O CONCEITO da Bíblia é claro. Não apenas é o Todo-poderoso
Deus, Jeová, uma personalidade à parte de Jesus, mas Ele é sempre superior.
Jesus é apresentado como pessoa à parte e menor, um humilde servo de Deus. É
por isso que a Bíblia diz claramente que “a cabeça do Cristo é Deus” assim como
“a cabeça de todo homem é o Cristo”. (1 Coríntios 11:3) E é por isso que o
próprio Jesus disse: “O Pai é maior do que eu.” — João 14:28, O fato é que
Jesus não é Deus e nunca afirmou ser. - Deve-se crer na Trindade, pp.20.
Muitas das obras realizadas por Jesus Cristo enquanto estava
na terra foram repetidas pelos seus seguidores, como por exemplo alguns dos
seus milagres. Até mesmo Ele garantiu que os seus seguidores fariam ainda
coisas maiores do que Ele fez: “Digo-vos em toda a verdade: Quem exercer fé em
mim, esse fará também as obras que eu faço; e ele fará obras maiores do que
estas, porque eu vou embora para o Pai” (João 14:12).
Diante disso, alguém poderia concluir que as obras de Cristo
não são tão especiais, afinal os seus seguidores poderiam fazer coisas maiores
do que Ele mesmo fez. Contudo, tal conclusão está equivocada! No mesmo texto,
ou melhor, no verso anterior encontramos a seguinte expressão: “Acreditai-me
que estou em união com o Pai e que o Pai está em união comigo; senão, acreditai
por causa das próprias obras” (João14:11). As obras realizadas por Cristo
tinham por propósito apresentar a unidade entre o Pai e o Filho e o Filho com o
Pai. Entretanto, não devemos pensar
nessa união apenas de propósito, afinal, Jesus claramente testemunha que as suas
obras testemunham que Deus está nele: “crede nas obras; para que possais saber
e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:38).
Diante das próprias palavras de Cristo, as suas obras servem
para testemunhar a sua unidade com o Pai. Mas, será que as Suas obras podem
falar um pouco mais do que isso? Para responder a isso João alerta: “De certo,
Jesus efetuou muitos outros sinais, também diante dos discípulos, os quais não
estão escritos neste rolo. Mas, estes foram escritos para que creiais que Jesus
é o Cristo, o Filho de Deus, e que, por crerdes, tenhais vida por meio do seu
nome” (João 20:30-31). Nestes versos João ensina que as obras (sinais –
milagres) servem para demonstrar que Jesus é o Cristo, ou seja, o Messias
prometido nas escrituras Hebraicas, e que Ele também é o Filho de Deus enviado à
terra pelo Pai para realizar a Sua Vontade.
Entretanto, em algumas situações do seu ministério
testemunham ainda mais sobre quem Jesus Cristo realmente é, e diferente do que
muitos pensam, as suas obras também testemunham a sua divindade, afinal Jesus
tem poder para ressuscitar mortos.
As Escrituras Hebraicas tinham deixado claro que apenas
Jeová Deus tinha poder para dar ou devolver a vida, observe:
Vede agora que eu — eu é que o sou, E não há [outros] deuses
comigo. Eu entrego à morte e eu vivifico. Feri seriamente, e eu — eu vou curar,
E não há quem arrebata da minha mão – Deuteronómio 32.39
Jeová é Quem faz morrer e Quem preserva a vida, Quem faz
descer ao Seol, e Ele faz subir – 1 Samuel 2.6
Acaso sou Deus, para entregar à morte e para preservar vivo?
– 2 Reis 5.7
As Sagradas Escrituras Gregas, do mesmo modo, atestam que apenas
Jeová Deus tem esse poder:
“Por que se julga incrível entre vós que Deus levante os
mortos?” – Atos 26.8
“Isto se deu à vista Daquele em quem tinha fé, sim, de Deus,
que vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se fossem” – Romanos
4.17
Entretanto, é interessante que Jesus Cristo no seu
ministério manifestou tal característica algumas vezes. Vamos lembrar alguns
desses casos:
E, ao ter dito estas coisas, clamou com voz alta: “Lázaro,
vem para fora!” O [homem] que estivera morto saiu com os pés e as mãos
amarrados com faixas, e o seu semblante enrolado num pano. Jesus disse-lhes:
“Soltai-o e deixai-o ir.” – João 11:43-44
Ao se aproximar do portão da cidade, ora, eis que um morto
estava sendo carregado para fora, o filho unigénito de sua mãe. Além disso, ela
era viúva. Acompanhava-a também uma multidão considerável da cidade. E,
avistando-a o Senhor, teve pena dela e disse-lhe: “Pára de chorar.” Com isso se
aproximou e tocou no esquife, e os portadores ficaram parados, e ele disse:
“Jovem, eu te digo: Levanta-te!” E o morto sentou-se e principiou a falar, e
ele o entregou à sua mãe – Lucas 7:12-15
Enquanto ainda falava, chegou certo representante do
presidente da sinagoga, dizendo: “A tua filha morreu; não incomodes mais o
instrutor.” Ouvindo isso, Jesus respondeu-lhe: “Não temas, apenas exerce fé, e
ela será salva.” Chegando à casa, não deixou ninguém entrar com ele, exceto
Pedro, e João, e Tiago, e o pai e a mãe da menina. E todos choravam e se batiam
de pesar por ela. De modo que ele disse: “Parai de chorar, pois ela não está
morta, mas dorme.” Começaram então a rir-se dele desdenhosamente, porque sabiam
que ela havia morrido. Mas ele a tomou pela mão e chamou, dizendo: “Menina,
levanta-te!” E voltou-lhe o espírito e ela se levantou instantaneamente, e ele
ordenou que se lhe desse algo para comer - Lucas 8:49-55
Diante dessas histórias devemos admitir que Jesus era de
fato especial, mas seria isso uma forma de Jesus dizer quer Ele era Deus? Seria
correto dizer que Jesus, por fazer o que apenas Jeová pode fazer o torna igual
a Deus? Muitas pessoas acreditam que não, até por que Jesus não foi o único que
ressuscitou pessoas. AS Escrituras Hebraicas contam a história de Elias que
também trouxe à vida o filho de uma mulher viúva:
“Elias tomou então o menino e o levou do quarto de terraço
para baixo à casa, e o entregou à sua mãe; e Elias disse então: “Vê, teu filho
está vivo” – 1 Reis 17:23
Contudo, devemos nos perguntar: Elias fez isso por seu
poder? A resposta é clara: Certamente não. No mesmo texto Elias faz o seguinte
reconhecimento:
“E passou a estender-se três vezes sobre o menino e a clamar
a Jeová, e a dizer: “Ó Jeová, meu Deus, por favor, faze a alma deste menino
voltar para dentro dele.” Jeová escutou finalmente a voz de Elias, de modo que
a alma do menino voltou para dentro dele e este reviveu” – 1 Reis 17:21-22
Na verdade, Elias não trouxe ninguém à vida, mas Jeová Deus
o fez. Elias apenas clamou a Jeová para que Ele fizesse o que o profeta não era
autorizado e nem tinha poder para realizar. Mas não é isso que vemos com Jesus,
afinal, as escrituras dizem que Jesus ressuscitou pessoas. As histórias de
Cristo, narradas por seus seguidores e inspirada pelo Espírito Santo,
testemunham que Cristo exerceu tal poder. Se encontrássemos apenas essas
declarações nas escrituras, já teríamos suficiente evidências para dizer que as
obras de Cristo testemunham sua verdadeira divindade. Contudo, o próprio Jesus
afirma ter o poder e autoridade exclusivas de Jeová Deus para ressuscitar
pessoas:
Porque, assim como o Pai levanta os mortos e os faz viver,
assim também o Filho faz viver os que ele quer – João 5:21
Nas palavras de Jesus, Ele mesmo tem o mesmo poder de Jeová
Deus, pois do mesmo modo que o Pai ressuscita os mortos, o Filho também o faz a
quem quer. Ninguém na história da humanidade poderia dizer isso, pois ninguém
pode dar vida a quem quiser. Apenas Jeová Deus tem esse poder, e Jesus clama
para si mesmo tal autoridade exclusiva de Jeová Deus. Diante disso, temos por
certo que as suas obras testemunham da sua divindade, e as suas palavras claramente
a apresentam.
Continue a estudar este assunto (clicar/acessar)