“Despertemos! A batalha está a ser travada. A verdade e o erro estão a aproximar-se do seu conflito final. Marchemos sob a bandeira, manchada de sangue, do Príncipe Emanuel, e combatamos o bom combate da fé, e alcancemos as honras eternas; pois a verdade triunfará, e podemos ser mais que vencedores por Aquele que nos amou. As preciosas horas de graça estão a terminar. Façamos obra segura, para a vida eterna, a fim de que glorifiquemos o nosso Pai celestial, e sejamos o instrumento de salvação de almas pelas quais Cristo morreu.” Review and Herald, 13 de março de 1888.
1. Que preciosa promessa foi feita por Cristo aos Seus discípulos antes da Sua crucifixão?Rª: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” João 14:16
Nota explicativa: “outro”. Gr. Állos, “outro da mesma classe”. Jesus era um Consolador (ver João 2:1), porque se traduz “advogado” a palavra aqui equivale a “Consolador”. Jesus pediria ao Pai que enviasse Aquele que era semelhante a Jesus para que ficasse com os discípulos não de forma transitória como Ele tinha estado, mas “para sempre.”
2. Quem é o Consolador, e o que faria?
Rª: “Mas, aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” João 14:26.
Nota explicativa: “Consolador”. Gr, paráclêtos, “Espirito Santo”, esta é a forma mais comum para referir-se à terceira Pessoa da Trindade, também é feita referência com expressões: “Espírito de Deus”, “Espírito do Senhor” ou simplesmente “Espírito”.
“Vos ensinará todas as coisas”, uma das principais funções do Espírito Santo é a de ensinar. Jesus dedicou muito da Sua obra ao ensinamento (Luc. 4:15), é chamado “Mestre” mais de 50 vezes no NT.
“vos fará lembrar”, o Espírito Santo não só revelaria novas verdades; mas também recordaria verdades esquecidas, as coisas que Jesus tinha ensinado, ou aquelas que tinham sido reveladas nas Escrituras. Em momentos de crise, por exemplo quando os discípulos fossem levados a tribunal, o Espírito colocaria na mente as ideias apropriadas (Mat. 10:19-20). Quando lhes fosse pedida a razão da esperança que albergavam no coração (1ª Pedro 3:15), os cristãos que foram e tem sido diligentes estudantes da Bíblia podem ter confiança de que o Espírito Santo fará que venham à mente passagens adequadas àquela ocasião.
3. Porque não pode o mundo recebê-Lo?
Rª: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” João 14:17.
Nota explicativa: “mas vós o conheceis”, esta expressão traça um contraste entre os que conhecem o Espírito Santo e os que O não conhecem. Conhecemo-lo nós?
4. Como busca Jesus, por meio do Espírito, entrada em todo o coração?
Rª: “Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Apocalipse 3:20.
Nota explicava: a flexão do verbo “estou” sugere que Cristo se deteve junto à porta e ali permanece. Nunca se cansa de oferecer a Sua bendita presença a todos os que O queiram receber.
“a porta”, não está à porta da oportunidade que se oferece (v. 8), nem da porta da salvação (cf. Mat. 25:10; Luc. 13:25). Essas portas são abertas unicamente por Deus. Mas esta porta está sob o controlo individual e cada um pode abrir ou fecha-la segundo a sua própria vontade. Cristo aguarda a decisão de cada pessoa porque é a porta da alma. Cristo chama à porta das emoções por meio do seu amor, da Sua palavra e providências; chama à porta da mente por meio da sabedoria; chama à porta da consciência por meio da liberdade; chama à porta das esperanças humanas por meio das Suas infalíveis promessas.
5. Porque foi necessário que Jesus partisse ou deixasse a Terra?
Rª: “Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” João 16:7,8.
Nota: “Cristo prometeu o dom do Espírito Santo a Sua igreja, e a promessa nos pertence, da mesma maneira que aos primeiros discípulos. Mas, como todas as outras promessas, é dada sob condições. Muitos há que crêem e professam reclamar a promessa do Senhor; falam acerca de Cristo e acerca do Espírito Santo, e todavia não recebem benefício. Não entregam a alma para ser guiada e regida pelas forças divinas. Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós. Mediante o Espírito opera Deus em Seu povo "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". Filip. 2:13. … O poder de Deus aguarda que O peçam e O recebam. Essa prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos. É concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está pronto a suprir toda alma segundo a sua capacidade para receber.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 672.
6. Que disse Jesus havia de fazer o Espírito de verdade?
Rª: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” João. 16:13.
Nota explicativa: “Espírito de verdade”, ou Espírito de “toda a verdade” (14:26;16:12), “Verdade” usa-se aqui principalmente no sentido teológico.
7. A quem, disse Cristo, o Espírito Santo haverá de glorificar?
Rª: “Ele me glorificará, porque há-de receber do que é meu, e vo-lo há-de anunciar.” João 16:14.
Nota explicativa: É claro, segundo estes textos, que o Espírito Santo é o representante pessoal de Cristo na Terra, permanecendo na igreja mediante a Sua habitação no coração dos crentes. Conclui-se que, qualquer tentativa de tornar um homem substituto de Cristo em lugar da terceira pessoa da Divindade, é uma tentativa de colocar o homem em lugar de Deus. Assim o principal fundamento do papado renega a pessoa e a obra do Espírito Santo.
8. Quem inspirava os profetas para proclamarem as suas mensagens?
Rª: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2ª Ped. 1:21.
9. Haverá limites aos esforços do Espírito de Deus?
Rª: Então disse o Senhor: Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem.” Gén. 6:3.
Nota explicativa: O limite é determinado pela criatura, e não pelo Criador. É quando há um inteiro abandono ao mal, e posteriores apelos seriam inúteis. Deus, prevendo todas as coisas, talvez designe um definido período de graça para o homem, como no caso dos cento e vinte anos do dilúvio (Gén. 6:3); mas o Seu Espírito nunca deixa de contender com o homem enquanto há esperança da sua salvação.
10. Qual era o centro da oração de David?
Rª: “Não me lances fora da Tua presença, e não retire de mim o Teu Espírito Santo.” Sal. 51:11.
Nota: “Uma vez que este é o meio pelo qual havemos de receber poder, por que não sentimos fome e sede pelo dom do Espírito? Por que não falamos sobre ele, não oramos por ele e não pregamos a seu respeito?” Atos dos Apóstolos, pág. 50.