“Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição.” Cantares de Salomão 7:11
Agora a noiva ultrapassa os sentimentos de gratidão e admiração. Ela é do seu amado, ponto final, não dá explicações, simplesmente pertence-Lhe.
O crente, quando chega a este estado do amor, não justifica a razão da sua generosidade ou porque observa os mandamentos. Nem sequer justifica porque quer ir para o Céu. Simplesmente ama!
Não existe “eu faço isto porque...”, “Eu amo a Deus porque...” Não existem “porquês” na sua vida, existe consagração. Não procura o seu interesse mas os interesses do Pai. Jesus quando aos doze anos foi pela primeira vez à festa da Páscoa e em vez de seguir viagem, terminadas as cerimónias, ficou a discutir com os doutores da Lei, e quando três dias depois os seus pais O encontraram, preocupados, Lhe perguntam: “Filho porque fizeste assim para connosco?” Jesus não explicou. Simplesmente respondeu: “Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”
Jesus com doze anos tinha pelo Seu Pai um amor perfeito.
Assim era o amor de Abraão pelo Senhor. Quando lhe foi pedido o filho, não hesitou em Lho oferecer. Abraão é chamado “o amigo de Deus ”. Porque ele viveu esse elevado nível do amor, de dar sem questionar o que tinha de mais precioso: Isaque.
Em Cantares 8:5 lemos: “Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada tão aprazivelmente ao seu amado?” O deserto são todas as angústias, todas as adversidades da vida (amizades traídas, doenças, solidão, incompreensões e todo o rol de amarguras) que Deus pode permitir com o objectivo de nos apoiarmos n’Ele.
É possível avançar nestas três etapas do amor, mas unicamente apoiados no Senhor, senão quando as provas vierem, quer sejam dificuldades na observância dos mandamentos de Deus, quer sejam problemas familiares, ou a doença, tomaremos a atitude de Pedro que, enquanto Jesus era levado preso “O seguia de longe”.
Se confiarmos plenamente no Amado, a nossa vida deixará de ser uma tentativa a mais para progredir no amor de Deus, mas será uma experiência de amor com e por Deus.
Contentar-nos-emos com um amor limitado?
Não poderemos amar verdadeiramente e totalmente os nossos queridos, os nossos vizinhos, os nossos colegas, os nossos irmãos, não poderemos resolver problemas do nosso passado se não abrirmos de par em par o nosso coração a Deus.
“Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Apocalipse 3:20
Jesus é realmente um Noivo cândido, e o Seu falar é muitíssimo suave, Ele é totalmente desejável. Ele não fica de longe à espera do nosso amor, mas percorre toda a distância que nos possa separar d’Ele para vir bater à nossa porta e convidar-nos a experimentar a Sua companhia.
Amado Senhor, fica comigo, nesta humilde morada, e permanece aí para sempre, porque és mui Desejável!