“Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22.
Se lermos as epístolas do apóstolo Paulo com espírito de oração, depressa chegamos à conclusão que um dos grandes obstáculos à vida cristã plena, é o autoritarismo.
Qualquer dicionário nos dará a seguinte definição da palavra “autoritário”, a pessoa “que usa com rigor de toda a sua autoridade, que domina de forma absoluta”. Os psicólogos preferem a designação “personalidade autoritária.”
O autoritário não é reconhecido como alguém que tenha grande personalidade, mas uma pessoa que sente grande falta de segurança, vive inseguro e usa a autoridade porque se sente realmente ameaçado.
Frequentemente o autoritarismo é a consequência de infância e adolescência inferiorizada, educação repressiva da parte dos pais.
A pessoa que não tem as referências de uma vivência equilibrada, não suporta as indefinições e usa e abusa do poder que lhe é dado como patrão, marido ou como pai.
Quando encontramos Jesus, passamos a ter os pontos de referência que eventualmente nos faltaram na nossa meninice. Vivendo com Jesus e adquirindo conhecimento diário na Sua Palavra encontramos o necessário para sabermos agir no nosso dia-a-dia e formar uma personalidade verdadeiramente bela e sem recalcamentos que provoquem estados de alma inferiorizantes.
O crente, que sente amor e reconhecimento pela Pessoa de Jesus, sabe que mesmo nos momentos mais difíceis da vida, não tem necessidade de cair nos extremos em que tudo é escuro ou claro. Sabe admitir que entre estas duas cores há uma infinidade de outras cores, e portanto mantém uma atitude confiante e equilibrada, certo de que o Senhor o ajudará a encontrar o caminho e a solução entre os dois extremos.
Todo o autoritarismo e especialmente, o autoritarismo religioso, torna-se intransigente, inflexível, sectário, porque age em função dele próprio, das suas ideias e critérios e considera-se infalível. Não é esta a verdade que encontramos em Jesus nem na Bíblia.
O cristão que vive a vida da fé autêntica, é capaz de mudar de ideias, de compreender, de escutar. Não fica preso a preconceitos e ideias fixas, como a mulher de Ló, que no desejo de olhar o passado e nele permanecer, parou e ficou reduzida a uma estátua de sal.
Jesus convida-nos a ser o sal e a luz do mundo. Nestes dois elementos, sal e luz, encontra-se o verdadeiro equilíbrio.