Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro. 1 João 4:19.
Certo homem disse ao seu pastor: “Como Deus ainda me pode amar, depois de tudo o que fiz?” O pastor, então, mostrou-lhe tudo o que as Escrituras dizem sobre o assunto, mas o homem ainda continuou a acreditar. “O pastor nem imagina o que fiz. Deus não me pode aceitar. O Seu amor por mim é impossível.” O pastor, depois de meditar um pouco, respondeu: “Na verdade, não sei o que praticou, mas Deus o sabe, e continua a amá-lo.”
Muitos esquecem-se de que, antes mesmo que existissem, Deus já os amava. Pensam que Deus os ama ou deixa de amar levando em conta o tipo de vida que têm. A Bíblia afirma categoricamente que Deus “nos amou primeiro”. I João 4:19. Ele nos amou mesmo sabendo, de antemão, que praticaríamos muitas coisas erradas. Logicamente, Ele não nos ama pelas coisas ruins que fazemos, mas porque Ele é amor. Fomos criados à sua imagem, num ato de amor, e por meio de outro ato de amor – a morte de Jesus – Deus nos resgatou. A morte de Cristo é uma prova do amor de Deus para com a humanidade.
Jorge, um adolescente, odiava-se a si mesmo. Não tinha auto-estima. O pai já tinha falecido, e a mãe passava a maior parte do tempo fora de casa, participando de festas e reuniões sociais. Ao vê-lo nessa situação, Francisco tomou a decisão de ajudar o seu amigo. Nos primeiros dias, não foi fácil comunicar-se com Jorge, pois cada vez que tentava estabelecer diálogo o Jorge punha em causa a verdadeira amizade. Mesmo assim, Francisco, que era diácono da Igreja Adventista local, persistiu em demonstrar-lhe amor cristão. Francisco convidava o seu amigo a participar em acampamentos e a outras atividades recreativas, e muitas vezes o convidava para tomar as refeições em sua casa. Com o tempo, Jorge foi-se tornando mais cordial. Um dia, ele perguntou: “Francisco, sei que tu me ama. Mas por quê?”
Essa pergunta deu a Francisco a oportunidade de falar sobre Jesus e o Seu sacrifício na cruz. “Deus me ama”, disse Francisco, “e apenas estou a tentar passar um pouco desse amor; e é aí que você entra em cena, Jorge.”
Alguns anos mais tarde, Jorge foi batizado, tendo-se tornado um dos mais fiéis diáconos da igreja da qual Francisco era diácono-chefe.
O amor de Deus tem um poder de atração indescritível. Jesus mesmo disse: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo.” João 12:32. A morte de Cristo foi consequência de uma sucessão de atos de amor e misericórdia da parte de Deus.
Pensamento para Reflexão
Deus não nos ama pelo que somos, mas porque Ele é amor.
Rubens S. Lessa, A Esperança do Terceiro Milénio, pág. 117.