15 de março de 2010

A DIVINDADE DE JESUS EM JOÃO 1:1 E REFUTAÇÃO DA TRADUÇÃO NOVO MUNDO

Ao longo dos séculos, a pessoa de Jesus sempre foi atacada pelo inimigo de Deus. E para tanto, ele se utiliza de vários expedientes. Dentre eles, algumas heresias. E uma delas, é justamente de que Cristo não é Deus em essência. Porém, Cristo não somente é Deus, mas criador - Doador de vida e liberdade. Em geral, as versões bíblicas são concordantes quanto a tradução de João 1:1. [1] Isso fica evidente na igualdade ou similaridade de várias versões ao serem comparadas.
A versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) [2] de João Ferreira de Almeida, traz o texto da seguinte forma: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
Já a Nova versão Internacional (NVI) [3] apresenta João 1:1 desta forma: “ No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a .Palavra era Deus”. [4] No entanto, a Tradução Novo Mundo das “Testemunhas de Jeová”, verte o texto desta maneira: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra [um] deus”. [5] Fica clara a intenção das pretensas “Testemunhas de Jeová”, em negar a
divindade de Jesus. Comentando sobre isso, Pedro Apolinário declara:
João de maneira categórica e inequívoca inicia se Evangelho declarando que Cristo é Deus, sendo esta uma das mais fortes referências da Bíblia, concernente à absoluta Divindade de Cristo, mas apesar desta clareza meridiana este verso é o mais citado pelas Testemunhas de Jeová para negarem a Sua Divindade. [6]
Ocorre que “na expressão ‘e o Verbo era Deus’ a palavra ‘Deus’
aparece no original sem o artigo”. [7] De fato, o texto original no grego traz João 1:1 sem o artigo. [8] Porém, “é o predicado que enfatiza a qualidade: ‘o Verbo tinha a mesma natureza de Deus’”. [9] Entretanto, as “Testemunhas de Jeová”, afirmam que quando aparece o artigo Ho Theós antes, se refere a Jeová, enquanto que sem o artigo, se refere apenas a um deus inferior, [10] rebaixado “à categoria dos deuses pagãos representados por ídolos”. [11]
Apolinário apresenta três razões pelas quais não se pode aceitar a tradução de João 1:1 feita pelas “Testemunhas de Jeová”:
1) Apresentando “um segundo Deus” introduzem o politeísmo no monoteísmo bíblico;
2) Ninguém, entre os profundos conhecedores da língua grega, sanciona a tradução feita pela torre de vigia;
3) Consultando as grandes traduções da Bíblia, verificamos que esta distorção não aparece. [12]
Para defenderem suas teses, “as Testemunhas de Jeová”, “chegam a valer-se do condenável recurso da elipse (citação propositadamente incompleta, dando sentido alheio às intenções do autor)”. [13]
Arnaldo B. Christianini, comentando acerca da regra da sintaxe grega, afirma que “no grego o predicado geralmente dispensa o artigo, porém, o sujeito quase sempre o tem. E quando um nome está em relação predicativa [14] com outro nome, o nome que representa o predicado não leva o artigo”. [15] Ele também mostra de uma forma exaustiva, declarações de renomados gramáticos e cultores do grego, que apóiam seu argumento, como por exemplo, William H. Davis, que diz:
“Observe-se que o sujeito diferencia-se do predicado sempre que o sujeito leva o artigo e o predicado não leva. Exemplo: ágape estin o Theos. Deus é amor. Neste caso, ágape é predicado porque não leva o artigo, ao passo que Theos o leva”. [16]
Outro famoso gramático grego, é o professor J. W. White, que define com muita autoridade a regra da sintaxe do artigo ao concluir que "um adjetivo, quer preceda o artigo, quer venha depois do substantivo sem tomar artigo, é sempre predicado adjetivo”. [17] O professor J. White menciona também, o erro do “Diaglotão Enfático” ao traduzir João 1:1:
...B. Wilson, autor do “Diaglotão Enfático” cometeu erro crasso em traduzir “Kai Theós én hó Logos” por “e um deus era o Verbo”. Por quê? Já o dissemos e repetimos: Theós (Deus) é predicado adjetivo, vindo antes do artigo “hó”. O sujeito é “Logos”. Daqui não há como fugir. O correto é “e o Verbo era Deus”. [18]
Se não bastasse a infundada posição das “Testemunhas” quanto a regra da sintaxe do artigo, eles também apresentam fortes contradições e incoerências em suas traduções. Eis alguns textos que deveriam ser vertidos como “um deus” caso fossem coerentes, uma vez que o artigo definido não aparece ante destas palavras:
“Mateus 5:9 – Chamados filhos de um Deus.
Lucas 1:35 – Filho de um Deus.
Lucas 1:78 - Compaixão de nosso um Deus.
João 1:6 – Enviado por um Deus”. [19]
É evidente que as “Testemunhas” manipulam a gramática grega a seu bel prazer, para tentar apoiar seus falso argumentos. Como foi visto até aqui, não há nenhuma base escriturística ou lógica, para que as “Testemunhas de Jeová”
considerem Jesus Cristo como “um deus” criado e inferior a Deus Pai. Tal afirmativa é inconseqüente, e deve ter sua origem na pessoa de “Orígenes – o precursor do arianismo, que fazia diferença entre Théos e O Théos de João. Cristo é Théos, enquanto Deus o Pai é O Théos”. [20]
Portanto, não merece crédito a Tradução novo mundo de João 1:1. O apóstolo João nos adverte quanto aos falsos profetas:
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falso profetas têm saído pelo mundo fora.
Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o anticristo, a respeito de qual tendes ouvido que vem e, presentemente já está no mundo” (I João 4:1-3).
Além do mais, como povo de Deus, nós temos o Espírito de Profecia (Ap. 19:10), como uma luz menor a nos guiar para a luz maior. A respeito da divindade de Cristo, Ellen G. White declara que “o Senhor Jesus Cristo, o divino filho de deus, existia desde a eternidade, uma pessoa distinta mas um com o Pai”. [21] Ela também afirma que “em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. [22] ‘Quem tem o filho tem a vida’. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente”. [23] Veja outra clara declaração do Espírito de Profecia confirmando a divindade de Cristo:
“A única forma como a raça caída poderia ser restabelecida era pelo dom de Seu filho, igual a Ele mesmo, possuindo os atributos de Deus. Embora fosse exaltado tão altamente, Cristo consentiu em assumir a natureza humana, a fim de trabalhar no interesse do homem e reconciliar com Deus Seus súditos desleais”. [24]
Concluímos, ratificando que Cristo era, é e sempre será essencialmente Deus, e no sentido mais elevado.
“Pois, nele, foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as cousas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as cousas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus”, (Colossenses 1:16-20).
Cristo estava com Deus por toda a eternidade, Deus sobre tudo, bendito seja eternamente. LOUVADO SEJA O NOSSO SENHOR, SALVADOR E DEUS JESUS CRISTO, AMÉM!