22 de setembro de 2013

O que ensina a Bíblia sobre a Divindade de Cristo?

Além das próprias afirmações de Jesus a respeito de si mesmo, os Seus discípulos também reconheceram a divindade de Cristo. Eles afirmaram que Jesus tinha o direito de perdoar pecados – algo que somente Deus pode fazer, uma vez que é Deus quem se ofende com os pecados (Atos 5:31; Colossenses 3:13; compare com Salmos 130:4; Jeremias 31:34). Em íntima relação com esta última afirmação, se diz que Jesus é aquele que vai “julgar” os vivos e os mortos (II Timóteo 4:1). Tomé clamou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Paulo chama a Jesus  “grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13), e mostra que antes de vir em carne Jesus existia na “forma de Deus” (Filipenses 2:5-8). O escritor aos Hebreus diz, a respeito de Jesus: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (Hebreus 1:8). João afirma que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo [Jesus] era Deus.” (João 1:1). Nas escrituras, os exemplos que ensinam sobre a divindade de Cristo poderiam ser multiplicados (veja Apocalipse 1:17; 2:8; 22:13; I Coríntios 10:4; I Pedro 2:6–8; compare com Salmos 18:2; 95:1; I Pedro 5:4; Hebreus 13:20), mas apenas um desses exemplos é suficiente para mostrar que Cristo teve a sua natureza divina reconhecida por Seus seguidores.

Jesus também recebeu títulos que são únicos de Yahweh (o nome formal de Deus) no Velho Testamento. “Redentor”, título usado no Velho Testamento (Salmos 130:7; Oséias 13:14), também o é no Novo Testamento (Tito 2:13; Apocalipse 5:9). Jesus é chamado Emanuel (“Deus conosco” em Mateus 1). Em Zacarias 12:10, é Yahweh quem diz: “e olharão para mim, a quem traspassaram”. Mas o Novo Testamento aplica isto à crucificação de Jesus (João 19:37; Apocalipse 1:7). Se é Yahweh quem é transpassado e olhado, e Jesus foi aquele que foi transpassado e olhado, então Jesus é Yahweh. Paulo interpreta Isaías 45:22-23 como que aplicando a Jesus em Filipenses 2:10-11. Indo mais além, o nome de Jesus é usado lado a lado com Yahweh na oração “Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo” (Gálatas 1:3; Efésios 1:2). Tal seria blasfêmia se Cristo não fosse divino. O nome de Jesus aparece com o de Yaweh no mandamento de Jesus para que se batize “em nome [singular] do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19;veja também II Coríntios 13:14). Em Apocalipse, João diz que toda a criação louvava a Cristo (o Cordeiro) – então Jesus não é parte da criação (5:13).

Ações que podem ser conseguidas somente por Deus são creditadas a Jesus. Jesus não somente ressuscitou os mortos (João 5:21; 11:38-44), e perdoou pecados (Atos 5:31; 13:38), Ele criou e sustenta o universo (João 1:2; Colossenses 1:16-17)! Este argumento se torna ainda mais convincente quando consideramos que Yahweh disse que Ele estava sozinho durante a criação (Isaías 44:24). Além disso, Cristo possui atributos que somente a divindade pode ter: eternidade (João 8:58), omnipresença (Mateus 18:20, 28:20), omnisciência (Mateus 16:21), omnipotência (João 11:38-44).

Agora, uma coisa é afirmar ser Deus ou enganar alguém para que acredite que isto é verdade, e outra coisa bem diferente é provar que isto é verdade. Cristo ofereceu como prova de sua afirmação de divindade muitos milagres e até ressuscitou dentre os mortos. Alguns milagres de Jesus incluem tornar água em vinho (João 2:7), andar sobre as águas (Mateus 14:25), multiplicar objetos físicos (João 6:11), a cura do cego (João 9:7), do paralítico (Marcos 2:3) e doentes (Mateus 9:35; Marcos 1:40-42), e mesmo até ressuscitação de pessoas dentre os mortos (João 11:43-44; Lucas 7:11-15; Marcos 5:35). Além de tudo isto, o próprio Cristo ressuscitou dentre os mortos. Bem diferente dos denominados deuses da mitologia pagã, que morrem e se levantam, nenhuma outra religião alega a ressurreição – e nenhuma outra afirmação tem tanta comprovação extra-escrituras. De acordo com o Dr. Gary Habermas, há pelo menos 12 fatos históricos que até mesmo especialistas não-cristãos admitem:

1. Jesus morreu por crucificação.
2. Ele foi sepultado.
3. A Sua morte causou nos discípulos desânimo e desespo.
4. A tumba de Jesus foi achada (ou afirma-se que foi achada) vazia alguns dias depois.
5. Os discípulos creram ter vivenciado as aparições de Jesus ressuscitado.
6. Depois disto, os discípulos passaram de incrédulos a crentes corajosos.
7. Esta mensagem foi o tema central das pregações da igreja primitiva.
8. Esta mensagem foi pregada em Jerusalém.
9. Como resultado desta pregação, a Igreja nasceu e cresceu.
10. O dia da ressurreição, Domingo, não substituiu o “Sabbath”, dia de repouso (Sábado) como dia principal de adoração.
11. Tiago, um cético, se converteu quando também creu ver Jesus ressuscitado.
12. Paulo, inimigo do cristianismo, converteu-se através de uma experiência à qual creditou ser a aparição de Jesus ressuscitado (Atos 9).

Mesmo se alguém fizesse objeção a esta lista específica, apenas poucos itens são necessários para provar a ressurreição e estabelecer o evangelho: a morte, sepultamento, ressurreição e aparições de Jesus (I Coríntios 15:1-5). Enquanto pode haver teorias para explicar um ou dois dos fatos acima, apenas a ressurreição explica e dá conta de todos eles. Os críticos admitem que os discípulos afirmaram ter visto Jesus ressuscitado. Nem mentiras ou alucinações podem transformar as pessoas como o fez a ressurreição . Primeiro, o que teriam lucrado com isto? O Cristianismo não era popular e certamente eles não ganharam nenhum dinheiro com isso. Segundo, mentirosos não dão bons mártires. Não há melhor explicação do que a ressurreição para o desprendimento dos discípulos em sofrer mortes horrendas por sua fé. Sim, muitas pessoas morrem por mentiras que crêem ser verdade, mas ninguém morre pelo que sabe não ser verdade.


Concluindo: Cristo alegou ser Yahweh, Ele era divino (não apenas “um deus”- mas o Deus Verdadeiro. Seus seguidores (Judeus que teriam pavor à idolatria) creram nEle e a Ele se referiram como tal. Cristo provou suas afirmações de divindade através de milagres, incluindo a ressurreição, que modifica o mundo. Nenhuma outra hipótese pode explicar estes fatos.