31 de março de 2011

ESCUTE, OLHE E TOME ATENÇÃO!

Primeiro a má notícia: Todos Pecaram.
Por causa do pecado, nós já nascemos separados de Deus. Sem uma intervenção, não podemos entrar no Céu. Isso se aplica a toda raça humana, não a você apenas.
Romanos 3:23 diz: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;"
Romanos 3:10 diz: "como está escrito: Não há justo, nem sequer um."
Romanos 6:23ª: "Porque o salário do pecado é a morte;"
Apocalipse 21:8: "Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte."
Não existe uma cota de boas obras que nós possamos fazer para nos salvar da separação eterna de Deus.
Efésios 2:8-9 diz: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie."
Para estar separado de Deus para sempre, simplesmente não precisamos fazer nada. Ignorar ou rejeitar o Filho de Deus é o único pecado que pode nos impedir de sermos perdoados e a única alternativa ao céu é a tormenta em um lago de fogo . (Apocalipse 20:15, 2 Tess. 1:7-9).
João 3:18: "Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus."
Mas existe uma boa notícia: Todos podem ser Salvos.
Existe uma maneira simples e gratuita de nos reconciliarmos com Deus, que é possível graças ao Filho unigénito de Deus. Um sacrifício de sangue foi necessário para pagar por nossos pecados e Jesus foi enviado para se tornar esse sacrifício. Ele foi pregado numa cruz, e teve seu sangue vertido como o pagamento por nossos pecados. Mas 3 dias após sua morte, ele ressuscitou, validando de uma vez por todas, sua condição de nosso único Salvador.
Crer na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo é o único meio de se chegar ao Céu.
Jesus diz (João 14:6), "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
João 3:16 e17 são bem claros. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."
A Bíblia ensina como sermos salvos:
Romanos 10:9-10 "Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."
Este é o dom gratuito de Deus, porque Ele te ama.
Romanos 6:23b "mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor."
Romanos 10:13 " Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo."
Você está pronto para crer nisso agora? Se sim, então simplesmente diga a Deus o que Ele mesmo te pediu para confessar. Você pode usar uma oração similar a esta:
"Deus, eu admito que sou um pecador e sei que não posso fazer nada para merecer entrar no Céu. Eu verdadeiramente creio que Jesus morreu numa cruz, foi sepultado e ressuscitou. Eu ponho minha fé no Seu sacrifício para pagar completamente por meus pecados."
Não precisa mais nada. Agora, pode avançar para Jesus!

28 de março de 2011

O SELO DE DEUS E O SINAL DA APOSTASIA

Gostaria de analisar estas duas palavras “selo” e “sinal”. Obviamente, toda a gente sabe o que é um selo e se assim não fosse teríamos o dicionário: selo, peça de origem metálica, com as armas ou divisas de algum Estado, ou pertencente a particulares, como que se autenticam ou validam papéis importantes, pressionando-a sobre cera ou lacre; chancela, sinete: o selo real (Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse), o mesmo diz em relação à palavra sinal, indício, vestígio, prova: não ficou sinal do crime. / Particularidades físicas; mancha, cicatriz: tem um sinal na testa (etc).
Não se observa uma diferença acentuada em termos gramaticais ou linguísticos, uma e a outra, parecem ter o mesmo sentido, assim, convém estudar o que diz a Bíblia sobre o sentido espiritual.
1. O que apresenta a Bíblia como sendo o objectivo de um sinal ou selo?
Rª: “Agora, pois, ó rei, confirma a proibição, e assina o édito, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.” Dan. 6:8.
Nota explicativa: Isto é, apõe a assinatura da realeza, afim, de que possa ter devida autoridade e entrar assim em vigor. Era antigamente costume que os reis usassem para esse propósito um anel, que continha o seu nome, iniciais ou monograma. Jezabel, mulher de Acabe, “escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete.” 1ª Reis 21:8. Diz-se do decreto promulgado por Assuero, para a morte de todos os judeus no império persa, que “em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.” Ester 3:12.
2. Quais são os três requisitos necessários num selo oficial?
Nota explicativa: Para que seja validado, deve um selo oficial apresentar três requisitos: (1) o nome do legislador; (2) o seu cargo oficial, título, ou autoridade, bem como o seu direito a governar; e (3) o seu reino, ou a extensão do seu domínio e jurisdição. Por exemplo: “General E. G. Dutra, presidente dos Estados Unidos do Brasil,” Jorge VI, Rei da Grã-Bretanha,”, “Harry Truman, Presidente dos Estados Unidos da América do Norte” etc.
3. Com que está relacionado o selo de Deus?
Rª: “Liga o testemunho, sela a lei entre os meus discípulos.” Is. 8:16
4. Tendo a lei sido selada por Deus. Onde se encontra essa LEI?
Rª Êxodo 20:3-16.
5. O que afirma o primeiro mandamento?
Rª: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3
Nota explicativa: Quem é o “Mim”aqui citado, o próprio mandamento não declara. Esta proibição poderia ter qualquer origem. Qualquer pagão poderia atribuir este mandamento ao seu deus, e, isolando este mandamento, ninguém poderia refutar essa pretensão.
6. Indicam o segundo, terceiro, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono ou décimo mandamento, quem seja o autor do Decálogo?
Rª: Não, nenhum deles.
Nota explicativa: O segundo mandamento proíbe o fazer e adorar imagens, mas em si mesmo não revela quem seja o verdadeiro Deus. Diz o terceiro mandamento: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão,” mas, semelhantemente, deixa por revelar o verdadeiro Deus e doador da lei. O adorador do sol poderia argumentar ter observado esse mandamento, visto não mencionar a que deus ele se refere. O mesmo acontece em relação aos demais preceitos acima mencionados. Nos últimos cinco mandamentos nem mesmo é citado o nome de Deus.
7. Qual é o único mandamento do Decálogo que revela o nome, a autoridade e o domínio do Autor dessa lei?
Rª: “8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.” Êxodo 20:8-11.
Nota explicativa: Este é o quarto mandamento da Lei de Deus, só este revela o nome, a autoridade e o domínio do Autor desta Lei. Em seis dias, (1) o Senhor (nome); (2) fez (atributo, Criador); (3) o Céu e a Terra (domínio). Este mandamento, portanto, contém “o selo do Deus vivo.” Pelo que está revelado neste mandamento é mostrado a que Deus se referem os demais. Pela grande verdade aqui revelada, todos os outros deuses são declarados falsos. O mandamento do sábado, pois, contém o selo de Deus; e o próprio sábado, cuja observância é recomendada pelo mandamento, está inseparavelmente ligado ao selo; e deve ser mantido como memória de que Deus é Criador de todas as coisas; e ele é chamado “sinal” do conhecimento desta grande verdade (ver Êxodo 31:17; Ezequiel. 20:20).
8. Que razão apresenta Deus para que o sábado seja um sinal eterno entre Ele e o Seu povo?
Rª: “Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-se.” Êxodo 31:17.
Nota: O sábado é o sinal, ou marca, ou selo do verdadeiro Deus, Criador.
9. Que exortação faz Deus ao Seu povo sobre o sábado?
Rª: “E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR vosso Deus.” Ezequiel 20:20 (cf. 20:12).
10. Além do conhecimento de Deus como Criador, de que é o sábado sinal?
Rª: “Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica.” Êxodo 31:13.
Nota explicativa: O sábado é o grande sinal do poder criador de Deus, onde quer e como quer que se manifeste, quer na criação, quer na redenção; pois redenção é criação – re-criação. É necessário o mesmo poder, tanto para redimir como para criar. “Cria em mim, ó Deus, um coração puro.” Salmo 51:10. “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras.” Efésios 2:10. A cada novo sábado, designa Deus que este dia nos traga à memória “Lembra-te” Aquele que nos criou, e cuja graça e poder santificador em nós operam a fim de preparar-nos para o Seu reino eterno.
Este tema continua. Deus o/a abençoe. Amem!

22 de março de 2011

EU CREIO EM DEUS!

Afinal, Deus existe ou não? Esta pergunta obscurece todas as outras que a humanidade possa fazer. Se você acha que esta declaração seria de um teólogo ou de um pregador, então veja a frase encontrada em The Great Ideas Syntopicon (Temário de Grandes Ideias), um guia de estudos decisivo para a série Great Books, uma notável coleção da maior parte da sabedoria do mundo ocidental, combinada desde os tempos de Tales até ao presente.
Mortimer Adler declara: "Com excepção de certos matemáticos e físicos, todos os autores de Great Books estão representados no capítulo que fala sobre Deus". A razão é óbvia. Existem mais consequências no terreno do pensamento e da ação na afirmação ou na negação de Deus do que em se responder a qualquer outra pergunta, por importante que esta seja.
A vida do homem na sua totalidade é afetada pelo facto do homem se considerar o ser supremo do universo ou reconhecer que existe um ser supra-humano que é objeto do seu amor ou seu medo, uma força a ser desafiada ou um Senhor a ser obedecido. Neste nosso tempo, em que o ateísmo militante está em marcha, espalhando-se como um micróbio mortífero através do mundo, temos que considerar o significado desta pergunta e as evidências da existência de Deus.
Talvez uma das ideias mais comuns na mente da maioria dos sofisticados americanos é de que a ciência refutou a existência de Deus, ou como Julian Huxley disse, eles reduziram Deus "simplesmente a um evanescente sorriso do gato no conto Alice no País das Maravilhas." Destruiu a ciência a crença na existência de Deus? No livro “Deus, o Átomo e o Universo”, James Reid declara:
"A ciência está preparando uma surpresa para a humanidade! Pelo menos será uma surpresa para aqueles que têm dúvidas sobre a Bíblia e sobre o Deus da Bíblia. Virá também essa surpresa para aqueles que se submetem à ideia errónea de que a ciência diminuiu o valor da Bíblia. Na realidade, poderá até chocar alguns cientistas, que podem ficar assombrados ao descobrir que um facto novo revelado ou uma teoria aceite por eles provê mais um elo na cadeia de evidências que mostram as evidências do universo e apoiam as declarações bíblicas — inclusive a criação."
Esse autor diz mais, que durante anos, como homem de ciência, tinha procurado descobrir apoio na Bíblia para a física clássica, a física de Newton, e não o tinha encontrado.
Ao chegarmos ao século vinte, a antiga física clássica deu lugar à física quântica, à teoria atómica, e um conceito completamente novo sobre o universo veio à tona. Quando a teoria da relatividade de Einstein revelou a íntima relação entre massa e energia, ele repentinamente observou que as novas descobertas da ciência estavam estabelecendo os ensinamentos das Escrituras. Os fatos do universo estão sendo progressivamente apoiados pelas descobertas científicas e as consequências disso são incalculáveis.
Vivemos dias quando é muito popular a ideia de que não existe um Deus diante de quem o homem é responsável. Eu creio que esse pensamento é a causa da enorme incidência do crime, assassinatos, estupros, roubos e todos os males imagináveis encontrados na nossa sociedade hoje.
Eu já ouvi dezenas de homens, que supostamente deveriam ter algum conhecimento do assunto, discutirem uma grande variedade de remédios para a situação, e fico surpreso de sua incrível cegueira. Eles parecem não reconhecer que a agressiva negação do Deus da Bíblia é a causa de se tornarem os homens cada vez mais animalescos. Ensine-se aos homens que eles são animais e com o passar do tempo eles vão agir como animais.
E. L. Woodward, professor de História Moderna na Universidade de Oxford, afirma o seguinte:
Os valores de nossa herança ocidental, a justiça, a misericórdia, a bondade, a tolerância, a abnegação, são incompatíveis com o materialismo...", entendendo-se o materialismo como uma visão do universo de que não existe nada mais que a matéria — nada de alma, espírito — Deus não existe. "Se posso tomar emprestada uma frase bem conhecida sobre o Estado (que por sua vez ele toma emprestada de Marx), esses valores murcharão numa cultura materialista." Esse professor diz mais que "não faz sentido falar de direitos do homem numa sociedade materialista: é como se alguém fizesse um apelo ao Oceano Atlântico."
Por acaso os cientistas provaram que Deus não existe? Não existe nenhum ramo da ciência que examine maior porção da obra de Deus do que os astrónomos. Assim diz a Escritura: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl. 19:1). "Pois os seus atributos invisíveis... são claramente vistos desde a criação do mundo" (Rm. 1:20). Noventa por cento dos astrónomos de nossos dias acreditam em Deus! Aqueles que examinaram mais profundamente as obras das mãos de Deus acreditam nele. Essa percentagem é maior entre os astrónomos do que entre açougueiros ou fabricantes de candelabros.
Aqueles que têm olhado com mais assiduidade para a obra da criação e observam as maiores distâncias que o homem já alcançou concluíram que a mão que fez tudo isso é divina.
Pierre Simon de La Place, um dos maiores dos nossos astrónomos, disse que a prova a favor de um Deus inteligente como o autor da criação está como o infinito contra um, considerando-se qualquer outra hipótese de causação final; que é infinitamente mais provável que um conjunto de escritos lançados a esmo sobre o papel produzisse a Ilíada de Homero, do que o universo ter uma outra causa além de Deus. Esta evidência a favor de Deus em oposição às evidências que se apresentam contra ele como Criador do universo é como o infinito diante da unidade; não dá nem para se medir.
Há muitos e diferentes argumentos a favor da existência de Deus. Um desses é conhecido como argumento cosmológico. Embora Kant e Hume tenham atacado vários argumentos clássicos a favor da existência de Deus, eles o fizeram sem evidências adequadas, sem suficientes provas para refutá-los. Considerando-se que as provas teístas não são matemáticas (são na realidade argumentos de esmagadora probabilidade), esses argumentos mesmo assim permanecem, e nossa mente ainda reconhece neles evidências do Divino Criador.
Sir James Jeans, um dos maiores astrónomos modernos, disse que quanto mais ele examinava as vastas expansões do espaço e a tremenda complexidade dessas coisas, mais o universo lhe parecia um gigantesco pensamento de um grande matemático.
O argumento cosmológico vem do termo cosmos, que significa o universo, e é desse termo que obtemos nossa palavra cosmética. Significa algo que está bem ordenado e belo. E existe tanta coisa que evidencia ordem, que seria impossível fazer uma lista de todas elas. A física quântica já demonstrou que, a nível de partículas sub-atómicas, existe um impulso irresistível por parte dos electrões para a simetria e que há um admirável aspecto "cosmético", isto é, de beleza do universo. Um autor disse que a natureza é um grande arquitecto, dando a entender que a natureza é Deus. E é também grande astrónomo, grande químico, fisiologista, psicólogo e matemático, demonstrando um incrível conhecimento dos fatos das várias ciências da humanidade, as quais dizem exactamente a mesma coisa.
Existe também o argumento teleológico. A palavra grega teleíos significa fim, finalidade; teleologia é aquele conceito filosófico que observa que no universo as coisas foram preparadas com um determinado propósito, para uma finalidade. Os ateus e evolucionistas (eles são quase invariavelmente os mesmos) detestam as palavras, propósito e teleologia, porque eles acreditam que o mundo não tem propósito. Eles acreditam que é tudo é um acidente gigantesco, simplesmente uma arrumação de átomos que aconteceu se juntarem por acaso.
Embora as pessoas possam dizer que as coisas existam de uma forma incrivelmente complexa e que isso é a única razão por que estamos aqui, é difícil para a mente humana desconsiderar a fantástica quantidade de evidências de que alguém tem estado a providenciar nosso bem-estar.
Consideremos a massa e o tamanho do planeta em que fomos colocados. São o tamanho e massa exatamente certos. O Dr. Wallace diz que se a terra fosse dez por cento maior ou dez por cento menor, a vida seria impossível sobre a face da terra. Além disso, também a distância do sol é a distância certa, pois é por isso que recebemos a quantidade certa de luz e de calor. Se estivéssemos mais afastados iríamos congelar-nos e se estivéssemos mais perto (como Vénus ou Mercúrio) não sobreviveríamos.
Consideremos a inclinação do eixo da terra. Nenhum outro planeta tem seu eixo inclinado assim — 23 graus. Esse ângulo dá condições para que todas as partes da terra sejam lentamente atingidas pelos raios solares, como um frango que está sendo assado numa churrasqueira. Se não houvesse essa inclinação no eixo terrestre os pólos acumulariam uma imensa massa de gelo e as partes centrais, expostas continuamente ao sol, seriam quentes demais.
Outro aspecto surpreendente do nosso relacionamento no sistema solar é a existência da lua. Muitas pessoas não reconhecem o fato de que sem a lua seria impossível viver neste planeta. Se alguém conseguisse arrancar a lua de sua órbita, toda a vida cessaria em nosso planeta. Deus nos deu a lua como uma criada para limpar o oceano e as praias de todos os continentes. Sem as marés originadas por causa da lua, todas as baías e praias se tornariam em poços fétidos de lixo e seria impossível viver perto delas. Devido às marés, ondas contínuas se quebram sobre as praias, promovendo a aeração dos oceanos da terra, provendo de oxigénio as águas para a sobrevivência do plâncton, que é a base da cadeia de alimentos do mundo. Sem o plâncton não haveria oxigénio e o homem não poderia viver sobre a face da terra. Deus fez a lua do tamanho certo e a colocou à distância exacta da terra para realizar essas outras numerosas funções.
Existe também a maravilha da atmosfera terrestre. Vivemos sob um imenso oceano de ar — 78 por cento de nitrogénio, 21 por cento de oxigénio e mais 1 por cento constituído de quase uma dúzia de outros elementos. Os estudos espectro gráficos de outros planetas dos sistemas estelares do universo demonstram que não existe outra atmosfera, nenhuma parte do universo conhecido que seja feita desses mesmos ingredientes, nada com uma composição parecida. Esses elementos não estão combinados quimicamente, mas são misturados mecanicamente de modo contínuo, pelo efeito tipo maré causado pela movimentação da lua. É o mesmo efeito causadoras águas dos mares e quase sempre a mesma quantidade de oxigénio.
Embora o homem descarregue uma tremenda quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, isso é absorvido pelos oceanos e o homem pode assim continuar vivendo neste planeta. Se a atmosfera não fosse tão espessa ou alta como ela é, nós seríamos esmagados pelos bilhões de pedaços do lixo cósmico e de meteoritos que caem continuamente sobre nosso planeta.
Consideremos também o fantástico ciclo do nitrogénio. O nitrogénio é um elemento extremamente inerte — se não fosse, nós seríamos todos envenenados por diversos compostos de nitrogénio. No entanto, por ser ele inerte, é impossível combiná-lo naturalmente com outros elementos. O nitrogénio é de vital importância para as plantas sobre a terra. Como é que Deus faz para transferir o nitrogénio do ar para o solo? Ele usa os relâmpagos! Cerca de cem mil raios ferem o solo diariamente, criando anualmente cem milhões de toneladas de nitrogénio útil como alimento das plantas.
A 60 quilómetros de altura existe uma camada fina do ozónio. Se essa camada fosse comprimida, seria reduzida a uns seis milímetros de espessura, e no entanto sem ela não haveria vida sobre a face da terra. Oito tipos de raios mortíferos caem sobre a terra continuamente, provenientes do sol; sem essa camada de ozónio, nós seríamos queimados, ficaríamos cegos, seríamos torrados em um ou dois dias. Os raios ultravioletas são de duas qualidades: os raios mais longos, que são letais, são rechaçados, e os raios mais curtos, que são necessários à vida na terra, são admitidos pela capa de ozónio. E além disso, a camada de ozónio permite a passagem do mais mortífero dos raios, mas em quantidade mínima, apenas o suficiente para matar as algas verdes, que de outra forma cresceriam e encheriam os lagos, rios e oceanos do mundo.
Quão pouco reconhecemos o que Deus está continuamente fazendo para nos prover a existência. Podemos ver que vivemos sob a cobertura de uma fina camada de ozónio que nos protege de um bombardeio de raios que não vemos, mas que constantemente caem sobre nossas cabeças. Debaixo de nossos pés existe uma fina crosta de rocha, mais fina que a casca da maçã, comparativamente. Sob essa camada está a lava derretida que forma o núcleo do nosso planeta. Assim é que o homem vive entre os ardentes e enegrecedores raios em cima a lava derretida em baixo; qualquer um dos dois seria capaz de torrá-lo. Mesmo assim o homem vive totalmente alheio ao fato de que Deus arranjou as coisas de modo a ser possível ao homem viver neste mundo.
Temos também a maravilha da água. Em lugar nenhum no universo, encontramos água em quantidade, como encontramos na terra. Água, o elemento deslumbrante solvente, dissolve quase tudo sobre a face da terra, menos aquelas coisas que sustentam a vida. Esse líquido maravilhoso existe como gelo, quebra rochas e produz solo. Sob a forma de neve, a água armazena-se nos vales. Como chuva, molha e limpa a terra. Como vapor, fornece humidade para a maioria das terras aráveis. Ela existe como uma cobertura para a terra, na quantidade exata.
Se tivéssemos nuvens como Vénus, a terra não poderia existir. Mas nós temos invariavelmente 50 por cento da superfície da terra coberta por nuvens em qualquer momento, o que nos permite receber a quantidade certa de luz solar. Como vapor, a água movimenta poderosa maquinaria que existe no planeta. Além do bismuto, é o único líquido que é mais pesado a 4ºC do que quando está congelado. E se não fosse assim, não haveria vida sobre a terra, pois congelada ela é mais leve e flutua. Se não fosse assim, os lagos e rios se congelariam de baixo para cima, matando todos os peixes. As algas seriam destruídas e nossa fonte de oxigénio cessaria — a humanidade morreria.
Até mesmo a poeira tem uma incrível função em favor da humanidade. Se não fosse a poeira, jamais veríamos um céu azul. A 27 quilómetros de altura não há mais poeira da terra e o céu é sempre negro. Se não fosse a poeira, não haveria chuva nunca. Uma gota de chuva é feita de 8 milhões de minúsculas gotículas e cada uma dessas 8 milhões de gotículas envolve uma ínfima partícula de pó. Sem elas o mundo tornar-se-ia um deserto e a vida cessaria.
Nos seres humanos há muitas coisas que nos dizem que fomos criados por Deus. Nossa vida se baseia no sangue que corre em nossas veias. O maravilhoso glóbulo vermelho, criado na medula óssea, desprende o seu núcleo quando atinge a corrente sanguínea. Para qualquer outra célula isso significaria a morte, algo como retirar o coração do homem. O glóbulo vermelho tem a forma semelhante a um pneu, ou a uma rosquinha, com uma ténue membrana a atravessar-lhe o vão interno. Sem seu núcleo ele é capaz de carregar mais oxigénio para o corpo, devido a essa membrana e à sua forma. Se ele tivesse a forma das demais células, seria necessária uma quantidade nove vezes maior para prover oxigénio para o corpo humano.
Temos a maravilha das maravilhas: o olho humano! Como pode alguém observar o olho humano e admitir que ele surgiu por acaso? Os evolucionistas nos dizem que onde houver uma necessidade a natureza vai providenciar o que é necessário. Você pode imaginar que nós precisávamos da visão? Ninguém nunca tinha visto nada, mas havia necessidade de se ver alguma coisa. Então a natureza criou o olho. Imagine, criou dois olhos no plano horizontal, de tal modo que não apenas podemos ver, mas temos também um telêmetro que determina as distâncias.
Já imaginou o que acontece com suas lágrimas que continuamente fluem pelo seu olho? O Dr. William Paley escreveu uma obra clássica intitulada Teologia Natural, na qual ele discute o olho.
"A fim de conservar o olho humedecido e limpo — qualidades necessárias ao seu brilho e para sua utilização — ele é lavado constantemente por meio de uma secreção destinada a esse fim; e a salmoura excedente é levada para o nariz, através de uma perfuração no osso, da grossura de uma pena de ganso. Quando a secreção chega ao nariz, ela se espalha sobre a superfície interna da cavidade nasal e é evaporada pela passagem do ar quente que o curso da respiração lança continuamente sobre ela... É fácil perceber-se que o olho deve precisar de humidade; mas poderia essa necessidade do olho gerar a glândula que produz a lágrima, ou cavar o orifício por onde ela é descarregada — um buraco no osso?”
Que o ateu ou o evolucionista nos diga quem cavou o buraco no osso e colocou ali o encanamento para a dispersão de nossas lágrimas. Sir Charles Scott Sherrington, famoso fisiologista inglês de Oxford, que escreveu uma obra clássica sobre o olho disse: "Por trás do intrincado mecanismo do olho humano há vislumbres assombrosos de um plano-mestre."
Quando confrontado com a escuridão, o olho humano aumenta cem mil vezes a sua capacidade de ver. A câmara mais admirável jamais feita nem sequer vagamente se aproxima de uma coisa tal, mas o olho humano faz isso automaticamente. Além disso, o olho humano encontra o objecto que ele quer ver e o focaliza automaticamente. Ele se alonga e se comprime a si mesmo. Ambos os olhos se movimentando juntos tomam ângulos diferentes para se fixarem naquilo que se há de ver.
Quando o olho estava pronto para criar-se a si mesmo, teve também a previsão de proteger-se e construiu-se debaixo da saliência óssea do sobrolho, e também providenciou um nariz sobre o qual poderiam ser pendurados os óculos, de que a maioria de nós precisa. E providenciou também uma maneira de poder se fechar, a fim de se proteger contra objectos estranhos.
Finalmente, poderíamos mencionar a incrível mente humana. Sir Henry Fairfield Osborn, o famoso antropologista moderno, disse: "Para mim, o (cérebro) humano é o mais maravilhoso e misterioso objecto de todo o universo." Pensando apenas cerca de um quilo e meio, ele é capaz de fazer o que 500 toneladas de equipamentos elétricos e electrónicos não podem fazer. Contendo cerca de 10 a 15 bilhões de neurónios, cada um deles um organismo vivo em si mesmo, ele realiza façanhas que intrigam a própria mente."
O Dr. H. M. Morris disse: "Portanto, os homens que rejeitam ou ignoram a Deus o fazem não porque a ciência ou a razão requeira que o façam, mas pura e simplesmente porque querem fazê-lo."
As Escrituras dizem: "E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado..." (Rm. 1:28).
Não apenas estas são razões convincentes para se crer na existência de Deus, mas eu creio em Deus porque creio em Jesus Cristo. As profecias, seu nascimento, vida e milagres, seus ensinos, sua morte e ressurreição e a realização contínua daquelas coisas que ele disse que faria me convencem que Deus vive e que viveu em Jesus Cristo, e mais ainda: que agora mesmo pode transformar pessoas.
No seu best-seller Through the Valley of the Kway, Ernest Gordon fala de soldados americanos capturados pelos japoneses na Península de Malaca, que foram torturados e submetidos à fome. Eles se tornaram um grupo de animais que se arranhavam uns aos outros. Finalmente as coisas ficaram tão ruins que eles decidiram começar a ler o Novo Testamento. Ernest Gordon, que tinha grau universitário, leu para eles o Novo Testamento e esses homens se converteram ao Deus vivo, por meio de Jesus Cristo. Essa comunidade de animais se transformou numa comunidade de amor, porque Deus vive e ele vive em Jesus Cristo.
E Cristo está pronto a viver no coração daqueles que confiam nele. Essa alegria, essa paz, essa vida transformada e essa segurança de vida eterna é o que Cristo oferece àqueles que puserem sua confiança na sua morte vicáría.
O que tem o incrédulo a oferecer? Um desses incrédulos, W. O. Saunders, escreveu na revista American Magazine:
"Eu quero lhes apresentar uma das pessoas mais solitárias e infelizes do mundo. Eu estou falando a respeito do homem que não acredita em Deus. Eu posso apresentar-lhes um homem assim porque eu sou um deles, e me apresentando vocês estarão sendo apresentados ao agnóstico ao céptico de sua própria vizinhança, porque ele está em toda parte. Você vai se surpreender com o fato de que o agnóstico inveja a sua fé em Deus, a sua crença nos céus e na vida futura, e sua abençoada certeza de encontrar-se com seus amados numa vida em que não existirão tristeza e dor. Ele daria tudo para possuir uma fé assim e ser confortado por ela. Para ele só existe a sepultura; a única coisa que permanece é a matéria. Depois da sepultura, a única coisa que ele vê é a desintegração do protoplasma e de sua vida psíquica. Mas nessa visão materialista eu não encontro nem êxtase nem felicidade.
O agnóstico pode enfrentar a vida com um sorriso ou com uma atitude heróica. Ele pode apresentar uma fachada de coragem, mas ele não é feliz. Pode pôr-se em espanto ou reverência diante da vastidão e majestade do universo, sem saber a origem de si mesmo e nem por que veio a este mundo. Ele fica consternado diante do espaço estupendo e do tempo infinito, sente-se humilhado por sua pequenez infinita, é conhecedor de sua fragilidade, fraqueza e brevidade. Certamente algumas vezes ele suspira por um cajado em que se apoiar. Ele também carrega uma cruz. Para ele este mundo é uma jangada manhosa à deriva nas insondáveis águas da eternidade, sem horizonte à vista. Seu coração dói por cada vida preciosa embarcada nessa jangada — vagando, vagando, vagando, ninguém sabe para onde."
Eu creio em Deus. No entanto, crer nele não é suficiente, pois até o Diabo crê em Deus e estremece. E preciso não apenas crer que Deus existe, mas também crer que ele se encarnou em Jesus e que morreu por nossos pecados.
Precisamos crer e nos arrepender de nossos pecados e nos lançar aos pés de Jesus. Precisamos confiar em Jesus, na sua morte vicária pela nossa salvação. Se não fizermos isso, teremos que enfrentá-lo como Juiz na sua ira, naquele grande dia.
Eu creio nele e sei que ele está vivo. Ele vive em meu coração e já me garantiu a certeza de que viverei com ele para sempre. É meu desejo sincero que essa mesma certeza possa ser sua, se é que você ainda não a possui.
"Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniquidade; não há quem faça o bem " (Sal. 53:1).


Você confia n´Ele?

21 de março de 2011

A INSTITUIÇÃO DO SÁBADO

Trataremos este assunto do Sábado de forma simples e recorrendo à Bíblia, oferecendo pequenas notas relativas aos textos.
1. Onde e para quem foi feito o Sábado?
Rª: “ASSIM os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.” Gén. 2:1-2
Nota: A leitura deste dois primeiros textos bíblicos falam-nos de uma realidade ininterrupta: a criação. O verso dois faz clara “havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia”. Ou seja, a obra foi acabada no final do sexto dia em termos ativos. De facto ela é terminada em termos passivos com a bênção e santificação no sétimo dia: “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gén. 2:3.
2. Que evidencia o texto de Gén. 2:1-3?
Rª: Três atos: Deus descansou, Deus abençoou e Deus santificou.
nota: “Santificar” segundo o Dicionário de Webater “Tornar sagrado ou santo; separar para uso santo ou religioso.”
3. Teve Cristo qualquer participação na criação e em tornar sagrado o Sábado?
Rª: “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.” João 1:3 (cf. Ef. 3:9; Col. 1:16:; Heb. 1:2).
Nota: Tendo Cristo sido o Agente ativo na criação, deve ter descansado com o Pai, no sétimo dia. Esse é, pois, o Seu dia de descanso, tanto quanto do Pai.
4. Por causa de quem, diz Cristo, foi feito o Sábado?
Rª: “E, disse-lhes: o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Mar. 2:27.
Nota: Não foi feito para os judeus exclusivamente. Os judeus herdaram o seu nome de Judá, um dos doze filhos de Jacob, de quem são descendentes. O sábado foi feito mais de dois mil anos antes de haver um único judeu. No dizer de S. Paulo: “Porque o varão não provém da mulher, mas a mulher do varão” (1ª Cor. 11:9), compreendemos querer ele dizer que o matrimónio foi instituído por Deus para todos os homens. Semelhantemente se passou com o sábado. Ele foi feito para o género humano.
5. Que requer o mandamento do sábado?
Rª: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.” Êxodo 20:8-10.
6. Que razão é apresentada para a santificação do dia de sábado?
Rª: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.” Êxodo 20:11.
Nota: O sábado é a memória da criação, e o sinal do poder criador de Deus. Por meio da sua observância é desígnio divino que o homem se lembre sempre do Deus vivo e verdadeiro, Criador de todas as coisas.
7. Abençoou e santificou Deus o sétimo dia enquanto nele descansava, ou depois de ter terminado o Seu repouso nesse dia?
Rª: “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gén. 2:3.
Nota: “Se não tivéssemos outro texto além de Gén. 2:3, não haveria dificuldade alguma para deduzir dele um preceito para a universal observância do sábado, ou sétimo dia, a ser consagrado a Deus como tempo santo, por todos aqueles para quem a Terra e a natureza foram especialmente preparados. O primeiro homem deve-o ter conhecido. A expressão santificou-o não pode ter outro significado. Ela nada significaria se não houvesse alguém, de quem se requeria que santificasse o dia.” Lange`s Commentary, Vol. I, p. 197.
8. Como provou Deus a Israel no deserto?
Rª: “Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não.” Êxodo 16:4
9. Em que dia era recolhida porção dupla?
Rª: “E aconteceu que ao sexto dia colheram pão em dobro, dois ômeres para cada um; e todos os príncipes da congregação vieram, e contaram-no a Moisés.” Êxodo 16:22
10. Que respondeu Moisés aos príncipes?
Rª: “E ele disse-lhes: Isto é o que o SENHOR tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã.” Êxodo 16:23
Nota: Isto deu-se um ou mais meses antes de terem chegado ao Sinai.
11. Que fizeram alguns do povo no sétimo dia?
Rª: “E aconteceu ao sétimo dia, que alguns do povo saíram para colher, mas não o acharam.” Êxodo 16:27.
12. Como foram reprovados por Deus por essa desobediência?
Rª: “Então disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” Êxodo 16:28.
13. Porque razão era dada porção dobrada no sexto dia?
Rª: “Vede, porquanto o SENHOR vos deu o sábado, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia.” Êxodo 16:29.
14. Como provou então o Senhor o povo (v.4) a fim de ver se guardariam a Sua lei ou não?
Nota: Na observância do sábado. Vemos, pois, que o mandamento do sábado fazia parte da lei de Deus antes de essa lei ser proclamada no Sinai; pois este incidente ocorreu no deserto de Sim, antes de os filhos de Israel terem chegado ao Sinai, onde foi entregue a Lei. Tanto o sábado como a Lei existem desde a criação.
Que argumento se pode expor para dizer que o sábado não está mais em vigor?
• Jesus ressuscitou no “primeiro dia da semana” domingo.
• Jesus veio abolir a lei.
• Já não estamos debaixo da lei mas debaixo da graça.
Crê no fundo do seu coração que estes três argumentos são sólidos? São eles bíblicos?
Conclusão: Jesus afirmou claramente que não veio para abolir a Lei moral nem os profetas: Mateus 5:17.
Sim, a lei não salva, é unicamente a graça de Cristo, esta graça dá força e poder para o crente nascido de novo ser obediente ao seu Deus e à Sua Lei. Amém!

14 de março de 2011

A LEI DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO

“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mat. 5:17. A atitude de Jesus face à Tora desconcertou muitos dos Seus contemporâneos e ainda continua a desconcertar muitos dos nossos. Como entendeu Jesus a Lei? Segundo alguns, como uma realidade negativa e caduca, um obstáculo à salvação e à vida espiritual que Ele Se propôs abolir. Ele teria declarado que “a Lei e os profetas duraram até João” (Luc. 16:16). Outros pensam que Jesus teria visto a lei como uma realidade positiva, um modelo de conduta permanente que veio explicar. Não afirmou Ele que não tinha vindo ab-rogar a Lei mas sim cumpri-la (Mat. 5.17)? para responder a esta questão polémica, evitando reduções e simplificações, há que examinar (como no caso de um diamante) as múltiplas facetas dessas declarações.
1. CONSIDERAÇÕES SOBRE JESUS E A LEI.
Ponto 1: Os evangelhos deixam bem claro que, desde a Sua infância, Jesus observava cuidadosamente as leis do Seu povo E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor
“Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogénito será consagrado ao Senhor; E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos. Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra.” Lucas 2:22-29.
Ponto 2: Usava as roupas regulamentares “E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa.” Mateus 9:20 (cf. Mat. 14:36).
Ponto 3: Assistia fielmente, cada Sábado, aos serviços na sinagoga “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.” Lucas 4:16.
Ponto 4: Referia-Se à Lei como sendo a expressão da vontade de Deus, tanto para Si mesmo como para os outros: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” Mateus 19:17. E disse aos Seus discípulos: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor” (João 15:10; cf. Mar. 10:18-27; Luc. 10:25-37, etc.).
Ponto 5: As Suas acções não mostram que Ele minimize as transgressões da Lei ou que as considere de forma ligeira. Ao perdoar aos pecadores, Jesus reconhece os seus erros e, por conseguinte, o valor da Lei, como critério de conduta (Luc. 15). Além disso, ao oferecer o Seu perdão aos acusados das faltas mais graves, convida-os sempre a voltar ao respeito pela Lei. Por isso, disse à mulher adúltera: “Eu também não te condeno; vai, e não peques mais” (João 8:11; cf. 5:14).
Se tomarmos em consideração o conjunto das declarações de Jesus, vemos que para Ele a Lei era ao mesmo tempo uma preciosa herança que importava conservar e uma realidade mal compreendida, um documento que era preciso explicar.
2. A LEI NÃO SALVA.
Jesus quis transmitir a todos quantos viviam sob o regime da Lei a mensagem de que a salvação não é questão de observâncias mas de relacionamentos. O verdadeiro salvador não é a Lei, mas sim o seu Autor. Se pensarmos em revista todas as passagens em que Jesus fala da Lei, descobrimos que para Ele:
Ponto 1: A Lei expressa a vontade permanente de Deus para o homem: “não vim para suprimir nem um “i” nem um “til” da Lei (Mat. 5:17, 18; Luc. 16:17).
Ponto 2: A Lei, como revelação divina, conserva a autoridade de Quem a formulou: “Conforme à Lei e aos Profetas” (Mat. 11:13; 12:5).
Ponto 3: A finalidade da Lei é proteger a vida em todas as suas dimensões: “Se queres entrar na vida guarda os mandamentos” (Mat. 19:17; Mar. 10:19; Luc. 18:20).
Ponto 4: Para compreender a Lei, desfigurada pelas interpretações e tradições humanas acrescentadas, o homem devia procurar a sua intenção original: “ao princípio não foi assim” (Mat. 19:8).
Ponto 5: Na Sua reformulação da Lei, Jesus não reduz as suas exigências, mas aprofunda as suas intenções. Em vez de Se ficar pelas formas, vai diretamente para as motivações: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: não matarás; eu, porém, vos digo: qualquer que sem motivo se encolerizar contra o seu irmão será réu de juízo” (Mat. 5:21, 11,48).
Ponto 6: Como a Lei se resume no amor e este constitui a sua essência, “quem ama a Deus, guarda os seus mandamentos” (Mat. 22:35-40; João 14:15-23; 15:10).
Ponto 7: Sendo o seu melhor intérprete, Jesus revela o sentido da Lei (Luc. 24:44) e ajuda-nos a observá-la e vivê-la melhor: “Sem mim, nada podeis fazer” (João 15:5).
3. COMO É COMPREENDIDA A LEI PELOS APÓSTOLOS?
Como conciliar o valor permanente que os Evangelhos dão à Lei com as declarações negativas que encontramos nas epístolas de Paulo (Rom. 4:15; 5:20; 7:1-6; Gál. 3:19-25, etc.)? A formulação ambivalente dessas declarações é sem dúvida o que dificulta a compreensão da teologia paulina da lei. Embora uma série das suas afirmações sobre a Lei seja altamente positiva, na linha do Antigo Testamento: “a lei é santa e o mandamento santo, justo e bom” (Rom. 7:12), toda uma outra série de daclarações parece menosprezar, subestimar a Lei, considerando-a como uma realidade caduca: “pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rom. 6:14); “agora estamos livres da lei” (Rom 7:16, etc.). Paulo afirma, por um lado, que a fé cristã “confirma a lei” (Rom. 3:31), mas, por outro lado, qualifica o regime da Lei como “ministério da condenação e da morte” (II Cor. 3:7-9), de cuja a maldição Cristo no libertou (Gál. 3:13). Estas noções, difíceis de integrar num sistema coerente, e explicadas de maneira diferente por diversas correntes teológicas, têm preocupado os cristãos desde as suas origens (cf. Act. 15:1; Gál. 2:15,16; Tiago 2:14-26, etc.).
Face a estas aparentes contradições, certos teólogos renunciam a clarificar a posição de Paulo, concluindo que ele se contradiz. Outros, com base nas suas declarações negativas, deduzem que Paulo esvaziou o cristianismo da Lei, transformando-o num espaço livre, sem normas, com uma ética baseada noutros pressupostos (ver H. Huebner, Law in Paul`s Thought, T.T. Clark, Edimburgo, 1984).
Ponto 1: Ninguém pode abstrair-se das suas vivências. Saulo de Tarso é discípulo de Gamaliel (Act. 22:3), sucessor de Hillel, o maior líder do farisaísmo do I século. Como bom fariseu, Saulo considera-se a si mesmo observador irrepreensível da Lei, que respeita até ao ponto de se tornar perseguidor dos presumíveis transgressores da mesma. Quando obtém uma autorização oficial para atacar os cristãos, incluindo na cidade de Damasco situada fora da jurisdição da Palestina, um encontro pessoal com Jesus ressuscitado lança-o por terra: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (Act. 9:4, ver 9:1-19).
Ponto 2: Este encontro, que lança por terra as suas crenças teológicas farisaicas, muda radicalmente a vida de Saulo. O Deus de Jesus aceita o perseguidor tal como é. A sua ideia de uma religião em que o favor divino se ganha através das observâncias desaparece. Aquele que recalcitrava “contra os aguilhões”, vê-se recebido por Deus não por causa das suas boas obras, mas apesar dos seus erros. Isto transforma completamente as suas estruturas mentais e a sua compreensão da Lei.
Ponto 3: Paulo sente a obrigação de explicar a sua compreensão da Lei face ao legalismo de uns e à anarquia dos outros; ou, para usar os seus próprios termos, entre o “nomismo” (o culto da lei) de uns e a “anomia” (a ausência da lei) de outros (I Cor. 9:20,21). A partir da sua experiência pessoal o apóstolo vai tentar a difícil tarefa de fazer compreender a função da Lei a uma Igreja composta de gente deformada pelo moralismo ou largamente indiferente à moralidade.
Ponto 4: A teologia farisaica em que Paulo se formara definia o pecado como “transgressão da Lei” (1 João 3:4). Ora, o Paulo cristão vê mais do que isso. Se a essência da Lei é o amor, o pecado não é só a transgressão de um código, mas, sobretudo, a transgressão de uma relação, de um respeito, de uma vontade, isto é, a transgressão do amor. Todos os seres humanos se encontram, por conseguinte, em situações de transgressão (quer dizer, de pecado), tanto os pagãos, que ignoram quase tudo sobre a vontade divina (Rom. 1:18-32), como os judeus que, mesmo conhecendo a Lei, também a transgridem (Rom. 2:17-29).
Ponto 5: Como se cumpre plenamente a Lei de Deus?: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” Romanos 13:8-10.
Ponto 6: Que importa mais que qualquer cerimónia externa?: “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus.” 1 Cor. 7:19.
Ponto 7: Como define o sábio e inspirado Tiago a Lei de Deus?: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.” Tiago 2:10-12.
Conclusão: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus; e têm o testemunho de Jesus Cristo.” “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Apoc. 12:17; 14:12.
“A Lei Moral é parte da lei natural do Universo. Justamente como uma lei natural violada, no mundo material, traz as suas consequências inevitáveis, assim a Lei Moral transgredida traz as suas inevitáveis consequências nos mundos espiritual e mental.” The Episcopal Church Sunday School Magazine (Revista da Escola Dominical), ps. 183,184.
“As leis básicas de moralidade, e em particular os Dez Mandamentos, permanecem até ao fim do tempo como o alicerce moral e espiritual sobre o qual se acha construída a religião do Novo Testamento.” The Snowden-Douglass Sunday School Lessons, 1946, p. 279.
Jesus foi claro, os apóstolos Paulo, Tiago, João e Pedro foram claros. Os autores bíblicos já tinham alertado os seus leitores contra os perigos dos dois extremos: a hipocrisia do legalismo e o egoísmo camuflado da anarquia. Do ponto de vista divino, a Lei revela as expectativas de Deus para o homem. Ela opõe, necessariamente, a vontade divina à vontade humana, na vivência de muitas situações concretas. As suas exigências encontram na liberdade humana o seu melhor aliado e o seu pior inimigo. Para Paulo e para todo o cristão genuíno o respeito da Lei é, o resultado da sua relação com Cristo. E essa relação é tão completa que ele pôde – e nós também - : “Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” Gálatas 2:20.

1 de março de 2011

A PERPETUIDADE DA LEI

“As palavras evoluem e, por vezes, mudam de sentido. O termo Tora, utilizado geralmente para designar a Lei, parece derivar de uma velha raiz (yarah) do vocabulário dos pastores, que significa “lançar” (provavelmente pedras para guiar o rebanho), ainda que alguns o associem à raiz or, que significa “luz” (Salmo 119:105). Os textos sagrados utilizam o termo Tora no sentido de ensino, instrução, doutrina e, por extensão, de revelação divina (Deut. 31:9-13). Tora designa menos a ordem e mais a orientação. O preceito da Lei é o caminho no qual somos convidados a avançar numa direcção determinada.” Dr. Roberto Badenas
Na verdade, o papel de Moisés limita-se a transmitir a vontade de Deus ao povo escolhido. Ele explica, instrui e convida a andar segundo os preceitos recebidos. Ele explica, instrui e convida a andar segundo os preceitos recebidos, dando, assim, à Tora o seu carácter particular, ao mesmo tempo divino e humano.
1. Quantos legisladores há?Rª: “Há só um legislador e um juiz (Deus) que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” Tiago 4:12
Nota explicativa: “só um legislador”, a evidência do texto estabelece ao referir “juiz”, que em assuntos espirituais – um só deu a Lei – um só pode ser juiz. Só Deus é verdadeiramente competente para discernir – sem ausência de erro – o carácter dos homens; por isso, só Ele pode decidir o destino eterno de uma pessoa (ver 1ª Cor. 4:5).
2. Que é dito da estabilidade do carácter de Deus?
Rª: “Porque Eu, o Senhor, não mudo.” Mal. 3:6.
3. Que duração têm os Seus mandamentos?
Rª: “As obras das suas mãos são verdade e juízo; fiéis, todos os seus mandamentos.
Permanecem firmes para todo o sempre; são feitos em verdade e rectidão.” Sal. 111:7,8.
4. Veio Cristo abolir ou destruir a lei?
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mat. 5:17.
Nota explicativa: A lei; em sentido geral, os escritos de Moisés; especialmente os Dez Mandamentos, ou lei moral, de que os escritos de Moisés derivaram o seu nome. Os profetas; isto é, os escritos dos profetas. Nenhum deste veio Cristo destruir, antes, pelo contrário, cumprir, ou provar-lhes o propósito.
“As leis dos judeus são em geral divididas em morais, cerimoniais e judiciais. As leis morais são as que vêm da natureza das coisas, e não podem, por conseguinte, ser mudadas – tais como o dever de amar a Deus e as Suas criaturas. Estas não podem ser abolidas, como nunca pode ser correto odiar a Deus ou aos semelhantes. Desta espécie são os Dez mandamentos; e estes o nosso Salvador nunca aboliu nem substituiu. As leis cerimoniais são as determinadas para atender a certos estados da sociedade, ou regulamentar ritos religiosos e cerimónias do povo. Estas poderão ser mudadas quando mudarem as circunstâncias, e não obstante, a lei moral permanece inalterável.” Dr. Alberto Barnes, sobre S. Mateus 5:18.
“Jesus não veio para mudar a lei, mas sim para explicá-la, e justamente essa circunstancia mostra que ela permanece; visto não haver necessidade de explicar o que é abolido… Mas com essa explicação da lei Ele a confirmou; nem teria pensado em aboli-la, pois nesse caso não haveria necessidade de explicá-la… É evidente que o Mestre não veio alterar a lei, porque depois de havê-la unido à Sua própria vida, Ele voluntariamente SE entregou para sofrer a sua penalidade, se bem que nunca a houvesse quebrado, sofrendo a penalidade por nós, como está escrito: ´Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição por nós´… SE a lei exigisse de n+os mais do que deveria haver feito, teria o Senhor Jesus pago a penalidade resultante de suas exigências demasiado severas? Estou certo de que não o faria. Mas por exigir a lei somente o que devia exigir, isto é, obediência perfeita, e exigia do transgressor apenas aquilo que devia exigir, ou seja, a morte como penalidade pelo pecado – a morte sob a ira divina – o Salvador foi pregado no madeiro, levando sobre Si os nossos pecados, e expiando-os uma vez por todas.” The Perpetuity of the Law of God, por C. M. Spurgeon, ps. 4-7.
“A lei moral contida nos Dez Mandamentos e corroborada pelos profetas, Ele não aboliu. Não foi o propósito da vinda de Jesus revogar qualquer das partes… Cada parte dessa Lei precisa ficar em vigor para toda a humanidade e em todos os tempos, sem depender de tempo nem de lugar, ou de qualquer outra circunstancia sujeita a mudança, mas da natureza de Deus e da natureza do homem, e da imutável relação mútua.” João Wesley, Sermons, vol. I, nº 24, ps. 221,222.
5. Quando usado com referência à profecia, que significa o termo cumprir?
Rª: Levar a efeito, acontecer, realizar, como ocorre no texto: “Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías.” Mat. 4:4.
6. Que significa o mesmo termo ao ser usado com referência à lei?
Rª: Observar, guardar, executar, agir de acordo com, como se verifica no texto: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gál. 6:2 (cf. Mat. 3:15; Tiago 2:8,9).
7. O que é que quebra a lei?
Rª: “Todo aquele, que comete pecado, quebra também a lei; e pecado é o quebrantamento da lei.” 1ª João 4:4.
Nota explicativa: Este texto diz que o pecado foi ou era a transgressão da lei, mas que o é, demonstrando assim que a lei ainda está em vigor na dispensação evangélica. “Todo aquele,” semelhantemente, mostra a universalidade dos seus reclamos obrigatórios. Quem quer que, de qualquer nação, raça ou povo, cometa pecado, transgride a lei.
8. Em que condições se acham todos os homens?
Rª: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Rom. 3:25.
9. Anulamos a lei pela fé?
Rª: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” Rom. 3:31.
10. O que, sobretudo prova a perpetuidade e imutabilidade da lei de Deus?
Rª: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito, para que todo aquele que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. “Cristo morreu por nossos pecados.” 1ª Cor. 15:3.
Nota explicativa: Caso a lei pudesse ter sido abolida, e o pecado tratado dessa maneira, Cristo não precisaria ter vindo e morrido por nossos pecados. A dádiva de Cristo, portanto, mais do que qualquer outra coisa, prova a imutabilidade da lei de Deus. Foi preciso que Cristo viesse e morresse, satisfazendo os reclamos da lei, porque de contrário o mundo pereceria. A lei não podia proporcionar o meio. Diz Spurgeon no seu sermão sobre “A Perpetuidade da Lei de Deus”: “Nosso Senhor Jesus Cristo deu maior reivindicação à lei, morrendo por haver ela sido quebrada, do que podem dar todos os perdidos por suas misérias.” A circunstância de a lei dever ser a norma do juízo, é outra prova da Sua natureza permanente. (ver Ecl. 12:13,14; Tiago 2:8-12).
11. Que relação mantém com a lei a pessoa justificada?
Rª “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus; mas os que praticam a lei hão-de ser justificados.” Romanos 2:13.
12. Como são apresentados os que hão-de estar preparados para a vinda de Cristo?
Rª: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deu e a fé de Jesus.” Apocalipse 14:12.
Conclusão: Muitos querendo esquivar-se à lei de Deus argumentam com Romanos 6:14 “…Não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
Para o seu equilíbrio espiritual, o homem necessita simultaneamente da Lei e da graça, isto é, de normas que o orientem e da possibilidade de retomar o rumo quando se extravia. Mediante a fé, não “obtemos” a salvação, mas manifestamos, pelo contrário, que aceitamos a salvação que nos é oferecida sem a merecermos. Deus vem ao nosso encontro sem exigir que sejamos antes “sábios”. Primeiro acolhe-nos, depois ensina-nos como viver. Esta verdade essencial é chamada em teologia “justificação pela fé”.