Século I
“Quase todas as igrejas no mundo
celebram os sagrados mistérios (da Ceia do Senhor) no Sábado de cada semana.
Sócrates Scholasticus, Hist. Eclsiásticas, 5:22.
“Então a semente espiritual de
Abraão (os cristãos) fugiram para Pela, do outro lado do rio Jordão, onde
encontraram um lugar de refúgio seguro, e assim puderam servir o seu Mestre e
guardar o Seu Sábado.” Eusébio, História Eclesiástica, 3.5
Século II
“Os cristãos primitivos tinham
grande veneração pelo Sábado, e dedicavam este dia para devoção e sermões. …
Eles receberam esta prática dos apóstolos.” D.T.H.Morer, Diálogues on the Lord`s Day. Londres, 1701.
Séculos II, III, IV.
“Desde o tempo dos apóstolos até
ao Concílio de Laodiceia (364 d.C.), a sagrada observância do Sábado dos judeus
persistiu, como pode ser comprovado por muitos autores, apesar do voto
contrário do concílio. “ John Ley, Sunday a Sabbath, Londres, 1640.
Séculos III
“Pelo ano 225 d.C., havia várias
dioceses da Igreja Oreintal que guardavam o Sábado, desde a Palestina até à
Índia.” A Mingana, Early Spread of Christianity.
Século IV
“Na igreja de Milão (Itália), o
Sábado era tido em alta consideração. Não que as igrejas do Oriente ou qualquer
outra das restantes que observavam esse dia, fossem inclinadas ao judaísmo, mas
elas reuniam-se no Sábado para adorar a Jesus, o Senhor do Sábado.” Dr. Peter
Heylyn, History of the Sabbath, Londres, 1635.
“Ambrósio, famoso bispo de Milão,
disse que quando ele estava em Milão, guardou o Sábado, mas quando passou a
morar em Roma, observou o Domingo. Isso deu razão ao provérbio: Quando está em
Roma faz como os romanos.” Heylin,
History of the Sabbath.
Pérsia 335-375 d.C. “Eles (os
cristãos) desprezam o nosso deus do Sol Zoroastro, o venerado fundador das
nossas crenças divinas, não instituiu o Domingo mil anos antes em honra do Sol cancelando o Sábado do Antigo
Testamento? Os cristãos, contudo, realizam as suas cerimónias religiosas no
Sábado.” O`Leary, The Siriac Church and Fathers.
Século V
“Agostinho (cujo testemunho é
mais incisivo pelo facto de ter sido um devoto observador do Domingo) mostra…
que o Sábado era observado nos seus dias ´na maior para do mundo cristão´.” Nicene
and Post-Nicene Fathers, série I, vol. 1 ps. 353, 354.
“No quinto século a observância
do Sábado judaico persistia na Igreja cristã.” Lyman Colema, Ancient
Christianity Exemplified.
Século VI
“Neste último exemplo, eles (a
Igreja da Escócia) parecem ter seguido o costume do qual encoramos vestígios na
primitiva igreja monástica da Irlanda, ou seja, afirmavam que o Sábado era o
sétimo dia no qual descansavam de todas as actividades.” W.T.Skene, Admnan`s Life of St. Columba, 1874,
p. 96.
Sobre Columba de Iona: “Tedo
trabalhado na Escócia durante trinta e quatro anos, ele predisse clara e
abertamente a sua morte. E no dia 9 de Junho, um Sábado, disse ao seu discípulo
Diemit: ´Este é o dia chamado Sábado, isto é, o dia de descanso, e como tal
será para mim, pois ele colocará um fim aos meus labores´.” Butler´s Lives of the Saints, artigo sobre “St.
Columba”.
Século VII
“Parece que, nas igrejas célticas
primitivas, era costume, tanto na Irlanda como na Escócia, guardar o Sábado
como um dia de descanso. Eles obedeciam literalmente ao quarto mandamento no
sétimo dia da semana.” J. C.
Moffat, the Church in Scotland.
Disse o papa Gregório I
(590-604). “Cidadãos romanos: Chegou ao meu conhecimento que certos homens de
espírito perverso têm disseminado entre vós coisas depravadas e contrárias à fé
cristã, ordenando que nenhum trabalho seja feito no dia de Sábado. Como deveria
eu chamar-lhes senão pregadores do anticristo?” Epístola 13:3 (P.L.77:1253,
1254).
Século VIII
Índia, China, Pérsia. “Abrangente
e persistente foi a observância do sábado entre os crentes da Igreja Oriental e
dos Cristãos de São Tomás da Índia, que jamais estiveram ligados a Roma. O
mesmo costume foi mantido entre as congregações que se separaram de Roma após o
Concílio de Calcedónia, como por exemplo os abissínios, jacobitas, moronitas e
arménios.” New Schaff-Herzog
Encyclopedia of Religious Knowledge, artigo intitulado “Nestorians”.
Século IX
O papa Nicolau I, no século nono,
enviou ao príncipe governante da Bulgária um extenso documento dizendo que se
devia cessar o trabalho no domingo, mas não no Sábado. O líder da Igreja Grega,
ofendido pela interferência do papado, declarou o papa excomungado.” B.G.
Wilkinson, Ph. D. The Truth triumphant.
Século X
“Os seguidores de Nestório não
comem porco e guardam o Sábado. Não crêem em confissão auricular nem no
purgatório.” New Schaff-Hersog Encyclopedia, artigo “Nestorians”.
Século XI
“Margarida da Escócia, em 1060,
tentou arruinar os descendentes espirituais de Clumba, opondo-se aos que
observavam o Sábado do sétimo dia em vez de o Domingo.” T. R. Barnett, Margaret of Scotland, Queen and
Saint.
Século XII
“Há vestígios de observadores do
Sábado no século doze, na Lombardia.”
Strong`s Encyclopedia.
Sobre os Valdenses, em 1120: “A
observância do Sábado …é uma fonte de alegria. “Blair, A History of the
Valdenses, vol.1.
França: “Durante vinte anos Pedro
de Bruys agitou o sul da França. Ele salientava especialmente um dia de
adoração reconhecido na época entre as igrejas celtas das ilhas britânicas,
entre os seguidores de Paulo, e na Igreja Oriental, isto é, o Sábado do quarto
mandamento.” Coltheart.
Século XIII
“Contra os observadores do
Sábado, o Concílio de Toulouse, 1229: “Cânon 3: Os senhores dos diversos
distritos devem procurar diligentemente as vilas, casas e matas, para destruir
os lugares que servem de refúgio. Cânon 4: Aos leigos não é permitido adquirir
os livros tanto do Antigo como do Novo Testamento.”
Hefele, História dos Concílios.
Século XIV
“Em 1310, duzentos anos antes das
teses de Lutero, os Irmãos Boémios constituíam um quarto da população da
Boémia, e estava em contacto com os Valdenses, que havia em grande número na
Áustria, Lombardia, Boémia, norte da Alemanha, Turinga, Brandenburgo e Morávia.
Erasmo salientava que os Valdenses da Boémia guardavam o sétimo dia (Sábado) de
uma maneira estrita.” Roberto Cox, The Literature of the Sabbath Question, vol.
2.
Século XV
“Eramso dá testemunho de que por
volta de 1500 os boémios não só guardavam estritamente o Sábado, mas eram
também, chamados sabatistas.” R. Cox, op. Cit.
No concílio católico realizado em
Bergen, Noruega, em 1435: “Estamos cientes de que algumas pessoas em diferentes
partes do nosso reino adoptam e observam o Sábado. A todos é terminantemente
proibido – segundo o cânon da santa igreja – observar dias santos, excepto os
que o papa, arcebispos e bispos ordenam. A observância do Sábado não deve ser
permitida, sob nenhuma circunstância, de agora em diante, em obediência ao que
o cânon da igreja ordena. Assim, aconselhamos a todos os amigos de Deus na
Noruega que desejam ser obedientes à santa igreja, a deixar de lado a
observância do Sábado; e aos demais proibimos, sob pena de severo castigo da
igreja, a guarda do Sábado como dia santo.” Dipl. Norveg., 7.397.
Século XVI
Noruega, 1544: “Alguns, em
oposição à advertência, guardam o Sábado. Devem ser severamente punidos. Quem
for visto a guardar o Sábado pagará uma multa de dez marcos.” Krag e Stephanus,
História do Rei Cristiano III.
Liechtenstein: “Os sabatistas
ensinam que o dia de repouso, o Sábado, ainda deve ser guardado. Dizem que o
Domingo (como dia semanal de descanso) é uma invenção do papa.” Wolfgang
Capito, Refutação do Sábado, c. de 1590.
Etiópia: “Não é pela imitação dos
judeus, mas em obediência a Cristo e Seus apóstolos, que observamos este dia (o
Sábado).” De um delegado abissínio na corte de Lisboa, 1534, citado na História
da Igreja na Etiópia, de Geddes.
Século XVII
“Cerca de cem igrejas guardadores
do Sábado, a maior parte independentes, prosperaram na Inglaterra nos séculos
dezassete e dezoito.” Dr.
Brian W. Ball, The Seventh-day Men, Sabbbatarians and Sabbatarianism in England
and Wales, 1600-1800, Oxford University, Clarendon Press, 1994.
Século XVIII
Alemanha: “Tennhardt de Nurengerg
adere estritamente à doutrina do Sábado por ser um dos dez mandamentos.” J.A.
Bengel, Lebem und Wirken.
“Antes de Zinzendorf e os
morávios de Belém (Pensilvânia) terem iniciado a observância do Sábado e
prosperado, havia um pequeno grupo de alemães observadores do Sábado na
Pensilvânia.” Rupp, History of
the Religious Denominations in the United States.
Século XIX
China: “Os taiping, quando
interrogados sobre a observância do Sábado, responderam que, em primeiro lugar,
porque a Bíblia o ensina e, em segundo lugar, porque os seus ancestrais o
guardavam como dia de culto.” A Critical History of Sabbath and Sunday.
Século XX
Nota do editor: há milhões de
observadores do Sábado no mundo, espalhados por mais de 25 denominações e centenas
de congregações independentes, observadoras do Sábado.