12 de abril de 2013

A LEI DE DEUS - OS 10 MANDAMENTOS

Lei e JesusO Que Diz a Igreja Presbiteriana sobre os 10 MANDAMENTOS.

Na “Confissão de Fé de Westminster”, a confissão de fé adotada pela Igreja Presbiteriana, podemos achar a posição oficial:
    “V. A Lei Moral obriga para sempre a todos a prestar-lhe obediência, tanto as pessoas justificadas como as outras, e isto não somente quanto à matéria nela contida, mas também pelo respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a deu. Cristo, no Evangelho, não desfaz de modo algum esta obrigação, antes a confirma.
    “VI. Embora os verdadeiros crentes não estejam debaixo da lei como pacto de obras, para serem por ela justificados ou condenados, contudo, ela lhes serve… como regra de vida, a vontade de Deus, e o dever que eles têm, ela os dirige e os obriga a andar segundo a retidão… Ela é também de utilidade aos regenerados, a fim de conter a sua corrupção, pois proíbe o pecado; as suas ameaças servem para mostrar o que merecem os seus pecados e quais as aflições que por causa deles devem esperar nesta vida, ainda que sejam livres da maldição ameaçada na lei. Do mesmo modo as suas promessas mostram que Deus aprova a obediência deles e que bênçãos podem esperar, obedecendo… assim o fazer um homem o bem ou o evitar ele o mal, porque a lei anima aquilo e proíbe isto, não é prova de estar ele debaixo da lei e não debaixo da graça.
    “VII. Os supracitados usos da lei não são contrários à graça do Evangelho, mas suavemente condizem com ela, pois o Espírito de Cristo submete e habilita a vontade do homem a fazer livre e alegremente aquilo que a vontade de Deus, revelada na lei, requer se faça.” — Cap. XIX da “Confissão de Fé de Westminster” (1647). Citado por Philip Schaff em “The Creeds of Christendom
    ”, vol. 3, p. 640–641. Grifos acrescentados. Essa confissão de Fé pode ser encontrada no seguinte web site: http://www.luz.eti.br/do_confissaodewestminster1647.html (acessado a 07/09/2007).
O Dr. Timothy Dwight, famoso teólogo e pregador presbiteriano, declara:
    “A Lei de Deus é e deve necessariamente ser imutável e eterna.” — Em “Theology Explained and Defended”, vol. 4, p. 120. Grifos acrescentados.
E o grande reformador João Calvino, um dos pioneiros do movimento de Reforma, e pai da Igreja Presbiteriana e da Batista, escreveu em suas “Institutas”:
    “A lei não sofreu nenhuma diminuição de sua autoridade e deve receber de nossa parte sempre o mesmo respeito e obediência.” — Vol. 2. cap. 7, sec. 15. Grifos acrescentados.
João Calvino também escreveu o seguinte em seu “Comentary on a Harmony of the Gospel”:
    “Não devemos supor que a vinda de Cristo nos tornou livres da autoridade da lei; pois ela é a norma eterna de uma vida devota e santa, e deve, portanto, ser tão imutável como a justiça de Deus, que a envolveu, é constante e uniforme.” — Vol. 1, p. 277. Grifos acrescentados.
Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição da confissão de fé presbiteriana, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Presbiteriana?

A Igreja Batista

Para o Dr. George Eldon Ladd, teólogo batista de renome, a resposta é a seguinte:
    “Está claro que a Lei continua a ser a expressão da vontade de Deus para a conduta, mesmo para aqueles que não estão mais sujeitos à lei.” — Em “Teologia do Novo Testamento”, p. 473. Grifos acrescentados.
Por seu turno, o fervoroso evangelista Dwight L. Moody acrescenta estes valiosos pensamentos:
    “Agora os homens podem cavilar como desejarem a respeito de outras partes da Bíblia, mas não encontrei jamais um homem honesto que encontrasse falta nos Dez Mandamentos. Os infiéis podem mofar o do Legislador e rejeitar Aquele que nos livrou da maldição da lei, mas não podem deixar de admitir que os mandamentos são corretos. (…) são para todas as nações, e permanecerão os mandamentos de Deus através de todos os séculos. Devem-se fazer as pessoas entenderem que os Dez Mandamentos ainda são obrigatórios, e que há uma penalidade ligada à sua violação.
    “Os mandamentos de Deus, dados a Moisés no monte, em Horebe, são tão obrigatórios hoje como o foram desde a sua proclamação aos ouvidos do povo. Os judeus diziam que a lei não foi dada na Palestina (a que pertencia a Israel), mas no deserto, porque a lei era para todas as nações.
    “Jesus jamais condenou a lei e os profetas, mas reprovou aqueles que não Lhe obedeciam. O fato de Ele haver dado novos mandamentos, não indica que abolisse os antigos. A interpretação deles por Cristo tornou-os ainda mais impressivos.”
    — Em “Weighed and Wanting” (Pesado e achado em falta), p. 11–16. Grifos acrescentados.
“Pelo fato de terem os cristãos maior luz, estão mais na obrigação de observar os preceitos da lei do que os demais”, salienta a “Sociedade de Publicações Batista” em seu Folheto n° 64, o qual declara:
    “Para provar que os Dez Mandamentos são obrigatórios, peça a qualquer pessoa que os leia, um por um, e pergunte a sua própria consciência se haveria pecado em transgredi-los. É isto, ou qualquer parte disto, a liberdade do evangelho? Toda consciência que não tiver cauterizada deve responder a esta pergunta com uma negativa. (…)
    “O Legislador e o Salvador são o mesmo; e os crentes devem estar de acordo tanto com o primeiro como com o último; mas, se menosprezarmos a lei que Cristo Se deleitou em honrar, e contestarmos nossa obrigação de a ela obedecer, como poderemos estar de acordo com Ele? Não somos antes daquele sentimento que é inimizade contra Deus, nem em verdade o pode ser? (…)
    “Se a lei não for uma norma de conduta para os crentes, e uma perfeita norma, eles não se acham sujeitos a nenhum padrão; ou, o que vem a ser a mesma coisa, estão sem lei. Mas, se é assim, não cometem nenhum pecado; pois ‘onde não há lei, não há transgressão’; e nesse caso, não tem nenhum pecado a confessar quer a Deus, quer mutuamente; e também não se acham necessitados de Cristo, como advogado para com o Pai, nem de perdão diário através de seu sangue. Assim, ao negar a lei, os homens destroem por completo o evangelho.
    Os crentes, portanto, em lugar de estarem isentos da obrigação de obedecer-lhe, acham-se sob maior obrigação de o fazer do que quaisquer homens do mundo. Estar isento disso é estar sem lei, e por conseguinte, sem pecado; neste caso poderíamos viver sem um Salvador, o que é completamente contrário à religião.” — P. 2–6.
Noutro sermão o grande evangelista Billy Graham prossegue:
    “Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial.” — Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, “Billy Graham and the New York Crusade” (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191. Grifos acrescentados.
O príncipe dos pregadores batistas, Carlos H. Spurgeon, afirma o seguinte:
    “Se alguém me diz: ‘Eis que em substituição aos Dez Mandamentos recebemos dois, que são muito mais fáceis,’ responder-lhe-ei que essa versão da lei não é de maneira alguma mais fácil. Uma tal observação implica falta de meditação e experiência. Esses dois preceitos abrangem os dez, em seu mais amplo sentido, não podendo ser considerados exclusão de um jota ou til dos mesmos. Quaisquer dificuldades existentes nos mandamentos são igualmente encontradas nos dois, que lhes são a súmula e substância. Se amais a Deus de todo o vosso coração, torna-se-vos preciso observar a primeira parte (os primeiros quatros mandamentos); e se amais o próximo como a vós mesmos, precisais observar a segunda (os outros seis mandamentos).” — Em “The Perpetuity of the Law of God”, p. 5. Grifos acrescentados.
Na revista trimestral “Mensagem da Cruz”, da “Editora Betânia”, o Pastor George R. Foster escreve:
    “Vejamos o testemunho do Apóstolo Paulo: ‘Eu morri para a lei, a fim de viver para Deus.Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.’ Gl. 2:19,20
    “Primeiro, ele disse: ‘Eu morri para a lei.’ Com isso ele não quis dizer que a lei tinha morrido para ele mas que ele tinha deixado de observar as leis cerimoniais e que tinha deixado de confiar na Lei como fonte de salvação ou poder espiritual.
    “A lei de Deus não é anulada pelo evangelho: é cumprida e transcendida por ele. É bom lembrar que Jesus não veio revogar a Lei e, sim, cumpri-la (Mateus 5:17). Habitando em nós Jesus continuará cumprindo a Lei por nosso intermédio, natural e automaticamente. A Lei continua sendo nossa orientação moral, mas a grande finalidade dela é levar-nos a Cristo e à salvação.”
    — Edição outubro-dezembro de 1986, em artigo intitulado “Viva o Evangelho de Cristo!”, p. 6–7.
O Rev. Andrew Fuller, eminente ministro batista, conhecido como o “Franklin da teologia”, diz o seguinte:
    “Se a doutrina da expiação nos leva a alimentar idéias falsas com relação à Lei de Deus, ou a negar-lhe autoridade preceituaria, podemos estar certos de que ela não é a doutrina escriturística da reconciliação. A expiação relacionava-se com a justiça e esta com a lei ou a revelada vontade do Soberano, a qual fora violada; e a própria finalidade de expiação é restaurar a honra da lei. Se a lei, que foi transgredida, fosse injusta, em vez de ser providenciada uma expiação para o seu quebrantamento, deveria ela ter sido revogada, e o Legislador levado sobre Si a vergonha de havê-la ordenado. (…) É fácil notar, por conseguinte, que na proporção em que a lei é minimizada, e o evangelho é solapado, tanto a graça como a expiação são tornadas inúteis. É o uso abusivo da lei, ou o torná-la um meio de vida, em oposição ao evangelho — para o que ela jamais foi dada a uma criatura caída — o que as Escrituras Sagradas desaprovam; e não a lei como revelada vontade de Deus, o imutável padrão entre o direito de Deus, o imutável padrão entre o direito e o erro. Deste ponto de vista foi que os apóstolos nela se deleitaram; e se somos cristãos deleitar-nos-emos nela também, e não nos oporemos a estar sob ela como uma norma de dever; pois nenhum homem se opõe a ser governado pelas leis de que gosta.” — Em “Atonement of Christ”. Ver “Works of Andrew Fuller”, p. 160–161.
E o posicionamento oficial da Igreja Batista defendendo a vigência da Lei Moral:
    “Para sempre a Lei Moral requer obediência de todos, tanto de pessoas justificadas quanto das demais. E isto não apenas por causa do assunto de que trata essa lei, mas, também, por causa da autoridade de Deus, o Criador, que a impôs. No evangelho, Cristo de modo nenhum dissolve a lei, antes confirma a sua obrigatoriedade.” — Em “Confissão de Fé Batista de Londres” (1689), art. XIX, tomo III e IV. Grifos acrescentados.
Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição da confissão de fé batista, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Batista?

A Igreja Congregacional

Do artigo 21 de “Os Vinte e Oito Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo”, declaração de fé oficial da Igreja Congregacional, consta a seguinte afirmação, sob o título “Da Obediência dos Crentes”:
    “Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei, senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça. Ef 2:8,9; I Jo 5:2,3; Tt 3:4–8.” — Grifos acrescentados. Essa declaração de fé pode ser encontrada no web site oficial da denominação. Para visualizá-la, clique aqui.
Jonathan Edwards, um grande pregador da Igreja Congregacional, e por algum tempo presidente da Universidade de Princeton, afirma:
    “Através da expiação de Cristo maior honra é concedida à lei, e, conseqüentemente, é ela mais estabelecida do que se houvesse sido executada literalmente e toda a humanidade condenada. Tudo o que concorre para maior engrandecimento da lei, contribui para estabelecer-lhe a autoridade.” — Em “The Works of Jonathan Edwards”, ed. de 1842, vol. 2, p. 369.
Trecho do hino nº 519 do “Hinário Salmos e Hinos”, utilizado pela Igreja Congregacional:
    “Salvação por homens dada, paz fingida, paz comprada, lei de Deus falsificada, tudo rejeitai! Lei de Deus não muda, o Senhor ajuda a quem cumprir sem desistir”.
Conforme foi visto acima, os congregacionalistas têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. Depois de mostrarmos o ensinamento expresso em seu próprio hinário, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial das Igrejas Congregacionais?

A Igreja Luterana

A posição oficial da Igreja Luterana pode ser expressada por um de seus catecismos mais conhecidos:
    “Conquanto aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e são sinceramente convertidos a Deus, estão mediante Cristo libertos da maldição e restrições da lei, não obstante não estão, nesse sentido, sem lei, uma vez que o Filho de Deus os redimiu para a razão mesma de que possam meditar sobre a Lei de Deus dia e noite, e continuamente exercitar-se em sua observância.” — Extraído de “Fórmula de Concórdia”, art. 6. Grifos acrescentados.
Martinho Lutero no “Prefácio à Epístola aos Romanos” declara o seguinte sobre o capítulo 6:
    “Ser sem lei’ não é o mesmo que não ter lei alguma e que se possa fazer o que apraz a cada um, senão que ‘estar debaixo da lei’ é quando, sem a graça, lidamos com as obras da lei. (…) A graça, porém, nos torna a lei agradável de sorte que não há mais pecado e a lei não está contra nós, mas em harmonia conosco.
    “Esta é a verdadeira liberdade do pecado e da lei… É uma liberdade de fazer apenas o bem com vontade e de viver corretamente sem a coação da lei. Por isso tal liberdade é uma liberdade espiritual, que não anula a lei, e sim oferece aquilo que é exigido pela lei”.
E o que declara o famoso “Catecismo Menor” escrito pelo próprio Martinho Lutero:
    “23. Que espécies de leis deu Deus no Velho Testamento?
    “Três espécies: 1. A Lei Eclesiástica Cerimonial; 2. A Lei Civil; 3. A Lei Moral.
    “24. Qual destas leis está ainda em vigor?
    “A Lei Moral, a qual está contida nos Dez Mandamentos.
    “25. Pode esta lei ser abolida?
    “Não; pois ela está fundamentada sobre a natureza santa e justa de Deus.” — Em “Epítome of Pontoppidan’s Explanation of Martin Luther’s Small Catechism” (1935), p. 6–7. Grifos acrescentados.
O mesmo catecismo declara no final da parte “Os Dez Mandamentos”:
    “Deus ameaça castigar todas as pessoas que não cumprem estes mandamentos; por isso, devemos temer a Sua ira e não deixar de cumpri-los; mas Ele promete graça e todo o bem às pessoas que os praticam. Por isso, devemos amá-lo, confiar nEle e guardar os Seus mandamentos de boa vontade.”
    “Até que ponto foi a lei ab-rogada. A Lei de Deus é, pois, ab-rogada na medida em que ela não mais nos condena, nem opera ira em nós. Estamos debaixo da graça e não debaixo da Lei. Além disso, Cristo cumpriu todas as formas da Lei. Daí, vindo o corpo, cessaram as sombras, de modo que agora em Cristo temos a verdade e toda a plenitude. Contudo, de modo nenhum rejeitamos por isso a Lei. Lembramo-nos das palavras do Senhor, que disse: ‘Não vim para revogar, vim para cumprir’ (Mat 5.17). Sabemos que na Lei nos são ensinados os padrões de virtudes e vícios. Sabemos que a Lei escrita, quando explicado pelo Evangelho, é útil à Igreja, e que, portanto, sua leitura não deve ser excluída da Igreja. E, embora a face de Moisés estivesse recoberta com um véu, no entanto o apóstolo diz que o véu foi retirado e abolido por Cristo.
    “As seitas. Condenamos tudo o que os heréticos, antigos e modernos, ensinaram contra a Lei.”
    — Em “Confissão de Fé Helvética”, art. “Da Lei de Deus”. Grifos acrescentados.
Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição da confissão de fé luterana, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Luterana?

A Igreja Metodista

Milhares e milhões de cristãos por todo o mundo têm honrado a memória de John Wesley, o grande reavivalista do século XVII e pai do metodismo. Esse grande reformador foi um dos que mais firmemente defendeu a observância da Lei de Deus:
    “A Lei Moral, contida nos Dez Mandamentos, e realçada pelos profetas, Ele (Cristo) não aboliu. Sua vinda não teve como objetivo revogar qualquer parte dela. Esta é uma lei que jamais pode ser anulada, que permanece firme como ‘a testemunha do Céu’ (Sl. 89:37). A Lei Moral encontra-se em um fundamento inteiramente diferente da lei cerimonial ou ritual. (…) Todas as partes da lei (moral) devem permanecer em vigor em todo o mundo, e em todos os tempos; pois não dependem quer de tempo quer de lugar, ou de quaisquer circunstâncias sujeitas a mudanças, mas da natureza de Deus e do homem, e da sua imutável relação de um para com outro.” —
    Em “The Works of the Rev. John Wesley”, A.M. (As obra do Rev. John Wesley, A.M.), Johnny Emory, ed. (New York: Eaton & Mains), sermão nº 25, vol. 1. p. 221. Ver também em “On the Sermon on the Mount”, dis. 6, “Sermons on Several Occasions” (1810), sermão nº 35, p. 75–76. Grifos acrescentados.
O bispo metodista E. O. Haven, o qual por algum tempo foi presidente da Universidade de Michigan, em sua obra “Pillars of Truth”, declarou:
    “Este Decálogo jamais pode tornar-se obsoleto. Ele foi destinado a todos os homens, e, obedecido, cumulará a todos os homens nobres e virtuosos de bênçãos imortais. É uma espécie de consagração dos ensinos morais da Bíblia.” — P. 235. Grifos acrescentados.
O grande reavivalista e reformador, pai do metodismo, John Wesley, ainda tem mais a dizer sobre o dever dos cristãos em observar a Lei de Deus, os Dez Mandamentos. Disse ele:
    “Entre os mais acérrimos inimigos do evangelho de Cristo, estão os que, aberta e explicitamente, ‘julgam a lei’ e ‘falam mal da lei’; aqueles que ensinam os homens a quebrar… não apenas um dos menores ou dos maiores mandamentos, mas todos os mandamentos de uma só vez; que ensinam, sem nenhum disfarce, em palavras como estas: ‘Que fez nosso Senhor com a lei? Ele a aboliu. Há apenas uma obrigação: a de crer…’ Isto é, na verdade, demolir enunciados com muita violência; é resistir nosso Senhor na cara e dizer-Lhe que Ele não soube dar a mensagem para a qual fora enviado. (…)
    “A mais surpreendente de todas as circunstancias, que acompanha este grande engano é que, aqueles que a ele se entregam, crêem realmente que honram a Cristo, ao Lhe destruírem a lei, e que estão magnificando o Seu serviço, ao passo que Lhe estão destruindo a doutrina! Na verdade, estes honram a Cristo exatamente como o fez Judas, quando disse: ‘Eu Te saúdo, Mestre, e O beijou.’ (…) Não é outra coisa senão traí-Lo com um beijo, falar de Seu sangue e arrancar-Lhe a coroa; considerar levianamente qualquer parte de Sua lei, sob o pretexto de fazer avançar o evangelho.”
    — Em “Upon Our Lord’s Sermon on the Mount”, dis. 5, “Sermons on Several Occasions” (1810), sermão nº 35, p. 81–82. Também em “Works of Wesley” (edição de 1829), vol. 5, p. 311. Grifos acrescentados.
Depois de mostrarmos o pensamento de seu fundador e a posição oficial da confissão de fé metodista, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Metodista? Conforme foi visto acima, não só seu fundador, John Wesley, mas também teólogos e autoridades atuais da denominação têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.

A Igreja Anglicana/Episcopal

Vejamos o que ficou decidido no “Sínodo de Dort”, na parte referente a rejeição de erros:
    “Erro 4 — A nova aliança da graça, que Deus o Pai, mediante a morte de Cristo, estabeleceu com o homem, não consiste nisso que nós estamos justificados diante de Deus e salvos pela fé se ela aceita o mérito de Cristo. Ela consiste no fato de que Deus revogou a exigência de perfeita obediência à lei e considera agora a própria fé e a obediência de fé, ainda que imperfeitas, como a perfeita obediência à lei. Ele acha, em sua graça, que elas sejam dignas da recompensa da vida eterna.
    “Refutação — Os que ensinam isto contradizem a Escritura: ‘…sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé…’ (Rom 3:24, 25). Eles introduzem, junto com o ímpio Socino, uma nova e estranha justificação do homem diante de Deus, contrária ao consenso da Igreja inteira.”
    — Em “Rejeição de Erros” do cap. 2 — “A Morte de Cristo e a Redenção do Homem por Meio Dela”.
Podemos citar também o que declara o grande reformador escocês John Knox no documento oficial da denominação, capítulo 15, sob o título “A Perfeição da Lei e a Imperfeição do Homem”:
    “Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade eterna; (…) Mesmo depois de sermos regenerados… importa que nos apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação… cumpramos a Lei em todos os pontos…
    “Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a não devermos mais obediência alguma à Lei… mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta… dará à Lei a obediência que ela requer.”
    — Em “Confissão de Fé Escocesa”. Grifos acrescentados.
    “As leis básicas de moralidade, e em particular os Dez Mandamentos, permanecem até o fim do tempo como o alicerce moral e espiritual sobre o qual se acha construída a religião do Novo Testamento.” — Extraído de “The Snowden-Douglass Sunday School Lessons”, 1946, p. 279. Grifos acrescentados. Essa lição está à venda por $24.94. Para adquiri-la, clique aqui.
Finalmente, vejamos a posição oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal, a qual se encontra em sua confissão de fé, os “Trinta e Nove Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra” (1571), documento confessional há séculos acatado não só por anglicanos ou episcopais, mas também por metodistas e metodistas livres, ao estipular em seu artigo 7, sobre a lei divina:
    “O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. (…) Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.” — Ver também em “Constituição da Igreja Metodista Episcopal”, em “Methodist Episcopal Church Doctrines and Discipline” (1928), p. 7. E em “Free Methodist Discipline”. Grifos acrescentados. Essa confissão de fé pode ser encontrada no seguinte website: http://www.monergismo.com/textos/credos/39artigos.htm (acessado a 22/09/2007).
Depois de mostrarmos na confissão de fé o posicionamento oficial anglicano ou episcopal, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal? Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da denominação têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.

A Igreja Católica

Podemos encontrar a resposta a esta questão no “Primeiro Catecismo da Doutrina Cristã”, que diz o seguinte:
    “Sim. Somos obrigados a observar os mandamentos da lei de Deus, pois devemos respeitar a ordem que o Pai Celeste quis dar ao mundo. Basta pecar gravemente contra um só deles para merecermos o inferno.” — P. 33–34. Grifos acrescentados.
O Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, também responde muito bem essa pergunta no “Catecismo Romano”, onde lemos:
    “Dentre as razões que movem o coração do homem a cumprir os preceitos do Decálogo, sobressai, como o mais eficiente, o fato de ser Deus o autor dessa mesma lei. (…) Estava essa luz divina quase ofuscada por maus costumes e vícios inveterados entre os homens. Todavia, pela promulgação da Lei de Moisés, Deus não trouxe uma luz nova, mas deu antes maior fulgor à primitiva. É preciso explicar assim, para que o povo não se julgue livre do Decálogo, quando ouve dizer que a Lei de Moisés está ab-rogada.
    “Ainda mais. É absolutamente certo que não devemos cumprir esses preceitos, por ser Moisés que os promulgou, mas por serem inatos em todos os corações, e por terem sido explicados e confirmados por Cristo Nosso Senhor.”
    — P. 399–400. Grifos acrescentados.
Aí está! Não só a “Santa Madre Igreja” crê que o Decálogo está em vigor, mas incentiva a todos os fiéis para obedecê-los.
Também o Pe. Júlio Maria adiciona mais alguma coisa ao que foi lido:
    “Os mandamentos, com o ensino moral, são eternos porque são a expressão da lei natural; e por isso Jesus Cristo não pode suprimi-los.” — Em “Ataques Protestantes”, p. 98. Grifos acrescentados.
Depois de mostrarmos o pensamento no próprio catecismo católico, precisaríamos citar mais alguma fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Católica?

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“Escute as minhas palavras e preste atenção em tudo o que vou dizer…
“Darei a minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração.” (Job 33:1,3)