso Senhor, de fato, veio destruir, dissolver e abolir completamente. Para isto, foram testemunhas todos os Apóstolos; não apenas Barnabé e Paulo, que veementemente opuseram-se contra todos que ensinaram que os cristãos deveriam ‘manter a lei de Moisés’ (Atos 15:5) ‘Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés’; não apenas Pedro, que denominou o insistir nisso, na observância da lei ritual, ‘por Deus à prova’, e ‘colocar um jugo no pescoço dos discípulos, que nem nossos anciãos’, diz ele, ‘nem nós, somos capazes de suportar’, mas todos os Apóstolos, presbíteros, e irmãos, estando reunidos em um só acordo (Atos 15:22)¸ declararam que ordenar a eles que mantenham esta lei, era ‘subverter suas almas’; e que ‘pareceu bem ao Espírito Santo’ e para eles, não impor tal fardo sobre eles. (Atos 15:28). Essas ‘ordenanças escritas’ nosso Senhor destruiu, jogou fora, e pregou em Sua cruz.
Mas a lei moral, contida nos Dez Mandamentos, – e reforçada pelos profetas, Ele não tirou fora. Não era o objetivo de Sua vinda, ab-rogar alguma parte dela. Esta é uma lei que nunca poderá ser quebrada; que resiste, como uma testemunha fiel nos céus. A lei moral se situa, em uma fundação completamente diferente da lei cerimonial ou ritual, que foi apenas designada para uma restrição temporária, em cima da desobediência e obstinação das pessoas; considerando que isto foi no começo do mundo, não sendo ‘escrita em tábuas’, mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando eles vieram das mãos do Criador. E, não obstante, as letras, uma vez escritas pelo dedo de Deus, estejam agora, em grande parte, desfiguradas pelo pecado; ainda assim, elas não podem ser apagadas, enquanto nós tivermos alguma consciência de bem e mal. Cada parte dessa lei deve permanecer em vigor, sobre toda a humanidade, e em todas as épocas; não dependendo de tempo ou lugar; ou quaisquer outras circunstâncias, sujeitas a mudanças; mas sobre a natureza de Deus e a natureza do homem, e a relação imutável para com um e outro”. (John Wesley, No the Sermon on the Mount, Discourse 6, Sermons on Several Occasions (1810), pp. 75-76.)
→ Igreja Metodista:
O bispo metodista Mateus Simpson apresentou em Yale, no ano 1878, uma série de preleções sob o título “Pregação”, a qual foi publicada mais tarde por “Eton and Mains”. Em sua quarta preleção, diz ele:
“A Lei de Deus… deve ser apresentada claramente. Nossas congregações devem ser reunidas como que em torno do Monte Sinai, enquanto de seu topo é ouvida a voz de Deus a pronunciar aqueles mandamentos que são inalteráveis e eternos. (…) Há muitos pregadores que gostam de insistir sobre o evangelho apenas… mas às vezes vão além disso e verberam contra a pregação da lei — insinuam que ela pertence a uma época passada… Tal evangelho pode erigir uma bela estrutura; mas seu fundamento está sobre a areia. Nenhum verdadeiro edifício pode ser construído sem que seus fundamentos sejam cavados profundamente pelo arrependimento para com Deus… A lei sem o evangelho é sombria e desesperadora; o evangelho sem a lei é ineficiente e destituído de poder; aquela conduz a escravidão, este ao antinomianismo. Combinados, porém, os dois produzem ‘a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida’.” — P. 128–129. Grifos acrescentados.
— Igreja Congregacional:
Quem nos responde é a “Lição da Escola Dominical” da UIECB (União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil) de 15/08/1971, que ensina:
“A transmissão da Lei no Monte Sinai constitui-se em um dos acontecimentos mais destacados, e mais universal. (…) Como as rochas… da montanha em que foram transmitidos, estes preceitos formam a base imóvel da vida moral de homens e de nações, o fundamento duradouro de toda civilização digna e firme.” Dwight Lyman Moody, também conhecido como D.L. Moody, evangelista e editor americano que fundou a Igreja Moody, a Escola Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts (agora chamada Escola Northfield Mount Hermon), o Instituto Bíblico Moody e a Moody Press, escreveu:
“Agora os homens podem cavilar como desejarem a respeito de outras partes da Bíblia, mas não encontrei jamais um homem honesto que encontrasse falta nos Dez Mandamentos. Os infiéis podem mofar o do Legislador e rejeitar Aquele que nos livrou da maldição da lei, mas não podem deixar de admitir que os mandamentos são corretos. (…) são para todas as nações, e permanecerão os mandamentos de Deus através de todos os séculos. Devem-se fazer as pessoas entenderem que os Dez Mandamentos ainda são obrigatórios, e que há uma penalidade ligada à sua violação.”
“Os mandamentos de Deus, dados a Moisés no monte, em Horebe, são tão obrigatórios hoje como o foram desde a sua proclamação aos ouvidos do povo. Os judeus diziam que a lei não foi dada na Palestina (a que pertencia a Israel), mas no deserto, porque a lei era para todas as nações.”
“Jesus jamais condenou a lei e os profetas, mas reprovou aqueles que não Lhe obedeciam. O fato de Ele haver dado novos mandamentos, não indica que abolisse os antigos. A interpretação deles por Cristo tornou-os ainda mais impressivos.” … [ver Mateus 5:17-19]. (Dwight L. Moody, Weighed and Wanting, pp. 11, 16, 15.)
→ Igreja Católica Romana:
O Pe. Fernando Bastos de Ávila, SJ, é quem fica responsável por esta resposta. Vejamos o que diz:
“DECÁLOGO. Do grego ‘deka’ dez ‘logos’ razão, sentença. É o conjunto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus que, segundo a tradição bíblica, foram comunicados por Jeová a Moisés, no Monte Sinai, insculpidos em pedra, que os israelitas conservaram na Arca da Aliança. Ele é a explicitação mais essencial à lei natural. (…) o Decálogo é a síntese mais perfeita de toda a experiência moral e religiosa da humanidade. É o código mais simples e mais fundamental sobre o qual, em última análise, repousam todas as legislações que regulam o comportamento humano.” — Em “Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo”, p. 170. Muitas pessoas pensam que o Decálogo foi dado apenas ao povo de Israel, lá no Monte Sinai, e que não serve mais para o povo de Deus, na atualidade. O que podemos pensar disso? Quem vai responder isso é o famoso “Dicionário Enciclopédico da Bíblia”, organizado pelo Dr. A. Van Den Born, e publicado pela “Editora Vozes Ltda”. (católica). Ele diz:
“O dom da lei de Deus, porém, e particularmente o do Decálogo não era destinado apenas para o Israel segundo a carne, mas também para o ‘novo Israel’, que é a Igreja de Cristo. Por isso o Decálogo é várias vezes citado no Novo Testamento por Jesus e pelos apóstolos.” — Coluna 363. Grifos acrescentados.
A contribuição do erudito Pe. Júlio Maria:
“Deus escreveu os mandamentos em duas pedras como no-lo indica a Bíblia. (…) Na primeira pedra estavam escritos os mandamentos que indicam os nossos deveres para com Deus… e na segunda, estavam escritos os nossos deveres para com os homens. (…) Os mandamentos da lei de Deus encontram-se no Êxodo e no Deuteronômio (5:6-21).” — Em “Ataques Protestantes”, p. 86 e 95.
Muito esclarecedor este texto acima!
—> Deus escreveu em tábuas de pedra, os Dez Mandamentos;
—> a primeira tábua tem os deveres do homem para com Deus; isto é, o “amar a Deus sobre todas as coisas”;
—> a segunda tábua tem os deveres do homem para com o homem; isto é, “amar o próximo como a si mesmo”;
—> e os Dez Mandamentos se encontram, nas Sagradas Escrituras, nos livros de Êxodo (cap. 20) e de Deuteronómio (cap. 5).
Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da Igreja Católica têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Muito diferente de alguns católicos leigos, mal-informados de seu próprio credo.
— Outras denominações:
Joseph Fielding Smith, o grande profeta e fundador da “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” (mais conhecidos como Mórmons), declara em seus escritos:
“Há aqueles que gostariam de destruir o Decálogo, ou os Dez Mandamentos… Tais mandamentos não foram ab-rogados, nem anulados e estão em vigor hoje da mesma forma como estiveram quando pronunciados em meio aos trovões no Monte Sinai, embora não sejam observados.” — Em “The Heed to Yourselves”, p. 133. Grifos acrescentados.
Alexander Campbell, o fundador de uma denominação chamada “Igreja de Cristo” (conhecida como “Discípulos de Cristo” no Brasil), declarou o seguinte num debate com Purcell:
“As dez palavras de Deus… não apenas no Velho Testamento, mas em toda a revelação, são as mais enfaticamente consideradas como a sinopse da religião e moralidade.” — Em “Debate on the Roman Catholic Religion”, p. 214. Grifos acrescentados.
O dicionário da Bíblia de Smith declara:
“Ainda que o Decálogo seja influenciado pelo Novo Testamento, não o é no sentido de revogação ou extinção. Ele é exaltado, enaltecido, glorificado aí, mas ele próprio mantém a sua autoridade e supremacia.” — Ed. de 1863, vol 3, p. 1071.
Na revista trimestral “Mensagem da Cruz”, da “Editora Betânia”, o Pastor George R. Foster escreve:
“Vejamos o testemunho do Apóstolo Paulo: ‘Eu morri para a lei, a fim de viver para Deus.Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.’ Gl. 2:19,20
“Primeiro, ele disse: ‘Eu morri para a lei.’ Com isso ele não quis dizer que a lei tinha morrido para ele mas que ele tinha deixado de observar as leis cerimoniais e que tinha deixado de confiar na Lei como fonte de salvação ou poder espiritual.
“A lei de Deus não é anulada pelo evangelho: é cumprida e transcendida por ele. É bom lembrar que Jesus não veio revogar a Lei e, sim, cumpri-la (Mateus 5:17). Habitando em nós Jesus continuará cumprindo a Lei por nosso intermédio, natural e automaticamente. A Lei continua sendo nossa orientação moral, mas a grande finalidade dela é levar-nos a Cristo e à salvação.” — Edição outubro-dezembro de 1986, em artigo intitulado “Viva o Evangelho de Cristo!”, p. 6–7.
Por Marllington Klabin Will