30 de julho de 2011

O PROFETA AMÓS

Começou a sua profecia no período de Jeroboão II (786-746 a.C.). O período era de prosperidade, mas a exploração dos mais pobres predominava. E ainda, por trás do problema social havia o problema religioso.
Havia também, o problema do culto hipócrita, eram as pessoas que iam ao templo louvavam ao Senhor e depois iam a outros templos louvar a Baals. Eram seguidores de Iahweh somente no templo, fora dele eram cidadãos do mundo.
Amós nasceu em Técua, cidade a 16 km ao sul de Jerusalém. Embora sendo do Sul, foi Profeta do Reino do Norte. Apesar de possuir uma boa situação financeira a sua mensagem era para os pobres, pois antes de exercer o ministério profético, Amós dedicava-se à criação de gado, mui provavelmente como proprietário de um rebanho numeroso. Ao mesmo tempo Amós recolhia frutos de sicómoro.
As suas profecias foram proferidas nos santuários de Guilgal, Betel e Samaria, apenas por algumas semanas. Sepois foi expulso do Reino do Norte para o Reino do Sul pelo sacerdote Amasias.
O Livro do Profeta é dividido em três grandes partes:
I – Julgamento das nações vizinhas de Israel e do próprio Israel. Amós pronuncia oráculos contra: Damasco; Gaza; Tiro; Edom; Amon; Moab e Judá e servem de introdução ao julgamento de Israel.
II – Advertências e ameaças a Israel: Contra a corrupção; contra as habitações luxuosas, contra as mulheres da Samaria e avisa que sem conversão não há salvação. Orienta o povo contra os cultos a outros deuses (idolatria) e pede para se ter cuidado contra a segurança prometida por estes povos estrangeiros. E, avisa a Israel, que o castigo será terrível.
III – As visões: Os gafanhotos, o fogo (a seca), o fio de prumo para a destruição. As visões são interrompidas pelo relato da expulsão de Amós de Betel pela ação de Amasias. Depois as visões continuam com o cesto de frutos maduros, um discurso contra a avareza e a injustiça e uma ameaça de destruição e privação da palavra profética. A última visão é a de Iahweh de pé sobre o altar, seguida de uma ameaça de destruição total, da qual ninguém poderá salvar-se.
A nota dominante de Amós é a convicção dos preceitos morais de Iahweh que é imposta ao homem através dos fenômenos da natureza e do curso da história. Deus, que é extremamente bom, não pode se deixar suplantar pelo mal.
O livro se conclui com as promessas do futuro que compreendem: a restauração do reino de Davi, a prosperidade material e a ocupação sem fim da pátria reconquistada. “Eu os plantarei em sua terra e não serão mais arrancados de sua terra, que eu lhes dei, disse Iahweh teu Deus”, cf. Am 9:15.