6 de setembro de 2010

O BAPTISMO CRISTÃO

O baptismo é uma ordenança evangélica em comemoração da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. No baptismo é dado um testemunho público de que o baptizado foi crucificado com Cristo, com Ele sepultado, e ressurgiu para andar em novidade de vida. Só um meio de baptismo pode representar devidamente esses factos da vida, e esse é a imersão – o modo seguido por Cristo e pela Igreja Primitiva.
1. Qual é a ordenança no contexto da Bíblia que se acha ligada à aceitação do Evangelho?
Rª: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:15,16.
2. Que relação fez o Apóstolo Pedro entre o Pentecostes e o baptismo?
Rª: “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” Actos 2:38
Nota: “Arrependei-vos” – grego metanoéõ, “pensar de uma forma diferente”, ou seja, “mudar a forma de pensar”, “mudar de propósito”. Compreende muito mais do que a confissão do pecado. Do ponto de teológico, a palavra não só implica em mudança de ideias, mas também uma nova direcção na vontade, modificação de propósitos e atitudes. O baptismo tem subjacente a ideia de arrependimento de se ter vivido sem Deus respeitar a vontade de Deus.
3. Que se segue imediatamente ao reconhecimento que se ofendeu Cristo e que é reconhecido como Salvador?
Rª: “Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.
Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as feridas; e logo foi baptizado, ele e todos os seus.” Actos 16:31,33.
Nota: “Crê no Senhor Jesus” – As circunstancias não permitiam uma profunda explicação teológica. O carcereiro atemorizado necessitava de instruções concretas para chegar à salvação. A sua situação pode comparar-se aquela do ladrão na cruz (Luc. 23:39-43). Os prisioneiros cristãos ocuparam-se da urgente necessidade do carcereiro. Resumiram os ensinamentos numa fórmula simples para que ele pudesse compreender mais facilmente. Esta fórmula não representava o ensinamento cristão; no entanto, nesse momento quiseram inculcar no suplicante a verdade que a salvação depende de crença pessoal na obra e vida redentora de Jesus Cristo.
4. Qual é o único meio de lavar os pecados?
Rª: “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogénito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados.” Apocalipse 1:5 (cf. Mat. 28:19; Gál. 3:27; Rom. 6:3).
Nota: “pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados” – “libertou”, grego lúõ, “soltou”. Ser soltos dos pecados, é ser liberto do castigo e do poder do pecado (ver João 3:16; Rom. 6:16-18,21-22). “pelo seu sangue”, ou por seu sangue, quer dizer pela morte de Cristo na cruz. Foi um sacrifício vicário (Is. 53:4-6).
5. Como descreve a Bíblia o baptismo?
Rª: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo baptismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.” Rom. 6:4,5,8.
Nota: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo baptismo na morte”. O termo “sepultados” do grego suntháptomai, “ser sepultado junto com”. A comparação que é feito pelo Apóstolo Paulo “sepultados” e “baptismo”, demonstra que os primeiros cristãos baptizavam por imersão. Se Paulo estivesse a referir-se a uma outra forma de baptismo que veio a popularizar-se nos séculos posteriores, a analogia usada nestes versículos teria sido inútil e sem sentido.
6. Como foi o baptismo de Jesus?
Rª: 13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.
16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:)
7. Depois que o crente se uniu a Cristo na semelhança da Sua morte e ressurreição, que deve o crente fazer?
Rª: “Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” Col. 3.1.
Nota: O Apóstolo Paulo evidencia os privilégios que o crente tem em pertencer ao Salvador; é inútil recorrer a uma religião legalista e rotineira, cheia de praticas e rituais que contrastam com o cristianismo confiante e feliz. O impulso da vontade vitalizado pelo poder de Jesus, deve ser dirigido para as coisas celestiais. Os propósitos e os esforços do homem, já não se centram no mundo, focam-se nas realidades celestes que por antecipação se vivem aqui e agora.
Conclusão:
A verdade presente conduz para a frente e para o alto, agrupando os necessitados, os oprimidos, os sofredores, e os destituídos. Todos os que vierem devem ser levados ao aprisco. Em sua vida deve ocorrer uma reforma que os tornará membros da família real, filhos do celeste Rei. Ao ouvirem a mensagem da verdade, homens e mulheres são levados a aceitar o sábado e unir-se à igreja pelo baptismo. Devem eles levar o sinal de Deus por observarem o sábado da criação. Devem saber por experiência própria que a obediência aos mandamentos de Deus significa vida eterna.