16 de novembro de 2010

CRISTO VIVEU UMA VIDA PERFEITA

“Cristo tomou sobre Si a natureza humana, para que pudesse compreender todos os corações. O Seu espírito nunca se encheu tanto dos cuidados deste mundo que não tivesse tempo para as coisas de cima. Ele podia dar evidências da Sua alegria, cantando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes ouviam os moradores de Nazaré Sua a voz erguer-se em louvor e ações de graças a Deus. Com frequência entretinha em cânticos comunhão com o Céu; e quando os companheiros se queixavam da fadiga do trabalho, eram animados pela doce melodia que Lhe saía dos lábios. Dir-se-ia que o Seu louvor bania os anjos maus e, como incenso, enchia com doce fragrância o lugar em que Se achava.”
Cristo Triunfante, p. 243 (E.G.White)
1. Que testemunho é dado quanto à vida de Cristo na Terra?
Rª: “Ele (Jesus) não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.” 1ª Pedro 2:22.
Nota explicativa:engano” ou “fraude” (cf. 1ª Pedro 2:1). As palavras eram tão transparentes e puras, sem rodeios nem subterfúgios não só em relação aos outros mas a Si mesmo no que respeita aos Seus sofrimentos (Apoc. 14:5).
2. Qual é a verdade a respeito de todos os outros membros da família humana?
Rª: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23.
3. Com que pergunta confrontou Cristo os Seus discípulos?
Rª: “Quem dentre vós me convence de pecado? Se digo a verdade, por que não me credes?” João 8:46.
4. Até que ponto foi Cristo tentado?
Rª: ”Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hebreus 4:15
Nota:em tudo foi tentado”, ou em toda a classe de tentações. No que refere a algumas delas (Mat. 4:1-11)
“Cristo foi tentado em todos os pontos como nós somos. Como representante do homem Ele Se aproximou de Deus nas provas e tentações. Enfrentou a força intensa de Satanás. Cristo experimentou as mais vis tentações e as venceu em favor do homem. É impossível que o ser humano seja tentado acima do que pode suportar enquanto se apoia em Jesus, o infinito Conquistador.” No Deserto da Tentação, p. 38.
De uma forma misteriosa que não nos é dado compreender, nosso Senhor, suportou todo o peso de cada inimaginável tentação que “o príncipe deste mundo” (João 12:31) pode colocar sobre Ele, mas sem que no mínimo, nem no pensamento, cedera ante qualquer uma delas (João 14:30). Satanás não encontrou em Jesus nada que cedesse às suas astutas ciladas.
5. De que natureza participava Cristo, em Sua humanidade?
Rª: “Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo.” Hebreus 2:14.
Nota explicativa:participou”, o tempo em que está este verbo em grego é um aoristo e sugere; participar em algo que antes não tinha participado. Esta foi uma realidade em Jesus: era divino, mas tomou a nossa natureza humana, fundindo misteriosamente ambas as naturezas numa (João 1:14). Cristo se tornou homem para poder dimensionar todas as experiencias da humanidade. Cristo foi o que entrou em casa do homem forte (Marcos 3:27), atou o inimigo e libertou os que estavam prisioneiros. Cristo entrou no reino tenebroso da morte – o baluarte de Satanás – e arrebatou a presa de Satanás. Quando Satanás pensou que tinha Cristo sob o seu poder, quando a tumba foi selada estando Cristo lá dentro, Satanás regozijou-se. Mas Cristo rompeu os grilhões da morte e saiu da tumba, pois “não era possível que fosse retido por ela.” (Actos 2:24). A partir deste momento a morte não passa de um sono para os crentes; descansam em paz até que Deus os chame. Para muitos será um sono abençoado (Ap. 14:13). Cristo “destruiu a morte” (2ª Tim. 1:10); tem agora “as chaves da morte e do Hades” (Ap. 1:18; cf. 1ª Cor. 15:51-57).
6. Até que ponto partilhou Jesus da nossa humanidade comum?
Rª: “Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.” Hebreus 2:17.
Nota explicativa: Na Sua humanidade, Cristo participou da nossa natureza pecaminosa, caída. Senão, não seria “em tudo semelhante aos irmãos,” não seria como nós, em tudo ... tentado, não venceria como temos de vencer, e não seria, portanto, o completo e perfeito Salvador que o homem necessita e deve ter para ser salvo. A ideia de que Cristo nasceu de uma mãe imaculada ou isenta de pecado, sem herdar tendências para pecar, e por isso não pecou, colocá-lo-ia à parte do domínio de um mundo caído, e do próprio lugar onde é necessário o auxílio. Da Sua parte humana, Cristo herdou exactamente o que hera todo o filho de Adão – uma natureza pecaminosa. Do lado divino, desde a própria concepção, foi gerado e nascido do Espírito. E tudo isso foi feito para colocar a humanidade num plano vantajoso, e demonstrar que da mesma maneira todo o que é “nascido do Espírito” pode obter idênticas vitórias sobre o pecado, mesmo na sua pecaminosa carne. Assim cada um tem de vencer como Cristo venceu. Apoc. 3:21. Sem este nascimento, não pode haver vitória sobre a tentação, nem salvação do pecado. João 8:3-7.
7. Onde, em Cristo, condenou Deus o pecado, e nos ganhou a vitória sobre a tentação e o pecado?
Rª: “Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado.” Romanos 8:3.
Nota explicativa: Deus, em Cristo, condenou o pecado, não por Se pronunciar contra ele como simples juiz assentado no tribunal, mas vindo e vivendo na carne, na pecaminosa carne, sem todavia pecar. Em Cristo Ele demonstrou que é possível, por sua graça e poder, resistir à tentação, vencer o pecado e viver uma vida sem pecado na pecaminosa carne.
8. Pelo poder de quem viveu Cristo a vida perfeita?
Rª: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.” João 14:10.
Nota explicativa: Em Sua humanidade, Cristo dependia tanto do poder divino para realizar as obras de Deus, como qualquer outro homem. Não empregou para viver uma vida santa nenhum outro meio que não esteja ao alcance de qualquer criatura humana. Por Seu intermédio todos podem possuir em si a presença de Deus de modo que neles opere “tanto o querer como o efectuar, segundo a Sua boa vontade.” 1ª João 4:15; Fil. 2:13.
9. Que abnegado desígnio tinha sempre Jesus diante de Si?
Rª: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”
Deus o/a ajude a viver com Cristo e tornar-se semelhante a Ele.