29 de junho de 2012

Adventista Leandro Quadros Debate sobre Alimentação na RIT TV

Debate teológico sobre a importância da boa alimentação e sua influência na vida espiritual do crente ocorrido em 22/08 na rede de TV RIT, que pertence ao missionário R. R. Soares.

O programa “Vejam Só!”, apresentado pelo Reverendo Éber Cocareli, lançou a seguinte questão: “Comer mal é pecado contra o templo do Espírito Santo [corpo]. Então, as igrejas não deveriam ensinar a comer direito?”

De um lado Leandro Quadros defendia a posição bíblica de que uma alimentação saudável está intimamente relacionada a uma espiritualidade saudável (1Co 10:31). Do outro, o Pr. Othoniel Rodrigues, palestrante do Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) e líder do Ministério Evangélico de Missão Integral Graça (MEMING), estava em defesa da ideia de que o alimentar-se errado não é pecado, mesmo que traga consequências danosas à saúde.


Fonte: Na Mira da Verdade

27 de junho de 2012

Cristo, o Grande Mestre

“Na sua vida, Cristo foi um exemplo edificante, que nos traçou normas salutares de conduta; em sua morte, um sacrifício propiciatório pelos nossos pecadores; em sua ressurreição, um conquistador; em sua ascensão, um rei; em sua intercessão, um sumo sacerdote.” Matinho Lutero
1. Que notícia levaram os oficiais enviados pelos principais dos sacerdotes e fariseus para prenderem Jesus?
Rª: “Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.” João 7:46
Nota: O que podemos é formar uma pequena ideia enquanto à maneira exata como falava Jesus em público. A acção e a voz, a expressão e articulação são coisas que devem ser vistas e ouvidas para serem apreciadas. Não há dúvida de que o modo de Nosso Senhor era particularmente solene, impressionante e imponente. Quiçá era algo muito diferente da entoação que os judeus davam à leitura da lei, e muito diferente do que os magistrados e o povo estavam habituados a ouvir todos os dias.
2. Como ensinava Cristo o povo?
Rª: “Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.” Mat. 7:29.
Nota: O ensino dos escribas e anciãos era frio e formal, qual uma lição aprendida como papagaio. Para eles a Palavra de Deus não possuía nenhum poder vital. As suas próprias ideias e tradições substituíam o ensino dela. Na costumada rotina do serviço professavam eles explicar a lei, mas nenhuma inspiração de Deus lhes comovia o coração nem o dos seus ouvintes.
3. Por que era a pregação de Cristo tão impressiva?
Rª: “Porque a Sua palavra era com autoridade.” Lucas 4:32.
4. De que estava Ele cheio?
Rª: “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.” Lucas 4:1.
5. Com que abundancia Lhe foi o Espírito concedido?
Rª: “Porque Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não Lhe dá Deus o Espírito por medida.” João 3:34.
6. Que pergunta suscitou o maravilhoso ensino de Cristo?
Rª: “E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas?” Mateus 13:54.
Nota: É óbvio que parecia incrível para as pessoas de Nazaré que Aquele que tinha vivido entre eles pudesse falar desta maneira. Nem os dirigentes judeus nem as pessoas comuns de Nazaré pensaram em negar a inteligência de Jesus, compreensão e sabedoria infinitamente superiores de Jesus. Era algo demasiado evidente. De fato, era isso que desconcertava as pessoas.
7. Que disse Isaías que Cristo havia de fazer com a lei?
Rª “Engrandecerá Ele a lei, e a fará ilustre.” Isaías 42:21 (Trad. Trinitária).
8. Como alguns julgassem que Ele tinha vindo destruir a lei, que disse Cristo?
Rª: “17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5:
Nota: ver. 17 – “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas.” “lei. Gr., “nómos” – aqui equivale ao Hebraico “torah”, que compreende toda a vontade revelada de Deus (ver Sal. 119:1,22; Prov. 3:1). A expressão “a lei e os profetas” representa a divisão das Escrituras do AT em duas partes (Mat. 7:12; 11:13; 22:40; Lucas 16:16; João 1:45, Rom. 3:21). Esta classificação encontra-se na antiga literatura hebraica. No entanto, a divisão mais comum entre os judeus era a triple divisão: a lei, os profetas e os salmos (Lucas 24:44).
Cristo mostra claramente que não Ele mas eles que destruíam a lei, invalidando-a com as suas tradições (Mat. 15:3,6).
9. Que testemunho deu Nicodemos a Seu respeito?
Rª: “Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” João 3:2.
10. Que levaram as palavras de Cristo junto ao poço de Jacob a samaritana a fazer?
Rª: “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?” João 4:28,29.
11. Que efeito teve sobre os dois que iam a caminho de Emaús a conversa de Jesus com eles?
Rª: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” Lucas 24:32.
12. A que encaminha Cristo a atenção nos Seus ensinos?
Rª: “27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.
45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.” Lucas 24: 27, 44-45.
Conclusão: Como animou os Seus discípulos a aguardarem o cumprimento da profecia?
“Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então os que estiverem na Judeia fujam para os montes.” Mateus 24:15,16.
Nota: Cristo era fiel estudante, coerente a manejar as Escrituras, perfeito expositor das mesmas. Enfrentava a tentação com as Escrituras; provava o Seu ministério com as Escrituras; por elas ensinava; e disse aos Seus discípulos que nelas buscassem conselho e guia para o futuro.
Aceite o conselho de Jesus na sua vida e prosperará na salvação, na paz e certeza que Jesus é mais que um Mestre, Ele é o seu Salvador pessoal.
Pr. José Carlos Costa

24 de junho de 2012

Fé, Arrependimento e Confissão

1. O que é a fé?
Rª: “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” Heb. 11:1
2. Quão necessária é a fé?
Rª: “Sem fé é impossível agradar a Deus.” Heb.11:6
3. De quem procede a fé?
Rª: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios 2:8
4. Como andam os filhos de Deus?
Rª: “(Porque andamos por fé, e não por vista).” 2ª Cor. 5:7
5. Sob que condição se pode esperar resposta à oração?
Rª: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.” Tiago 1:6

Arrependimento
1. Quem é chamado ao arrependimento?
Rª: “Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento.” Luc. 5:32
2. Quantos são pecadores?
Rª: “Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo da lei.” Rom. 3:9
3. O que leva a alma a reconhecer a sua condição pecaminosa?
Rª: “E quando Ele (o Consolador) vier, convencerá o mundo do pecado.” João 16:8. (ver Atos 2:37; 16:30)
4. Que produz a tristeza segundo Deus?
Rª: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação.” 2ª Cor. 7:10

Confissão
1. Qual é a instrução divina concernente à confissão do pecado?
Rª: “Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer algum de todos os pecados humanos, transgredindo contra o SENHOR, tal alma culpada é. E confessará o seu pecado que cometeu; pela sua culpa, fará plena restituição, segundo a soma total, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e a dará àquele contra quem se fez culpado.” Núm. 5:6,7.
2. Quão fútil é procurar esconder o pecado?
Rª: “E se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor: porém sentireis o vosso pecado, quando vos chamar.” Núm. 32:23 (ver Sal. 90:8; Heb. 4:13).
3. Que promessa é feita aos que confessam os seus pecados?
Rª: “Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” 1 João 1:9

Temos estudado a atitude de Deus em relação à humanidade. Vimos como o Senhor está empenhado na salvação do ser humano. Temos também constantemente enfatizado que o homem foi criado com liberdade de escolha e, portanto, é livre para aceitar ou não o plano divino da redenção.

No estudo de hoje quero falar sobre a resposta positiva que podemos dar a Deus. Hebreus 11:6, diz: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam.”

Portanto, o primeiro ingrediente da resposta humana é fé. O próprio capítulo 11 de Hebreus provê alguns conceitos do que possa ser a fé. Todavia não estamos interessados tanto em definições quanto em compreender como é que a fé atua.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios 2:8, assim se expressou: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” Ligando essa declaração com Gálatas 5:22 onde a fé é incluída como fruto do Espírito compreendemos claramente que o homem não pode por si mesmo crer e confiar em Deus.

A salvação da humanidade é um ato da graça divina. Deus tomou todas as providências para assegurar aos seres humanos a certeza da salvação. Cabe ao homem aceitá-la ou rejeitá-la. Porém, embora Deus não force as decisões de Seus filhos, o Espírito Santo atua no coração humano convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).

Muitas vezes os homens ficam convencidos de sua condição pecaminosa e para aceitar a salvação necessitam fé para crer e confiar em Deus. A única coisa que o homem precisa, a fé, não vem de si mesmo. É dom de Deus. É fruto do Espírito. O Espírito Santo concede o dom da fé, para todos aqueles que desejam crer e aceitar o plano da redenção.

O mérito não está no homem. O homem não é salvo pela fé. A graça de Deus é que salva a humanidade. A fé é o elemento que habilita o homem a receber em sua vida os benefícios da salvação. Então se inicia uma experiência especial. Muitos acreditam que a experiência da fé, a experiência religiosa, não passa de algo emotivo, sentimental. Quando sentem está tudo bem! Mas a Bíblia não diz que é assim!

Paulo escreveu a cerca do arrependimento. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação da qual ninguém se arrende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (II Coríntios 7:10).

Há uma diferença clara e básica entre a tristeza segundo Deus e a tristeza do mundo. E essa diferença é que uma opera a salvação e a outra opera a morte.

A tristeza segundo Deus que opera arrependimento para a salvação, não é apenas um sentimento. Esta palavra arrependimento, é muito mais abrangente do que mudar apenas de maneira de se sentir. Você faz alguma coisa errada. Alguém lhe diz que você errou. Você então fica triste por ter errado. Isso não é arrependimento. O verdadeiro arrependimento não envolve apenas mudança sentimental. É mais amplo, profundo.

O arrependimento genuíno envolve mudança de rumo. Mudança na direção que se está seguindo. Veja a diferença. Você faz alguma coisa errada. Alguém lhe diz que você errou. Você então fica triste por ter errado e muda de atitude. Isto faz a diferença. A tristeza segundo Deus, faz com que você não só fique triste pelos seus erros, mas faz com que você mude de rumo, colocando-se num caminho em que não vai mais errar.

Há dois exemplos na Bíblia que ilustram muito bem esse fato. São exemplos de Pedro e de Judas. Os dois eram discípulos de Jesus. Judas traiu o Mestre. Mateus registra a reação de Judas diante do erro. Lemos no capítulo 27:3 a 5: “Então Judas, que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos dizendo: Pequei traindo sangue inocente. Eles porém disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele atirando para o Templo as moedas de prata, retirou-se e foi se enforcar. O que Judas experimentou? Verdadeiro arrependimento? Não. Judas sentiu remorso pelo que havia feito. Mas não estava arrependido. A tristeza que ele sentiu foi para a morte. Judas sentia remorso pelos resultados das suas ações. Mas não estava arrependido do que tinha feito; se tivesse oportunidade, repetiria a ação.

Vejamos agora o exemplo de Pedro. Como Judas, ele era um discípulo de Nosso Senhor. E, como Judas, errou negando o seu Mestre. Mateus 26:74 e 75 registra a reação de Pedro: “Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: antes que o galo cante, três vezes me negarás. E saindo dali, chorou amargamente.”

O choro de amargura de Pedro não revelava apenas tristeza pelo que havia feito. Seu amargurado pranto era o desabafo e o reconhecimento de que havia pecado e que necessitava mudar o rumo de sua vida. E Jesus vendo a sinceridade desse seu amigo, deixou um recado especial para ele, transmitido pelo anjo às mulheres que foram ao sepulcro: “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como Ele vos disse” (Marcos 16:7). O livro de Atos dos apóstolos contém a narrativa da mudança que aconteceu na vida desse discípulo. De um homem impulsivo e inconstante, Pedro se tornou num pregador corajoso e destemido. Experimentou o verdadeiro arrependido. Mudou o rumo de sua vida.

Já a confissão é o terceiro passo. Quando o indivíduo vê quão longe , quão errado, quão distante está de realizar a vontade de Deus, e decide viver segundo o plano divino, ele confessa a Deus todos os seus pecados e falhas. Lemos em I João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados”. Esta é a condição para recebermos o perdão de Deus. A confissão envolve o relacionamento com Deus e com o próximo. Devemos confessar nossas culpas e pecados a Deus, contra quem pecamos, e ao próximo que ofendemos, ou contra quem erramos.

Assim procedendo, rogando a bênção do perdão de Deus, temos a promessa e a garantia: “Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Que o Senhor Deus possa nos iluminar para que nossa compreensão se abra e possamos exercer fé, experimentar o verdadeiro arrependimento e confessar nossas culpas a Deus e esperar na doce certeza de Seu perdão.
Pr. José Carlos Costa

21 de junho de 2012

Colher Espigas ao Sábado. É Lícito?

“OS DÍSCIPULOS COLHERAM ESPIGAS NO SÁBADO” (Mateus 12:1-2).

Por favor, amado, isso é transgredir o Sábado?
– Que mal existe em que alguém ao Sábado, com fome, arranque uma espiga de milho ou colha fruta para comer? Só uma mente farisaica pode assim pensar. E, de fato, foram os fariseus os seus acusadores. Jesus disse aos fariseus: “…é lícito fazer bem ao Sábado.” Mateus 12:12.

Por exemplo: Quem é que hoje, indo para a igreja, enguiçando o carro na rua, no Sábado, não irá tentar consertá-lo? – Abandoná-lo ali, seguir a pé, tomar um ônibus, chamar um táxi – o que seria mais racional?

Meu irmão, o Sábado do qual Jesus é Senhor (Mat. 12:8) é um dia deleitoso, aprazível, sem jugos ou fardos. É um dia alegre, que dá prazer e não enfado. O Sábado dos fariseus é que é frio e escudado na letra que mata.

Jesus comparou o ato de Davi (com fome entrou no templo e comeu os pães do altar, o que só aos sacerdotes era permitido) com a atitude dos fariseus. E depois arrematou categoricamente: “Está aqui quem é maior que o templo.” Mateus 12: 3-6.

Por que Jesus não disse: “Está aqui quem é maior do que o Sábado?” Sim, por que não afirmou isso? Jesus não pode Se contradizer. Se Ele tivesse declinado ser maior que o Sábado, seria forte argumento para o seu cancelamento. Mas o não afirmar é a segura guia de que jamais o Sábado seria abolido ou transferido para qualquer outro dia.

Ouça: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado” (Mateus 24:20). Isto foi dito por Cristo antes de morrer e focalizava um fato a ocorrer 39 anos após Sua ascensão ao Céu. Não é, por conseguinte, prova insofismável a favor do Sábado, depois de Sua morte?

Extraído do Livro: Assim diz o Senhor de autoria de Lourenço Gonzales.

15 de junho de 2012

Voltará Jesus a esta Terra pela Segunda Vez?

Não é nenhum conto de fadas – um dia, você pode ser livre de toda mágoa, fome, solidão, criminalidade, e caos que infecta o mundo de hoje. Não é isso maravilhoso? Mas não será algum líder carismático da Terra que o irá libertar… não, Ele é muito mais superior do que isso! Jesus em breve virá, mas há uma série de equívocos populares sobre exatamente como se dará a sua volta. Portanto, tome alguns minutos para entender o que a Bíblia realmente diz sobre a segunda vinda de Cristo, de modo que você não seja deixado para trás!

1. Jesus voltará à Terra pela segunda vez? Podemos ter certeza?
“…Cristo…aparecerá segunda vez” (Hebreus 9:28). “quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez” (João 14:3).

R: Sim! Em Mateus 26:64, Jesus testemunhou sob juramento que Ele voltaria à terra novamente. Visto que a Escritura não pode ser quebrada (João 10:35), esta é uma prova positiva. Acredite como se lê. Cristo nos garantiu isso pessoalmente.

2. De que forma Jesus voltará pela segunda vez?
“Tendo ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:9-11).

R: As Escrituras prometem que Jesus voltará a esta terra da mesma forma que Ele a deixou em Sua ascensão – de modo visível, literal, corporal e pessoal. Mateus 24:30 diz: “Eles verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. Ele virá nas nuvens, literalmente, como um ser pessoal com um corpo de carne e ossos (Lucas 24:36-43, 50, 51), e Sua vinda será visível. A Bíblia é clara sobre estes fatos.

3. A segunda vinda de Cristo será visível à todos os homens ou somente para um grupo seleto?
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá” (Apocalipse 1:7). “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem” (Mateus 24:27).

R: Todo homem, mulher e criança vivendo no mundo quando Jesus voltar irá vê-Lo na Sua segunda vinda. O tríplice brilho (Lucas 9:26) da Sua vinda se estenderá de horizonte a horizonte, e a atmosfera será coberta com uma luz gloriosa, brilhante como um relâmpago. Ninguém será capaz de se esconder.

13 de junho de 2012

O Valor do Cântico

“O cântico é como uma escada entrelaçada de inefáveis encantos, e por meio do qual o homem pode apresentar a Deus os seus sofrimentos e cuidados, as suas lágrimas e lamentações, o seu amor e a sua gratidão.” Paul E. Holdcraft

1. Quão cedo, na história do mundo, ouvimos que houve cânticos?
Rª: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” Jó 38:4-7

2. Que fez Israel quando se viu liberto do Egipto?
Rª: “ENTÃO cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR, e falaram, dizendo: Cantarei ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O SENHOR é a minha força, e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus, portanto lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei.” Êxodo 15:1-2.

3. De que modo manifestaram os anjos a sua alegria por nascimento de Cristo?
Rª: “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Lucas 2:13-14.

4. Como nos devemos apresentar diante do Senhor?
Rª: “Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.” Salmo 102:2 (ver II Crón. 29:30).

5. Segundo David, como é considerado por Deus o culto de louvor?
Rª: ”Louvarei o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças. Isto será mais agradável ao SENHOR do que boi, ou bezerro que tem chifres e unhas.” Salmo 69:30,31.

6. Que instruções dá S. Paulo quanto ao cântico?
Rª: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao SENHOR com graça em vosso coração.” Col. 3:16 (ver Ef. 5:19; Tiago 5:13; Sal. 149:5,6).
Nota: A música, como a poesia e as flores, são, por natureza, próprias para elevar e enobrecer, devendo portanto ter o seu lugar no culto a Deus, bem como na vida e experiência do Seu povo. Em especial a música, adapta-se a todas as disposições e sentimentos da alma humana e, muitas vezes, quando falham outros meios, tem ela tocado corações. Depois da oração, a música parece o mais apropriado meio de culto.

“Assim como os filhos de Israel, jornadeando pelo deserto, suavizavam pela música de cânticos sagrados a sua viagem, Deus ordena a Seus filhos hoje que alegrem a sua vida peregrina. Poucos meios há mais eficientes para fixar as Suas palavras na memória, do que repeti-las em cânticos.” Educação, p. 39, Ellen G. White.

7. Que instrumentos, viu João nas mãos dos resgatados?
Rª: “E vi … os que … tinham as harpas de Deus.” Apoc. 15:2
8. Que cântico entoarão eles?
Rª: “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.” Apoc. 15:3 (ver Salmo 57:7)

Conclusão: “Com um cântico, Jesus, em Sua vida terrestre, defrontou a tentação. Muitas vezes, quando eram proferidas palavras cortantes, pungentes, outras vezes em que a atmosfera em redor d´Ele se tornava saturada de tristeza, descontentamento, desconfiança, temor opressivo, ouvia-se o Seu canto de fé e de santa animação.” Educação, p. 166, Ellen G. White


José Carlos Costa
Pastor

11 de junho de 2012

O que Acontece quando uma Pessoa Morre?

Ficamos hesitantes quando pela primeira vez uma criança nos pergunta: “O que significa morrer?” Temos dificuldades em explicar, ou até mesmo de pensar, na morte de alguém que amamos. A morte é o inimigo em comum de todas as pessoas em todos os lugares.

Quais são as respostas para as perguntas difíceis sobre a morte? Há vida após a morte? Será que voltaremos a ver os nossos amados que morreram?

1. ENFRENTANDO DESTEMIDAMENTE A MORTE
Todos nós, em determinados momentos, talvez pouco depois do falecimento de um amigo ou pessoa querida, temos a sensação de um vazio no coração, um sentimento de solidão que toma conta de nós e que nos conscientiza da finitude da vida.
Com respeito a um assunto tão importante, tão cheio de emoções, onde podemos aprender a verdade sobre o que acontece quando morremos? Felizmente, parte da missão de Cristo aqui na terra foi libertar “aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hebreus 2:15). Na Bíblia, Jesus apresenta mensagens confortadoras, e responde claramente a todas as nossas perguntas sobre a morte e a vida futura.
2. A MANEIRA QUE FOMOS FEITOS POR DEUS
Para entender a verdade sobre a morte na Bíblia, precisamos começar do princípio e ver de que maneira fomos feitos por Deus.
“Então o Senhor Deus formou o homem ['adam', hebraico] do PÓ DA TERRA ['adamah', hebraico] e soprou nas suas narinas O FÔLEGO DE VIDA, e o homem se tornou UM SER VIVENTE ['ALMA', hebraico]“. Génesis 2:7.
Na Criação, Deus formou Adão do “pó da terra”. Ele tinha um cérebro em sua cabeça pronto para pensar; sangue em suas veias pronto para correr. Então, Deus soprou em suas narinas o “fôlego de vida”, e Adão se tornou “ser vivente” [em hebraico, 'alma vivente']. Note cuidadosamente que a Bíblia não diz que Adão recebeu uma alma; ao invés, diz que “o homem se tornou uma alma vivente”. Quando Deus deu o fôlego de vida a Adão, a vida começou a fluir de Deus. A junção do corpo com o “fôlego de vida” tornou Adão “um ser vivente”, “uma alma vivente”. Por essa razão, poderíamos escrever a equação fundamental do ser humano da seguinte maneira:
“Pó da Terra” + “Fôlego de Vida” = “Alma Vivente”
Corpo sem Vida + Fôlego de Deus = Ser Vivente

Cada um de nós tem um corpo e uma mente racional. Enquanto continuarmos a respirar, seremos seres vivos, alma vivente.
3. O QUE ACONTECE QUANDO UMA PESSOA MORRE?
Na morte reverte-se do processo criativo descrito em Génesis 2:7:
“O PÓ volte à terra de onde veio, e o ESPÍRITO [fôlego de vida] volte a Deus, que o deu”. Eclesiastes 12:7
A Bíblia frequentemente usa as palavras hebraicas para “fôlego” e “espírito” alternadamente. Quando as pessoas morrem, o corpo se torna “pó”, e o “espírito” (o “fôlego de vida”) retorna para Deus, que foi a sua fonte. Mas o que acontece com a alma?
“Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus,… todas as ALMAS são minhas;… a alma que pecar,

7 de junho de 2012

A Propensão Humana para o Pecado e as Tentações de Cristo

Teriam sido as tentações de Cristo mais suaves do que as nossas? Se o Salvador não tinha propensão para o pecado, como todos os descendentes de Adão, como poderia Ele ter tido as mesmas provas que nós e ser nosso exemplo? Poderia ter sido gerado em pecado como nós e, ao mesmo tempo, ser sem pecado e ainda nosso Salvador?
Diante das perguntas acima pretendemos fazer uma abordagem, fundamentada basicamente na Bíblia e nos escritos de Ellen G. White, sobre a situação pós-lapsariana da humanidade e em que sua situação se assemelha à de Cristo e em que se diferencia. Procuraremos analisar em que base se sustenta a propensão no homem caído e onde está o ponto de tensão, que teria sido igual ou superior em Cristo, apesar da diferença de naturezas entre o pecador e o Salvador. Finalmente, desejamos destacar pontos que demonstrem que Jesus foi mais provado do que nós e teria experimentado mais tensões espirituais, embora sem pecado, seja como ato ou tendência.
A Condição do Homem Após o Pecado
A condição pecaminosa é universal: Segundo as Escrituras todo ser humano herdou a condição pecaminosa de Adão após a queda e “destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23). Essa situação de pecado é comprovada incontestavelmente pela morte “por isso que todos pecaram” (Rm 5:12).
Não há excepção: A declaração enfática de que “todos estão debaixo do pecado” (Rm 3:9) leva à conclusão óbvia de que “não há um só justo” (Rm 3:10) e “ninguém que faça o bem” (Rm 3:12).

4 de junho de 2012

Jesus Virá em Glória e Majestade

Depois de anos de maus tratos, Armando Valladares tornou-se apenas uma sombra desfigurada do homem que já tinha sido um dia. Ele estava cumprindo uma pena de 30 anos em uma das prisões do Comandante Castro por ter orado na igreja no dia de Natal. Os guardas da prisão maltrataram, torturaram e humilharam aquele homem, mas ele se recusou a negar a sua fé.
Algo fez com que ele continuasse firme: uma promessa feita a uma jovem de nome Marta. Eles tinham-se encontrado e apaixonado enquanto ele estava na prisão. Ela ficou profundamente atraída à fé que ele demonstrava. Pouco tempo depois do casal se unir pela cerimónia civil num dos pátios da prisão, Marta foi forçada a imigrar para Miami, nos Estados Unidos.
Essa separação foi muito dolorosa para ambos. Mas Armando cuidou de enviar secretamente uma promessa para a sua amada. Num pequeno pedaço de papel de rascunho, ele escreveu a sua promessa: "Eu vou encontrar-te. As baionetas no horizonte atrás de mim não serão mais importantes que isso".
Esse prisioneiro decidiu que de alguma maneira, ele e Marta fariam os seus votos numa igreja, diante de Deus. Algum dia a sua união seria completa. "Você está sempre comigo", ele lhe disse.
A promessa de Armando fez com que ele continuasse firme durante todos os anos de maus tratos que teriam destruído o espírito da maioria dos homens. E também serviu para animar Marta. Ela trabalhou ininterruptamente para levar a opinião pública a conhecer a terrível situação de seu marido. Ela nunca desistiu de esperar.
1. A PROMESSA
De vez em quando, somos tentados a nos perguntar se será realmente possível que Cristo descerá do céu azul acima de nós para nos reunir. Estamos separados à tanto tempo. Tal final feliz para a longa e trágica história da terra pode parecer boa demais para ser verdade. Contudo, há uma coisa que pode manter a esperança viva no nosso coração. O segredo é a promessa feita por Jesus de que voltaria. Pouco antes de deixar os Seus discípulos e subir ao céu, Jesus fez essa promessa:
"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for, e vos preparar lugar, VOLTAREI e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver". João 14:1-3 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Antes de Jesus subir aos céus, Ele assegurou aos Seus discípulos: "VOLTAREI!" Ele prometeu voltar e levar todos os que confiam n´Ele para um lugar especial que tem preparado para nós. As Escrituras falam da Sua segunda vinda aproximadamente 2.500 vezes. O fato de que Jesus está a voltar ao mundo uma segunda vez é tão certo como foi real a Sua vida nesta terra há cerca de dois mil anos atrás.
Muito tempo antes de Jesus aparecer, Deus prometeu que um Messias viria, e Ele seria um Libertador que levaria sobre Si as nossas iniquidades e proveria perdão para o pecado humano. Esta promessa parecia muito boa para ser verdade para muitas pessoas que viviam no mundo antigo e enfrentavam as durezas da vida. No entanto, Jesus veio e morreu numa cruz. A promessa tornou-se realidade mais gloriosamente do que as pessoas imaginavam que fosse possível. A Sua promessa de voltar também se tornará realidade. Podemos confiar na promessa de Jesus baseada no Seu amor por nós, de que vai voltar e reunir aqueles por quem teve que pagar um preço infinito.
Durante o sua prisão, Armando continuou a "contrabandear" poemas, mensagens e desenhos para Marta. Por sua vez, ela procurou publicar alguns desses escritos. A Sua eloquência atraiu a atenção do mundo. Os governos começaram a pressionar Castro para que libertasse os prisioneiros presos por motivos de consciência. O presidente francês interveio e, finalmente, em outubro de 1982, Armando

3 de junho de 2012

NO Sacrifício de Cristo na Cruz, Morreu Apenas a Sua Natureza Humana ou Também a Natureza Divina?

Este é um assunto complexo e de fácil distorção, no qual muitos são tentados a substituir a revelação divina por suas próprias teorias especulativas. Mas existem algumas declarações inspiradas que nos ajudam a compreender melhor o assunto. Por exemplo, em Isaías 9:6, Cristo é chamado de “Pai da Eternidade”. Em João 11:25, Ele mesmo afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Em João 10:17, 18, Ele acrescenta: “porque Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” E no livro O Desejado de Todas as Nações, p. 530, Ellen G. White diz: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada.”

Em harmonia com estas declarações, Ellen White argumenta no livro Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 301: “Aquele que disse: ‘Dou a Minha vida para tornar a tomá-la’ (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava n´Ele mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Na Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida n´Ele mesmo, para dar vida a quem quer. [...] É Ele a fonte, o manancial da vida. Unicamente Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz e vida, podia dizer: ‘Tenho poder para a dar [a vida], e poder para tornar a tomá-la.’ João 10:18.”

Nos comentários de Ellen White em The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 5, p. 1.113, o mesmo conceito é corroborado: “Foi a natureza humana do Filho de Maria transformada na natureza divina do Filho de Deus? Não. As duas naturezas foram misteriosamente fundidas numa pessoa – o homem Cristo Jesus. Nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade [Cl 2:9]. Ao ser Cristo crucificado, foi a Sua natureza humana que morreu. A Divindade não sucumbiu nem morreu. Isso teria sido impossível. [...] Quando a voz do anjo foi ouvida dizendo: ‘O Teu Pai Te chama’, Aquele que havia dito: ‘Eu dou a Minha vida para a reassumir’ [João 10:17] e ‘Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei’ [João 2:19], ressurgiu da sepultura para a vida que havia em Si mesmo. A Divindade não morreu. A humanidade morreu; mas Cristo agora proclama sobre o sepulcro de José: ‘Eu sou a ressurreição e a vida’ [João 11:25]. Na Sua divindade Cristo possuía o poder de romper os laços da morte. Ele declara ter vida em Si mesmo para conceder a quem Ele quiser.”

Nas Meditações Matinais de Ellen G. White publicadas sob o título Exaltai-O! (1992), p.346, ela acrescenta: “Jesus Cristo depôs o manto real, a Sua régia coroa e revestiu a Sua divindade com a humanidade, a fim de tornar-Se um substituto e penhor pelo género humano, para que, morrendo na forma humana, por Sua morte pudesse destruir aquele que tinha o poder da morte. Ele não poderia ter feito isso como Deus; mas, tornando-Se como o homem, Cristo podia morrer. Pela morte venceu a morte.”

Mas, se mesmo “a vida de um anjo não poderia pagar a dívida” pela queda da raça humana (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64, 65), seria suficiente que apenas a natureza humana de Cristo morresse na cruz? Este é, sem dúvida, um mistério para o qual não temos todas as respostas. No entanto, não devemos esquecer de que Cristo veio como o “último Adão” (1Co 15:45) para pagar o preço pelo resgate da raça humana (ver Rom. 5:12-21; 1Co 15:20-22). Ele morreu como homem por todos os seres humanos. Além disso, Cristo morreu a “segunda morte” (Ap 2:11; 20:6, 14; 21:8) da qual não existe ressurreição de criaturas. Como essa morte representa a eterna alienação da criatura do seu Criador, somente Aquele que tem vida em Si mesmo poderia ressuscitar dessa morte.

Portanto, mesmo que não tenhamos respostas a todas as indagações que possam surgir com respeito ao “mistério da piedade” (1Tm 3:16), pela fé aceitamos as declarações inspiradas que nos dizem que na cruz morreu apenas a natureza humana de Cristo, e não a Sua natureza divina, que ficou misteriosamente velada durante a encarnação.

Texto da autoria do Dr. Alberto Timm

Cristo “o primogénito de toda a criação”. Como COMPREENDER?


Col. 1:15 “O qual é imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação.”

Ao longo da história do cristianismo, houve muita discussão a respeito do significado do termo “primogénito” (grego protótokos) quando usado em relação a Cristo. No Novo Testamento, Cristo é chamado de “o Primogénito” (Hb 1:6), “o primogénito de toda a criação” (Cl 1:15), “o Primogénito dos mortos” (Ap 1:5), “o primogénito de entre os mortos” (Cl 1:18) e “o primogénito entre muitos irmãos” (Rm 8:29).

Para entender essa questão, é importante ter em mente que, entre os israelitas, todo o primogénito deveria ser consagrado ao Senhor (Êx 13:1-16; ver Lc 2:22-24), recebendo herança “dobrada” em relação aos demais irmãos (Dt 21:15-17). Embora o termo “primogénito” seja normalmente usado para designar o primeiro filho de um casal, ele é também empregado na Bíblia em relação a um dos demais filhos, que não o mais velho, mas que se tenha destacado entre os seus irmãos. É neste sentido que Deus qualificou a Israel, que não era a nação mais antiga da terra, de “meu primogénito” (Êx 4:22); a Efraim, o segundo filho de José e Azenate, de “o meu primogénito” (Jr 31:9); e a Davi, o mais novo dos oito filhos de Jessé, de “meu primogénito, o mais elevado entre os reis da terra” (Sl 89:27).

Cristo é qualificado de “o primogénito de toda a criação” (Cl 1:15) em um contexto que O enaltece como o Criador que está acima de toda a criação. Em Colossenses 1:15-17, Paulo afirma que Cristo “é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação; pois n´Ele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio d´Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. N´Ele tudo subsiste.”

Se o próprio Cristo fosse uma criatura do Pai, como alegam alguns pretensos cristãos, como poderia o texto acima afirmar que “tudo” o que foi criado foi “por meio d´Ele” criado? Se Cristo houvesse sido gerado em algum momento da eternidade, como poderia ser chamado em Isaías 9:6 de “Deus Forte” e “Pai da Eternidade”? Nesse caso, Ele não seria “Pai da Eternidade”, mas simplesmente uma criatura que veio à existência em algum momento específico da eternidade! Cremos, porém, que como “o primogénito de toda a criação” Cristo é o Soberano absoluto sobre toda a criação, pois “nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Cl 2:9).

Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos