1. Qual a diferença entre espiritismo e
espiritualismo?
Rª
1: “Doutrina cujos partidários pretendem comunicar-se com os espíritos dos
mortos, por um intermediário, a que dão o nome de médium.” Dicionário
Contemporâneo, de Aulette.
Rª
2: “A crença daqueles que pensam que se estabelecem ocasionalmente
comunicações entre os vivos e os mortos que sobrevivem de alguma outra forma de
existência.” Enciclopédia e Dicionário Internacional, W.M.Jackson.
Rª
3: “A verdade primordial do espiritismo consiste na faculdade e
possibilidade de o espírito voltar, sob certas condições, e comunicar-se com os
que estão na matéria.” N.F. Rawlin, pregador espírita, da Califórnia.
2. Existia esta doutrina nos tempos antigos?
Rª: Sim! A Bíblia avisa: “Não vos virareis
para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com
eles; Eu sou o Senhor vosso Deus.” Lev. 19:31.
3. Como considera Deus os feiticeiros?
Rª: “E chegar-me-ei a vós para juízo, e
serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros.” Malaquias 3:5
4. Que diz o Senhor dos ensinos dos agoureiros
e encantadores?
Rª: “E não deis ouvidos aos…vossos agoureiros,
e aos vossos encantadores, …porque mentiras vos profetizam, para vos mandarem
para longe da terra.” Jer. 27:9 e 10.
5. Como classifica S. Paulo a feitiçaria, e
que diz ele dos que são culpados dessas coisas?
Rª: “Idolatria, feitiçaria, inimizades,
porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios,
bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os
que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” Gálatas 5:20,21.
(negrito nosso)
6. Que deverá fazer alguém se for convidado a
consultar um espírito adivinho?
Rª: “Quando, pois, vos disserem: Consultai
os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram:
Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á
aos mortos?” Isaías 8:19
Nota:
Dando o sentido desta passagem bíblica o Dr. Adam Clarke diz: “Não recorreria
uma nação ao seu Deus? Por que se interrogariam os mortos no que concerne aos
vivos?” Mas isso é exactamente o que o espiritismo manda fazerem e a igreja
Católica romana também – interrogar os mortos naquilo que concerne aos vivos.
Ver: Eclesiastes o estado dos mortos; Ecl.
9:5,6,10; Apocalipse 16:14; 1ª Tim. 4:1.
7. Que conselho nos dá a Palavra de Deus?
Rª: “À lei e ao testemunho, se eles não
falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Isaías 8:20.
José
Carlos Costa, pastor
Para um
esclarecimento cabal leia a experiência do rei Saul
O relato de I Samuel 28:7-25 tem levado muitos a citarem
esta experiência como uma prova do estado de consciência na morte.
Os versículos que narram a história do rei Saul e a pitonisa
aparecem sem nenhum comentário. Esta
narrativa é verdadeiramente dramática e o autor inspirado não detém a sequência da ação para uma exposição doutrinária. É necessário portanto, conhecer todo o contexto e as circunstancias que envolveram o incidente, bem como todas as verdades dadas em outras partes da Bíblia, para compreender o pleno significado da história desta sessão espírita.
narrativa é verdadeiramente dramática e o autor inspirado não detém a sequência da ação para uma exposição doutrinária. É necessário portanto, conhecer todo o contexto e as circunstancias que envolveram o incidente, bem como todas as verdades dadas em outras partes da Bíblia, para compreender o pleno significado da história desta sessão espírita.
Antes de mais nada, devemos ter em mente que o rei Saul era
homem perdido, a quem Deus rejeitara e de quem o Espírito Santo se retirara. II
Sam. 13:11-14; 15:13-35; 16:14). Havia ele cometido o pecado imperdoável de
persistir na justificação própria e desobediência até que Deus cessou
inteiramente de comunicar-se com ele, deixando-o ao inteiro domínio de Satanás.
(I Sam. 28:6). Foi depois de haver chegado a este ponto que Saul teve a sua
experiência com a pitonisa de En-Dor. As ações de um homem perdido,
inteiramente sob o controle de Satanás, são fonte paupérrima de prova para a
verdade. Elas só podem constituir uma fonte dos enganos de Satanás.
Examinemos a seguir o contexto dos atos de Saul na consulta
à pitonisa. Os filisteus tinham invadido a terra de Israel, e Saul estava
acovardado. Estava grandemente necessitado do auxílio de Deus, que lhe recusou
resposta por qualquer dos meios que Ele próprio estabelecera para revelar-se a
Seu povo. (I Sam. 28:6). Os três meios menciona dos neste verso foram vedados a
Saul porquanto era homem perdido.
O significado da afirmação encontrada em I Sam. 28:6 é, que
nenhuma comunicação sobrenatural que Saul subsequentemente pudesse receber
seria de Deus, mas sim do diabo. Evidentemente Saul sentiu isto, pois foi à
procura de outra fonte que não a de Deus. “Então disse Saul aos seus servos:
Apontai-me uma mulher que seja médium”. Outras traduções dizem: que tenha o
espírito de feiticeira. (28:7). Pela lógica das circunstâncias) essa mulher só
poderia ser uma fonte de informações satânicas, e coisa alguma na entrevista em
questão nos autoriza a tomá-la como verdade de Deus.
Examinemos os pormenores da experiência em si. Saul teve
alguma dificuldade em encontrar uma pessoa que estivesse em comunicação com os
espíritos, porque Deus havia proibido tais agentes de Satanás entre Seu povo.
Ao estabelecer a nação de Israel numa terra expurgada da idolatria, Ele
proibiu, sob pena de morte, toda comunicação com os espíritos (Êxodo 22:18);
Deut, 18:9-14). Esta é mais uma razão para não aceitarmos nada nesta entrevista
como sendo verdade ou evidência de alguma doutrina verdadeira. Sua fonte é uma
“abominação” para Deus.
Tudo nesta entrevista está mesclado de falsidade. “Saul se
disfarçou”. v. 8. Ele enganou a mulher com sua identidade. v. 12. É esta a
maneira de revelar-nos Deus a verdade – pela mentira e por um processo que Ele
chamara “abominação”?
Saul pediu à mulher que fizesse “subir a Samuel”. Por que
não “descer” se Samuel estava no Céu? Parece que a mulher foi a única pessoa
que viu a aparição, pois Saul pediu que ela lha descrevesse (vs. 13 e 14). Sua
descrição convenceu a Saul de que o espírito era Samuel; mas isso não prova de
maneira alguma que de fato fosse Samuel. Apenas prova que houve materialização
sobrenatural de algo que se assemelhava a Samuel. Uma vez que Satanás tem o
poder de personalizar-se para executar seus maus propósitos (II Cor. 11:13-15),
nada do que essa aparição disse, fez ou procurou parecer, prova por si mesmo
ser Samuel. Tal prova haveria de ser inteiramente objetiva, isto é, fora das
declarações da aparição em si mesma.
O espírito que apareceu era real, pois a própria mulher
estava aterrorizada (vs. 12 e 13). Se tal aparição fosse de um anjo, ou o
espírito de um santo de Deus vindo do Céu, teria produzido conforto e paz, em
vez de temor. As palavras do espírito a Saul foram impertinentes e
mal-humoradas (v. 15) indignas de um santo glorificado ou de um anjo bom. Além
disso, o diálogo entre Saul e o espírito, indicam claramente que ambos sabiam
que Saul estava buscando uma fonte de informação não divina ou celestial. Os
versos 17 e 18 estão em harmonia com o malicioso espírito de Satanás; ele
sempre atormenta aqueles aos quais engana e leva ao pecado. Nada há em toda
esta conversação que lembre Samuel ou qualquer indício do Espírito de Deus,
muito embora o espírito declarasse ser Samuel.
O clímax do aspecto satânico das palavras do espírito é
encontrado no verso 19. O espírito simplesmente não poderia manter-se mascarado
até ao fim. Samuel, sem dúvida, se as almas mortas estão conscientes, foi
imediatamente para o Céu após sua morte. A Bíblia afirma que ele havia morrido
e sido sepultado (v. 3). Mas o espírito de Saul, levando-se em conta repetidas
afirmações de que ele era homem perdido, inteiramente rejeitado por Deus, não
poderia ir para o mesmo bem-aventurado lugar de habitação que o espírito de
Samuel. Entretanto esse espírito diz que Saul e seus filhos estariam com ele –
onde quer que ele fosse! Saul subentendeu por essas palavras o significado de
sua morte. Ou esse espírito não era Samuel ou este mentiu ao dizer que Saul
iria para o Céu quando morresse – ou as duas coisas são mentira. Se o espírito
fosse de fato Samuel, não mentiria, mas o espírito mentiu em dois pontos: nem é
verdade que o espírito de Saul tenha ido para o Céu, nem seria no dia seguinte,
mas vários dias mais tarde, quando Saul morreu. Saul ter-se-ia mostrado feliz
se tivesse entendido pelas palavras do espírito que iria para o Céu. Em vez
disso, porém, sabendo-se homem perdido por comunicar-se com o espírito de
Satanás, as palavras ameaçadoras do arquiinimigo levaram-no a tentar o suicídio
nessa noite (versos 20-23) e executar esse propósito vários dias mais tarde (I
Sam. 31:3-6).
Nada há nessa entrevista que não seja engano, mentira e
perversidade. É parte do grosseiro piano de Satanás infligir um último engano à
vítima já levada à destruição.
Para que crêssemos ser este espírito a alma desencarnada de
Samuel, precisaríamos de testemunho mais objetivo do que a declaração da
pretensa materialização e a febril imaginação do médium e de Saul. lias a
evidência objetiva é toda para o outro lado. Antes deste evento, temos as
repetidas afirmações de que consultas desta natureza eram abominação para Deus,
por serem comunicações com falsos deuses, ou demónios. Depois do acontecimento,
temos a afirmação de que por esse pecado culminante Saul perdeu a vida e a
salvação (I Crón. 10:13-14). E temos as afirmações reiteradas da Bíblia de que
“os mortos não sabem coisa nenhuma”, não voltam, e dormem na sepultura até que
Deus os chame no dia da ressurreição. (Ecles. 9:5, 6 e 10; Jó 14:10; 12-15, 20,
21 e 22; 17:13; Sal. 146:4; 6:5, e outros passos).
Texto de Autoria de
Pedro Apolinário extraído da Apostila Leia e Compreenda Melhor a Bíblia.