21 de abril de 2010

UM AMOR PATERNAL/MATERNAL

“Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.” Salmo 103:13

Compadecer ou ter compaixão. Se procurarmos num dicionário hebraico o significado desta palavra compaixão, dá-nos a palavra rehem, que na verdade quer dizer; útero, as entranhas da mulher onde é formado o filho.

Deus ama-nos com um amor concreto. Naturalmente bastaria, para compreender este amor, pensar como Ele o demonstrou dando o “Seu Filho Unigénito”, mas o termo bíblico coloca o amor de Deus nas Suas entranhas. É, pois, um amor com ternura maternal.

Deus é um pai que ama com a ternura de uma mãe, e a força protectora de um pai bondoso.

As sensações são as forças que motivam todo o comportamento do ser humano, por isso são necessárias ao equilíbrio emocional. Neste sentido é muito importante que o ser humano, desde a mais tenra idade até à velhice, sinta, perceba que é um ser amado. É no amor dos outros e nos julgamentos que fazem de nós que estabelecemos o respeito e os sentimentos por nós próprios.

Poderíamos perguntar: o que é uma sensação?

Gostaria que por instantes e antes de continuar a ler, parássemos e meditássemos por instantes no que é para nós uma sensação?

Para mim é um estado de excitamento de todo o organismo. Todo o corpo é envolto numa sensação de conforto, de protecção, de segurança, que nos permite enfrentar qualquer situação motivados por essa emoção.

Um jovem com esse sentimento de conforto, bom e agradável, pode percorrer grandes distâncias para ver a sua amada. A mãe dá-se até ao sacrifício pelo filho. O pai trabalha arduamente pelo bem-estar da família.

Quando a sensação é negativa como, por exemplo, quando uma pessoa se encoleriza, ocorrem grandes mudanças no seu organismo. Pode parar a digestão. A respiração torna-se mais rápida, profunda e irregular. A pressão sanguínea aumenta enquanto durar a emoção. O rosto altera-se. A pele transpira.

O Deus do céu diz: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.”

Que sensação de paz e segurança nos trazem estas palavras do Senhor! Saber que Ele nos ama com um amor eterno, isto é, para sempre, sem sofrer estados de alma variáveis. Que nos ama como somos, como estamos. Que agora e sempre continuará na soleira da porta à nossa espera para poder abraçar-nos, beijar-nos mesmo quando voltamos sujos. Meu Deus, muito obrigado por esse amor paternal/maternal.

Pode ser que, aqui na terra, os seres humanos não nos transmitam sentimentos de muita apreciação, mas o nosso coração pode estar tranquilo, em repouso completo, porque somos amados com um amor eterno.

Nem a morte pode quebrar as cordas que ligam este sentimento de Deus a cada um dos Seus filhos.

“Senhor, tu me sondaste, e me conheces. Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.” Continua a amar-me.