O CONCEITO da Bíblia é claro. Não apenas é o Todo-poderoso
Deus, Jeová, uma personalidade à parte de Jesus, mas Ele é sempre superior.
Jesus sempre é apresentado como pessoa à parte e menor, um humilde servo de
Deus. É por isso que a Bíblia diz claramente que “a cabeça do Cristo é Deus”
assim como “a cabeça de todo homem é o Cristo”. (1 Coríntios 11:3) E é por isso
que o próprio Jesus disse: “O Pai é maior do que eu.” — João 14:28, O fato é que Jesus não é Deus e nunca afirmou
ser. - Deve-se crer na Trindade, pp.20.
Em muitas ocasiões Jesus ensinou seus discípulos, seguidores
e até mesmo numerosas multidões e não era incomum que as pessoas admirassem seu
ensino. Algumas vezes no seu ministério vemos o elogio das pessoas ao que
Cristo ensina dizendo que seu ensino não é como dos escribas ou fariseus, pois
seu ensino tem autoridade.
Temos consciência de que o ensino de Jesus Cristo é
fundamental para o cristão e que as suas palavras têm autoridade sobre nós.
Mas, encontramos nos ensinos de Cristo algo que demonstre sua divindade? Tenha
em mente que Jesus quando ensinava, equiparava suas palavras com as palavras de
Jeová.
Em uma dessas ocasiões em que o ensino de Cristo é elogiado
com um ensino com autoridade, Jesus equipara suas palavras com as palavras de Jeová.
No conhecido Sermão da Montanha Jesus faz isso algumas vezes:
Ouvistes que se disse aos dos tempos antigos: ‘Não deves
assassinar; mas quem cometer um assassínio terá de prestar contas ao tribunal
de justiça.’ No entanto, digo-vos que todo aquele que continuar furioso com seu
irmão terá de prestar contas ao tribunal de justiça; mas, quem se dirigir a seu
irmão com uma palavra imprópria de desprezo terá de prestar contas ao Supremo
Tribunal; ao passo que quem disser: ‘Tolo desprezível!’, estará sujeito à Geena
ardente
Nessa ocasião, Jesus está citando as escrituras quando diz
ouvistes o que se disse aos dos tempos antigos e corrige o modo como eles
entenderam as escrituras por afirmar no entanto digo-vos. Infelizmente aqui a
TNM deixou de fora um termo importantíssimo: “Eu”. O texto não está simplesmente colocando a opinião de Cristo,
mas demonstrando a autoridade de Cristo: Ouvistes o que foi dito e Eu vos digo.
Nessa expressão, repetida algumas vezes mais no mesmo capítulo, Jesus equipara
suas Palavras com as de Jeová.
No passado Jeová havia dado ao povo a Lei e os seus
mandamentos, mas Jesus é quem apresenta um novo mandamento: “Eu vos dou um novo
mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também
vos ameis uns aos outros” (Jo.13.34). A ideia de amar ao próximo já era bem
conhecida nas Escrituras Hebraicas, mas Cristo apresenta um novo mandamento e
complementa as palavras de Jeová, pois na Lei as pessoas deveriam amar seu
próximo como a si mesmo, mas os seguidores de Cristo deveriam amá-los como Ele
mesmo amado. Devemos lembrar também que nesse assunto, a Lei dizia para amar o
próximo, ao passo que Jesus manda amar até mesmo o inimigo. A qualidade do amor
exigido por Cristo a seus seguidores, não apenas se equipara com as Palavras de
Jeová, mas as completa.
Jeová sempre atestou que sua palavra é para sempre e que ela
jamais seria terminada, observe:
Para sempre, ó Jeová, Tua palavra está posta nos céus. -
Salmos 119.89
Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as
estabeleceste para sempre. – Salmos 119.152
Secou-se a erva verde, murchou a flor; mas, quanto à palavra
de nosso Deus, ela durará para sempre – Isaías 40.8
Entretanto, Jesus revogou para suas palavras a mesma
autoridade: pois, deveras, eu vos digo que antes passariam o céu e a terra, do
que passaria uma só letra menor ou uma só partícula duma letra da Lei sem que
tudo se cumprisse – Mateus 5.18
Céu e terra passarão, mas as minhas palavras de modo algum
passarão –Mateus 24.35
Ao fazer isso, claramente Jesus equipara suas palavras com a
de Jeová, e sabemos por fato que a palavra de mais ninguém tem a mesma
autoridade que a palavra de Jeová, apenas Cristo, com que Ele é um (Jo.10.30).
Mas, também lemos nas escrituras que apenas Jeová é verdadeiro Juiz:
Deus é justo Juiz, E Deus lança verberações cada dia –
Salmos 7.11
Pois Deus é o juiz. A este ele rebaixa e aquele exalta –
Salmos 75.7
Entretanto, nos seus ensinos Jesus também revogou ter tal
autoridade:
Quem me desconsiderar e não receber as minhas declarações,
tem quem o julgue. A palavra que eu tenho falado é que o julgará no último dia
- João 12.48
Ao realizar todas essas ações, fica evidente que Jesus não
apenas se equipara a Jeová, mas como é divino e seus ensinos testemunham
exatamente isso.
Em outras palavras, com seu ensino Jesus afirmou ser Deus.