Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. João 17:17.
O que é a santificação? É entregar-se inteiramente e sem reservas — alma, corpo e espírito — a Deus; lidar com justiça; amar a misericórdia e andar humildemente com Deus; saber e cumprir a vontade de Deus sem consideração para com o próprio eu e o seu interesse; ter mente espiritual, pura, abnegada, santa, e sem mancha nem mácula.
É mediante a verdade, pelo poder do Espírito Santo, que devemos ser santificados — transformados à semelhança com Cristo. E para que esta mudança possa ocorrer em nós, importa que haja incondicional e sincera aceitação da verdade, uma plena entrega da vida ao Seu poder transformador.
O nosso carácter é por natureza torcido e pervertido. Por falta do devido desenvolvimento, carece de simetria. Juntamente com qualidades excelentes há traços objectáveis e, devido à longa condescendência as tendências erróneas tornam-se segunda natureza, e muitas pessoas se apegam tenazmente a suas peculiaridades. Mesmo depois de professarem aceitar a verdade, entregar-se a Cristo, condescendem com os mesmos velhos hábitos, manifestam o mesmo amor-próprio, entretêm as mesmas falsas ideias. Se bem que essas pessoas pretendam estar convertidas, é evidente que não se submeteram ao poder transformador da verdade.
Se aquele que assim representa mal a Cristo pudesse saber que dano tem sido ocasionado pelas faltas de caráter que ele tem desculpado e nutrido, encher-se-ia de horror.
Ninguém julgue que os seus caminhos não precisem mudar-se. … Ninguém pode andar em segurança a menos que desconfie de si mesmo, e esteja constantemente olhando a Palavra de Deus, estudando-a com coração voluntário para ver os próprios erros, e aprender a vontade de Cristo, orando para que ela se cumpra nele, por ele e por seu intermédio. Mostram que a sua confiança não está neles mesmos, mas em Cristo. Consideram a verdade sagrado tesouro, capaz de santificar e refinar, e estão de contínuo procurando pôr suas palavras e seus caminhos em harmonia com os princípios dela.
Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 208.