Todos nós sabemos que há 4.000 anos, no topo do Monte Sinai, Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos. Mas a maioria das pessoas não sabem que, ao mesmo tempo, o Senhor deu a Moisés os planos para uma das estruturas mais misteriosas já construídas – o santuário. Deve ter sido algo importante, porque os israelitas não podiam entrar na Terra Prometida até o término de sua construção. Este peculiar templo portátil representava a morada de Deus entre o Seu povo, e os seus serviços mostravam à nação de escravos recém-libertos um panorama tridimensional do plano de salvação. Um olhar cuidadoso nos segredos do santuário impressionaria a compreensão de como Jesus salva o perdido e conduz a igreja. O santuário é também uma chave para entender várias profecias. Descobrir neste maravilhoso santuário os seus significados ocultos. Foi uma experiência emocionante para mim e estou crente que o será também para você!
1. O que pede Deus a Moisés para construir?
“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles” (Êxodo 25:8).
Nota: O Senhor pediu a Moisés para construir um santuário – um edifício especial que serviria de morada para o grande Deus do céu. O santuário era uma elegante estrutura do tipo tenda (15 ‘x 45′ – assumindo que a medida de um côvado é igual a 18 polegadas), onde a presença sobrenatural de Deus habitava e serviços especiais eram realizados. As paredes eram de tábuas verticais de madeira de acácia, colocadas em encaixes de prata e cobertas de ouro (Êxodo 26:15-19, 29). O telhado era feito de quatro camadas de revestimento: linho, pêlo de cabra, pele de carneiro, e pele de texugo (Êxodo 26:1, 6-14). Tinha dois compartimentos: o lugar santo e o lugar santíssimo. Um espesso véu ou cortina separava os dois compartimentos. O átrio, a área em torno do santuário, era de 75 “X 150″ (Êxodo 27:18). Estava cercado por cortinas de linho fino apoiadas por 60 pilares de bronze (Êxodo 27:9-16).
2. O que Deus esperava que seu povo aprendesse com o santuário?
“O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus?” (Salmo 77:13).
Nota: o caminho de Deus, ou plano da salvação, revela-se no santuário terrestre. A Bíblia ensina que tudo no santuário ou conectado com o seu serviço era um símbolo da obra de salvação de Jesus em nosso favor. Isto significa que nós não podemos compreender plenamente o plano da salvação até que entendamos o simbolismo ligado ao santuário. Assim, a importância deste Guia de Estudo dificilmente pode ser exagerada.
3. De que fonte Moisés recebeu os planos para o santuário? Do que o edifício era uma cópia?
“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem”. “Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou” (Hebreus 8:1, 2, 5).
Nota: Os planos do santuário e especificações completas para a sua construção foram dados por Deus a Moisés. Eles eram uma cópia do original santuário no céu, que foi o padrão para o santuário de Moisés.
4. Que mobílias ficariam no pátio?
Resposta:
A. O altar do holocausto, onde os animais eram sacrificados ficava localizado no pátio, na sua entrada (Êxodo 27:1-8). Este altar representa a cruz de Cristo. O animal representava Jesus, o sacrifício final (João 1:29).
B. A pia, Localizada entre o altar e a entrada do santuário, era um grande lavatório de bronze. Aqui sacerdotes lavavam as mãos e os pés antes de oferecerem sacrifícios ou antes de entrarem no santuário (Êxodo 30:17-21, 38:8). A água representava a purificação do pecado, ou o novo nascimento (Tt 3:5).
5. Que mobílias ficariam no lugar santo?
Resposta:
A. A mesa da proposição (Êxodo 25:23-30) representava Jesus, o pão vivo (João 6:51).
B. O castiçal de sete ramos (Êxodo 25:31-40) representava Jesus Cristo, a luz do mundo (João 9:05; 1:9). O óleo representava o Espírito Santo (Zacarias 4:1-6, Apocalipse 4:5).
C.
6. Que mobiliário ficaria no lugar santíssimo?
Nota: A arca da aliança, a única peça de mobília no lugar santíssimo (Êxodo 25:10-22), era uma caixa ou cofre de madeira de acácia revestida com ouro. Sobre a arca haviam dois anjos feitos de ouro maciço. Entre esses anjos estava o propiciatório (Êxodo 25:17-22), onde a presença sobrenatural de Deus habitava. Ele simbolizava o trono de Deus no céu, o qual está igualmente localizado entre dois anjos (Salmos 80:1).
7. O que havia dentro da arca?
Nota: Os Dez Mandamentos, que Deus escreveu em tábuas de pedra com Seu próprio dedo, e que seu povo sempre irá obedecer (Apocalipse 14:12), estavam dentro da arca (Deuteronômio 10:4, 5). Mas o propiciatório estava acima deles, o que significa que enquanto o povo de Deus confessasse e abandonasse o pecado (Provérbios 28:13), a misericórdia seria estendida a eles através do sangue que era aspergido sobre o propiciatório pelo sacerdote (Levítico 16: 15, 16). O sangue do animal representava o sangue de Jesus que foi derramado por nós para nos trazer perdão dos pecados (Mateus 26:28, Hebreus 9:22).
8. Qual a razão dos animais serem sacrificados nos serviços do santuário do Antigo Testamento?
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22). “Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mateus 26:28).
Nota: O sacrifício de animais era necessário para ajudar as pessoas a entenderem que sem o derramamento do sangue de Jesus, seus pecados jamais poderiam ser perdoados. A verdade, horrível e chocante, é que a punição para o pecado é a morte eterna (Romanos 6:23). Uma vez que todos nós pecamos, todos nós devemos morrer. Quando Adão e Eva pecaram, deviam ter morrido imediatamente, mas Jesus se adiantou e ofereceu-se para dar a Sua vida perfeita como sacrifício para pagar a pena de morte por todas as pessoas (Apocalipse 13:8). Depois do pecado, Deus requeria que o pecador trouxesse um animal como sacrifício (Génesis 4:3-7). O pecador deveria matar o animal com as próprias mãos (Levítico 1:4, 5). Isto era sangrento e chocante. O pecador ficava indelevelmente impressionado com a realidade solene das terríveis conseqüências do pecado (morte eterna), e a necessidade desesperada de um Salvador e substituto. Sem um Salvador, ninguém tinha qualquer esperança de salvação.
O sistema dos sacrificios mostrava, que Deus daria o Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade (1 Coríntios 15:3). Jesus se tornaria não só o seu Salvador, mas também seu substituto (Hebreus 9:28). Quando João Batista se encontrou com Jesus, ele disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29). No Antigo Testamento, as pessoas vislumbravam a cruz no futuro para sua salvação. Hoje olhamos para trás, ao Calvário para nossa salvação. Não há outra maneira de ser salvo (Atos 4:12).
9. Como eram sacrificados os animais no serviço do santuário, e qual era o significado deste ato?
“E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação”. “E o degolará ao lado do altar que dá para o norte” (Levítico 1: 4, 11).
Nota: Quando um pecador trazia um animal sacrificado para a porta do pátio, um sacerdote entregava-lhe uma faca e uma bacia. O pecador colocava suas mãos sobre a cabeça do animal e confessava seus pecados. Isso simbolizava a transferência do pecado do pecador para o animal. A partir desse momento o pecador era considerado inocente e o animal culpado. Uma vez que o animal era agora simbolicamente considerado culpado, tinha de pagar o salário do pecado – a morte. Matando o animal com suas próprias mãos, o pecador era assim graficamente ensinado de que o pecado causou a morte do animal inocente, e que seu pecado causaria a morte do inocente Jesus.
10. Quando era feito um sacrifício de animal por toda a congregação e o que fazia o sacerdote com o sangue?
“Então o sacerdote ungido trará do sangue do novilho à tenda da congregação, E o sacerdote molhará o seu dedo naquele sangue, e o espargirá sete vezes perante o SENHOR, diante do véu” (Levítico 4:16, 17).
Nota: Quando um sacrifício era oferecido pelos pecados de toda a congregação, o sangue era levado pelo sacerdote, que representava Jesus (Hebreus 3:1), para dentro do santuário e aspergido diante do véu que separava os dois compartimentos. A presença de Deus habitava no outro lado do véu. Assim, os pecados do povo eram removidos e transferidos simbolicamente para o santuário. Este ministério de sangue realizado pelo sacerdote, prefigurava o atual ministério de sangue, realizado por Jesus em nosso favor no Céu. Depois que Jesus morreu na cruz como nosso sacrifício pelo pecado, Ele se levantou e foi para o céu como nosso Sumo Sacerdote para ministrar o Seu sangue no santuário celestial (Hebreus 9:11, 12). O sangue ministrado pelo sacerdote terreno representa Jesus aplicando seu sangue em nosso registro de pecados no santuário celestial, mostrando que eles são perdoados quando os confessamos em Seu nome (1 João 1:9).
11. Com referência ao serviço do santuário, em que duas capacidades principais serve Jesus ao Seu povo? Quais os benefícios fantásticos que recebemos de Seu ministério de amor?
“Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7). “Visto que temos um grande sumo sacerdote, que penetrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, retenhamos firmemente a nossa confissão Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;. Mas em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça para socorro em tempo de necessidade” (Hebreus 4:14-16).
Nota: Jesus serve como sacrifício pelos nossos pecados e como nosso Sumo Sacerdote celestial. A morte de Jesus como nosso cordeiro do sacrifício e substituto, e o Seu contínuo e poderoso ministério como nosso Sumo Sacerdote celestial, realiza dois milagres incríveis para nós:
A. Uma mudança completa de vida chamada de novo nascimento, com todos os pecados do passado perdoados (João 3:3-6, Romanos 3:25).
B. Poder para viver corretamente no presente e no futuro (Tito 2:14, 2:13 Filipenses).
Estes dois milagres tornam uma pessoa justificada – o que significa um relacionamento correto entre a pessoa e Deus. Não há nenhuma maneira possível para uma pessoa tornar-se justa por obras (seus próprios esforços), porque a justiça requer milagres que só Jesus pode realizar (Atos 4:12). Uma pessoa torna-se justa por confiar em Jesus que fará por ela o que ela não pode fazer por si mesma.
Isto é o que se entende pela expressão bíblica “justificação pela fé”. Peço a Jesus para se tornar o governante da minha vida e confio que Ele opere os milagres necessários para eu cooperar plenamente com ele. Esta justiça, que é milagrosamente realizada para mim e em mim por Jesus, é a única justiça verdadeira que existe. Qualquer outro tipo é uma falsificação.
12. Que seis sublimes promessas nos dá a Bíblia sobre a justiça que nos é oferecida através de Jesus?
Resposta:
A. Ele cobrirá os nossos pecados passados e nos contará como inocentes (Isaías 44:22, João 1:9).
B. No princípio nós fomos criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26, 27). Jesus promete nos restaurar à imagem de Deus (Romanos 8:29).
C. Jesus nos dá o desejo de viver corretamente e em seguida, concede-nos o Seu poder para realmente realizá-lo (Filipenses 2:13).
D. Jesus, através de seus milagres, fará com que façamos com alegria, somente aquilo que agrada à Deus. (Hebreus 13:20, 21; João 15:11).
E. Ele nos remove a sentença de morte ao nos credenciar sua vida sem pecado e morte expiatória (2 Coríntios 5:21).
F. Jesus assume a responsabilidade de manter-nos fiéis até que Ele retorne para nos levar ao céu (Filipenses 1:6; Judas 1:24).
Jesus está pronto para cumprir todas essas promessas gloriosas em sua vida. Você está pronto? Ajoelhe-se agora e peça-lhe para assumir o controle de sua vida. Ele não o decepcionará!
13. Uma pessoa tem que fazer alguma coisa para ser justificada pela fé?
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus;. Mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21).
Nota: Sim, Jesus diz que devemos fazer a vontade de Seu Pai. Nos dias do Antigo Testamento, uma pessoa que realmente tinha sido convertida continuava a trazer cordeiros para o sacrifício, indicando a sua tristeza pelo pecado e seu desejo de todo o coração de deixar o Senhor guiar completamente sua vida.
Embora nós não possamos realizar os milagres necessários para nos justificar, devemos nos entregar a Jesus diariamente (1 Coríntios 15:31), convidando-o a controlar as nossas vidas para que esses milagres aconteçam. Devemos estar dispostos a obedecer e seguir Jesus, onde ele nos levar (João 0:26, Isaías 1:18-20).
O pecado nos leva a querer fazer a nossa própria vontade (Isaías 53:6) nos levando a nos rebelar contra o Senhor, assim como Satanás fez no início (Isaías 14:12-14). Permitir que Jesus governe nossas vidas é por vezes tão desgarradoramente difícil como ter um olho ou um braço arrancado (Mateus 5:29, 30), porque o pecado é viciante e pode ser superado apenas pelo poder milagroso de Deus (Marcos 10:27).
Muitos acreditam que Jesus vai levar para o céu todos os que professam crer na salvação, independentemente de sua conduta. Mas isso não é assim. É uma invenção de Satanás. Um cristão deve seguir o estilo de vida de Jesus (1 Pedro 2:21). O sangue poderoso de Jesus pode fazer isso por todos nós (Hebreus 13:12), mas só se dermos a Jesus o controle total de nossas vidas e com alegria segui-Lo para onde Ele nos levar – mesmo que o caminho possa às vezes ser duro e áspero (Mateus 7:13, 14, 21).
14. Quer ajudar-me a entender o simbolismo contido no dia da expiação?
Resposta:
A. Uma vez por ano, no dia da expiação, um solene dia de julgamento ocorria em Israel (Levítico 23:27). Todos deviam confessar todo pecado cometido. Aqueles que se recusavam eram naquele mesmo dia cortados para sempre do acampamento de Israel (Levítico 23:29).
B. Dois bodes eram selecionados: Um, bode era para o Senhor, o outro, o bode expiatório, representava a Satanás (Levítico 16:8). O bode do Senhor era morto e oferecido pelos pecados do povo (Levítico 16:9). Mas neste dia o sangue era levado para o lugar santíssimo e aspergido em cima e perante o propiciatório (Levítico 16:14). Somente neste dia especial de julgamento o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo para encontrar Deus no propiciatório.
O sangue aspergido (representando o sacrifício de Jesus) era aceito por Deus, e os pecados confessados do povo eram transferidos do santuário para o sumo sacerdote. Ele, então, simbolicamente transferia esses pecados confessados ao bode expiatório, que era levado ao deserto (Levítico 16:16, 20-22). Desta forma, o santuário era purificado dos pecados do povo que foram acumulados no transcurso de um ano, e que haviam sido simbolicamente depositados ali por causa do sangue aspergido diante do véu.
15. Será que o dia da expiação simbolizava ou prefigurava uma parte do grande plano da salvação de Deus, assim como os outros aspectos do santuário terrestre e seus serviços?
“Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores” (Hebreus 9:23).
Nota: Sim. Os serviços desse dia apontavam para a erradicação do pecado pelo verdadeiro sumo-sacerdote no santuário celestial. Cristo vai confirmar a decisão de seu povo de servi-Lo eternamente, através de seu sangue aplicado em favor daqueles que estão escritos no livro da vida. Este dia de juízo especial, como aquele dia chamado de Yom Kippur em Israel, é o antitipo do dia da expiação final a ser feito para o planeta Terra. Através do antigo símbolo do dia da expiação anual, toda a humanidade tem a certeza de que nosso fiel Sumo Sacerdote, Jesus, permanece no Céu intercedendo por Seu povo e está pronto para apagar os pecados de todos os que vão exercer fé em Seu sangue derramado. A expiação final leva ao julgamento final, que resolve a questão do pecado na vida de cada indivíduo, culminando seja na vida ou na morte.
Eventos Importantes:
Você vai descobrir nos próximos dois Guias de Estudo como o simbolismo do santuário terrestre e especialmente o dia da expiação prefiguravam momentosos acontecimentos do fim dos tempos, que Deus vai levar a efeito a partir do santuário celestial.
Data para o julgamento:
No próximo estudo, vamos examinar uma profecia bíblica crucial na qual Deus estabelece uma data para o começo do julgamento celestial. Bastante impressionante, sem dúvida!
Estou disposto a aceitar a justificação que Cristo me oferece, que inclui o perdão, purificação do pecado, e força para viver corretamente no presente e no futuro?
Extraído do Guia de Estudo bíblico Amazing Facts.
O altar do incenso (Êxodo 30:7, 8) representava as orações do povo de Deus (Apocalipse 5:8).