4 de janeiro de 2013

A Grande Profecia de Nosso Senhor

1.      Como Se sentiu Cristo para com Jerusalém quando SE dirigia para a última visita à cidade, antes da Sua crucifixão?

Rª: “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.” Lucas 19:41,42.
 
2.      Em que palavras predisse Ele a sua destruição?

Rª: “Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados. E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.” Lucas 19:43,44.

3.      Que comovedor apelo dirigiu Ele à cidade impenitente?

Rª: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.” Mateus 23:37.

4.      Ao deixar o templo, que disse Jesus?

Rª: “Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta.” Mateus 23:38.

Nota: O que deveria encher a sua taça de iniquidade era a refeição final, crucifixão de Cristo, a condenação, perseguição dos Seus apóstolos e povo após a Sua ressurreição. Ver Mateus 23:29-35; João 19:15; Atos 4-8.

5.      Ao ouvirem estas palavras, que perguntas fizeram os discípulos?

Rª: “Dize-nos Quando serão essas coisas e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?” Mateus 24:3.

Nota: As respostas de Cristo a estas perguntas são merecedoras do mais acurado estudo. A destruição de Jerusalém e a consequente subversão da nação judaica são um símbolo da final destruição de todas as cidades do mundo e da derrocada de todas as nações. Até certo ponto, portanto, as descrições dos dois grandes eventos parecem entremeadas. Quando Cristo Se referiu a destruição de Jerusalém, as Suas palavras proféticas foram além daqueles evento até à final configuração, quando o Senhor sairá do Seu lugar “para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniquidade,” e quando a Terra “descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.” Isaías 26:21. Assim todo o discurso não foi dirigido aos primeiros discípulos somente, mas àqueles que viveriam durante as cenas finais da história do mundo. No discurso, Cristo deu, contudo, sinais definidos, tanto de destruição de Jerusalém como da Sua Segunda Vinda.

6.      Qual foi a proposta de Cristo de que nem o fim do mundo nem o da nação judaica se deveria seguir imediatamente?

Rª: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane.

Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.” Mateus 24:4-6.

7.      Que disse Cristo das guerras, fomes, pestilências e terramotos que deveriam preceder estes eventos?

Rª: “Mas todas estas coisas são princípio das dores.” Mateus 24:8.

Nota: Estas deveriam preceder e culminar na grande calamidade e derrocada, primeiro de Jerusalém, e depois de todo o mundo; pois como já se observou, a profecia tem dupla aplicação, primeiro a destruição de Jerusalém e da nação judaica, e segundo, a todo o mundo; a destruição de Jerusalém por rejeitar a Cristo pela rejeição do primeiro advento é um tipo da destruição do mundo no final, por ter rejeitado a Cristo, recusando ouvir a última menagem de advertência enviada por Deus para preparar o mundo para o segundo advento de Cristo.

8.      Em que linguagem descreveu Cristo resumidamente as experiências do Seu povo antes destas calamidades?

Rª: “Então vos hão-de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Mateus 24:9-12.

9.      Quem será salvo?

Rª: “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” Mateus 24:13.

10.  Quando, disse Cristo, viria o fim?

Rª: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Mateus 24:14.

Nota: No ano 60 A.D. Paulo levou o evangelho a Roma, então a capital do mundo. Em 64 A.D., escreveu ele aos santos da “casa de César” (Filip. 4:22); e no mesmo ano diz ele que o evangelho fora “pregado a toda a criatura que há debaixo do céu.” Col. 1:23.

Pouco tempo depois (outubro de 66 A.D.,) os romanos começaram os seus ataques contra Jerusalém; e três e meio anos mais tarde ocorreu a destruição da cidade e da nação judaica no notável cerco de cinco meses sob a chefia de Tito, na primavera e no verão de 70 A.D.

Assim foi quanto ao fim da nação judaica; e assim será no fim do mundo como um todo. Quando o evangelho, ou as boas-novas, da segunda vinda de Cristo forem pregadas em todo o mundo em testemunho a todas as nações, o fim do mundo – de todas as nações – virá. Como o fim da nação judaica veio com opressiva destruição, assim será no fim do mundo.

11.  Que sinal mencionou Cristo por que os discípulos poderiam saber quando estivesse próximo a destruição de Jerusalém?

Rª: “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.” Lucas 21:20.

12.  Quando vissem esses sinais, que deveriam fazer os discípulos?

Rª: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes.” Mat. 24:15,16.

Nota: Em outubro de 66 da era cristã, quando Céstio atacou a cidade, mas por motivo ignorado retirou rapidamente o seu exército, os cristãos viram nisso o sinal predito por Cristo, e fugiram. Após o recuo de Céstio, diz Josefo na sua obra “Guerras Judaicas” capítulo 20, que “muitos dos mais eminentes dos hebreus fugiram da cidade como se saíssem de um navio prestes a submergir.” É fato notável que no terrível cerco ocorrido três e meio anos mais tarde sob o comando terrível cerco ocorrido três e meio antes mais tarde sob o comando de Tito, nem um cristão sequer, quanto se saiba, perdeu a vida, enquanto 1.100.000 judeus se afirma terem perecido. Temos aqui uma liçã muito incisiva do valor e importância de estudar as profecias e crer nelas, e dar ouvidos aos sinais dos tempos. Os que creram no que Cristo disse, e observaram o sinal que Ele havia predito, foram salvos, enquanto os incrédulos perecerem. Assim será no fim do mundo. Os vigilantes e crentes serão libertos, enquanto os descuidosos e incrédulos serão apanhados de surpresa. Ver Mat. 24:36-44; Luc. 21:34-36; 1 Tes. 5:1-6.

13.  Quando o sinal aparecesse, quão presto deveriam fugir?

Rª: “E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa. E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.” Mat. 24:17,18.

14.  Além de dizer aos discípulos quando deveriam fugir, como manifestou Cristo ainda a Sua solicitude e terno cuidado por eles?

Rª: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverso nem no sábado.” Mat. 24:20.

Comentários: O inverno seria um tempo penso para a fuga, cheio de desconforto e durezas; e uma tentativa para fugir no sábado seria por certo bem difícil, tão erróneos e farisaicas eram as noções dos judeus com respeito ao verdadeiro carácter e ojetivo do sábado. Ver Mat. 12:1-14; Luc. 13:14:17; Mar. 1:32; 2:23-28; João 5:10-18.

As orações dos seguidores de Cristo foram ouvidas. Os acontecimentos foram tão bem dirigidos que nem os judeus nem os romanos embaraçaram a fuga dos cristãos. Ao retirar-se Céstio, os judeus saíram em perseguição do seu exército, e os cristãos tiveram assim oportunidade de abandonar a cidade. O campo também estava livre de inimigos que os pudesse impedir. Por ocasião daquele cerco, os judeus estavam reunidos em Jerusalém para celebrar a Festa dos Tabernáculos, e assim os cristãos da Judeia puderam fugir sem serem molestados, e no outono, o tempo mais agradável para a fuga.

Continua…

 
José Carlos Costa, pastor