No estudo de hoje quero falar sobre a resposta positiva que podemos dar a Deus. Hebreus 11:6, diz: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam.”
Portanto, o primeiro ingrediente da resposta humana é fé. O próprio capítulo 11 de Hebreus provê alguns conceitos do que possa ser a fé. Todavia não estamos interessados tanto em definições quanto em compreender como é que a fé atua.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios 2:8, assim se expressou: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto
não vem de vós; é dom de Deus.” Ligando essa declaração com Gálatas 5:22 onde a fé é incluída como fruto do Espírito compreendemos claramente que o homem não pode por si mesmo crer e confiar em Deus.
não vem de vós; é dom de Deus.” Ligando essa declaração com Gálatas 5:22 onde a fé é incluída como fruto do Espírito compreendemos claramente que o homem não pode por si mesmo crer e confiar em Deus.
A salvação da humanidade é um ato da graça divina. Deus tomou todas as providências para assegurar aos seres humanos a certeza da salvação. Cabe ao homem aceitá-la ou rejeitá-la. Porém, embora Deus não force as decisões de Seus filhos, o Espírito Santo atua no coração humano convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).
Muitas vezes os homens ficam convencidos de sua condição pecaminosa e para aceitar a salvação necessitam fé para crer e confiar em Deus. A única coisa que o homem precisa, a fé, não vem de si mesmo. É dom de Deus. É fruto do Espírito. O Espírito Santo concede o dom da fé, para todos aqueles que desejam crer e aceitar o plano da redenção.
O mérito não está no homem. O homem não é salvo pela fé. A graça de Deus é que salva a humanidade. A fé é o elemento que habilita o homem a receber em sua vida os benefícios da salvação. Então se inicia uma experiência especial. Muitos acreditam que a experiência da fé, a experiência religiosa, não passa de algo emotivo, sentimental. Quando sentem está tudo bem!! Mas a Bíblia não diz que é assim!
Paulo escreveu a cerca do arrependimento. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação da qual ninguém se arrende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (II Coríntios 7:10).
Há uma diferença clara e básica entre a tristeza segundo Deus e a tristeza do mundo. E essa diferença é que uma opera a salvação e a outra opera a morte.
A tristeza segundo Deus que opera arrependimento para a salvação, não é apenas um sentimento. Esta palavra arrependimento, é muito mais abrangente do que mudar apenas de maneira de se sentir. Você faz alguma coisa errada. Alguém lhe diz que você errou. Você então fica triste por ter errado. Isso não é arrependimento. O verdadeiro arrependimento não envolve apenas mudança sentimental. É mais amplo, profundo.
O arrependimento genuíno envolve mudança de rumo. Mudança na direção que se está seguindo. Veja a diferença. Você faz alguma coisa errada. Alguém lhe diz que você errou. Você então fica triste por ter errado e muda de atitude. Isto faz a diferença. A tristeza segundo Deus, faz com que você não só fique triste pelos seus erros, mas faz com que você mude de rumo, colocando-se num caminho em que não vai mais errar.
Há dois exemplos na Bíblia que ilustram muito bem esse fato. São exemplos de Pedro e de Judas. Os dois eram discípulos de Jesus. Judas traiu o Mestre. Mateus registra a reação de Judas diante do erro. Lemos no capítulo 27:3 a 5: “Então Judas, que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos dizendo: Pequei traindo sangue inocente. Eles porém disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele atirando para o Templo as moedas de prata, retirou-se e foi se enforcar. O que Judas experimentou? Verdadeiro arrependimento? Não. Judas sentiu remorso pelo que havia feito. Mas não estava arrependido. A tristeza que ele sentiu foi para a morte. Judas sentia remorso pelos resultados de suas ações. Mas não estava arrependido do que havia feito; se tivesse oportunidade, repetiria a ação.
Vejamos agora o exemplo de Pedro. Como Judas, ele era um discípulo de Nosso Senhor. E, como Judas, errou negando o seu Mestre. Mateus 26:74 e 75 registra a reação de Pedro: “Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: antes que o galo cante, três vezes me negarás. E saindo dali, chorou amargamente.”
O choro de amargura de Pedro não revelava apenas tristeza pelo que havia feito. Seu amargurado pranto era o desabafo e o reconhecimento de que havia pecado e que necessitava mudar o rumo de sua vida. E Jesus vendo a sinceridade desse seu amigo, deixou um recado especial para ele, transmitido pelo anjo às mulheres que foram ao sepulcro: “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como Ele vos disse” (Marcos 16:7). O livro de Atos dos apóstolos contém a narrativa da mudança que aconteceu na vida desse discípulo. De um homem impulsivo e inconstante, Pedro se tornou num pregador corajoso e destemido. Experimentou o verdadeiro arrependido. Mudou o rumo de sua vida.
Já a confissão é o terceiro passo. Quando o indivíduo vê quão longe , quão errado, quão distante está de realizar a vontade de Deus, e decide viver segundo o plano divino, ele confessa a Deus todos os seus pecados e falhas. Lemos em I João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados”. Esta é a condição para recebermos o perdão de Deus. A confissão envolve o relacionamento com Deus e com o próximo. Devemos confessar nossas culpas e pecados a Deus, contra quem pecamos, e ao próximo que ofendemos, ou contra quem erramos.
Assim procedendo, rogando a bênção do perdão de Deus, temos a promessa e a garantia: “Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Que o Senhor Deus possa nos iluminar para que nossa compreensão se abra e possamos exercer fé, experimentar o verdadeiro arrependimento e confessar nossas culpas a Deus e esperar na doce certeza de Seu perdão.
Pr. Montano de Barros