22 de outubro de 2012

Experimentai o Poder do Evangelho


Quando voltei de fazer o meu curso em Teologia, recebi uma chamada de um amigo a pedir: “Necessito da tua ajuda, tenho um grupo de amigos da igreja que querem discutir o assunto da justificação pela fé e não estou muito seguro sobre este assunto, vens?”
Foi esta a fervorosa súplica que me impulsionou a fazer uma investigação que mudou de tal forma a minha vida como nunca o teria imaginado.
Este meu amigo foi sempre uma pessoa que gostou de aprofundar os temas bíblicos e apreciava muito os debates sobre diferentes temas da Bíblia. Sabendo que eu tinha regressado de Collonges, pensou que eu seria um bom moderador do tema. Confesso que foi um tema que sempre apreciei muito e tinha uma ideia fundamentalmente teórica e não tanto prática.
O sábado à tarde chegou e lá estávamos, alguns dos convidados eram meus conhecidos e amigos por esta razão sentia-me perfeitamente à vontade. Vários deles tinham estado a estudar este assunto por algum tempo. Ao exporem os seus pontos de vista, expressaram ideias que diferiam do meu entendimento quanto à salvação. Eu pensava que estando eu presente poderíamos chegar a uma compreensão plena do tema, pois eu era pastor; e seguramente eu teria todas as respostas às suas interrogações.
Depois dos meus amigos exporem os seus comentários, um deles perguntou-me: “Estão eles corretos?” Cada vez que ele me repetia essa pergunta, eu apenas lhe podia dizer: “Espera, não sei.”
Enquanto continuava a discussão notei que o meu amigo estava cada vez mais preocupado. Estava a sua esperança de salvação sobre areia movediça?
A sua crença era simples: Aceita a Jesus, faz o melhor que puderes para obedecer a Deus e gradualmente vencerás os teus pecados.
Durante muito tempo o meu amigo ele tinha procurado vencer os seus pecados de ira, ressentimento, irritabilidade, impaciência, contenda e luxúria, enquanto acreditava ter uma relação salvadora por meio da justiça imputada; agora escutava que mediante o poder de Deus devia ter o coração limpo de todo o pecado.
À medida que avançava a discussão, o meu amigo não o único a preocupar-se. Eu também o estava, porque tinha que admitir que virtualmente não sabia nada da justificação pela fé. A minha religião era como a do meu amigo: Faz o melhor que puderes! E sendo que os meus pecados habituais eram leves, eu pensava estar no caminho para a vitória.
Alguns dias depois o meu amigo voltou a chamar-me e compartilhou comigo um peso que tinha no seu coração. Com profunda preocupação pelos pecados da sua juventude, que pesavam muito sobre ele, confessou-me que tinha sido desleal à sua família ao longo de vários anos. Um profundo sentimento de culpabilidade apareceu à frente dele como uma imensa montanha, pronta a desabar sobre para o desfazer. A propensão para cometer estes pecados ainda o dominava. O que não queria fazer, isso fazia, era incapaz de controlar o seu temperamento sob pressão. Ele poderia ter dito: “Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
Ele era mais velho do que eu, era cardíaco e podia morrer a qualquer momento, e sabia que apenas os vencedores entrariam no reino dos céus. Foi então, quando, me rogou com um fervor que raiava em desespero. “Ajuda-me!”
“Há por toda a parte corações clamando por qualquer coisas que não possuem. Anelam um poder que lhes dê domínio sobre o pecado, um poder que os liberte da servidão do mal, que lhes proporcione saúde, vida e paz.” CBV, 143.
Olhando para o suplicante rosto do meu amigo convenci-me de repente que eu não tinha nada para oferecer a um pecador. A única solução que poderia oferecer era: Esforça-te mais, amigo! Mas esta ideia parecia-me um engano. Ele já tinha procurado fazer isso em toda a sua vida! Esforçar-se, apenas lhe havia ocasionado derrota.
Decidi fazer algo pelo meu amigo. Estudaria o tema da justificação pela fé até ser capaz de dizer-lhe como obter a vitória. Teria que haver alguma forma!
Ao começar, verifiquei que a tarefa era angustiante. Apenas o impulso de ajudar o meu amigo – não queria, nem podia permitir que ele morresse com aquela incerteza – me deu forças para eu continuar.
Mas à medida que estudava, uma convicção solene se apoderou de mim. Não apenas o meu amigo necessitava de ajuda, também eu o necessitava! Dei-me conta de que a minha religião era uma mera obediência à lei, não sabendo como permitir que o Espírito de Deus controlasse a minha vida.
“Muitos que se chamam cristãos são meros moralistas humanos … A obra do Espírito Santo é-lhes estranha.” PJ 313.
Porque fui naturalmente inclinado a ser cooperante e pelo facto dos meus pais me terem ensinado a obedecer-lhes, ao conhecer a vida Cristã, estudar as doutrinas sobre a obediência a Deus, cheguei inconscientemente a confiar na minha obediência. Pensei que era um cristão de êxito.
“Aquele que se julga são, que pensa ser razoavelmente bom e se satisfaz com o seu estado, não procura tornar-se participante da graça e justiça de Cristo.” MDC7.
Amava verdadeiramente trabalhar para Deus, mas ignorava por completo que carecia de algo vital, de algo absolutamente necessário para obter a salvação.
“O povo é mais ignorante acerca do plano da salvação, e necessita mais instruções sobre esse importante tema, do que a respeito de qualquer outro.” 4T 394.
“Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.” Romanos 10:2,3.
“A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade.
“Quem procura alcançar O Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. Não pode o homem salvar-se sem a obediência, mas as suas obras não devem provir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o efectuar, segundo a Sua boa vontade.” 1ME 363, 364.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:8-10.
O plano da salvação era-me mais e mais claro. A Bíblia e os livros do Espírito de Profecia tornaram-se pão e água vida para a minha alma, agora faminto e sedento. Estava a encontrar uma fé viva!
“Ao alimentar-se da Sua Palavra, acharão que ela é espírito e vida. A palavra destrói a natureza carnal, terrena, e comunica nova vida em Cristo Jesus.” DTM 391.
Quando comecei a compartilhar as minhas descobertas com os meus amigos, eles uniram-se comigo na pesquisa. Comparávamos as nossas descobertas e a nossa conversação versava cada vez mais sobre temas espirituais. Os nossos amigos começaram a dar testemunho a outros e o grupo aumentava. Notava-se sobretudo uma mudança na nossa vida e também começaram a elevar o nível espiritual das suas vidas.
“Na luta pela vida eterna, não podemos apoiar-nos uns nos outros. O pao da vida tem de ser comido por todos os seres humanos. Dele temos de participar individualmente, a fim de que alma, corpo e espírito sejam avivados e fortalecidos pelo seu poder transformador.” TM 385.
Depois de descobrir uma experiência viva com Jesus, percebi que o meu amigo era um outro cristão, as preocupações e angústias tinhas colocado nas mãos de Jesus. Era um homem calmo e manso. Ele tinha uma imensa alegria e partilhar as suas descobertas com os seus familiares e amigos. Fez-me pensar:
“Torna para tua casa, e conta quão grandes coisas te fez Deus. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito.” Lucas 8:39.
“É isto o que pode fazer todo aquele cujo coração foi tocado pela graça de Deus. é esse o testemunho que o nosso Senhor requer, e por cuja falta está o mundo a perecer.
“O evangelho deve ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como uma força viva para transformar o carácter. Deus quer que os Seus servos dêem testemunho de que, mediante a Sua graça, os homens podem possuir semelhança de carácter com Cristo e regozijar-se na certeza do Seu grande amor.” CBV 99.
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” Romanos 1:16,17.
“Não permitais que coisa alguma tire a vossa atenção do ponto: ´Que farei para herdar a vida eterna?´(Lucas 10:25). Esta é a questão de vida ou morte, que cada um de nós deve assentar para a eternidade.” 1 ME 171.
“Ter apenas uma suposta esperança, e nada mais, demonstrar-se-á a vossa ruína. Visto que tendes de subsistir ou cair pela Palavra de Deus, é a essa Palavra que deveis recorrer em busca de testemunho no vosso caso. Aí podeis encontrar requisitos para vos tornardes cristãos.” 1 T 163, 164.
 Conclusão:
“Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.” Colossenses 4:12.
Existem vários exemplos bíblicos de pessoas que criam que eram verdadeiros cristãos para depois descobrirem que estavam enganados.
 
Se gostou e pretende aprofundar este maravilhoso tema fique atento aos próximos itens/acervos.
 
 
 
Nascei de Novo
 
Tende Azeite nas Vossas Lâmpadas
 
Colocai os Vestidos Para as Bodas
 
Sede um Cristão Quente
 
Permiti que Jesus Entre no Vosso Coração
 
Comprai Ouro, Vestes Brancas e Colírio.