30 de outubro de 2010

A PRIMEIRA PRAGA DO APOCALIPSE

“Tem-me sido mostrado que muitos dos que dizem seguir a verdade presente, não sabem no que crêem. Não compreendem as provas da sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Homens que agora pregam a outros, ao examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encontram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória.” 2TS, p.312.
“À medida que nos aproximamos do termo da história deste mundo, as profecias referentes aos últimos dias exigem o nosso estudo especial.” Parábolas de Jesus, p. 133.
1. Como serão os últimos dias?Rª: “Porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.” Mateus 24:21,22.
Nota: “tribulação” é a tradução de uma palavra grega que significa “perturbação”, “angústia” e “sofrimento”. Jesus no Monte das Oliveiras, teve o cuidado de deixar claro que os Seus seguidores seriam sempre alvo de perseguição, esta começou de forma evidente com a morte de Estêvão, o primeiro mártir no ano 34 da era cristã. Esta era a primeira tribulação. A última das tribulações estaria relacionada com os últimos dias, ou “tempo de angustia”, esta seria pior que qualquer outra. Esta está profetizada em Daniel 12:1,2; será breve, pois incluirá as sete pragas.
2. Qual deve ser a atitude do cristão que espera o regresso do seu Senhor?Rª: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.” Tiago 1:27.
Nota: O cristão possuído por uma esperança viva, em vez de se concentrar nas suas “aflições” centra-se nos outros, os que carecem de atenção. Apesar, de manter a respiração suspensa diante dos efeitos das provas, “regozija-se na aflição”. Por quê? Sabe mesmo durante a provação, ele é precioso para Deus. Também sabe que as dificuldades de ordem pessoal criam uma oportunidade para demonstrar na prática a perseverança, um testemunho cristão que deve beneficiar outros (Romanos 5:3; Tiago 1:2-4). Ajudar, sentindo a satisfação no acto em si, é uma oportunidade de se demonstrar aos sofredores o amor de Cristo. Esta disposição de inspiração divina provém de um carácter amadurecido aos pés de Cristo. O amor de Deus é derramado nos seus corações de tal modo que, os seus próprios inimigos sentirão aversão aos seus próprios actos.
3. Qual é atitude do cristão face ao falso culto?Rª: “Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.” Apocalipse 14:9,10.
Nota: Durante o tempo de provação a ira de Deus é sempre temperada, ou misturada, com misericórdia. Assim o profeta Habacuque ora: “Na ira lembra-Te da misericórdia.” Hab. 3:2. a ira de Deus sem ser acompanhada de misericórdia só é derramada quando a misericórdia houver cumprido a sua obra e o mal atingido o limite, não havendo remédio (Judas 7; 2ª Ped. 2:6).
4. Em que é consumada a ira de Deus?Rª: “Vi no céu ainda outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.” Apocalipse 15:1
5. Como descreve Joel o dia do Senhor?Rª: “Ai do dia! pois o dia do senhor está perto, e vem como assolação da parte do Todo-Poderoso.” “E o Senhor levanta a sua voz diante do seu exército, porque muito grande é o seu arraial; e poderoso é quem executa a sua ordem; pois o dia do Senhor é grande e muito terrível, e quem o poderá suportar?” Joel 1:15; 2:11.
6. Que disse Daniel, desse tempo?Rª: “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” Daniel 12:1 (cf. Ezeq. 7:15-19).
Nota: As sete últimas pragas serão as mais terríveis calamidades que já sobrevieram aos homens. Como Acabe acusou Elias de ser o causante das calamidades de Israel (1ª Reis 18:17,18), assim, no tempo da tribulação, os ímpios e os que se separaram do Senhor enfurecer-se-ão contra os justos, acusá-los-ão de serem os causantes das pragas, e procurarão destruí-los como fez Hamã com os judeus (ver. Ester 3:8-14). Mas Deus maravilhosamente livrará o Seu povo nesse tempo, como o fez então.
7. Qual será a primeira praga, e sobre quem cairá?Rª: “E ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças, da ira de Deus. Então foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra; e apareceu uma chaga ruim e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.” Apocalipse 16:1-2.
Nota: Uma voz celestial dá inicio à primeira praga. Outras vozes provenientes do Céu seguem-se à terceira praga, interrompem a sexta e trazem à cena a sétima.
Para iniciar a sequência, “uma grande voz”, “vinda do templo”, diz aos sete anjos que têm as taças com as pragas: “Ide, e derramai pela Terra as sete taças da cólera de Deus.” Apocalipse 16:1. a voz provém do templo. Talvez seja a voz de uma das criaturas viventes. Ouvimos, no capítulo 4, que as criaturas viventes louvavam a Deus, ao passo que no capítulo 6 eles convidam-nos: “Vem!”, diante da abertura de cada um dos quatro primeiros selos.
Também pode ser que a voz celestial seja a voz do Cordeiro. Em Apocalipse 6:15-17, os ímpios pedem às montanhas que os escondam “da ira do Cordeiro”.
Ou pode ser a voz do próprio Deus. Habituamo-nos a pensar em Deus e em Jesus como sendo amáveis e graciosos, a um ponto que excede a nossa compreensão; de facto, Eles o são. No entanto, tendo em vista proteger o inocente, o amor terá, finalmente, que punir o mal. Deus sente-Se profundamente desconcertado ao ver o sofrimento dos Seus seguidores. Deus cuida deles.
Conclusão: Os anjos também velam sobre os filhos de Deus. À medida que têm contemplado o conflito dos séculos entre Satanás e os seus seguidores contra Cristo e os Seus escolhidos, os anjos têm sido ultrajados em virtude dos crimes cometidos pelo cruel contra o temente a deus. Esses gloriosos seres celestiais têm suspirado pelo dia em que o Senhor findará a provação daqueles que possuem coração temente e genuíno.
Nota introdutórias às 6 seguintes pragas:
Pode o nosso coração perguntar: Que razão leva Deus a atormentar os homens de uma forma tão terrível, como a que é descrita no capítulo 16? Depois de terminar o tempo da graça!? Quando já não há mais oportunidade para arrependimento? Porque não vem Cristo imediatamente pôr fim ao reinado do pecado?
A voz começa com um “Ide”. Todo o propósito benévolo do Céu terminou. As pragas cumprem uma função necessária no plano do céu:
“1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.
2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Apocalipse 21.
Gosta de profecias? Este é um tema apaixonante! Estudá-lo é comprometer-se com Deus a “receber o selo do Deus vivo, e que a (ser) protegido, no tempo de angústia,...a reflectir completamente a imagem de Jesus.” Primeiros Escritos, p. 70


Obras de apoio:
Sagrada Escritura
E.G.White
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia
Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse, C. Mervyn Maxwell
Le Cri du Ciel, J. Doukhan.

26 de outubro de 2010

CONHECE O TEU DEUS

Introdução:
1. Há três modos de conhecer uma pessoa.
a) De nome, pela história: Américo Tomás.
b) De vista.
c) Pessoalmente. Convívio, intimidade, amizade. Conhecemos a Deus? Alguns, só de nome – ou pela Bíblia/história; outros, só de vista, já ouviram falar.
2. Conhecer é conviver, andar juntos.
a) Enoque conviveu com Deus 300 anos: Gén. 5:22-24. Deve ter sido uma vida interessantíssima, menciona-se duas vezes que andou com Deus. Andar com Deus descreve uma vida de piedade singularmente excelsa, não meramente a compreensão constante da presença Divina, nem tão pouco um esforço continuado de santa obediência, mas a permanência de uma íntima relação com Deus. com toda a evidência, a vida de Enoque esteve em completa harmonia com a vontade de Deus.
b) Abraão tornou-se amigo de Deus.
c) Moisés falava face a face com Deus: Êxodo 33:11.
3. Conhecemos o nosso Deus pessoalmente?
a) Moisés, quando teve a primeira revelação divina, tirou os sapatos dos pés.
b) Saulo caiu prostrado por terra.

I. Quem é Deus?
1. É nosso Pai. É o Criador. É o mantenedor de todas as coisas. É a fonte da vida, do poder, de todas as coisas, graças e virtudes.
2. A filosofia não pode defini-Lo.
O rei da Sicília, Hieron, pediu que o filósofo Simonides desse uma definição de Deus. Deu-lhe três dias para o fazer. O filósofo voltou e disse que era impossível definir Deus.
O Evangelho de João, porém, define-O numa só frase: “Deus é amor”
3. Onde está Deus? Perguntaram a uma menina. “No meu coração.” Quem O colocou lá? A graça.
Quem o pode tirar de lá?
O pecado.
4. “Achegai-vos a Deus e Ele Se chegará a vós” Tiago 4:7-10
Tiago dá começo a uma série (v. 7) de dez ordens, às quais cada membro de igreja, propenso ao perigo de converter-se em “amigo” do mundo (v.4), fará bem em prestar atenção. Antes que Deus possa conceder a sua “graça” (v.6), o humilde deve estar disposto a submeter a sua vontade ao plano divino. A submissão implica completa confiança em tudo o que Deus permite ou dispõe é para o humilde vencer (Heb. 12:9)

II. Jesus, a Suprema Revelação do Pai.
1. João 14:7-10
Experiencia: O pregador Spurgeon estava certa vez a pregar na Escócia, após o sermão, certo cavalheiro veio ao seu encontro e disse-lhe: “Eu sou o pai de Henry Drumond.”
“Oh! Então conheço o senhor, pois conheço muito bem o seu filho!”
Pelo filho se conhece o pai. Conhecendo a Jesus, conheceremos o nosso Pai do Céu. João 17:3.
Devemos conhecer de perto esse modelo perfeito.
2. Experiência: Numa pequena cidade de Itália existia um belo monumento que representava uma virgem grega. Um dia uma menina, pobre e suja, chegou diante da estátua e contemplou-a admirada. Disse de si para si: “Eu também posso ser assim”. Foi para casa, lavou o rosto e penteou o cabelo. No dia seguinte, veio contemplar a estátua. Voltou para casa, remendou o vestido. Dia a após dia a menina ia-se transformando à semelhança da virgem formosa até transformar-se numa jovem formosa e bela.
Assim podemos, pela contemplação de Cristo, se transformados à Sua divina imagem.

III. Como conhecer Deus?
1. Como conhecer Deus? João 17:3
Só um conhecimento existencial e vivo conduz à vida eterna. não há salvação em simplesmente conhecer, mas também não pode haver salvação sem conhecimento – Romanos 10: 13-15 – nisto se define, o conhecimento salvador que se centra no “Deus verdadeiro” e em Jesus Cristo, em contraste com os deuses falsos. Foi o não conhecer Jesus Cristo que levou ao fracasso da religião judaica. No dia final os homens serão postos de lado porque desprezaram o conhecimento essencial (Os. 4:6). É neste conhecimento que reside o desenvolvimento do carácter que estará na eternidade. Ou, andará com Deus como Enoque. Andar aqui com Deus para com Ele continuar.
2. Vem o amor. Lucas 10:27.
Não podemos amá-Lo sem O conhecer.
Conta-se que um jovem ofereceu um livro à sua namorada. Leu-o com muita atenção e carinho, porque amava o autor do livro, o próprio namorado.
3. Estudando a Sua Palavra: Jer. 15:16.
4. Falando com Ele em oração: Mat. 6:6
Conclusão: Um bom e corajoso nobre da Polónia tornou-se um grande rei, devido ao hábito secreto que possuía. Era filho de um pai nobre, e levava consigo o retrato do pai. Quando entrava numa batalha, contemplava o retrato do corajoso pai, e sentia a bravura do próprio pai.
Quando tinha que julgar, olhava o retrato do pai justo e praticava a justiça. Dizia sempre: “Não farei coisa alguma que possa desonrar o meu pai.”
Oseias 6:3 “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.”
Familiarizemo-nos com Deus.
Seja Ele o nosso pai, amigo, socorro, fortaleza, esperança, luz e Salvador. O nosso presente e o nosso futuro.
Seja Ele o primeiro, o último e o melhor na nossa vida.

25 de outubro de 2010

A TERCEIRA PRAGA DO APOCALIPSE

O tempo da graça encerra-se antes que as pragas caiam porque o arrependimento que se manifestasse após o derramamento das pragas, já não significaria nada. A fase pré-advento do juízo terá terminado, e o nosso Salvador já haverá selado cada coração sincero, mantido o seu nome no livro da vida. Aquele que lê o coração saberá também quais as pessoas que serão demasiado descuidadas e indiferentes ao sacrifício de Cristo e à vida na Santa Cidade.
1. A importância do carácter dos seguidores de Cristo.
Rª: A qualificação essencial para a vida eterna é o carácter, gerado e desenvolvido pelo Espírito Santo, assinalado pela fé e amor.
Ver:
João 3:5
“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”
Gálatas 5:22-24
“Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.”
Apocalipse 21:17
“E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira; mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.”
Nota: A sinceridade é fundamental. É-nos requerido que amemos a Deus de todo o coração, alma e entendimento, e ao nosso próximo como a nós mesmos (Mateus 22:34-40). Arrependimento e confissão que são induzidos meramente pelo temor (tal como o terrível temor face ao derramamento das pragas) não são sinceros. Ao afastar-se a crise, as pessoas. Voltam a ser aquilo que sempre foram.
2. Em que consiste a terceira praga?
“O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.” Apocalipse 16:4.
Nota: As águas doces dos “rios e nas (das) fontes das águas” eram muito úteis nos tempos bíblicos, especialmente, para beber, tomar banho e regar. A segunda praga sem dúvida terá consequências muito graves e inconvenientes, os efeitos no entanto, não terão o impacto da terceira praga no sentido imediato e na gravidade. Por outro lado, e se compararmos ao efeito das pragas do Egipto (Êxodo 7:17-21), o rio Nilo, fonte de vida, era adorado como um deus e a sua agua assegurava a vida aos habitantes deste país.
Podemos compreender a extensão da ira, da raiva e cólera que se apodera das pessoas. Se até então os seus “deuses” providenciavam a todas as suas necessidades, dão-se conta, que estes “deuses” não satisfazem mais as suas necessidades naturais e supérfluas. Contra Quem manifestam os seus sentimentos?
3. Qual a razão da terceira praga dar a beber sangue aos homens?
Rª: “E ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, que és e que eras, o Santo; porque julgaste estas coisas; porque derramaram o sangue de santos e de profetas, e tu lhes tens dado sangue a beber; eles o merecem.” Apocalipse 16:5,6.
Nota: A segunda praga atinge o mar. a terceira praza aproxima-se das habitações humanas, e atinge a terra. As fontes das águas são contaminadas. Nisto é revelada a aversão de Deus à opressão e perseguição. As pragas constituem a reprovação de Deus contra tremendas formas de pecado.
4. O que representa “o anjo das águas”?
Rª: O anjo das águas, significa, o que tinha/tem jurisdição sobre as águas (comparar Ap. 7:1 e 14:18), que tem poder sobre os “ventos” e sobre o “fogo”, respectivamente. Pode referir-se ao anjo responsável de derramar a terceira praga sobre os “rios y ...as fontes das águas”. A salientar, a terrível natureza da terceira praga exige uma declaração em defesa de Deus, que a autoriza ou permite esta tremenda praga revela o sentimento de Deus conta a idolatria, a indiferença e negação do Único Criador das águas, rios e mares. E que tem direito à “ira” (ver Ap. 15:3-4; 16:1).
Conclusão: A intenção desta e das 7 pragas é muito evidente: Deus quer demonstrar a toda a humanidade e por todos os meios o fará compreender aos adoradores da “besta” a falsa via que escolheram; ao mesmo tempo, sublinhar a obstinação dos homens em recusarem aceitar e reconhecer:
“1 Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: 2 Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão. 3 Não terás outros deuses diante de mim. 4 Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. 7 Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão. 8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; 10 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. 11 Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.” Êxodo 20:
Sim, reconhecer que estavam, sempre estiveram, errados.
“Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. ... O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafacção. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. ... Há um excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza destes movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus.” O Grande Conflito, págs. 464 e 465.

19 de outubro de 2010

A QUARTA PRAGA DO APOCALIPSE

Um estudo em paralelo entre as profecias sobre as Trombetas e das Pragas poderia ser feito. O seu valor maior do nosso ponto de vista seria o de relevar as diferenças e as semelhanças, elas existem. No entanto, as diferenças são tão notáveis que nos parece mais sensato fazer o estudo em separado e deixar ao leitor o cuidado de salientar as mesmas.
As trombetas e as pragas não são a mesma coisa. As trombetas cumprem-se por intermédio de desastres notavelmente sérios. O cumprimento das pragas será muito mais sério, elas têm a forma de juízos – à semelhança do Dilúvio, Sodoma e Gomorra “as cidades do vale”, entre outros – que tem por alvo uma alteração radical.
Façamos uma pergunta de reflexão: Quantos aspectos das pragas egípcias fazem lembrar as últimas pragas, quantos encontrou? Vamos responder um pouco mais para o final do nosso estudo para lhe dar tempo a relacionar.
1. O que constituirá a quarta praga?
Rª: “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.” Apoc. 16:8 (cf. Joel 1:16-18).
Nota: A quarta taça agrava o mal-estar causado pela taça anterior. À falta de água acresce agora um calor escaldante, abrasador, não há lugar onde se possa encontrar um pouco de abrigo. Não há sombra na Terra e o Céu está sem nuvens que sejam pronuncios de gotas de água. A esperança morreu. A seca espiritual que aflige esta fase torna tudo mais insuportável.
2. Que relação tem esta praga com a adoração?
Rª: O culto do Sol é a mais antiga e mais generalizada de todas as formas de idolatria. Nesta praga Deus manifesta a Sua desaprovação por essa forma de idolatria. Aquilo que fora adorado como deus torna-se uma praga de tormento. Assim foi nas pragas do Egipto. O que os egípcios tinham adorado tornou-se então em flagelo em vez de proveito e bênção.
3. Em que dia ordenou ser adorado?
Rª: “Falarás também aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós pelas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica.” Êxodo 31:13 (cf. Ezeq. 12:12,20).
Nota: “os meus sábados”. Uma característica relevante dos últimos capítulos do livro de Êxodo é a repetida admoestação a observar o dia de SÁBADO (Ex. 16:22-30; 20:8-11; 23:12; 34:21; 35:2,3). Isto só pode ter um significado, a grande importância do Sábado, nenhum outro mandamento do Decálogo recebe igual manifestação do cuidado divino.
A referência que aqui se faz à observância do Sábado não é uma mera repetição de advertências paralelas; apresenta o Sábado como “sinal” entre Deus e o Seu povo e adverte que o castigo em violar este mandamento é a “morte”.
4. Que disse Deus, pelo profeta Daniel, faria o poder representado pela “ponta pequena”?
Rª:” Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.” Dan. 7:25.
5. Que poder é este ou por quem é representado?
Rª: “Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objecto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.” 2ª Tes. 2:3,4.
Nota: Só existe um meio pelo qual qualquer poder pode exaltar-se acima de Deus, e esse é pretender mudar a Lei de Deus, e exigir obediência à sua própria lei em lugar de à de Deus.
6. Que poder se atribui autoridade para mudar a Lei de Deus?
Rª: O Papado. “O papa é de tão grande autoridade e poder que ele pode modificar, explicar ou interpretar mesmo leis divinas... O papa pode modificar uma lei divina, visto o seu poder não provir de homem, mas de Deus, e ele age como representante de Deus na Terra.” – Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca, “Papa,”, art. 2.
7. Que parte da Lei de Deus especialmente cuidou o papa em mudar?
Rª: O quarto mandamento: “Eles (os católicos) alegam que o sábado foi mudado para o domingo (dia do sol – Sunday, Sontag), o dia do Senhor, contrariamente ao decálogo, como é evidente; nem existe exemplo algum de maior jactância do que a mudança do dia de repouso. Grande, dizem eles, é o poder e autoridade da Igreja, visto haver dispensado um dos Dez Mandamentos.” – Augsburg Confession, Art. XXVIII.
“Ela (a Igreja Católica, Romana) subverteu o quarto mandamento, dispensando o Sábado da Palavra de Deus e substituindo-o pelo domingo, como dia santificado.” – N. Summerbell, em History of the Christians, p. 418.
Nota: podemos agora compreender?: “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.” Apoc. 16:8
Conclusão: “Estamos no limiar da crise dos séculos. ...O anjo de misericórdia não pode ficar muito tempo mais a proteger o impenitente.” Profetas e Reis, p. 278.
“A transgressão já atingiu quase os seus limites. O mundo está cheio de confusão, e em breve apoderar-se-á das criaturas humanas um grande terror. O fim está muito próximo.” 8T, 28, republicado em Serviço Cristão, p. 51.

Então já descobriu quantos aspectos das pragas egípcias fazem lembrar as últimas pragas?
Rª: Rio, sangue, rãs, chagas, saraiva, e impenetrável escuridão.
Deus o/a abençoe em Jesus.

15 de outubro de 2010

A QUINTA PRAGA DO APOCALIPSE

Todo o contexto das 7 pragas nos remete para o fim do tempo da graça e tem como centro o sexto flagelo: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” (Ap. 16:15). Esta passagem aplica-se particularmente à forma surpreendente como virá o juízo investigativo e o fim do tempo da graça. A esse momento especial se refere também a profecia de Daniel, quando diz:
“Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” (Dan. 12:1).
Quando esse momento chegar, a sorte de cada pessoa ficará definitivamente fixada, sem possibilidade de mudança alguma, pois é proclamado o seguinte decreto:
“Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra.” (Apoc. 22:11,12).
Jesus, nosso Sumo Pontífice, que hoje ainda intercede por nós no santuário celestial, finalizará a Sua obra mediadora e sacerdotal. Acrescenta E.G.White: “Então vi Jesus, que tinha estado a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: “´Está feito´” (Primeiros Escritos, p. 279).
1. Como é apresentada a quinta praga?
Rª: “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam de dor as suas línguas.” Apocalipse 16:10.
Nota: A quinta praga atinge directamente o centro do problema. É o trono da besta que é o alvo (Apoc. 16:10). A praga que emerge deste texto faz lembrar a quinta trombeta. As trevas invadem a cena. Sob a quinta trombeta, as trevas resultam do profundo abismo, o tehom, "abismo", a ausência de fundamento para a negação de Deus; o argumento do humanismo leigo da Revolução francesa (Apoc. 9:1,2). As trevas ocupavam um terço do espaço (Apoc. 8:12); no caso da quinta praga ela cobre todo o reino (Apoc. 16.10). Na época, esta negação da existência de Deus era um poder estranho e anti-religioso. Agora, o contexto da praga é parte integrante da religião. Para retomar o cenário esboçado em Daniel, o Sul está aliado ao Norte (Dan. 11:43). Babilónia assegura a sua soberania da negação de Deus (o Norte representa Babilónia, a crença, o Sul caracteriza o Egipto, a incredulidade).
E, aqui também, o julgamento deriva directamente da iniquidade. É por ter adorado a besta sobre o trono das trevas e da negação que em consequencia se gerou e generalizou a ridicularização da Fé Cristã. A Igreja Romana, introduzindo tradições pagãs e populares, a Inquisição; deu testemunho das as trevas e levou os homens a abraçarem uma religão descredibilizada: morta. O flagelo lembra igualmente a nona praga do Egipto, a penúltima, a que precede a intervenção final de Deus contra os primogénitos dos egípcios.
No livro Sabedoria, um apócrifo do 1º século a.C., a praga das trevas sai da morada dos mortos e é apresentada como o castigo por excelência que resume e conclui todas as outras (Sabedoria 17).
Da mesma maneira, a quinta praga contém todos os males de todas as pragas precedentes. Sofre-se agora também das úlceras da primeira praga, bem como as dores que correspondem às outras pragas.
“As pragas que sobrevieram ao Egipto quando Deus estava prestes a libertar Israel, eram de carácter semelhante aos juízos mais terríveis e extensos que devem cair sobre o mundo precisamente antes da libertação final do povo de Deus. Diz o autor do Apocalipse, descrevendo esses tremendos flagelos: ´Faz-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.´” (Conflito dos Séculos, p. 679).
2. Em que tempo são derramadas as pragas?
Rª: “Era impossível as pragas serem derramadas enquanto Jesus oficiava no santuário; mas, terminado ali a Sua obra, e encerrando-se a Sua intercessão, não havia nada para deter a ira de Deus, e ela irrompeu com fúria sobre a cabeça desabrigada do pecador culpado, que desdenhou a salvação e odiou a correcção.” (Primeiros Escritos, 289).
3. Onde cai esta praga?
Rª: Esta praga fere a própria sede da grande apostasia dos últimos dias, o papado. Assemelhar-se-á sem dúvida à praga idêntica no Egipto., que era uma escuridão que podia “ser sentida” (Êxodo 10:21-23). Por essa praga o despotismo iníquo, arrogante e apóstata que se diz possuir toda a verdade, e a luz do mundo, é amortalhado nas trevas da meia-noite.
4. O que precederá o derramamento das pragas?
Rª: E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” (2ª Cor. 11:14,15; cf. 2ª Tes. 2:8-12).
Nota: “Como acto culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem, há muito tempo, professado considerar o advento do Salvador como a realização das suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse (1:13-15). Conflito dos Séculos, p. 675.
5. Que será promulgado nas vésperas deste tempo?
Rª: “Os poderes da Terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, ´pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos´(Apoc. 13:16), se conformem com os costumes da igreja, pela observância do falso Sábado. Todos os que se recusarem a conformar-se serão castigados pelas leis civis, e declarar-se-á finalmente serem merecedores de morte.” (CS, 655).
6. Como olhará o Senhor para o Seu povo neste período de provação?
Rª: “Esqueceu-Se o Senhor do Seu fiel Noé quando caíram os juízos sobre o mundo antediluviano? Esqueceu-Se Ele de Lot, quando desceu fogo do céu para consumir as cidades da planície? Esqueceu-Se de José, rodeado de idólatras, no Egipto? Esqueceu-Se de Elias, quando o juramento de Jezabel o ameaçou com a sorte dos profetas de Baal? Esqueceu-Se de Jeremias no escuro e horrendo fosso da sua prisão? Esqueceu-Se dos três heróis na fornalha ardente? Ou de Daniel na cova dos leões?” (CS, 677, 678).
Conclusão: Deus prometeu a Sua especial protecção através de toda a tormenta, e embora antes que termine o tempo da graça possa haver mártires, uma vez iniciado o tempo de angustia nenhum dos filhos de Deus perderá a vida, sendo milagrosamente guardados e cuidados pelo Senhor e pelos Seus anjos: “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da tentação que há-de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam a Terra.” (Apoc. 3:10).
Ainda que sejam tremendas as provas e aflições que aguardam o povo de Deus. A esperança é mais forte que a aflição e o nosso anseio exprime-se: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus. A graça do Senhor Jesus seja com todos.” Apocalipse 22:21,22.
Decida ser um/a vencedor/a com Cristo.

10 de outubro de 2010

A SEXTA PRAGA DO APOCALIPSE

“Então Jesus sairá de entre o Pai e os homens, e Deus não mais silenciará, mas derramará a Sua ira sobre aqueles que rejeitaram a Sua verdade. Vi que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um ao outro; outrossim, que Miguel não Se levantara e que o tempo de angústia, tal como nunca houve, ainda não começara. As nações estão-se irando agora, mas, quando nosso Sumo-Sacerdote concluir a Sua obra no santuário, Ele Se levantará, envergará as vestes de vingança, e então as sete últimas pragas serão derramadas.” Vida e Ensinos, p. 100 (E.G.White)
Estes textos deixa bem claro que as 7 pragas só terão inicio depois de terminar o tempo da graça.
1. Que acontece sob a sexta praga?
Rª: “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente.” Apoc. 16:12.
Nota: A sexta taça, afecta o rio Eufrates (cf. 13:14). Desta vez, a evocação é mais específica. As águas do rio de Babilónia secam-se para “preparar o caminho dos reis que do oriente” (16:12).
No contexto bíblico, a seca do Eufrates está associada ao próprio acontecimento da tomada de Babilónia por Ciro em 539 a.C., (ver Is. 44:27,28; cf. Jer. 50:38).
Esta associação de ideias explica-se pela estratégia da batalha que nos é relatado por Heródoto (484-425 a.C.). “Ciro colocou o grosso das suas tropas do lado em que o rio entrava na cidade (...); ele colocou outros homens ao lado, do outro lado da cidade, no momento em que as águas corriam por canais feitos pelos soldados e o leito estava seco, ele e os seus soldados bem como os que tinham ficado do outro lado, entraram em Babilónia.” (Hérodoto, I, 190, 191.)
A referência aos “reis que vêm do Oriente” (Ap. 16:12) é uma alusão a Ciro cuja intervenção ficou gravada na memória de Israel e ficou registado que a salvação de Deus vem do Oriente: “Eu o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade, e libertará os meus cativos, não por preço nem por presentes, diz o Senhor dos exércitos.” (Is. 45:13).
“Quem suscitou do Oriente aquele cujos passos a vitória acompanha? Quem faz que as nações se lhe submetam e que ele domine sobre reis? Ele os entrega à sua espada como o pó, e ao seu arco como pragana arrebatada pelo vento.” (Is. 41:2; cf. 41:25).
Deve dizer-se que a queda de Babilónia é de grande importância na história de Israel. O livro de Daniel dá-lhe todo o relevo e é mesmo o eixo sobre o qual gira e se articula toda a estrutura (Dan. 1:21; 6:28; 10:1). Não se deve esquecer que o livro de Daniel tem o mesmo plano de fundo: a salvação. Veja-se ainda, a referencia que é feita a Ciro (2ª Crónicas 36:22,23), este livro é de grande relevância no Canon Bíblico. Ciro o rei suscitado do Oriente, que abre as portas do exílio e que está na base do retorno do povo Judeu à sua terra, o povo Judeu pode voltar à sua terra para construir uma nova Jerusalém e reaver a sua identidade perdida.
Sem querer alongar-me mais neste contexto convido a ler os seguintes textos: Is. 44:24-28; cf. 45:18; 43:15.
2. Que congrega as nações para a batalha do Armagedom?
Rª:
“13 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs.
14 Pois são espíritos de demónios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso.
15 (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.)
16 E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.” Apoc. 16.
Nota: É sobre esta recordação de Ciro e do retorno do exílio na perspectiva da reconstrução de Jerusalém que o profeta do Apocalipse se apoia para anunciar os eventos da sexta taça. Aqui, também, a queda da Babilónia mística e da batalha que ela provoca preparam a libertação final e a “criação” de Deus da nova Jerusalém. Esta passagem revela ser o espírito de Satanás que incita os homens para a guerra, e explica porque as grandes nações do mundo fazem tais preparativos para a luta. O dragão representa o paganismo; a besta, o papado; e o falso profeta, o protestantismo apostatado – as três grandes apostasias religiosas desde os tempos do Dilúvio.
Todas estas forças se resumem a dois lados opostos. De um lado, o campo “dos reis do Oriente” que representam as forças do Deus que salva, do Deus de Jerusalém. Do outro lado, o campo dos “reis de toda a terra” (Ap. 16:14) representam as forças do mal, as forças de Babilónia. Neste campo, todos os poderes inimigos de Deus são mobilizados, com especial relevo, os poderes demoníacos que o profeta vê sob a forma de rãs. A sexta praga evoca deste modo a segunda praga de Êxodo 7:26 a 8:8-11. a rã é adorada no Egipto como deusa da fertilidade (Hiqit), invade repentinamente os lugares mais íntimos , entram nos quartos e apoderam-se dos leitos (Ex. 7:28). Neste caso, o julgamento de Deus realça a decepção da adoração idolátrica. O deus que suposto de promover a fertilidade, ao contrário é aquele que a obstaculiza.
3. Neste tempo, que evento estará iminente?
Rª: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” Apoc. 16:15.
Nota: O Apocalipse confirma a queda de Babilónia, esta é acompanhada de um luto extraordinário. A palavra-chave, “luto” é utilizada frequentemente (Ap. 18:7,8,11,15,19). Os rituais tradicionais da morte são observados: lança-se poeira sobre a cabeça, chora-se, lamenta-se (Apoc. 18:9,10,15,19).
O texto de Apocalipse 15:15, acrescenta uma nota de grande esperança “Eis que venho como ladrão”. Quer dizer, para os ímpios (1ª Tes. 5:2,4; 2ª Ped. 3:10; cf. Mat. 24:43; Luc. 21:35). Mas para os que guardam a esperança firme o texto acrescenta “Bem-aventurados”, felizes. Os santos devem estar alerta, vigiar para que mantenham neste tempo o tesouro da esperança firme no coração.
“Ao serem sacudidos, alguns tinham sido jogados fora do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam com os que prezavam suficientemente a vitória e a salvação, para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as alcançaram e foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que aceitavam a verdade e a ela se filiavam. Anjos maus se lhes agrupavam ainda ao redor, mas sobre eles não tinham poder.” Vida e Ensinos, p. 177 (E.G. White)

8 de outubro de 2010

O SÁBADO, OU UM OUTRO DIA?

São Paulo em Romanos 14:5 e 6 parece afirmar que tanto faz observar o Sábado como qualquer outro dia. Como compreender este assunto do quarto Mandamento face a esta declaração?
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Vários comentadores de renome têm analisado Romanos 14, tanto mais que este capítulo não trata assuntos fundamentais à doutrina e à fé cristão, mas nem por isso deixam de ter a sua pertinência.
O nosso tema trata “os dias” que poderiam ser ou não observados. Estes dias que o Apóstolo aqui menciona, são os dias tradicionais dos judeus, ligados à sua História nacional que alguns crentes de origem judaica observavam escrupulosamente (como a Páscoa, Pentecostes, etc.) enquanto outros julgavam não haver obrigação de observar pelo facto de serem dias de carácter civil e não religioso, mais ainda, eles tinham-se desligado do judaísmo como religião para abraçar o Cristianismo repudiado pelos judeus.
Há os que apontam o exemplo dos essénios, que eram escrupulosos quanto à abstenção da carne e do vinho e que acrescentavam certos dias de festa ao calendário judaico regular. Diz Raoul Dederen, antigo professor da Universidade de Andrews, dos Estados Unidos., referindo-se ao costume dos essénios: “O debate sobre exactamente esta questão existia no judaísmo antes do advento do cristianismo. Não se teria dado o caso de essa controvérsia ter ido transferida à Igreja Cristã, achando-se reflectida em Romanos 14? Nesse caso a atitude do fraco pode ser comparada com a do costume dos cristãos primitivos, indicada na Didaquê sobre jejuar duas vezes por semana. Não é relevante ao mesmo tempo que tenhamos aqui uma questão de regime alimentar e observância de dias, conjugados num terma controverso?” – Ond Esteeming One Day Better Than Another? Raoul Dederen (Suplemento de The Ministry, Agosto de 1971), p. 18.
Pelo raciocínio deste autor, Paulo, em Romanos 14, está a referir-se à prática de abstinência e jejum em datas fixas regulares. A Didaquê 8:1 admoesta os cristãos a não jejuarem como os hipócritas no segundo e quinto dias da semana, mas no quarto e sexto dias. Pela maneira tão pouca assertiva de Paulo tratar a questão em Romanos 14 chega-se à conclusão de que o problema aqui refere-se a um tema não essencial, diferentemente do que se dava nas instruções aos gálatas quanto ao apego que eles tinha por certos “dias, e meses, e tempos, e anos” (Gálatas 4:10).
Uma coisa, neste assunto, é certa: Paulo não está a referir-se ao que é claramente apresentado na Lei de Deus quanto à observância do dia bíblico de repouso. Mesmo aos observadores do Domingo não é aceite a ideia de que em Romanos 14 Paulo esteja a deixar ao critério dos crentes a observância deste ou daquele dia como memorial da ressurreição de Cristo (o que, par dizer o mínimo, seria totalmente ilógico) ou simplesmente não guardar dia nenhum, fazendo isso especificamente “para o Senhor” (ver Romanos 14:6). Como diz Dederen “o próprio Paulo, que evidentemente não pode se catalogado entre os “fracos”, observava o Sábado como era ´seu costume´(Actos 17:2, cf Lucas 4:16), não há qualquer evidência em contrário disto.”
Que há um dia específico para a observar o Dia do Senhor torna-se claro nos textos de Lucas 23:54-56 e Apocalipse 1:10. no primeiro destes textos vemos os seguidores de Jesus a observarem o Sábado “conforme o mandamento” após a morte de Cristo na cruz. O versículo seguinte (Lucas 24:1) evidencia que o dia imediato foi um 1º dia da semana. Logo, eles observaram “conforme o mandamento” o sétimo dia da semana. E o relato disso foi escrito cerca de 30 anos após o acontecimento.
Em Apocalipse 1:10 o Apóstolo João situa-se no espaço (Ilha de Patmos) e no tempo (no dia do Senhor). Que esse “dia do Senhor” se refere ao Sábado, e não ao Domingo, está muito claro pelo consenso do ensino bíblico sobre o quarto mandamento da Lei Moral de Deus. O que por si só destrói a ideia que alguns sustentam de que na era Cristã e com base em Romanos 14:5,6, é indiferente para o Senhor observar qualquer dia.
Confrontados com as palavras de Cristo de que “o Sábado foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27), ficam sem desculpa perante Deus os que fazem trocadilhos de palavras. Adaptam a Palavra de Deus aos usos e costumes do tempo, e assim vivem, a exigência de Deus é adaptar a nossa vida à Sua imutável Palavra.
Esta palavra “é um assim diz o Senhor”. Deus o abençoe.

4 de outubro de 2010

A SÉTIMA PRAGA DO APOCALIPSE

A infinita misericórdia de Deus é revelada nas mensagens de advertência e admoestação que envia ao mundo. Embora, estas advertências tenham como foco principal o Seu povo. Povo que recebe mensagem após mensagem em consequência da sua infidelidade e apostasia; esta apostasia tem arruinado de forma desmesurada a Igreja Cristã. Deus reconhece que em todas as organizações ainda há homens e mulheres sinceros que deploram a apostasia prevalecente. A esses que amam a verdade Deus chama-os para se afastarem do pecado e da associação com os indiferentes para que não sejam participantes do Juízo que cairá sobre os ímpios.
1. Qual é a mensagem para esse tempo?
Rª: Apocalipse 18:
“4 Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
5 Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela.”
(ver textos paralelos: Gén. 19:12-17; Jer. 51:6).
Nota: Este texto é muito impressivo e muda de ênfase em relação aos textos anteriores “ouvi outra voz do céu”, esta voz torna-se presente, actual. Há um corte no texto; um antes e um agora. Além disso, dirige-se ao “povo meu”, estas palavras são em tudo semelhantes às do profeta Jeremias. Na altura, os israelitas encontravam-se exilados em Babilónia, e o objectivo é apressá-los a fugir da cidade (Jer:51:45). As razões que aqui são dadas relacionam-se com o futuro, para escapar da cólera de Deus e permitir-lhes o regresso ao seu país de origem (Jer. 50:9; cf. Is. 48:20); as palavras tinham também uma aplicação ao presente, para os proteger da influência nefasta e corrupta da idolatria (Jer. 51:47,52).
O grito do céu, apresentado nesta passagem de Apocalipse, ressoa sobre a praça de Babilónia e transmite a mesma preocupação e súplica da parte de Deus. Este grito, não tem nada haver com o de sair de um lugar e emigrar para outro. Depois da queda da Babilónia histórica, o apelo a sair de Babilónia não é necessáriamente acompanhado de uma emigração e de bilhetes de avião. Babilónia está em todo o lugar.
2. Porque razão não é preciso fugir?
Rª: Apocalipse 18:
“8 Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga.
9 E os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
10 E, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! Ai da grande cidade, Babilónia, a cidade forte! Pois numa só hora veio o teu julgamento.”
Nota: Esta Babilónia é uma instituição religiosa que marcou com o seu selo gerações e gerações de cristãos. Não é pelo facto de se sair da Igreja Católica que se saiu de Babilónia. Babilónia, está em todo o lugar, não tem limites, é uma questão de mentalidade, todo um conjunto de hábitos e de erros que se transmitiram e foram herdados nos meios religiosos os mais diversos.
Sair de Babilónia significa deixar de fazer da Igreja a porta de Deus, de substituir Deus por uma organização eclesiástica. Tratar os assuntos da fé como se fossem “negócios” de carácter político.
3. Que fome virá a nesse tempo aos que rejeitarem as mensagens divinas de misericórdia?
Rª: Amos 8:
“11 Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.
12 Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão..” (cf. luc.13:25; Prov. 1:24-26; Heb. 12: 15ss.)
4. Que anúncio é feito por ocasião do derramamento da sétima praga?
Rª: apocalipse 16:
“17 O sétimo anjo derramou a sua taça no ar; e saiu uma grande voz do santuário, da parte do trono, dizendo: Está feito.”
Nota: Deus criou o homem para o abençoar. Gén. 1:28. Quando as Suas bênçãos são vilipendiadas, Ele as retira, para ensinar aos homens a necessidade e o uso conveniente. Ageu 1:7-11. Juízos são enviados para que os homens aprendam a justiça. Is. 25:9; 1ª Reis 17:1. O facto de os homens não se arrependerem quando castigados, não é evidência de que Deus tenha deixado de ser misericordioso e perdoador. Demonstram ele simplesmente haver determinado o próprio destino, e que mesmo os mais severos juízos de Deus não levarão os ímpios e impenitentes ao arrependimento.
5. Justamente antes da segunda vinda de Cristo, que solene decreto será expedido, o qual indicará que os casos de todos já foram decididos?
Rª: justamente antes da segunda vinda de Cristo, que solene decreto será expedido, o qual indicará que os casos de todos já foram decididos”?
Rª: Apocalipse 22:
“11 Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.
12 Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra.”
Nota: Apocalipse 15:8 mostra que homem algum pode entrar no templo, no Céu, enquanto estão sendo derramas as pragas. Cessa toda a mediação em favor dos pecadores. Apoc. 16:11 Mostra que não há mais arrependimento depois de terminar o tempo da graça. O derramamento das pragas é o princípio do juízo de Deus contra os ímpios (ver Apoc. 18:7,8; 16:5,6). As pragas são derramadas sem mistura de misericórdia (ver Apoc. 14:10). São a expressão da justiça de Deus (Apoc. 16:5-7).
6. Que Salmos parecem haver sido escritos especialmente para conforto e animo do povo de Deus durante o tempo das sete últimas pragas?
Rª: Salmo 91 e 46.
O Grande Tempo de Angústia Começa Depois do fim do Tempo da Graça

"Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda." Apoc. 22:11. Então o Espírito repressor de Deus é retirado da Terra. " Patriarcas e Profetas, pág. 201.
Retomando a ideia de “sai dela povo meu”, sair de Babilónia é uma vida de conversão. Sair de Babilónia impõem-se como a única saída possível para descobrir o país da promessa. É o apelo à esperança que é aqui lançado pelas ruas de Babilónia, um apelo que nos deve tocar a todos.
Este juízo de Deus não está motivado pela revolta nem consolo próprio. Esta história termina tragicamente e sem esperança para os que não ouviram o Evangelho Eterno. É o começo do fim do pecado, é o começo de uma nova era que já desponta no Horizonte de Deus. não quer fazer parte daqueles que saem? Dito por outras palavras; daqueles que entram pela porta estreita?