Dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas
as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador. Tito 2:10.
Todo aquele que profere o nome de Cristo deve adornar a
doutrina de Cristo, nosso Salvador, por uma vida bem ordenada e sua piedosa
conversação, isto é, o ornamento de um espírito manso e quieto. … Possuindo
isso, recebereis o favor tanto de Deus como dos homens.
Palavras faladas precipitadamente magoam e ferem pessoas, e
a ferida mais profunda é feita na alma do que as profere. O dom de Cristo, o
adorno de um espírito manso e quieto, é com autoridade declarado por Aquele que
não pode errar, ser de grande preço. Precisamos descobrir, cada um, seu valor
para nós, buscando-o de Deus. Seja qual for a maneira por que os homens nos
estimem, se usarmos este ornamento, trazemos o distintivo de nosso discipulado
para com Cristo. Somos estimados pelo Altíssimo; pois o ornamento que usamos é
aos Seus olhos de grande valor. Esta preciosa gema deve ser buscada.
Sobrevirão a toda pessoa coisas de molde a provocar, a
suscitar ira, e se não vos achardes sob o domínio de Deus, ficareis provocados
quando isso acontecer. Mas a mansidão de Cristo acalma o espírito irritado,
controla a língua e põe todo o ser em sujeição a Deus. Assim aprenderemos a
suportar censura de outros. Seremos injustamente julgados, mas o precioso
ornamento de um espírito manso e quieto nos ensina a sofrer, a ter compaixão
dos que proferem palavras precipitadas, imprudentes.
Todo espírito desagradável que se manifesta desperta com
certeza o demônio da paixão em corações que não se acham em guarda. Não é
preciso fortalecer a ímpia ira, antes refreá-la. Ela é uma faísca que ateará um
incêndio na natureza humana não domada. Evitai falar palavras que suscitem
contendas. Antes sofrei a injustiça, e não a cometais vós. Deus requer que
todos os Seus seguidores, o quanto possível, vivam em paz com todos os homens.
Precisamos ser semelhantes a Cristo. Esforcemo-nos por
tornar nossa vida aquilo que Cristo designa que ela seja, cheia do aroma do
amor de Deus e de nossos semelhantes, cheia do próprio Espírito divino de
Cristo, cheia de santas aspirações para com Deus, rica na beleza da semelhança
com Cristo.
Ellen G. White, Cuidado de Deus, pág. 111.