“Tem-me sido mostrado que muitos dos que dizem seguir a verdade presente, não sabem no que crêem. Não compreendem as provas da sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Homens que agora pregam a outros, ao examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encontram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória.” 2TS, p.312.
“À medida que nos aproximamos do termo da história deste mundo, as profecias referentes aos últimos dias exigem o nosso estudo especial.” Parábolas de Jesus, p. 133.
1. Como serão os últimos dias?Rª: “Porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.” Mateus 24:21,22.
Nota: “tribulação” é a tradução de uma palavra grega que significa “perturbação”, “angústia” e “sofrimento”. Jesus no Monte das Oliveiras, teve o cuidado de deixar claro que os Seus seguidores seriam sempre alvo de perseguição, esta começou de forma evidente com a morte de Estêvão, o primeiro mártir no ano 34 da era cristã. Esta era a primeira tribulação. A última das tribulações estaria relacionada com os últimos dias, ou “tempo de angustia”, esta seria pior que qualquer outra. Esta está profetizada em Daniel 12:1,2; será breve, pois incluirá as sete pragas.
2. Qual deve ser a atitude do cristão que espera o regresso do seu Senhor?Rª: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.” Tiago 1:27.
Nota: O cristão possuído por uma esperança viva, em vez de se concentrar nas suas “aflições” centra-se nos outros, os que carecem de atenção. Apesar, de manter a respiração suspensa diante dos efeitos das provas, “regozija-se na aflição”. Por quê? Sabe mesmo durante a provação, ele é precioso para Deus. Também sabe que as dificuldades de ordem pessoal criam uma oportunidade para demonstrar na prática a perseverança, um testemunho cristão que deve beneficiar outros (Romanos 5:3; Tiago 1:2-4). Ajudar, sentindo a satisfação no acto em si, é uma oportunidade de se demonstrar aos sofredores o amor de Cristo. Esta disposição de inspiração divina provém de um carácter amadurecido aos pés de Cristo. O amor de Deus é derramado nos seus corações de tal modo que, os seus próprios inimigos sentirão aversão aos seus próprios actos.
3. Qual é atitude do cristão face ao falso culto?Rª: “Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.” Apocalipse 14:9,10.
Nota: Durante o tempo de provação a ira de Deus é sempre temperada, ou misturada, com misericórdia. Assim o profeta Habacuque ora: “Na ira lembra-Te da misericórdia.” Hab. 3:2. a ira de Deus sem ser acompanhada de misericórdia só é derramada quando a misericórdia houver cumprido a sua obra e o mal atingido o limite, não havendo remédio (Judas 7; 2ª Ped. 2:6).
4. Em que é consumada a ira de Deus?Rª: “Vi no céu ainda outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.” Apocalipse 15:1
5. Como descreve Joel o dia do Senhor?Rª: “Ai do dia! pois o dia do senhor está perto, e vem como assolação da parte do Todo-Poderoso.” “E o Senhor levanta a sua voz diante do seu exército, porque muito grande é o seu arraial; e poderoso é quem executa a sua ordem; pois o dia do Senhor é grande e muito terrível, e quem o poderá suportar?” Joel 1:15; 2:11.
6. Que disse Daniel, desse tempo?Rª: “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” Daniel 12:1 (cf. Ezeq. 7:15-19).
Nota: As sete últimas pragas serão as mais terríveis calamidades que já sobrevieram aos homens. Como Acabe acusou Elias de ser o causante das calamidades de Israel (1ª Reis 18:17,18), assim, no tempo da tribulação, os ímpios e os que se separaram do Senhor enfurecer-se-ão contra os justos, acusá-los-ão de serem os causantes das pragas, e procurarão destruí-los como fez Hamã com os judeus (ver. Ester 3:8-14). Mas Deus maravilhosamente livrará o Seu povo nesse tempo, como o fez então.
7. Qual será a primeira praga, e sobre quem cairá?Rª: “E ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças, da ira de Deus. Então foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra; e apareceu uma chaga ruim e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.” Apocalipse 16:1-2.
Nota: Uma voz celestial dá inicio à primeira praga. Outras vozes provenientes do Céu seguem-se à terceira praga, interrompem a sexta e trazem à cena a sétima.
Para iniciar a sequência, “uma grande voz”, “vinda do templo”, diz aos sete anjos que têm as taças com as pragas: “Ide, e derramai pela Terra as sete taças da cólera de Deus.” Apocalipse 16:1. a voz provém do templo. Talvez seja a voz de uma das criaturas viventes. Ouvimos, no capítulo 4, que as criaturas viventes louvavam a Deus, ao passo que no capítulo 6 eles convidam-nos: “Vem!”, diante da abertura de cada um dos quatro primeiros selos.
Também pode ser que a voz celestial seja a voz do Cordeiro. Em Apocalipse 6:15-17, os ímpios pedem às montanhas que os escondam “da ira do Cordeiro”.
Ou pode ser a voz do próprio Deus. Habituamo-nos a pensar em Deus e em Jesus como sendo amáveis e graciosos, a um ponto que excede a nossa compreensão; de facto, Eles o são. No entanto, tendo em vista proteger o inocente, o amor terá, finalmente, que punir o mal. Deus sente-Se profundamente desconcertado ao ver o sofrimento dos Seus seguidores. Deus cuida deles.
Conclusão: Os anjos também velam sobre os filhos de Deus. À medida que têm contemplado o conflito dos séculos entre Satanás e os seus seguidores contra Cristo e os Seus escolhidos, os anjos têm sido ultrajados em virtude dos crimes cometidos pelo cruel contra o temente a deus. Esses gloriosos seres celestiais têm suspirado pelo dia em que o Senhor findará a provação daqueles que possuem coração temente e genuíno.
Nota introdutórias às 6 seguintes pragas:
Pode o nosso coração perguntar: Que razão leva Deus a atormentar os homens de uma forma tão terrível, como a que é descrita no capítulo 16? Depois de terminar o tempo da graça!? Quando já não há mais oportunidade para arrependimento? Porque não vem Cristo imediatamente pôr fim ao reinado do pecado?
A voz começa com um “Ide”. Todo o propósito benévolo do Céu terminou. As pragas cumprem uma função necessária no plano do céu:
“1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.
2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Apocalipse 21.
Gosta de profecias? Este é um tema apaixonante! Estudá-lo é comprometer-se com Deus a “receber o selo do Deus vivo, e que a (ser) protegido, no tempo de angústia,...a reflectir completamente a imagem de Jesus.” Primeiros Escritos, p. 70
Obras de apoio:
Sagrada Escritura
E.G.White
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia
Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse, C. Mervyn Maxwell
Le Cri du Ciel, J. Doukhan.