13 de fevereiro de 2012

A PREDESTINAÇÃO DE DEUS

“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos.” Romanos 8:29
Tu predestinaste, determinaste de antemão a todos, igualmente. Como grupo, não como indivíduos. Não significa que determinaste alguns para a salvação e outros para a perdição. A todos predestinaste para que sejam feitos conforme a imagem do Teu Filho (Rom. 8:29), e cada um escolhe, quer seja a salvação que Tu desejas para todos, ou a perdição que não queres para ninguém. O Teu propósito para todos era e é sempre o mesmo: Que sejamos santos, filhos adoptivos Teus, para louvor da Tua glória (Efés. 1:4,5,11).
A Tua predestinação não é um decreto inalterável, é um chamado, uma escolha (Efés. 1:4) que requer aceitar a Cristo, crer n´Ele e ser por Ele justicado (João 1:12; Efés. 1:3-11; Rom. 8:28-30). Tanto o Teu próprio desígnio de vida como a minha livre escolha, revelam igualmente que ao predestinar-me não me obrigas, nem deixas de ser o Deus que exerce plenamente a Sua soberana vontade. Tu queres salvar, e assim o determinas para todos. E o processo da cruz para conceder a salvação, e a manifestação da Tua misericórdia para que isto ocorra, dizem-me claramente que Tu não a impões a mim. A Tua salvação não é universal; é somente para aquele que crê.
Sou salvo pelaTua graça, e pela fé não Te rejeito. Se Te rejeitar, eu perco-me. Não porque Tu tenhas decretado a minha perdição, porque nunca e nada decretaste sobre isto. Tu só me escolheste para a salvação, e ainda que isto tenha sido assim, desde antes da fundação do mundo, muito antes que eu existisse, nunca foi um destino inalterável. Nunca um despótico decreto da Tua autoridade. Unicamente um desígnio do Teu amor, um desejo da Tua misericórdia, um propósito da Tua boa vontade que é semrpe vontade e é soberana.
E Tu conheces-me desde sempre, e sempre me impressiona saber que Tu me conheceste antes que eu fosse gerado. Como é isto? E pergunto-me: Como podes Tu saber o que não existe? E então respondo-me: Como poderia ser Deus e não sabê-lo? E Tu és Deus. Tudo soubeste-o desde sempre. Mas o Teu conhecimento determinou de mim, desde o Teu tempo a mim presente, se é que há tempo para Ti. De qualquer maneira, em Ti já houve conhecimento de mim antes que eu viesse a existir e antes que fizesse o que hoje faço. O Teu conhecimento não é predestinação, mas presciência (1 Ped. 1:2). E não é predestinação porque nada fica oculto para Ti. Nada, nem a futuro, nem o futuro, nem o mutável mistério das minhas intenções. Ainda que soubesses que eu não iria responder como Tu queres, de igual modo me atenderias, apesar da minha rejeição, apenas porque Tu és Deus, um soberano Deus de graça-amor-misericórdia.