Rª: “Será
diferente dos primeiros, abaterá e três reis.” Dan. 7:24.
Nota: O papado,
surgido das ruinas do império romano, foi diferente de todas as anteriores
formas de poder romano, visto ser um despotismo eclesiástico que pretendia
domínio universal tanto sobre os negócios espirituais como os temporais,
especialmente aqueles. Era uma união de Igreja e Estado, dominando
frequentemente a Igreja.
2. Que
atitude de rivalidade contra o Altíssimo iria assumir o papado, representado
pela ponta pequena?
“E proferirá
palavras contra o Altíssimo.” Dan. 7:25, 1ª frase.
3. Falando
do homem do pecado, como descreve o apóstolo Paulo esse mesmo poder?
Rª: “O qual se
opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que
se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” 2ª Tes.
2:4.
Nota: as
seguintes citações, vindas na maioria de autoridades fontes católicas, romanas,
indicam como o papado se exaltou de modo a cumprir esse vaticano profético:
“Todos os nomes
que nas Escrituras se aplicam a Cristo, por virtude dos quais é estabelecido
ser Ele a cabeça da igreja, são aplicáveis ao papa.” – Belarmino, On The
Authority of Councils, Livro 2, capítulo 17.
“Tu és o pastor,
tu és o médico, tu és o director, tu és o lavrador; finalmente, tu és outro
deus na Terra.” – Labbe and Cossart, History of the Councils, publicado em
1672, vol. 14, col. 109.
“O papa é o
supremo juiz da lei na Terra. É o representante de Cristo, que é não somente um
sacerdote para sempre, mas também rei dos reis e senhor dos senhores.” –
Extraído de Civilitá Cattolica, de 18 de março de 1871, mencionado em Vatican
Council, por Leonard Wooslay Bacon, edição da American Tract Society, pág. 220.
“O papa é
coroado com uma coroa tríplice, como rei dos Céus e das regiões inferiores.” –
Prompta Bibliotheca, Ferraris, Vol. 6, pag. 26, art. Papa.
“O papa é e
Vigário de Cristo, ou a cabeça visível da igreja sobre a Terra. Os atributos do
papa são os mesmos que os de Cristo. Este pode perdoar pecados, também, o pode
o papa. O papa é o único homem que se arroga e vicariato de Cristo. A sua
pretensão não encontra oposição séria, e isso lhe estabelece a autoridade.” –
Rev. Jeremias Prendigast, S.J. Syracusa, N.Y., em Post-Standard, de 14 de março
de 1912.
“Ensinamos e
expomos ser um dogma divinamente revelado, que quando o pontífice romano fala
ex cathedra, isto é quando, no desempenho do ofício e pastor e doutor de toda a
cristandade, em virtude da sua suprema autoridade apostólica expõe uma doutrina
de fé ou de moral a ser seguida pela igreja universal, pela divina assistência
a ele prometida na pessoa do bem-aventurado de S. Pedro, se acha revestido
daquela infalibilidade que é da vontade do divino Redentor que a Sua igreja
possua para definir doutrina atinente à fé ou à moral; e que, portanto, tais
definições do pontífice romano são imutáveis em si mesmas, e não dependentes da aprovação da igreja.” –
Petri Privilegium, em The Vatican Council and Its Definitions por Henry Edward
Manning, arcebispo de Westminster (Católico, Romano), Londres, Longmans, Green
& Cº., 1871, pág. 218.
“Assumiram (os
papas) infalibilidade, que só a Deus pertence. Pretendem abrir e fechar o Céu,
o que só a Deus pertence. Pretendem perdoar pecados, o que só a Deus pertence.
Pretendem ser mais elevados que todos os reis terrestres, o que só a Deus
pertence. E excedem a Deus ao pretenderem desobrigar nações inteiras do voto de
fidelidade ao seu rei, quando este não for de seu agrado. E vão contra Deus, ao
concederem indulgências pelos pecados. Esta é a pior de todas as blasfémias.”
Adam Clarke, sobre Daniel 7:25.
4. Como
trataria este poder o povo de Deus nos últimos dias?
Rª: “E destruirá
os santos do Altíssimo.” Dan. 7:25.
Nota: “A forma
crueldade do duque d`Alba nos Países Baixos; os martírios sanguinários do
reinado da rainha Maria; a extinção, por meio do fogo e da espada, da Reforma
na Espanha e Itália, Portugal e Polónia; o massacre de S. Bartolomeu; a longa e
cruel perseguição dos huguenotes, e todas as infâmias e barbaridades da
revogação do Édito de Nantes, que juncou de refugiados todas as praias da
Europa, Roma papal as perpetrou. Inumeráveis foram as suas vítimas. Só em
Espanha, calcula Llorente, foram vítimas da Inquisição 31.912 queimados vivos,
e 291.450 supostos penitentes foram forçados à submissão ´por meio de água, pesos,
fogo, rodas e torniquetes e todos os aparelhos mediante os quais os nervos
podiam ser entesados sem se romper, e moídos os ossos sem se quebrarem e o
corpo inteiramente esmiuçado sem que perdesse a vida.´ Um milhão pereceu no
massacre dos albigenses.
“Nos trinta anos
que se seguiram à primeira instituição dos jesuítas, novecentos mil fiéis
cristãos foram trucidados. Trinta e seis mil foram vítimas foram vitimados pelo
executor ordinário nos Países Baixos, por ordem do duque D`Alba, que se
vangloriava desse feito. Cinquenta mil flamengos e alemães foram enforcados,
queimados ou sepultados vivos no reinado de Carlos V.” – Key to the Apocalypse,
por H. Grattan, Guinness, D. D., págs. 91-94.
5. Que
mais diz a profecia que a ponta pequena faria?
Rª: “E cuidará
em mudar os tempos e a lei.” Daniel 7:25, terceira parte.
Notas: “O papa é
de tão grande autoridade e poder que pode modificar, explicar ou interpretar
mesmo as leis divinas. … O papa pode modificar as leis divinas, visto o seu
poder não porvir do homem mas de Deus, e age como substituto de Deus na Terra,
com o mais amplo poder de ligar e desligar o rebanho.” – Prompta Bibliotheca,
publicado em Roma, em 1900.
“O papa tem
poder para mudar os tempos, ab-rogar leis e dispensar todas as coisas, mesmo os
preceitos de Cristo.” – Decretal de Translat, Episcop. Cap.
“A vontade do
papa representa a razão. Ele pode dispensar a lei, e fazer do errado, direito,
por meio de correcções e mudanças das leis.” – Papa Nicolau, Dis. 96.
“O papa está
livre de todas as leis, de maneira que não pode incorrer em nenhuma sentença de
irregularidade, suspensão, excomunhão ou penalidade por qualquer crime.” – Dis.
40.
Como prova da
mudança efectuada na lei de Deus pelo poder papal, e de que esse poder
reconheceu a mudança e se arroga a autoridade para fazê-lo, citamos os
seguintes trechos de publicações católicas romanas:
“Nós, católicos,
romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem
do chefe da nossa igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo
Testamento.” – Pedro Júlio Maria, em Ataques Protestantes, pág. 81.
“Pergunta: que
dia da semana a Bíblia manda santificar?
“Resposta: O
sábado. Eis as passagens da Bíblia (o autor cia a seguir Êxodo 20:8-11;
31:14,15; Deut. 5:12-14).
“Pergunta: Mas a
Bíblia manda observar o domingo em vez do sábado?
“Resposta: Não.
“Pergunta: Quem
mudou o dia do Senhor do sábado para o domingo?
“Resposta: A
Igreja Católica.
“Pergunta: Mas
os protestantes observam o descanso no domingo.
“Resposta: Então
neste ponto seguem a tradição católica.” – Cónego Hugo Bressane de Araújo, em
Perguntas e Respostas, págs. 22 e23.
“O Decálogo
preceitua guardar os sábados e não os domingos. É a igreja … que transmudou os
dias.” – Padre Etiene Ignace Brasil, em O Culto das Imagens, pág. 45.
“A observância
do domingo … não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição com a
letra da Bíblia, que prescreve o descanso do sábado. Foi a Igreja Católica que
por autoridade de Jesus Cristo transferiu esse descanso para o domingo, em
memória da ressurreição de nosso Senhor.” – Monitor Paroquial, Socorro, Estado
de São Paulo, 26-8-1926, Ano I, Nº 8.
“Pergunta:
Tendes qualquer outra maneira de provar que a igreja tem poder de instituir
festas por preceito?
“Resposta: Não
tivesse ela esse poder, e não poderia haver feito aquilo em que concordam “todas”
(aspas nossas) as religiões protestantes modernos – não poderia haver
substituído a observância do sábado do sétimo dia da semana, pela do domingo, o
primeiro dia, mudança para a qual não há autoridade escriturística.” – Keenan,
A Docrinal Cathecism, pág 174.
6. Por
quanto tempo deveriam os santos, os tempos e a lei do Altíssimo ser entregue
nas mãos da ponta pequena?
Rª: “E eles
serão entregues na sua mão por um tempo, e temps, e metade dum tempo.” Dan.
7:25. últ., cláusula.
7. Haverá
outra profecia que faça referência a este assunto?
Rª: “E foram
dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao
seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora
da vista da serpente.” Apoc. 12:14.
“E foi-lhe dada
uma boca, para proferir grandes coisas e blasfémias; e deu-se-lhe poder para
agir por quarenta e dois meses.” Apoc. 13:5 (cf. Apoc. 11:2).
“ E a mulher
fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali
fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.” Apoc. 12:6.
8. Que
período de tempo é, em profecia simbólico, representado por um dia?
Rª: “Segundo o
número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia
representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos, e
conhecereis o meu afastamento.” Núm. 14:34 (cf. Ezeq. 4:6).
Comentários:
Sendo um tempo, em profecia, o mesmo que um ano (ver Daniel 11:13) três e meio
tempos seriam três e meio anos, ou quarenta e dois meses, ou mil duzentos e
sessenta dias, de conformidade com o ano de 360 dias, ou seja, doze meses de
trinta dias cada um, usado em profecia cronológica. Visto cada dia representar
um ano, o período, cujo fim deveria marcar o limite do tempo da supremacia da
ponta pequena – o papado – sobre os santos, os tempos e a lei, seria, portanto
de mil duzentos e sessenta anos.
O decreto do
imperador Justiniano, emitido em 533 A.D., reconheceu o papa como “cabeça de
todas as igrejas.” (Código de Justiniano, livro 1, Baroniu´s Anals A.D. 533.) A
pesada derrota dos ostrogodos no cerco de Roma, cinco anos mais tarde, ano 538,
foi um golpe mortal para a independência do poder ariano que governava a
Itália, e constituiu, portanto, uma data notável no desenvolvimento da
supremacia papal. Com o período de profecia, se estenderiam até ao período de
1793-1798. O ano 1793 foi o ano do Reinado do Terror na revolução francesa, e o
ano em que a religião católica, romana, foi abandonada na França, e em seu
lugar instituído o culto da razão. Como resultado direto da revolta contra a
autoridade papal na revolução francesa, o exército francês, sob o comando de
Berthier, entrou em Roma e, a 10 de Fevereiro de 1798, o papa foi aprisionado,
morrendo no exilado na cidade francesa de Valença, no ano seguinte. Este ano,
1798, no qual foi infligido ao papado o golpe de morte, clara e adequadamente
assinala o término do longo período profético mencionado nesta profecia.
9. Que
acontecerá finalmente ao domínio pela ponta pequena?
Rª: “Mas o juízo
estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir até ao fim.”
Dan. 7:26.
10. A quem,
afinal, será dado o domínio?
Rª: “E o reino,
e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo
dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios
o servirão, e lhe obedecerão.” Dan. 7:27.
Nota: Aqui, como
no segundo capítulo de Daniel, o anúncio do estabelecimento do reino eterno de
Deus na Terra inclui um breve esboço da história deste mundo; e as profecias de
Daniel, concernentes aos poderes que se oporiam ao propósito divino, fornecem
pormenores adicionais desse esboço. O cumprimento exato desse esboço na
história do mundo desde o tempo de Nabucodonosor constitui um testemunho
irrefutável da inspiração dessas profecias, fornecendo base para confiança de
que a parte não cumprida das profecias terá cumprimento com absoluta certeza e
em todos os seus pormenores.
Quando nós,
seres humanos, escolhemos a Deus a sua Palavra é lâmpada (farol) suficiente
para iluminar o nosso caminho. Que ela ilumine o vosso e o até ao reino eterno
em Cristo. Amem!
José Carlos Costa,
pastor.