Quando se está morto, está-se morto.
Não se pode interagir com ninguém que ainda esteja vivo. Não interessa que essa
pessoa seja o Super-homem, o homem-Aranha, o nosso pai, a nossa irmã mais
velha, ou o nosso cônjuge. A comunicação já não é possível.
Todos nós nascemos para morrer. Por
isso, para encontrar alguém que nos ajude a superar o problema da morte, será,
obviamente, muito importante que esse alguém também esteja vivo.
Todas as religiões lidam com as
grandes questões espirituais, tais como, porque sofrem as pessoas, porque
existe o mal e a morte, e como é que superaremos a morte? Budismo, Hinduísmo, Islamismo
e Cristianismo, todos dão respostas a essas perguntas. Explorei-as a todas, e é
o Cristianismo que oferece a resposta que acho mais satisfatória.
Os mortos não nos podem salvar - nem
que esse morto fosse o próprio Jesus Cristo. Se Jesus ainda estivesse morto,
mesmo sendo o Filho de Deus, não nos poderia salvar.
A Sua Morte.
A História regista que Jesus Cristo
foi crucificado fora de Jerusalém, pelos solados romanos, certa do ano 31 d.C..
Um suposto amigo traiu-O, e os outros amigos íntimos abandonaram-n´O. Foi
falsamente acusado, ilegalmente julgado e condenado a morrer por pessoas que
sabiam que Ele estava inocente. Também foi flagelado, esmurrado, pregado a uma
cruz, e o Seu lado trespassado por uma lança. Quando o centurião que O executou
observou a cena ao entardecer de Sexta-feira, não havia dúvidas de que Jesus
estava verdadeiramente morto.
Foi enterrado rapidamente, sem
funeral, em parte porque era considerado um criminoso e em parte porque os
judeus não permitiam que fosse feito um funeral à Sexta-feira à tarde, mesmo
antes do Sábado. Jesus foi colocado num túmulo de pedra, típico daquela altura,
e foi selada com o selo romano.
No Domingo de manhã, vários
seguidores fiéis que foram ao túmulo encontraram o selo quebrado, a pedra
tirada e o túmulo vazio. Apareceram anjos que lhes disseram que Jesus estava
vivo e que podiam esperar vê-l´O em breve.
E é aqui que muitas pessoas
consideram a história de Jesus fantasiosa, porque descreve uma pessoa morta a
voltar à vida. Compreendo o seu cepticismo, porque eu nunca vi um morto – homem
ou mulher – voltar à vida. No entanto, é perigoso limitar a verdade à nossa
própria experiência. Tal como aconteceu com os cientistas antigos, também nunca
vi os microrganismos que causam doenças, mas eu sei que existem porque eu já vi
e senti as suas consequências. Também nunca vi como os medicamentos que tomo
combatem a doença, mas aceito-o, primeiro pela fé, depois pela experiência,
enquanto recupero. Há muitas coisas que nunca vi e tenho de aceitar através da
fé. Assim, também aceito pela fé que Jesus ressuscitou dos mortos.
Não Foi uma
Morte Qualquer.
Jesus é o líder religioso mais
conhecido em todo o lado, na História deste mundo. Outros líderes religiosos
deram bons conselhos espirituais sobre como lidar com os desafios da vida.
Contudo, se não superaram a morte, não estão a trata do principal problema da
humanidade. Jesus veio salvar as pessoas do pecado, do mal e da morte. Ele
viveu e morreu, e depois ressuscitou, porque os mortos não podem salvar os
outros. Se Jesus não tivesse superado a morte, o ser humano não teria esperança
de sobreviver.
Antes de morrer, Jesus predisse tanto
a Sua morte como a Sua ressurreição. Ou Ele estava completamente louco, ou tudo
aconteceu tal como Ele tinha dito.
A morte de Jesus não foi uma morte
normal. Os Evangelhos registam que, quando Ele estava prestes a morrer, houve
um eclipse do Sol durante três horas, e o Sol voltou imediatamente depois de
Ele morrer. Quando Jesus deu o último suspiro, a cortina que separava os dois
lugares sagrados do templo judeu foi rasgada de alto a baixo, e houve um grande
terramoto.
Da mesma forma, pessoas de gerações
anteriores, que desceram à sepultura crendo no Cristo que havia de vir,
ressuscitaram nessa altura. A Bíblia diz “abriram-se os sepulcros, e muitos
corpos de santos, que dormiam, foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros,
depois da ressurreição d´Ele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.”
Mateus 27:52,53.
A Morte como
um Sono.
A principal metáfora bíblica para a
morte é o sono. Na verdade, para Deus, a morte é apenas um sono. Como Jesus
conquistou a morte, tem as chaves para abrir as sepulturas de outros. Os poucos
que foram ressuscitados na altura da Sua morte e ressurreição, são apenas uma
amostra dos milhões que voltarão à vida quando Ele regressar à Terra na Sua
segunda vinda (ver I Tessalonicenses 4:13-18).
Jesus prometeu voltar à Terra para
lidar com a derradeira tragédia humana – a morte. A Bíblia promete que, tal
como Jesus ressuscitou dos mortos, também os seres humanos o farão.
A morte é inevitável, mas não
invencível; não temos de a temer. No sentido bíblico, a morte é meramente um
abençoado estado de não-existência, eo crente não precisa de a temer ou de
lutar contra ela.
A minha fé nos ensinos da Bíblia
permite-me acreditar que Jesus está vivo e conquistou a morte por mim. Mesmo
que eu morra, Jesus vai chamar-me de novo à vida. Eu ressuscitarei dos mortos e
viverei outra vez para uma vida que é muito melhor do que aquela que estou
agora a viver.
Glen Townend
Sinais dos Tempos, nº 114, 2010
Publicadora Servir.